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Pecados

O Pecado
O pecado é um ato pessoal. Além disso, temos responsabilidade
nos pecados cometidos por outros, quando neles cooperamos:

1. Participando neles direta e voluntariamente;


2. Mandando, aconselhando, louvando ou aprovando esses
pecados;
3. Não os revelando ou não os impedindo, quando a somos
obrigados;
4. Protegendo os que fazem o mal.
Modos de pecar contra o amor de Deus
Pode-se pecar de diversas maneiras contra o amor de Deus: a
indiferença negligencia ou recusa a consideração da caridade
divina, menospreza a iniciativa (de Deus em nos amar) e nega sua
força. A ingratidão omite ou se recusa a reconhecer a caridade
divina e a pagar amor com amor. A tibieza é uma hesitação ou
uma negligência em responder ao amor divino, podendo implicar
a recusa de se entregar ao dinamismo da caridade. A acídia ou
preguiça espiritual chega a recusar até a alegria que vem de Deus
e a ter horror ao bem divino. O ódio a Deus vem do orgulho.
Opõe-se ao amor de Deus, cuja bondade nega, e atreve-se a
maldizê-lo como aquele que proíbe os pecados e inflige as penas.
Pecados de pensamentos, de palavra, por
ação e por omissão
Pode-se distinguir os pecados segundo seu objeto, como em todo ato
humano, ou segundo as virtudes a que se opõem, por excesso ou por defeito,
ou segundo os mandamentos que eles contrariam. Pode-se também
classificá-los conforme dizem respeito a Deus, ao próximo ou a si mesmo;
pode-se dividi-los em pecados espirituais e carnais, ou ainda em pecados por
pensamento, palavra, ação ou omissão. A raiz do pecado está no coração do
homem, em sua livre vontade, segundo o ensinamento do Senhor: "Com
efeito, é do coração que procedem más inclinações, assassínios, adultérios,
prostituições, roubos, falsos testemunhos e difamações. São estas as coisas
que tomam o homem impuro" (Mt 15,19-20). No coração reside também a
caridade, princípio das obras boas e puras, que o pecado fere.
Pecado mortal
• O pecado mortal requer pleno conhecimento e pleno consentimento. Pressupõe o conhecimento do
caráter pecaminoso do ato, de sua oposição à lei de Deus. Envolve também um consentimento
suficientemente deliberado para ser uma escolha pessoal. A ignorância afetada e o endurecimento
do coração não diminuem, antes aumentam, o caráter voluntário do pecado.
• A matéria grave é precisada pelos Dez mandamentos, segundo a resposta de Jesus ao jovem rico:
"Não mates, não cometas adultério, não roubes, não levantes falso testemunho, não dó fraudes
ninguém, honra teu pai e tua mãe" (Mc 10,19). A gravidade dos pecados é maior ou menor: um
assassinato é mais grave que um roubo. A qualidade das pessoas lesadas é levada também em
consideração. A Violência exercida contra os pais é em mais grave que contra um estranho.
• Não podemos estar unidos a Deus se não fizermos livremente a opção de amá-lo. Mas não podemos
amar a Deus se pecamos gravemente contra Ele, contra nosso próximo ou contra nós mesmos:
"Aquele que não ama permanece na morte. Todo aquele que odeia seu irmão é homicida; e sabeis
que nenhum homicida tem a vida eterna permanecendo nele" (1 Jo 3,14-15). Nosso Senhor adverte-
nos de que seremos separados dele se deixarmos de ir ao encontro das necessidades graves dos
pobres e dos pequenos que são seus irmãos morrer em pecado mortal sem ter-se arrependido dele
e sem acolher o amor misericordioso de Deus significa ficar separado do Todo-Poderoso para
sempre, por nossa própria opção livre. E é este estado de auto-exclusão definitiva da comunhão
com Deus e com os bem-aventurados que se designa com a palavra "inferno".
Consequências do Pecado Mortal
• O pecado mortal destrói a caridade no coração do homem por uma
infração grave da lei de Deus; desvia o homem de Deus, que é seu
fim último e sua bem-aventurança, preferindo um bem inferior.
• O pecado mortal é uma possibilidade radical da liberdade humana,
como o próprio amor. Acarreta a perda da caridade e a privação da
graça santificante, isto é, do estado de graça. Se este estado não
for recuperado mediante o arrependimento e o perdão de Deus,
causa a exclusão do Reino de Cristo e a morte eterna no inferno, já
que nossa liberdade tem o poder de fazer opções para sempre,
sem regresso. No entanto, mesmo podendo julgar que um ato é em
si falta grave, devemos confiar o julgamento sobre as pessoas à
justiça e à misericórdia de Deus.
Imputabilidade da Culpa
A ignorância involuntária pode diminuir ou até
escusar a imputabilidade de uma falta grave, mas
supõe-se que ninguém ignora os princípios da lei
moral inscritos na consciência de todo ser humano.
Os impulsos da sensibilidade, as paixões podem
igualmente reduzir o caráter voluntário e livre da
falta, como também pressões exteriores e
perturbações patológicas. O pecado por malícia, por
opção deliberada do mal, é o mais grave.
Morte em pecado mortal
O ensinamento da Igreja afirma a existência e a
eternidade do inferno. As almas dos que morrem
em estado de pecado mortal descem
imediatamente após a morte aos infernos, onde
sofrem as penas do Inferno, "o fogo eterno". A
pena principal do Inferno consiste na separação
eterna de Deus, o Único em quem o homem pode
ter a vida e a felicidade para as quais foi criado e
às quais aspira.
Perdão dos pecados mortais pela contrição perfeita

