Você está na página 1de 30

ANTIMICROBIANOS NA

MASTITE
Uso antimicrobianos na
Normal
mastite Mastite
Cascata de inflamação
Células de defesa e CCS <
50.000 cél/ml/leite

Mastite
Tipos
Principais agentes –
Infecciosa clínica –
Estafilococos e Estreptococos
tto lactação Clinica –
secagem Aguda –
sistêmica
Crônica – sistêmica +
Propriedades antimicrobianos uso intramamário

Vacas em lactação – pouco irritante;


baixo grau ligação proteínas liberação rápida
baixa persistência

Período Secagem – ação bactericida


não ser irritante
Alta ligação proteínas
absorção lenta
Propriedades antimicrobianos uso Sistêmico

• IM

• SC

• Em condições normais: penicilinas, cefalosporinas, aminoglicosídeos e sulfas adm


sistemicamente não se distribuem bem na glândula mamária

• Macrolídios (eritromicina, tilosina), tetraciclinas, trimetropina e fluorquinolonas –


boa
distribuição
Uso antimicrobianos na
Penicilinas
mastite
Não se distribuem bem em glândula
mamária Quando inflamada aumenta concentração
Clostridium perfringens – penicilina +
estreptomicina

Ampicilina
Alta difusão na glândula mamária

Tetraciclina
Resistência a Oxitetraciclina
Uso antimicrobianos na
Tilosina
mastite
Mycoplasma sp.

Aminoglicosídios
Estreptomicina, neomicina e Gentamicina
Bons resultado práticos

Quinolonas
Fluorquinolonas = sucesso

Nitrofuranos e
Cloranfenicol
Proibido – risco toxicidade humanos
Tratamento Suporte na Mastite
Antiinflamatórios – flunixino – meglumina ou dexametasona

Grandes volumes de líquido – soro glicosado ou cloreto de


sódio

Borogliconato de cálcio a 20% Ocitocina

Vitaminas complexo B

Estimulantes cardíaco/respiratórios - aminofilina


AÇÕES NO HOSPEDEIRO

perda de peso
crescimento tardio e predisposição a outras doenças.
ações obstrutivas (Ascaris spp., Dirofilaria immitis)
compressiva (hidátide)
traumática (Bunostomum spp.)
espoliadora (Fasciola hepatica)
enzimática (Strongyloides spp.)
Anti-helmíntico ideal
 Composição química estável;
 Ação em estágios adultos e imaturos em desenvolvimento ou inibidos;
 Ação em diversas espécies de helmintos;
 não interferir no estabelecimento da imunidade;
 fácil administração;
 uso em dose única ou esquemas de curta duração;
 boa tolerabilidade pelo hospedeiro;
 alta margem de segurança (pelo menos seis vezes
mais do que dose
terapêutica);
 boa palatabilidade;
 compatibilidade com outros compostos;
 ausência de resíduos no leite e nos tecidos que possam requerer um longo
período de carência favorável relação custo/benefício.
MODO DE AÇÃO DOS ANTI-
HELMÍNTICOS
Interferem - produção de energia, coordenação neuromuscular e na
dinâmica microtubular, causando a destruição dos parasitos por inanição,
quando são esgotadas suas reservas energéticas, ou a sua morte e
expulsão decorrente de paralisia.
Substitutos fenólicos
baixo índice de segurança e reduzido espectro anti-helmíntico.
Nomes genéricos e químicos
■Disofenol: ■Nitroscanato: ■Nitroxinila:
Espectro anti-helmíntico
Eficácia sobre cestódios das famílias Taeniidae e Dipylidiidae em cães,

Anoplocephalidae em equinos
Davaineidae em aves.

Fasciolidae em ruminantes.

Modo de ação
Os substitutos fenólicos interferem no metabolismo respiratório dos helmintos, bloqueando a
produção de energia por inibição da fosforilação oxidativa mitocondrial.
SALICILANILIDAS
Ruminantes - controle de populações de nematódeos resistentes aos benzimidazóis e às
lactonas macrocíclicas.

Nomes genéricos e químicos


■Closantel ■Niclosamida: ■Rafoxanida:

Espectro anti-helmíntico
controle de trematódeos e cestódios e de alguns nematódeos hematófagos dos
animais domésticos, como Haemonchus spp. e Ancylostoma spp.

Resistência. Uma cepa de Fasciola hepatica resistente ao closantel e à rafoxanida já foi


identificada, sendo esta resistência associada à diminuição da enzima glutationa transferase-S.

Modo de ação
Idem substitutos fenólicos.
PIRAZINOISOQUINOLONAS
Medicamentos de escolha no tratamento das infecções por
cestódios em animais domésticos.
Altas doses, são eficazes em estágios imaturos no hospedeiro intermediário

O praziquantel - é a única forma com atividade


esquistossomicida reconhecida in vivo e in vitro.

