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COCCIDIOIDES
Reino Fungi
Filo Ascomycota
Classe Euascomycetes
Ordem Onygenales
Família Onygenaceae
Gênero Coccicioides
◦ 1998: Inclusão do Brasil no mapa da distribuição geográfica da coccidiodomicose, após o relato dos
primeiros surtos da forma pulmonar aguda que ocorreram no Piauí e no Ceará.
Figura https://www.frontiersin.org/files/Articles/266920/fimmu-08-00735-HTML/image_m/fimmu-08-00735-g001.jpg
◦ C. immitis (tipicamente na Califórnia) e C. posadasii (tipicamente fora da Califórnia);
◦ C. posadasii apresenta ritmo de crescimento mais lento em meio com alta concentração de salinidade
quando comparadas com cepas de C. immitis;
◦ C. posadasii crescem significativamente mais rápido, a 37°C, in vitro, quando comparadas com cepas
de C. immitis;
◦ São responsáveis por quase todos os casos de Febre do Vale nos Estados Unidos, e C. immitis foi
colocado na lista de patógenos emergentes e reemergentes prioritários do grupo NIAID (Instituto
Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas) 2003.
◦ Na natureza e em cultura apresentam-se sob a forma filamentosa ,com micélio formado por
hifas finas e septadas, que originam artroconídios, alternados por células estéreis,
denominadas disjuntores .
◦ Na maturação, os artroconídios são liberados e os restos das células disjuntoras são vistos
nas extremidades dos artroconídios individuais .
◦ As esférulas quando maduras possuem paredes grossas e podem atingir até 100µm de
diâmetro
Figura 6 https://www.researchgate.net/figure/Life-cycle-of-Coccidioides-spp-Both-C-immitis-and-C-posadasii-share-the-same-asexual_fig1_245028462
Figura 7 https://figshare.com/articles/_Life_cycle_of_Coccidioides_/1415693
Figura 9 https://botit.botany.wisc.edu/toms_fungi/jan2002.html
Figura 8 https://botit.botany.wisc.edu/toms_fungi/jan2002.html
Figura 10 http://www.mycology.adelaide.edu.au/virtual/2008/ID2-Feb08.html
Coccidioidomicose
◦ Adquirida através da inalação de artroconídios
◦ A resposta inicial do hospedeiro tem como alvo o artroconídio e se caracteriza por influxo de leucócitos
polimorfonucleares, que respondem a substâncias quimiotáxicas geradas em resposta a ativação do sistema
complemento.
◦ Dentro das primeiras 72 horas, os artroconídios são convertidos para esférulas e a resposta inflamatória
muda para uma infiltração de células mononucleares, que persiste em toda infecção acarretando a formação
de granulomas.
◦ A liberação dos endósporos do interior das esférulas produz uma resposta transitória dos leucócitos
polimorfonucleares, provocada por substâncias liberadas a partir da ruptura das esférulas.
◦ As esférulas maduras podem não ser fagocitadas porque são grandes demais para serem ingeridas por
neutrófilos, macrófagos e células dendríticas.
◦ O desenvolvimento da doença depende diretamente da interação patógeno-hospedeiro. A participação das
células T do hospedeiro é essencial para sua defesa frente à coccidioidomicose.
◦ Metaloproteinase (Mep1) secretada durante a diferenciação dos endósporos digere a superfície celular da
esférula levando a uma perda de elementos fundamentais do antígeno imunodominante (SOWgp), impedindo
o reconhecimento de endósporos livres pelo sistema imune do hospedeiro durante a sua fase de
desenvolvimento, quando estas células fúngicas são mais vulneráveis às células fagocíticas.
◦ Outros fatores de virulência incluem a indução da produção de níveis elevados de arginase I pelo hospedeiro
e urease pelo microrganismo que contribuem causando dano nos tecidos do local de infecção.
◦ Grave e as vezes fatal em pessoas saudáveis de todas as idades e etnias (mais comumente entre 30 e 75
anos de idade)
◦ 100.000 pessoas são infectadas por ano apenas nos Estados Unidos.
◦ Aproximadamente 35% são sintomáticos e a doença pode durar meses até ser resolvida.