Quando brota do amor de Deus,


amado acima de tudo, contrição é
“perfeita” (contrição de caridade).
Esta contrição perdoa os pecados
mortais, se incluir a firme resolução
de recorrer, quando possível, à
confissão sacramental.
Tipos de Pecados Mortais
Pecado Venial

Comete-se um pecado venial quando


não se observa, em matéria leve, a
medida prescrita pela lei moral, ou
então quando se desobedece à lei
moral em matéria grave, mas sem
pleno conhecimento ou sem pleno
consentimento.
Consequência dos pecados veniais

O pecado venial enfraquece a caridade; traduz uma afeição


desordenada pelos bens criados; impede o progresso da alma no
exercício das virtudes e a prática do bem moral; merece penas
temporais. O pecado venial deliberado e que fica sem arrependimento
dispõe nos pouco a pouco a cometer o pecado mortal. Mas o pecado
venial não quebra a aliança com Deus. É humanamente reparável com
a graça de Deus. "Não priva da graça santificante, da amizade com
Deus, da caridade nem, por conseguinte, da bem-aventurança eterna."
Confissão dos Pecados Veniais
Apesar de não ser estritamente necessária, a confissão
das faltas cotidianas (pecados veniais) é vivamente
recomendada pela Igreja. Com efeito, a confissão
regular de nossos pecados veniais nos ajuda a formar a
consciência, a lutar contra nossas más tendências, a
deixar-nos curar por Cristo, a progredir na vida do
Espírito. Recebendo mais frequentemente, por meio
deste sacramento, o dom da misericórdia do Pai, somos
levados a ser misericordiosos como ele;
Tipos de Pecados Veniais
• Marcos 7, 21-22
• Romanos 1, 28-32
• Gálatas 5, 19-21
• 1 Timóteo 1, 9-10
• Tiago 2, 8-12
• 1 Pedro 2, 1
• Apocalipse 9, 21
• Apocalipse 21, 8
Pecados Capitais
Os “sete pecados capitais” se originaram de uma lista de oito vícios principais,
desenvolvida nos anos 300 pelo místico Evágrio Pôntico. O trabalho de
Evágrio serviu de inspiração para os escritos do monge João Cassiano. Nos
anos 500, o Papa Gregório I mudou a lista de oito principais vícios para o que
conhecemos como “os sete pecados capitais”, da Igreja Católica. Os pecados
são: luxúria, gula, avareza, preguiça, ira, inveja e orgulho. Gregório encarava
esses pecados como capitais, ou principais, porque muitos outros pecados se
originam deles.
Vocês estavam mortos em suas transgressões e pecados, nos quais costumavam
viver, quando seguiam a presente ordem deste mundo e o príncipe do poder do ar, o
espírito que agora está atuando nos que vivem na desobediência. Anteriormente,
todos nós também vivíamos entre eles, satisfazendo as vontades da nossa carne,
seguindo os seus desejos e pensamentos. Como os outros, éramos por natureza
merecedores da ira. Todavia, Deus, que é rico em misericórdia, pelo grande amor com
que nos amou, deu-nos vida juntamente com Cristo, quando ainda estávamos mortos
em transgressões pela graça vocês são salvos. Deus nos ressuscitou com Cristo e
com ele nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus, para mostrar, nas
eras que hão de vir, a incomparável riqueza de sua graça, demonstrada em sua
bondade para conosco em Cristo Jesus. Pois vocês são salvos pela graça, por meio
da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus; não por obras, para que ninguém se
glorie. Porque somos criação de Deus realizada em Cristo Jesus para fazermos boas
obras, as quais Deus preparou de antemão para que nós as praticássemos.

Efésios 2:1-10

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