Nomes genéricos e químicos


■Epsiprantel ■Praziquantel:

Espectro anti-helmíntico
O praziquantel é o cestodicida mais utilizado na Modo de ação
med vet, Efeito sobre o potencial de membrana das células
musculares, promovendo a inibição das bombas de
Epsiprantel - cestódios de cães, gatos, ovinos e sódio (Na+) e potássio (K+), aumentando a
equinos, sendo menos efetivo no tratamento da permeabilidade da membrana a cálcio (Ca2+), o que
esquistossomose. resulta na contração muscular paralítica (paralisia
espástica) e na desintegração do tegumento dos
cestódios.
Efeitos tóxicos
Doses altas causam
BENZIMIDAZÓIS incoordenação, fraqueza,
anorexia. Não há evidências de
Antinematódeos efeitos teratogênicos ou
Entretanto, o triclabendazol - alta embriotóxicos.
eficácia em estágios adultos e
imaturos de Fasciola.

Modo de ação
Desorganização estrutural no
tegumento dos cestódios e
trematódeos, causando sua
destruição.
MISCELÂNEA DE MEDICAMENTOS ANTICESTÓDIOS E
ANTITREMATÓDEOS
Clorsulon: sulfonamidina eficaz no controle de estágios adultos e imaturos
(6 a 8 semanas de idade) de Fasciola hepatica.

Poder residual - 8 dias nos tecidos do hospedeiro.


Não é recomendado seu uso em vacas em lactação.
Boa tolerabilidade pelos ruminantes
Índice de segurança é de 25 vezes a dose recomendada.

Pirantel
controle dos
cestódios
ASSOCIAÇÕES DE MEDICAMENTOS ANTI-HELMÍNTICOS
Associações de medicamentos anti-helmínticos, com ação em cestódios e
trematódeos.
Medicamentos Hospedeiros
Clorsulon + ivermectina Bovino e ovino
Epsiprantel + pirantel Cão
Niclosamida + oxibendazol Cão
Pirantel + oxantel Cão
Praziquantel + febantel Cão
Praziquantel + ivermectina Equino
Praziquantel + milbemicina oxima Gato
Praziquantel + pirantel Cão
Praziquantel + pirantel + febantel Cão
Praziquantel + pirantel + oxantel Cão
Rafoxanida + oxibendazol Bovino e ovino
Rafoxanida + tiabendazol Bovino e ovino
Rafoxanida + levamisol Bovino e ovino
ORGANOFOSFORADOS
Introduzidos na década de 1950 como ectoparasiticidas
posteriormente anti-helmínticos
Atualmente - ectoparasiticidas
Modo de ação
Bloqueiam ação da acetilcolinesterase na
acetilcolina, evitando a
hidrólise deste neurotransmissor - resultando em paralisia
espástica e eliminação do parasito.

Índice de segurança é geralmente pequeno

Efeitos tóxicos - letargia, anorexia, diarreia, polaciúria,


vômitos, salivação e tremores musculares.

não devem ser administrados em animais desnutridos ou


expostos a outros agentes anticolinesterásicos, como
levamisol, morantel e pirantel.
GRUPO DOS SUBSTITUTOS . FENÓLICOS E
Disofenol: O disofenolSALICILANILIDAS
é um substituto fenólico que tem atividade em
estágios adultos de ancilostomídeos de cães e gatos e
tricostrongílideos de ruminantes.

A meia-vida plasmática é de 7 a 14 dias em cães acima de 30 dias em ovinos. O


índice de segurança é de três vezes a dose
terapêutica

Intoxicação - opacidade de
córnea, taquicardia,
Rigor mortis precoce. polipneia, hipertermia; nos casos
Pode ser usado em fêmeas fatais,
prenhes.
Nitroscanato: nematódeos gastrintestinais
de cães.
Nitroxinila: tratamento e o controle de
Haemonchus spp. (inclusive de cepas
resistentes a outros princípios ativos),
Bunostomum phlebotomum e
Oesophagostomum spp., em ruminantes.

Closantel: estágios adultos e imaturos


em desenvolvimento de Haemonchus
spp. em
ruminantes. No entanto, H. contortus
resistente ao closantel já foi identificada
em ovinos.
IMIDAZOTIAZÓIS
Comercializados a partir de 1965
Tetramisole foi o primeiro princípio ativo deste grupo

Nomes genéricos e químicos


■Levamisol: ■Tetramisol

Espectro anti-helmíntico
O levamisol apresenta atividade em estágios adultos e
imaturos em desenvolvimento de nematódeos
gastrintestinais e pulmonares de ruminantes, suínos, equino e
aves.
Não é ovicida
Baixa eficácia para Trichuris spp. e estágios imaturos
inibidos de nematódeos
não tem ação em cestódios e trematódeos.
estimula a resposta imune celular nos animais

No cão, tem eficácia em microfilárias de Dirofilaria immitis. ,


Modo de ação
Os imidazotiazóis penetram no parasito através da cutícula (via transcuticular) - atuam
seletivamente em receptores nicotínicos sinápticos e extrassinápticos - induzindo a abertura dos
canais de cátions mediados por acetilcolina - despolarização da membrana e causando
contração muscular e paralisia espástica dos parasitos - eliminados do pulmão por meio do
muco bronquial e do trato intestinal junto com as fezes, em 24 a 36 h após o tratamento.

