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Fobia e Transtorno

do Pânico
z Laís Rosa, Millena Alice e Thaís Silva
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O que é Fobia?
A agorafobia é um distúrbio de ansiedade que,
na maioria das vezes, está associado às crises
de pânico. Nos casos mais graves, compromete
a vida social e profissional dos pacientes.
A principal característica da agorafobia é estar
associada ao transtorno de pânico.
Geralmente, a pessoa relaciona esse transtorno
a determinadas situações ou ambientes e passa
a evitá-los com medo que deflagrem ataques de
pânico. Por exemplo, sair de casa sozinha. Se
algum dia ela saiu de casa a pé ou de carro e
passou mal no trânsito, evita sair
desacompanhada. Precisa sempre de alguém
de confiança por perto. Mesmo dentro de casa,
se teve um ataque de pânico, dormindo ou
enquanto tomava banho, não consegue mais
ficar sozinha.
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O que é Transtorno do Pânico?
O transtorno do pânico (TP) é caracterizado por
crises de ansiedade repentina e intensa com
forte sensação de medo ou mal-estar,
acompanhadas de sintomas físicos. As crises
podem ocorrer em qualquer lugar, contexto ou
momento, durando em média de 15 a 30
minutos.

Os ataques de pânico acarretam intenso


sofrimento psíquico com modificações
importantes de comportamento devido ao medo
da ocorrência de novos ataques. Isso faz com
que os pacientes procurem as emergências
médicas em busca de causas orgânicas que
expliquem seus sintomas.
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Causas do TP
O transtorno do pânico pode ter como origem
situações extremas de estresse, como crises
financeiras, brigas, separações ou mortes na
família, experiências traumáticas na infância ou
depois de assaltos e sequestros. Pessoas cujos
pais têm transtornos de ansiedade são mais
suscetíveis de desenvolver TP.
A região central do cérebro é responsável pelo
controle das emoções e da liberação de adrenalina
– hormônio que faz com que o organismo se
prepare para fugir ou lutar diante de um perigo. No
transtorno do pânico, esse “alarme” cerebral
dispara sem que haja um perigo real, provocando
a sensação de medo e mal-estar intenso.
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Papel da Enfermagem
 Diagnóstico  Tratamento

O diagnóstico da síndrome do pânico é confirmado por um médico especialista, O tratamento combina medicamentos antidepressivos e ansiolíticos com
como o médico psiquiatra. Para tal, durante a consulta o psiquiatra irá querer psicoterapia e deve ser conduzido por médico psiquiatra; sua duração vai
saber os pormenores de toda a situação da crise e pré-crise de pânico, além de depender da intensidade da doença, podendo variar de meses a anos, sendo
solicitar exames que ajudarão a desconsiderar outras patologias, como doenças que se trata de um problema que pode ser controlado, mas para o qual não
cardíacas ou de tireoide. existe a cura completa. A psicoterapia objetiva auxiliar o paciente no resgate da
autoconfiança necessária ao domínio das crises, através da consciência de si
Já numa consulta com um especialista, a Avaliação Inicial é mais detalhada para próprio.
que haja um planejamento do tratamento. O paciente deve descrever:
Usualmente são indicados:
 Início e duração da crise de pânico;
 Quantas episódios já houve;  Medicamentos Antidepressivos e Ansiolíticos (Antiansiedade);
 Realiza tratamentos anteriores, como medicamentos ou terapia;
 Alguma situação ou problema que posse ter desencadeado a crise;
 Acredita que possa ter ocorrido por qual razão;  Medicamentos para o coração (Betabloqueadores);
 Listar com detalhes as reações corporais cognições e o comportamento
adotado;  Terapia Cognitiva Comportamental, quando há episódios de fobias;
 Levantar acontecimentos nas quais é mais provável que ataques de pânico
ocorram;  Exercícios respiratórios para controlar a ansiedade;
 Circunstância em que há piora ou melhora dos sintomas;
 Situações ou atividades que são evitadas devido a tensão;  Pilates;
 Pessoas do seu convívio tiveram algum comportamento ou atitude
desagradável;
 Realização de testes de comportamento e de personalidade para melhor  Terapias Alternativas (Thetahealing, Exercícios Mindfulness,
observação; Acupuntura, Aromaterapia, Ioga, Watsu e Shiatsu);
 Apoio social.
 Terapia Familiar ou em Grupo.

 Atividade Física também combate a ansiedade.


z Papel da Enfermagem
 Acompanhamento  Cuidados de Enfermagem
Por tratar-se de transtorno com tendência a cronicidade e a períodos de A Assistência de Enfermagem em Psiquiatria é fundamentada para
remissão e recorrências, o seguimento por um mesmo profissional ou o relacionamento interpessoal entre Enfermagem-Paciente afim de
equipe de saúde da família pode ser importante fator de adesão e promover a qualidade de vida do doente e de seus familiares.,
possibilitar a identificação precoce de situações que mereçam mudança favorecendo o controle do surto da doença e a aceitação do
na terapêutica. Além do acompanhamento com clínico geral ou médico paciente e dos familiares à sua nova condição.
de família, o acompanhamento complementar por enfermeiro pode
colaborar com reforço da adesão e orientação e monitoramento de A Enfermagem pode atuar:
medidas adjuvantes não medicamentosas, como uso de técnicas
comportamentais para uso durante ataques de pânico. A força do  Auxiliando no esclarecimento e na aceitação da doença;
portador desse transtorno e de sua família, vem da base familiar, sendo  Promover à aderência ao tratamento;
essencial o apoio dos familiares. O doente precisa ter a sensação de que  Aferindo os sinais vitais de paciente que fazem uso de fármacos;
sua família acredita nele e na sua recuperação.  Observar, anotar e orientar sobre efeitos colaterais e adversos da
 Dicas para a Família: medicação;
 Procure se informar sobre a Síndrome do Pânico;  Acompanhar a saúde geral do paciente e de sua família;
 Perceba as limitações do doente;  Realizar a visita domiciliar;
 Não compare esta patologia com nenhuma outra doença;  Planejar a assistência;
 Seja empático, tenha paciência;  Avaliar as condutas e o desenvolvimento do processo;
 Seja compreensivo e o incentive a procurar ajuda médica  Direcionar o relacionamento interpessoal e terapêutico;
especializada;  Ajudar na inserção social após a descoberta da doença;
 Estimule o doente na adesão ao uso correto do medicamento prescrito.  Coordenar grupos de pacientes em oficinas e outros temas;
 Apesar dos sintomas iniciar na vida adulta, em alguns casos eles  Promover acesso do paciente e família aos recursos da
podem iniciar antes. O apoio familiar é fundamental para que não haja comunidade que contribui para a reabilitação do doente e da
agravamento do quadro e má qualidade de vida para o doente. família.
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A ansiedade tenta nos consumir todos
os dias, até que um dia decidimos
resistir e deixar o tempo nos levar.

FIM!

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