Você está na página 1de 11

DL 54/2018 de 6 de julho

Estabelece o regime jurídico da Educação Inclusiva


Capítulo I
Disposições gerais

Artigo 1º
Objeto e âmbito
 Estabelece os princípios e as normas que garantem a inclusão;
 Identifica as medidas de suporte à aprendizagem e à inclusão, as áreas curriculares
especificas e os recursos específicos
 Aplica-se a tudo que se designa por escola
Artigo 2º
Definições

A) Acomodações curriculares : medidas de gestão curricular que permitem o acesso ao


currículo e às atividades de aprendizagem;
B) Adaptações curriculares não significativas: Medidas de gestão curricular que não
comprometem as aprendizagens previstas nos documentos curriculares;
C) Adaptações curriculares significativas: Medias que tem impacto nas aprendizagens
previstas nos documentos curriculares;
D)Áreas curriculares especificas: as que comtemplam o treino da visão, o sistema de
braile, a orientação e a mobilidade, as tecnologias especificas de informação e comunicação e
as atividades de vida diária;
E) Barreiras à aprendizagem: circunstancias que constituem obstáculos à aprendizagem;
F) Equidade de saúde Escolar: equipas de profissionais de saúde (ACES/ULS) que perante
a sinalização, articula com os outros serviços, a elaboração de um plano de saúde;
Artigo 2º
Definições

G) Intervenção precoce na infância: Conjunto de medidas de apoio integrado,


centrado na criança e na família;

H) Necessidade de saúde especiais (NSE): necessidades que resultam de problemas


físicos e mentais que possam comprometer o processo de aprendizagem;

I) Plano Individual de Transição (PIT): Concebido três anos antes da idade limite de
escolaridade com vista a facilitar a transição para a vida pós-escolar e que
comtempla o programa educativo individual;

J) Plano de saúde Individual: plano concebido pela equipa de saúde escolar, que
integra os resultados da avaliação das condições de saúde na funcionalidade e
identifica as medidas de saúde a implementar;

Pograma Educativo Individual: concebido para cada aluno e identifica as medidas de


suporte à aprendizagem.
Artigo3º
Princípios Orientadores

São princípios orientadores da educação inclusiva:

A) Educabilidade Universal
B) Equidade
C) Inclusão
D) Personalização
E) Flexibilidade
F) Autodeterminação
G) Envolvimento parental
H) Interferência mínima
Artigo 4º
Participação dos pais ou Encarregados de Educação

Os pais ou encarregados de educação têm o direito e o dever de participar e cooperar


ativamente em tudo que se relacione com o seu educando:

A) Participar na equipa multidisciplinar;


B) Participar na elaboração e na avaliação do relatório técnico-pedagógico;
C)solicitar a revisão do relatório técnico-pedagógico, do programa educativo individual
e do Plano individual de transição;
D) consultar o processo individual do seu filho ou educando;
E) Ter acesso á informação adequada e clara relativa ao seu filho ou educando;

Quando estes não exerçam os seus poderes, cabe à escola desencadear medidas apropriadas
em função das necessidades educativas identificadas.
Artigo 5º
Linhas de atuação para a inclusão

As escolas devem incluir nos seus documentos orientadores as linhas de atuação,


que devem integrar um continuo de medidas:

 Universais;
 Seletivas;
 Adicionais;

Assim, as escolas devem através de equipas multidisciplinares, definir indicadores


destinados a avaliar a eficácia das medidas.
CAPÍTULO II
Medidas de suporte à aprendizagem e à inclusão
Artigo 8.º
Medidas universais - Visam fornecer respostas educativas para todos os alunos,
incluindo os que necessitam de medidas seletivas ou adicionais, para promover a
participação e a melhoria das aprendizagens.

Artigo 9.º
Medidas seletivas - Visam colmatar as necessidades de suporte à aprendizagem não
suprimidas pela aplicação de medidas universais.

Artigo 10.º
Medidas adicionais - Visam colmatar dificuldades acentuadas e persistentes ao nível
da comunicação, interação, cognição ou aprendizagem.
 
Medidas universais (art.º 8.º)

a) A diferenciação pedagógica;

b) As acomodações curriculares;

c) O enriquecimento curricular;

d) A promoção do comportamento pró-social;

e) A intervenção com foco académico ou comportamentos em pequenos grupos.


 
Medidas seletivas (art.º 9.º) – RTP

a. Os percursos curriculares diferenciados;

b. As adaptações curriculares não significativas;


 adaptações ao nível dos objetivos e conteúdos através da alteração na sua
priorização ou sequenciação;

 introdução de objetivos específicos de nível intermédio que permitam


atingir os objetivos globais e as aprendizagens essenciais;

a. O apoio psicopedagógico;

b. A antecipação e o reforço das aprendizagens;

c. O apoio tutorial.
Medidas adicionais (art.º 10.º)

a. A frequência do ano de escolaridade por disciplina;

b. As adaptações curriculares significativas; PEI


 Introdução de outras aprendizagens substitutivas,
 estabelecimento de objetivos globais ao nível dos conhecimentos a adquirir e das
competências a desenvolver para potenciar a autonomia, o desenvolvimento pessoal
e o relacionamento interpessoal.
c. O plano individual de transição;
d. O desenvolvimento de metodologias e estratégias de ensino estruturado;

e. O desenvolvimento de competências de autonomia pessoal e social.


 
 

Você também pode gostar