Efeitos tóxicos
O levamisol é relativamente tóxico para equino, cães e gatos e os sintomas de intoxicação são
do tipo colinérgico, semelhantes aos organofosforados, e aparecem em 10 a 20 min após
administração do medicamento, persistindo por 4 a 6 h.

Resistência. A resistência dos gêneros


Haemonchus, Trichostrongylus,
Ostertagia e Cooperia ao levamisol está
amplamente distribuída. Alterações no
número ou na sensibilidade dos
receptores colinérgicos nicotínicos
representam os mecanismos de
resistência do parasito ao levamisol.
TETRA-HIDROPIRIMIDINAS
Comercializadas a partir de 1966 para o tratamento de nematódeos gastrintestinais de ovinos e,
posteriormente, usadas em bovinos, equinos, suínos e caninos.

■Pirantel ■Morantel ■Oxantel Espectro anti-helmíntico


Pirantel - estágios adultos e imaturos de nematódeos gastrintestinais, especialmente de equinos e
cães, sendo seu uso limitado nos ruminantes e suínos.

Morantel - diversos estágios de nematódeos gastrintestinais e ação profilática na eliminação de


larvas infectantes de nematódeos pulmonares de ruminantes.

Oxantel - Trichuris em cães.

Resistência. Foi documentada a resistência de nematódeos de ruminantes ao morantel e de


equinos ao pirantel.

Modo de ação
Similar à do levamisol.

Combinação do pirantel com o oxantel aumenta o espectro de ação para helmintos e reduz o
potencial para desenvolvimento da resistência.
BENZIMIDAZÓIS
Após a descoberta do tiabendazol em 1961, foram sintetizados, no final dessa década, novos

benzimidazóis, o que representou um grande avanço no tratamento das helmintoses dos animais
domésticos.

Tiazólicos
■Tiabendazol ■Cambendazol

Metilcarbamatos
■Albendazol ■Fembendazol
■Mebendazol ■Oxibendazol
■Oxfendazol
Halogenado
Triclabendazol

Pró-benzimidazol
febantel
Espectro anti-helmíntico
Os benzimidazóis em geral têm alta eficácia contra estágios adultos
e imaturos de nematódeos gastrintestinais e pulmonares de ruminantes,
equinos, suínos, cães e gatos
ação ovicida
controle de cestódios e trematódeos é variável
 Trichostrongylus, Cooperia e Ostertagia, nas espécies ovina, caprina e bovina, vêm
desenvolvendo resistência a este grupo de anti-helmínticos.

Modo de ação
Interrompem processos vitais para a função celular, como divisão mitótica, transporte de
nutrientes e alterações estruturais da célula.

Efeitos tóxicos
teratogenicidade: Parbendazol, cambendazol, albendazol, oxfendazol, febantel e o netobimim

ovinos parecem ser mais sensíveis a estes efeitos que os bovinos.


 Em aves mebendazol e fembendazol são recomendados
gêneros Ascaridia e Capillaria,
 oxibendazol é eficaz contra Ascaridia e Heterakis.
AVERMECTINAS E MILBEMICINAS
Nomes genéricos e químicos das avermectinas
■Ivermectina ■Abamectina ■Doramectina ■ Selamectina
■Eprinomectina

Nomes genéricos e químicos das milbemicinas

■Milbemicina ■Moxidectina
 Espectro anti-helmíntico
Ivermectina - estágios adultos e imaturos em desenvolvimento e inibido de nematódeos
gastrintestinais e pulmonares de ruminantes, equinos, suínos, e em microfilárias de D.
immitis em cães

 Abamectina - nematódeos de bovinos e suínos

 Eprinomectina é recomendada para ruminantes, sendo eficaz contra formas adultas e


imaturas de Nematodirus helvetianus

 Doramectina é utilizada apenas em bovinos.

 Moxidectina, além de atuar em parasitos de bovinos, age também em nematódeos de


equinos.
Milbemicina atua contra nematódeos gastrintestinais e em microfilárias de D. immitis em cães.

Selamectina é um endectocida para cães e gatos, com espectro de ação sobre nematódeos
gastrintestinais e D. immitis (microfilárias e adultos).
Resistência.
Populações dos gêneros Haemonchus, Ostertagia e resistentes a
Trichostrongylus
ivermectina e moxidectina já foram descritas nas espécies ovina e caprina.
Em bovinos, foi relatada a resistência dos
gêneros Cooperia e Trichostrongylus a
ivermectina, doramectina e a moxidectina.

Modo de ação
Avermectinas e milbemicinas penetram nos
parasitos supõe-se que a absorção transcuticular é
a mais importante para os nematódeos
gastrintestinais

Causa paralisia motora do tipo flácida e


consequente eliminação do parasito.

Você também pode gostar