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PDA / PDCJ

CURSO: Licenciatura em Educação Básica


CTSP em Acompanhamento de Crianças e
Jovens

SEMESTRE: 1º

DOCENTE: Prof. Doutora Cristina Machado


PDA / PDCJ

• SUMÁRIO

A. Componente Teórica:
2.2. A Inteligência: A teoria do desenvolvimento cognitivo de J.
Piaget:
• O estádio sensório-motor;
• O estádio pré-operatório;
• O estádio das operações concretas;
• O estádio das operações formais.
B. Componente Prática:
Visualização de um vídeo temático / Debate / Teorização
Estádio de desenvolvimento da inteligência
sensório-motora (0 - 18/24 meses):

• Tipo de inteligência prática, isto é, Piaget admite uma


inteligência anterior à linguagem (antes da
representação ou função simbólica)

• Efetivação de construções complexas, de esquemas


de assimilação e organização do real, com base em
perceções e movimentos, ou seja, através de uma
coordenação sensório-motora das ações

• Este estádio efetua-se progressivamente a partir da


adaptação reflexa que se segue ao nascimento,
passando por 6 sub-estádios
Estádio de desenvolvimento da inteligência
sensório-motora (0 - 18/24 meses):

1º sub-estádio (0 - 1 mês):
• Sub-estádio dos reflexos: organizam-se os
primeiros esquemas, por exemplo, da sucção;

• Não existe noção de objeto permanente;

• Não existe noção de causalidade;

• Dá-se a génese da noção de espaço: surge o


espaço bucal e um princípio de espaço visual.
Estádio de desenvolvimento da inteligência
sensório-motora (0 - 18/24 meses):

2º sub-estádio ( 1- 4,5 meses):


• Sub-estádio dos hábitos e reações circulares primárias
(Reação circular primária: repetição de um resultado interessante,
descoberto por acaso, quando a ação incide sobre o próprio corpo;
pode dar origem aos primeiros hábitos)

• Começa a coordenação dos movimentos (ex.: meter o dedo à


boca);

• Inicia-se a génese da noção de espaço: não um espaço comum


aos vários domínios percetivos, mas vários espaços – espaço
visual, manual, bucal e auditivo;

• Começa a coordenação dos espaços visual e auditivo e a


coordenação dos espaços bucal e manual.
Estádio de desenvolvimento da inteligência
sensório-motora (0 - 18/24 meses):

3º sub-estádio (4, 5 - 8, 9 meses):


• Sub-estádio das reações circulares secundárias
(Reação circular secundária: repetição de um resultado
interessante, descoberto por acaso, quando a ação incide sobre
objetos exteriores);

• Começa uma melhor coordenação dos espaços visual e manual,


com a consequente formação do esquema de agarrar (preensão);

• A noção de causalidade é mágica, centrada em si própria –


qualquer causa pode produzir qualquer efeito;

• Não há noção de objeto permanente.


Estádio de desenvolvimento da inteligência
sensório-motora (0 - 18/24 meses):

4º sub-estádio (8, 9 - 11, 12 meses):


• Sub-estádio da coordenação dos esquemas com vista de um fim: trata-se do
começo da inteligência propriamente dita – adapta esquemas conhecidos a
situações novas;

• Exibe a capacidade de remover obstáculos para conseguir alcançar o seu objetivo;

• Define-se a noção de causalidade e a distinção entre meios e fins;

• Dá-se a génese da noção de espaço: a coordenação dos vários espaços permite a


construção do espaço objetivo, como meio que liga todas as coisas independentes
do eu;

• Surge a noção de objeto permanente: já procura o objeto que viu esconder, embora
se possa definir apenas como semi-objeto, dado que se o encontrar em A e depois,
diante dela, o colocarmos em B, o volta a procurar em A.
Estádio de desenvolvimento da inteligência
sensório-motora (0 - 18/24 meses):
5º sub-estádio (11, 12 - 18 meses):
• Sub-estádio das reações circulares terciárias e experiências para ver
(Reação circular terciária: o efeito obtido casualmente é não só repetido
como sujeito a variações, com o fim de novas descobertas;

• Através de tentativas, a criança começa a procurar novos meios para


resolver situações novas;

• A noção de objeto permanente termina a sua definição: procura o objeto no


lugar certo, quando escondido em sítios sucessivos;

• O espaço é considerado um objeto entre outros;

• As relações espaciais coordenam-se num “grupo de movimentos” que


antecede as futuras estruturas operatórias.
Estádio de desenvolvimento da inteligência
sensório-motora (0 - 18/24 meses):
6º sub-estádio (18 - 24 meses):
• Sub-estádio da invenção rápida de novos meios:
descobre novos meios sem recorrer à experimentação;

• Há uma combinação rápida e mental dos esquemas,


que lhe permite uma compreensão brusca da solução;

• É uma fase de transição da inteligência sensório-motora


para a inteligência pré-operatória ou representativa: já
há uma interiorização da ação.
Estádio de desenvolvimento da inteligência
pré-operatória (2 - 7, 8 anos):

• Este estádio precede o da operatividade


concreta, e carateriza-se pela passagem
da inteligência sensório-motora para a
representatividade, através da função
simbólica ou semiótica.