◦ Aproximadamente 5% das infecções requerem tratamento médico e algumas dessas infecções são fatais.
◦ Quando Coccidioides espalha além dos pulmões, frequentemente vai para os ossos, articulações, pele e
cérebro. A infecção cerebral (meningite) é letal se não tratada, enquanto a infecção óssea e cutânea pode
persistir por toda a vida.
Epidemiologia
◦ O aumento do risco de infecção está associado à atividade ao ar livre.
◦ Fatores que regem os recentes aumentos na coccidioidomicose são ambientais e não genéticos;
◦ No Brasil, a infecção está associada a locais situados na zona semi-árida da região Nordeste, considerada uma das áreas
endêmicas da doença na América do Sul.
Aspectos Clínicos
◦ Pode permanecer como uma infecção respiratória aguda e autolimitada ou progredir em uma doença
crônica e se disseminar para outros órgãos e sistemas.
◦ Pulmonar progressiva
◦ Disseminada
Pulmonar primária
• Assintomática em 60% dos casos
• 40%, apresentam manifestações de doença respiratória aguda;
• A intensidade dos sintomas depende da carga infectante, variando desde um estado
gripal até um quadro de uma grave infecção respiratória inespecífica.
SINTOMAS
Febre
Tosse
Dispnéia (dificuldade de respirar)
Dor torácica
Quadros inespecíficos de gripe
◦ Em pacientes diabéticos ou imunocomprometidos, a forma pulmonar aguda não regride e evolui para
uma pneumonia crônica.
◦ É geralmente crônica e evolui a partir de infecções cujos sintomas não regrediram após dois meses.
SINTOMAS
SINTOMAS
Lesões cutâneas
Lesões de disseminação
observadas em ossos,
articulações, sistema nervoso
central, e no aparelho gênito-
urinário
Diagnóstico
◦ Exame direto ou histopatológico: formas arredondadas de parede grossa e endósporos.
◦ Cultura: colônia filamentosa branca e reverso castanho.
◦ Microscopia: hifas septadas hialinas e artroconídios
◦ PCR
ANTIFÚNGICOS
◦ Azólicos cetoconazol
◦ Fluconazol
◦ Itraconazol
◦ Anfotericina B
****Em pacientes com formas mais severas da doença, são utilizados na terapia complementar após
o tratamento inicial com anfotericina B,
Áreas de pesquisa futura
◦ Determinação do regime de tratamento ideal para coccidioidomicose pulmonar primária
◦ CAPPARELLI, F. E.; FILHO, L. R. G. PERFIL IMUNOLÓGICO DE PACIENTES COM COCCIDIOIDOMICOSE CRÔNICA E PÓS-CURA E NOVOS REAGENTES IMUNOBIOLÓGICOS
◦ CORDEIRO, R. DE A. et al. Coccidioides posadasii Infection in Bats, Brazil. Emerging Infectious Diseases, v. 18, n. 4, p. 668–670, abr. 2012.
◦ Detection of Coccidioides posadasii from xerophytic environments in Venezuela reveals risk of naturally acquired coccidioidomycosis infections | Emerging Microbes & Infections.
◦ DEUS FILHO, A. DE. Capítulo 2: coccidioidomicose. Jornal Brasileiro de Pneumologia, v. 35, n. 9, p. 920–930, set. 2009.
◦ DEUS FILHO, A. DE et al. Manifestações cutâneo-mucosas da coccidioidomicose: estudo de trinta casos procedentes dos estados do Piauí e Maranhão. Anais Brasileiros de Dermatologia, v.
◦ FILHO, D.; DE, A. Chapter 2: coccidioidomycosis. Jornal Brasileiro de Pneumologia, v. 35, n. 9, p. 920–930, set. 2009.
◦ Informações para profissionais de saúde sobre febre do vale (coccidioidomicose) | Tipos de doenças fúngicas | Fungic | CDC. Disponível em:
◦ NEGRONI, R. Historia del descubrimiento de la coccidioidomicosis. Revista argentina de dermatología, v. 92, n. 3, p. 0–0, set. 2011.
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