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MUDANÇAS NO CICLO DE VIDA

FAMILIAR
DISCIPLINA: TERAPIA SISTÊMICA DE FAMÍLIA
PROFESSORA: SIBELLE BARROS
O ciclo de vida familiar

 Objetivo da aula: compreender as principais características


referentes às diferentes fases do ciclo de vida da família
para que se possa identificar e analisar os fenômenos e
processos familiares.
O ciclo de vida familiar

 Os padrões de ciclo de vida familiar mudam ao longo do


tempo;
 Devemos, ao tentar compreender o ciclo de vida familiar,
considerar os padrões éticos e culturais da família em
questão.
 É preciso ter cuidado e evitar a aplicação rígida das idéias
propostas em relação ao ciclo de vida familiar.
 As fases propostas em relação ao ciclo de vida familiar
oferecem uma visão dos relacionamentos intergeracionais
da família.
A família como um sistema movendo-se
através do tempo

 Vários autores têm estudado e proposto vários estágios


para o ciclo de vida familiar, enfatizando processos
diferentes, algumas vezes (idas e vinda de membros,
pontes geracionais, experiências de vida, etc.).

 Os relacionamentos familiares (relacionamentos com os


pais, irmãos) passam por estágios, na medida em que o
indivíduo se move ao longo do ciclo de vida.
 Segundo as autoras Carter e McGoldrick devemos levar
em consideração 3 ou 4 gerações na família (campo
emocional operativo).
 O genetograma facilita o mapeamento das gerações
 Bowen e a abordagem intergeracional –
procurava compreender os fenômenos
investigando uma rede mais ampla de
relacionamentos do que a família nuclear.
Estresse
 Fluxo vertical: padrões de relacionamento e funcionamento
transmitidos para as gerações seguintes. Ex: mecanismo de
triangulação

 Fluxo horizontal: ansiedade advinda com os mudanças e


transições do ciclo de vida familiar

 Quando o estresse horizontal (desenvolvimental) faz interseção


com o vertical (intergeracional) existe um aumento importante
de ansiedade no sistema.
 Não podemos ignorar o contexto social, econômico e político
no qual a família está inserida, assim como os diversos grupos
culturais.
As mudanças no ciclo de vida familiar
 Os padrões foram inspirados na família da classe média
americana

O lançamento do jovem adulto solteiro


 O ciclo não começa no casamento ( a forma como ele se
diferenciou –eu- da sua família de origem vai influenciar o
casamento e o ciclo de vida familiar ).
 Momento de estabelecer objetivos de vida pessoais e de se
tornar um “eu”, antes de juntar-se a uma outra pessoa para
formar um novo subsistema familiar.
 Mudanças: forma de relacionamento não hierárquica
A união das famílias no casamento: o casal
 Casamento é a modificação de dois sistemas inteiros e
uma sobreposição que desenvolve um terceiro sistema.
 A mulher: muitas vezes não têm conforto emocional
 O homem: se sai melhor em termos psicológicos e físicos
 Fronteiras deficientes: parentes podem ser intrusivos,
casal pode se isolar da família ampliada, casal pode ter
dificuldade para formar um novo sistema por estar
envolvido demais com suas próprias famílias.
Tornando-se pais: famílias com filhos
pequenos
 Indica avanço de uma geração;
 Podem surgir dificuldades para assumir responsabilidades,
colocar limites nos filhos ou para ter paciência;
 Pais precisam se perceber como parte de um novo nível
geracional com responsabilidades e tarefas específicas em
relação ao próximo nível da família.
 Fatores que dificultam: questão financeira, jornada de
trabalho integral dos dois pais.
 Ciclo de vida familiar que possui o índice mais elevado de
divórcio.
A transformação do sistema familiar na
adolescência
 Nova definição dos filhos dentro da família e dos papéis
dos pais em relação aos seus filhos.
 Fronteiras permeáveis, pois os pais não podem mais impor
autoridade completa;
 Introdução de novos valores, novos ideais
 Deve-se permitir ao adolescente uma aproximação e
serem dependentes quando não conseguem manejar as
coisas sozinhos, mas também uma afastamento com graus
crescentes de independência.
 “Crise da meia-idade”de um dos pais ou de ambos
Famílias no meio da vida:lançando os filhos
e seguindo em frente
 Mais problemática de todas as fases;
 Os pais muitas vezes lançam seus filhos antes de se
aposentarem e isto podem gerar alguns problemas como:
agarrar-se aos filhos, ter sentimentos de vazio e depressão,
principalmente nas mulheres;
 Aspecto mais significativos: saídas e entradas de membros da
família (saída dos filhos, entrada de cônjuges e filhos, pais
morrem);
 Dificuldade em encontrar atividades de vida significativas
durante esta fase;
 Mudança de status (pais-avós)
 Momento de liberação
 Nova estruturação do relacionamento conjugal
A família no estado tardio da vida
 Ajustamento à aposentadoria;
 Insegurança e dependência financeira;
 Perda de parentes, amigos e cônjuge;
 Papel de avós;
 Dificuldades na mudança de status: pode acontecer recusa
a desistir de alguns poderes, assim como desistência de
seus poderes, se tornando independente;
 Poucos buscam ajuda terapêutica
Variações maiores no ciclo de vida familiar
Divórcio e recasamento
Divórcio está se tornando um evento normativo
Pontos de transição no divórcio
 Questões não resolvidadas nesta fase continuarão como
obstáculos em relacionamentos futuros.
Pontos de transição no divórcio
 Processo de luto para a recuperação do EU (divórcio
emocional)
 Devemos ajudar os cônjuges em divórcio a manterem um
relacionamento cooperativo enquanto pais e permitirem o
máximo contato possível entre os filhos e os pais e os
avós.
 Reajustamento: aproximadamente dois anos
Pontos de tensão no recasamento
Processo emocional familiar na transição
para o recasamento
 Lidar com os medos relativos ao investimento em um
novo casamento e em uma nova família;
 Lidar com as reações hostis ou de perturbação dos filhos,
das famílias ampliadas e do ex-cônjuge;
 Lidar com uma nova estrutura familiar, novos papéis e
relacionamentos familiares;
 Lidar com a culpa e preocupação em relação aos filhos;
 Lidar com o ressurgimento do antigo apego ao ex-cônjuge
(negativo ou positivo).
A família recasada na terapia

 Devemos trabalhar para que a nova família aceite a


estrutura familiar recente, para que tenha flexibilidade
frente à complexidade da nova forma e canais abertos de
comunicação entre os membros.

 Trabalhar o imaginário de família


Referência

 CARTER, B; McGOLDRICK, M. As mudanças no ciclo


de vida familiar: uma estrutura para a terapia familiar.
In_____. As mudanças no ciclo de vida familiar: uma
estrutura para a terapia familiar. Porto Alegre: ArtMed,
1995, p. 7-29.

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