• Compreende 2 sub-estádios
Estádio de desenvolvimento da inteligência
pré-operatória (2 - 7, 8 anos):

1º sub-estádio (2 - 4 anos):
• Surge a função simbólica, ou seja, a capacidade de formação do
símbolo gráfico e verbal, e a representação, isto é, a capacidade de
representar objetos e situações mentalmente (o que provoca
mudanças qualitativas no desenvolvimento da criança).

• Da formação do símbolo e da diferenciação entre o significado e o


significante (esboçada no 1º estádio), surgem 5 condutas:

1. Imitação diferida: o gesto imitativo revela o princípio da


diferenciação do significante, e a imitação diferida revela o início da
representação.

2. Jogo simbólico: é um gesto imitativo mas acompanhado de


objetos que se vão tornando simbólicos; aqui, a representação é
nítida e o significante diferenciado.
Estádio de desenvolvimento da inteligência
pré-operatória (2 - 7, 8 anos):

3. Imagem mental: é a capacidade de representar em


pensamento um objeto ou uma situação e surge como
imitação interiorizada – representação ou
representatividade.

4. Linguagem falada: inicia-se no período sensório-


motor com a lalação; é uma representação verbal que
se apoia unicamente no significante diferenciado (no
símbolo verbal ou palavra).

5. O desenho: é uma imagem gráfica e só surge após


os 2 ou 2,5 anos.
Estádio de desenvolvimento da inteligência
pré-operatória (2 - 7, 8 anos):

2º sub-estádio (4, 5 - 8 anos):


• Neste sub-estádio, a criança sai do
egocentrismo intelectual do sensório-motor;

• Constrói as noções de objeto e de substância


permanentes;

• Não atinge ainda as noções de volume e de


peso.
Estádio de desenvolvimento da inteligência
operatória concreta (7, 8 – 10 anos):

• Neste estádio dá-se a interiorização das ações em operações mas


só a nível da inteligência concreta e não da formal) – não há
abstração e as operações são ainda limitadas e parcialmente
lacunares.

• As operações deste estádio consistem em transformações


reversíveis, que podem ser invenções ou reciprocidades.

• Uma das aquisições mais importantes deste período é a noção de


conservação (por ex., dos líquidos).

• Formam-se também os conhecimentos lógico-matemáticos, em que


a experiência tem uma importância muito grande.
Estádio de desenvolvimento da inteligência
operatória concreta (7, 8 – 10 anos):

• Faz-se a aquisição das operações de:


. Transitividade: A=C, se A=B e B=C
. Seriação: selecionar objetos a partir de caraterísticas iguais ou
comuns
. Classificação: formar grupos mediante caraterísticas comuns

• Há um progresso notável a nível das operações espaciais.

• Surge a noção de horizontalidade.

• No plano das operações lógicas, adquire-se a noção de interceção


de duas ou mais classes.
Estádio de desenvolvimento da inteligência
operatória concreta (7, 8 – 10 anos):

• Ao esquema do objeto permanente e dos seus


deslocamentos, associa-se uma estrutura
causal: tanto o movimento como a mudança de
velocidade são provocados por causas externas
– capacidade de atribuir uma causa a um efeito
ou noção de causalidade.

• As operações deste estádio chamam-se


concretas porque se baseiam diretamente sobre
os objetos, e não ainda em hipóteses
enunciadas verbalmente, ou capacidade de
abstração.
Estádio de desenvolvimento da inteligência
operatória formal (11, 12 – 14, 15 anos):

• Este estádio vai completar o processo de


desenvolvimento cognitivo da criança – é uma
consequência de um desenvolvimento anterior.

• Agora, o indivíduo liberta-se do concreto e situa o real


num conjunto de transformações possíveis.

• O indivíduo torna-se capaz (por uma diferenciação de


forma e conteúdo) de raciocinar em proposições em que
não acredita ou não reais, considerando-as apenas
hipóteses. Dá-se o início do pensamento hipotético-
dedutivo ou formal (Dedução: operação efetuada sobre
outra operação, que conduz das hipóteses às
conclusões)
Estádio de desenvolvimento da inteligência
operatória formal (11, 12 – 14, 15 anos):

• O indivíduo combina ideias ou hipóteses, em forma de proposições,


negações, etc.

• Surge o grupo INRC: cada operação é ao mesmo tempo inversa de


outra e recíproca de uma terceira, originando-se 4 transformações:
. Direta
. Inversa
. Recíproca
. Inversa da recíproca

• Estas estruturas, além de presentes na análise matemática, vão


estar patentes em todo o funcionamento do pensamento do
indivíduo.
Componente Prática

Atividade:
Visualização de um vídeo temático / Debate / Teorização

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