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Parte 1: Reformas do Estado brasileiro e a área de saúde: principais marcos.
Urbano
• Saúde pública prestada aos “pré-cidadãos”:
X pobres, desempregados, trabalhadores
Rural informais
Ministério da Educação e Saúde, criado em 1930
• Serviços oficiais e Casas de caridade
(prédio 1945)
FONTE:https://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/AEraVargas1/anos30-
37/IntelectuaisEstado/MinisterioEducacao#
Saúde Pública, democracia e desenvolvimento (1945-1964)
• Estrutura centralizada no governo federal e programas
verticalizados, orientados a doenças das coletividades, em especial
endemias rurais. Campanhas e ações sanitárias, a exemplo da • 3ª Conferência Nacional de Saúde:
malária, de cunho internacional.
FONTE: https://www.scielo.br/pdf/hcsm/v10n3/19311.pdf
• Anos 70, expansão da saúde e sua mercantilização (expansão de leitos, cobertura e volume de recursos e
orçamento, porém prestado pelo capital privado. As US (Unidades de Serviço) foi fonte incontrolável de
corrupção.
• Construção e reforma de clínicas privadas com dinheiro público (recursos da previdência) concomitante à
expansão das faculdades particulares de medicina pelo país.
Em meio à ditadura, desenvolvimento
econômico e o abandono do social...
• O papel dos congressos de estudos, pesquisadores e militância demandando soluções imediatas para os problemas criados pelo governo;
• Tentativa de mudança de paradigma - A ideia de que o setor de saúde é autônomo politicamente e a medicina estava em busca da
construção da própria escola >>>> “As determinações sociais que interferem na produção das doenças e nas relações entre o setor de
saúde e a população não eram geralmente questionadas.”;
• Sobre a escola de Medicina temos, Juan Cesar Garcia (Médico e Sociólogo Argentino) – caráter político da área da saúde (a elaboração
de um pensamento sistemático e reflexivo sobre o social; uma atitude crítica na problematização do ensino e das práticas profissionais;
um compromisso com a institucionalização e divulgação do saber sanitário.).
• Foi nesse campo que começou a se organizar o movimento sanitário que buscava conciliar a produção de conhecimento e a prática
política, envolvendo-se com organizações da sociedade civil nas suas demandas pela democratização do país;
• A lei da reforma sanitária de 68 incorporou medicina preventiva no currículo das faculdades tornou obrigatórios os DMP.
• Déc. 60 forte crítica à desmedicalização da sociedade com programas alternativos de autocuidado à saúde com valorização da medicina
tradicional.
• A discussão contra a elitização da prática médica e a inacessibilidade dos serviços médicos às grandes massas teve seu ponto culminante
na Conferência Internacional sobre a APS em Alma Ata (Cazaquistão) em 1978, quando se reafirmou ser a saúde um dos direitos
fundamentais do homem sob a responsabilidade política dos governos.
Os anos Geisel: II Plano Nacional de
Desenvolvimento e novos Espaços Institucionais
• Concessões econômicas restritas e uma política social ao mesmo tempo repressiva e paternalista;
• Inflexão do regime militar. Fim da censura à grande imprensa. A OAB, a Associação Brasileira de Imprensa e a Igreja Católica foram
importantes no combate às políticas do regime autoritário.
• Ressurgimento do movimento estudantil, do novo sindicalismo, Movimento contra o custo de vida e o Início do Movimento Sanitário.
• II Plano Nacional de Desenvolvimento (II PND) foi um plano quinquenal voltado ao desenvolvimento econômico e social (voltado para
ideia do “Brasil Grande Potência”). Apareciam nele, entretanto, algumas prioridades no campo social: educação, saúde e infra-estrutura de
serviços urbanos. O diagnóstico para saúde pública e inclusive para a assistência médica, denunciava a carência gerencial e de estrutura
técnica.
• Para isso foi criado o Conselho de Desenvolvimento Social (CDS, porém figuras de pensamento não tão próximo ao social entram e fazem
com que a saúde entre em alta burocracia.
• O setor Saúde do Centro Nacional de Recursos Humanos do IPEA, a Financiadora de Estudos e Projetos e o Programa de Preparação
Estratégica de Pessoal de Saúde da Organização Pan-americana de Saúde serviram como pilares institucionais para a estruturação e
articulação do movimento sanitário.
O Governo Sarney e a Transição Democrática
• Em 85 o regime militar chega ao fim, Tancredo Neves é eleito, mas falece antes de tomar posse. Quem assume é José
Sarney, com a chamada Nova República (estabilidade e crescimento econômico);
• Na Política busca equilíbrio entre democratas e liberais, centro do espectro ideológico na redemocratização da Nova
República. Nela, lideranças do movimento sanitário assumem posições chave nas instituições responsáveis pela política de
saúde no país.
• 8ª Conferência Nacional de Saúde de 1986 lançaram-se os princípios da reforma sanitária. A saúde carecia de uma
reformulação mais profunda, com a ampliação do conceito e sua correspondente ação institucional;
• Foi aprovada a criação de um Sistema Único de Saúde com novo arcabouço institucional , com a separação total da saúde
em relação à previdência.
• Propôs-se a criação de um grupo executivo da Reforma Sanitária, convocado pelo Ministério da Saúde – a Comissão
Nacional da Reforma Sanitária.
• O objetivo era descentralizar os recursos de saúde do governo federal para os municípios.
Proposta: a criação de um sistema único de
saúde
• A presidência do Inamps (Instituto Nacional de Assistência Médica da
Previdência) cria o Suds (Sistema Unificado e Descentralizado de Saúde ). que
tinha como princípios básicos a: universalização, a equidade, a descentralização,
a regionalização, a hierarquização e a participação comunitária.
• Viabilização da descentralização dos recursos federais para os municípios deveria
proporcionar o sonhado projeto do movimento sanitário de real acesso à atenção à
saúde para toda a população.
A construção do SUS
• Em 1988, conclui-se o processo constituinte e é promulgada a oitava Constituição do
Brasil. A chamada “Constituição Cidadã” foi um marco fundamental na redefinição das
prioridades da Política do Estado na área de Saúde Pública. Em seu artigo 196, a saúde é
descrita como um direito de todos e dever do Estado, “garantido mediante políticas sociais
e econômicas que visem à redução do risco de doenças e de outros agravos e ao acesso
universal às ações e serviços para a sua promoção, proteção, recuperação.”
• Em 1990 assume Collor, que reunia as forças conservadores, mas os reformistas puderam
contribuir no projeto de formulação da Lei Orgânica de Saúde, que sofreria muitos vetos.
• É nessa conjuntura que tem início a construção do SUS.
Gastão Wagner de Sousa Campos
• Medicina na UnB (déc. 70)
• Especialização em Saúde Pública em SP (1977)
• Médico sanitarista da SES de SP (1978)
2) A história nos mostra que a organização da sociedade civil frente aos governos é eficaz na
construção e reorganização das políticas públicas. Passamos por um processo onde a saúde
não era para todos, para a saúde como direito universal e hoje vivenciamos uma nova
tentativa de privatização da saúde. (CITAÇÃO Paim) Como a movimentação da sociedade
civil hoje pode ser capaz de atingir o Estado, através dos poderes executivo, legislativo e
judiciário, para que as bases da política de saúde da reforma sanitária não sejam destruídas?
Enquete Final