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AVANÇOS TÉCNICOS,

IDUSTRIALIZAÇÃO E
CONFLITOS SOCIAIS
A Revolução Industrial atingiu
setores como:

A produção de manufaturas
O comércio
A agricultura
Os transportes
A TENDÊNCIA GERAL FOI:

OFICINAS SUBSTITUÍDAS POR FÁBRICAS


Ferramentas substituídas
por máquinas
As fontes de energia
como...

Água
Vento
Força muscular
Foram substituídas por...

C
A
R
V
Ã
O
ELETRICIDADE
PETRÓLEO
A expansão e a consolidação do
capitalismo trouxeram novas
formas de exploração do trabalho
humano, gerando uma série de
conflitos entre dois grandes
grupos sociais e diversos
segmentos.
Burguesia
empresarial

Trabalhadores
assalariados
O MARCO INICIAL DA
CONTEMPORANEIDADE
A Revolução Francesa – 1789-1799
Líderes – os burgueses

O motivo –
reivindicavam
participação no
poder político.

Por outro lado os


trabalhadores
trouxeram à cena
suas aspirações.
Essas aspirações irão contribuir para gerar
lutas e o nascimento das correntes
Socialistas do século XIX.

Essas correntes denunciaram a exploração


do trabalho no contexto do capitalismo
industrial.
O otimismo em relação aos poderes da
razão, foi minguando no período
contemporâneo.

Filósofos questionaram a supremacia da razão,


que nem sempre serviu à libertação humana,
pelo contrário, aprisionou milhões de pessoas
em ideologias autoritárias ou numa
parafernália de produtos tecnológico-
industriais.
Max Horkheimer...
Parece que enquanto o conhecimento técnico
expande o horizonte da atividade e do
pensamento humanos, a autonomia do homem
enquanto indivíduo, a sua capacidade de opor
resistência ao crescente mecanismo de
manipulação de massas, o seu poder de
imaginação e o seu juízo independente
sofreram uma redução. O avanço dos recursos
técnicos de informação se acompanha de um
processo de desumanização.
As sociedades contemporâneas
trouxeram questões como...

As desigualdades
A manipulação
das pessoas

Exclusão social
Devastação
ambiental

Os rumos do
desenvolvimento
tecnológico-científico...
O ROMANTISMO

Movimento cultural – final do


séc. XVIII e início do séc.XIX –
envolveu a arte e a filosofia
O QUE FOI O ROMANTISMO

Uma reação contra o espírito


racionalista que, sozinho
pretendia dar conta do mundo e
da sociedade.

Intuiu a ameaça que esse processo representava


para a expressão dos indivíduos, tendo em vista
que os sentimentos e as emoções estavam sendo
relegados ao segundo plano.
Os românticos propuseram a exaltação
da paixão e dos sentimentos valorosos
contra a supremacia da razão.

Se caracteriza como: valorização


da sensibilidade e da
subjetividade.

Desenvolve-se: o sentimento pátrio, a


valorização dos costumes e das tradições
nacionais e ainda o anseio de liberdade
individual.
IDEALISMO ALEMÃO
KANT: ( Princípio da consciência - Eu) - O objeto
se encaixa nos moldes da percepção humana.

FICHTE: ( Princípio criador - Eu) – a realidade é


concebida a partir do Eu.

FICHTE: funda o idealismo.

Idealismo: doutrina segundo


a qual a realidade objetiva é
produto do espírito humano.
FICHTE: a realidade exterior ao
homem, chamou de não-eu, criado
pelo Eu.

SHELLING: Descorda de Ficht quando


este diz que a realidade é fruto do Eu.

SHELLING: afirma a existência de um


único princípio, uma inteligência
exterior ao próprio Eu, que rege todas
as coisas.
C
O
M
T
E
POSITIVISMO
AUGUSTO COMTE: positivismo uma filosofia
marcada pelo culto da ciência e pela sacralização do
método científico.

Positivismo expressa: confiança nos benefícios


da industrialização, bem como um otimismo em
relação ao progresso capitalista, guiado pela
técnica e pela ciência.

O positivismo reflete no plano filosófico, o entusiasmo


burguês pelo progresso capitalista e pelo
desenvolvimento técnico-industrial.
O PROGRESSO EM TRÊS
ESTÁGIOS...
1- estado teológico – os fenômenos são
produzidos por agentes sobrenatural.

