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Livre arbítrio é o poder que cada indivíduo tem de escolher suas ações, que caminho quer seguir. No
âmbito da filosofia, o livre arbítrio se opõe ao determinismo, que defende que todos os acontecimentos são
causados por fatos anteriores. Para o determinismo, as ações do Homem são determinadas por leis da
natureza ou por outras causas e por isso não o ser humano não pode ser responsabilizado pelos seus atos.
Para a filosofia, o indivíduo faz exatamente aquilo que tinha de fazer, seus atos são inerentes à sua vontade,
e ocorrem com a força de outras causas, internas ou externas.
- As condicionantes da ação humana
As condicionantes da ação humana são todo o conjunto de constrangimentos e obstáculos que lhe impõe limites.
Mas, ao mesmo tempo que limitam, abrem de igual modo um horizonte de possibilidades, assumindo-se também,
de certo modo, como condições do agir.
De acordo com o determinismo radical, o universo é um vasto sistema que obedece a leis casuais
invariáveis, leis baseadas em relações necessárias de causas e efeitos. Tudo na natureza consiste em
partículas e relações entre elas, e “tudo se pode explicar em termos dessas partículas e das suas relações”.
Qualquer acontecimento, incluindo a ação humana, resulta de causas que o antecedem, de acordo com as
leis da natureza, que possuem um caracter imutável. Considerar que todo o mundo obedece a um conjunto
de leis naturais e que nem a ação humana escapa ao determinismo tem como consequência a negação do
livre-arbítrio, ou a afirmação de que este é ilusório, e a total desresponsabilização do agente. O
determinismo radical nega a liberdade à ação humana e defende assim o incompatibilismo entre a
liberdade e o determinismo natural.
- Determinismo ambiental e hereditário
O compatibilismo, também designado determinismo moderado, é uma perspetiva que aceita o determinismo
no mundo natural, mas defende que existe espaço para a liberdade e para a responsabilidade humana. Sendo
assim, um ato pode ser, ao mesmo tempo, livre e determinado, o que nos devolve, como refere a afirmação
“uma imagem de nós próprios como agentes situados no interior da ordem causal da natureza.”
- Objeção ao compatibilismo
São dois os argumentos em que os libertistas se apoiam para defender a existência do livre-arbítrio:
- O argumento da experiencia e da responsabilidade: Sabemos que somos livres porque nos
apercebemos imediatamente de que o somos de cada vez que escolhemos conscientemente e temos também a
noção da responsabilidade do nosso modo habitual de pensar e de avaliar as ações.
- O argumento de que o Universo não constitui um sistema determinista: É impossível prever os
fenómenos a partir de causas determinantes (indeterminismo).
- Porque que o indeterminismo não chega para
resolver o problema do livre-arbítrio