Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
2
• O petróleo é conhecido pela humanidade desde a antiguidade;
• A era da produção dos MCIA’s é paralela à era da indústria petrolífera,
iniciada com a descoberta de óleo cru em 1859, na Pensilvânia, EUA;
• A figura abaixo mostra as projeções para as reservas restantes de pe-
tróleo neste século XXI.
• Principais derivados do petróleo em ordem crescente de densidade e
crescente de temperatura de destilação (mais leves sobem na torre).
Querosene
o Líquido usado em jatos, tratores especiais e como solvente;
o Mistura de alcanos alifáticos e aromáticos com 10 a 18 átomos C;
o Faixa de vaporização: 175 a 325 C;
7
Gasolina Pura e Aditivada
Mistura de hidrocarbonetos com vaporização entre 32 C e 180 C. Suas fra-
ções leves, que vaporizam abaixo de 40 C, permitem partida a frio de
MCIAct. Porém, a concentração dessas frações na mistura não deve ser ex-
cessiva, para não deslocar ar no processo de admissão do motor;
Gasolina pura pode ser representada por uma das fórmulas: C8H15 (Pulkra-
bek, 1997); C8H18 e C8,26H15,8 (Heywood, 1988); e C7H17 (Ferguson, 1986);
No Brasil, a gasolina pura é aditivada com 27% de álcool etílico anidro (desi
dratado) combustível, sigla AEAC. A sigla da mistura gasolina-AEAC é M27;
A compressão da mistura ar-M27 em MCIAct deve ocorrer sem autoigni-
ção (AI) nem detonação (DT, ou “batida de pino”);
o AI ocorre se a gasolina não tem capacidade antidetonante adequada, por-
que a frente de chama corre o cilindro pressionando a mistura à frente. Se o
combustível não suportar a pressão, autoinflama-se (vide o sl. 9, Cap. 7-1);
o DT pode ocorrer na ascensão do pistão, se o MCIA está submetido a sobre-
carga, mesmo o combustível tendo capacidade antidetonante adequada.
A estrutura química dos hidrocarbonetos tem muita influência na capaci-
dade antidetonente da gasolina. Regra geral, quanto maior o conteúdo de
compostos voláteis (baixa pressão de vaporização) na gasoilna, maior a
sua resistência a AI e DT. Assim:
o Parafinas de cadeia linear: tem menor resistência a AI e DT que as parafinas de
cadeia ramificada, que as olefinas e que os hidrocarbonetos cíclicos aromáticos;
o Hidrocarbonetos naftênicos (cíclicos saturados): tem menor resistência a AI e
DT que os aromáticos (cíclicos insaturados).
16
Óleos combustíveis
Assim como a gasolina, são misturas de vários hidrocarbonetos com massas
moleculares crescentes;
o ÓLEO LEVE (gasóleo ou “óleo diesel”) – de uso veicular e estacionário até 1 MW.
Sua fórmula molecular varia de C12,3H22,2 (Mmédia = 170 kg/kmol; Pulkrabek, 1997) a
C10,8H18,7 (Mmédia = 148,6 kg/kmol; Heywood, 1988);
o ÓLEO PESADO – de uso naval (grande porte) e industrial. São padronizados pela
ANP nas denominações BPF (baixo ponto de fulgor) e APF (alto ponto de fulgor).
São mais viscosos que os óleos leves. Pode-se adotar para suas fórmulas molecula-
res a generalização C14,6H24,8 (Mmédia = 200 kg/kmol; Ferguson, 1987);
o Tipo A: pode conter no máximo 1% S. Foi usado em todo o País até 1988;
o Tipo B: pode conter até 0,5% S. Foi o óleo padrão para uso em transportes no
Brasil até meados de 1990, exceto nas principais regiões metropolitanas, onde era
usado o tipo C;
o Tipos C e D: o tipo C pode possuir até 0,3% S; e o tipo D, até 0,2% S. São mais vo-
láteis que os tipos A e B, porque contem mais frações leves (nafta). Em meados
dos anos de 1990, substituiram progressivamente, do Sul ao Norte do País, o uso
veicular do tipo B nas regiões metropolitanas brasileiras, segundo a política de ini-
ciar pelo tipo C e depois substituí-lo pelo tipo D (a última grande cidade a receber
o tipo D foi Manaus, em 2005).
Biodiesel
Rudolph Diesel inventou o MCIAcp visando o uso de óleos vegetais in natu
ra, tendo obtido sucesso na empreitada; ¹
1
Fonte: http://www.biodiesel.gov.br/docs/Cartilha_Sebrae.pdf (acessado em: junho/2013).
Biodiesel não é usado puro, mas misturado ao gasóleo, com vantagens
nas emissões de particulados, CO e HC, mas com desvantagem na emis-
são de NOx (figura abaixo).
Fonte: Biodiesel. US Dept. of Energy. Handling and Use Guidelines. DOE/GO-102006-2358. 2006.
20
Os maiores produtores de biodiesel no Mundo, até 2007: 1
o EUA: 6,55 bilhão m³ (rota: óleo de soja);
1
Fonte: http://www.biodiesel.gov.br/docs/Cartilha_Sebrae.pdf (acessado em: novembro/2013).
PROPRIEDADES MAIS
IMPORTANTES
DOS COMBUSTÍVEIS
22
COMBUSTÍVEIS LÍQUIDOS
Ponto de fulgor (PF) – temperatura na qual, sob a ação de uma
chama, ocorre uma ignição que não se sustenta (lampejo). Sua de-
terminação é feita no aparelho do próximo slide. É um fator impor
tante a ser considerado no armazenamento do combustível;
Ponto de ignição (PI) – temperatura maior que o PF, na qual a
combustão se sustenta. Obtido no mesmo aparelho do PF;
Temperatura de autoignição (TA) – temperatura maior que o PI,
na qual a combustão é iniciada e se mantém sem a presença de
uma chama, na pressão atmosférica;
Ponto de fluidez – temperatura mínima na qual o combustível, so-
lidificado por resfriamento, se torna um fluido;
Viscosidade – medida do atrito fluido. Permite definir as tempera-
turas de armazenamento, de bombeamento e de preparação do
combustível para a combustão, respectivamente.
Medidor de PF/PI/TA: 1 – vaso de Cleveland para a amostra; 2 – termômetro; 3 – bico oscilatório da chama
piloto; 4 – placa aquecedora do vaso e suporte do bico da chama piloto; 5 – base do conjunto; 6 – pinça
do termômetro; 7 – bico de Bunsen da chama aquecedora da cuba; 8 – depósito de gás para os bicos.
COMBUSTÍVEIS GASOSOS
Densidade () – razão, a 0 C e 1 atm, entre a massa específi-ca do gás
() e a massa específica do ar seco ();
Número de Wobbe () – razão entre o poder calorífico superior do gás
e a raiz quadrada da sua densidade, ambos a 0 C e 1 atm:
27