2- estado metafísico – os agentes


sobrenaturais são substituídos por forças
abstratas.

3- estado positivo – uso combinado do


raciocínio e da observação.
CARACTERÍSTICAS GERAIS DO
POSITIVISMO

Objetivo do
método positivo
de investigação: é Lema da ciência
a pesquisa das positiva: VER
leis gerais que PARA PREVER
regem os
fenômenos
naturais.
O conhecimento científico torna-se um
instrumento de transformação da
realidade, de domínio do homem sobre a
natureza.

Lema positivista aplicado à sociedade:


ORDEM E PROGRESSO
Comte defendia a legitimidade da
exploração industrial, concordava com
a divisão das classes sociais e
considerava indispensável a existência
dos empreendedores capitalistas e dos
operadores diretos, o proletariado.
HEGEL

Tudo o que é real é


racional, tudo que é
racional é real.

Hegel: principal
expoente do
idealismo alemão.
PONTOS BÁSICOS DA
FILOSOFIA HEGELIANA

1- pensar a realidade 2- a realidade


como processo, possui vida
como movimento e própria, um
não somente como movimento
coisa (substância). dialético.

Dialético: diversos momentos


sucessivos (e contraditórios) pelos
quais determinada realidade se
apresenta.
A PLANTA
O botão desaparece no florescimento, podendo-se dizer
que aquele é rejeitado por este; de modo semelhante,
com o aparecimento do fruto, a flor é declarada falsa
existência da planta, com o fruto entrando no lugar da
flor como sua verdade. Tais formas não somente se
distinguem, mas cada uma delas se dispersa também
sob o impulso da outra, porque são reciprocamente
incompatíveis. Mas, ao mesmo tempo, a sua natureza
fluida faz delas momentos da unidade orgânica, na qual
elas não apenas não se rejeitam, mas ao contrário, são
necessárias uma para a outra, e essa necessidade igual
constitui agora a vida do inteiro.
HEGEL: a realidade é um contínuo devir.

HEGEL: um momento prepara o outro mas, para que


esse outro momento aconteça, o anterior tem de ser
negado.

Esses três momentos são chamados de TESE,


ANTÍTESE e SÍNTESE.

HEGEL: os conflitos, as guerras, as injustiças, as


dominações de um povo sobre outro devem ser
compreendidos como contradições, como momentos
negativos que funcionam como mola dialética que move
a história.
CONTESTAÇÃO
DO SISTEMA
HEGELIANO
FEUERBACH
FEUERBACH: a filosofia deve partir
do concreto, do ser humano
considerado como um ser natural e
social.

FEUERBACH: esse ponto de


partida é chamado de materialismo.
SHOPENHAUER
SHOPENHAUER: o conhecimento é uma relação
na qual o objeto é percebido pelo sujeito, o homem
não conhece as coisas como elas são, mas como
elas podem ser percebidas e interpretadas.

SHOPENHAUER: não existe uma realidade exterior


absoluta. Para existir o conhecimento do mundo, é
preciso existir o sujeito.

SHOPENHAUER: a representação do mundo é uma


ilusão.

SHOPENHAUER: o ser humano é essencialmente


vontade, isto o leva a desejar sempre mais. Daí, a origem
das lutas entre os homens, da dor e do sofrimento.
SCHOPENHAUER: o tolo vive
perseguindo a alegria da vida e acaba
ludibriado, enquanto o sábio procura
evitar o mal.
KIERKEGAARD
KIERKEGAARD: contestou a supremacia da razão
como único instrumento capaz de estabelecer a
verdade.

KIERKEGAARD: defendeu o
conhecimento da fé contra a supremacia
da razão.

KIERKEGAARD: a existência humana possui três


dimensões:
1- Estética – na qual se procura o prazer
2- Ética - na qual se vivencia o problema da liberdade
e da contradição entre o prazer e o dever
3- Religiosa – marcada pela fé
KIERKEGAARD: afirma que cabe ao homem escolher
em que dimensão ele quer viver, já que se trata de
dimensões que se excluem entre si.

KIERKEGAARD: diz que a filosofia hegeliana não


consegue compreender a existência do ser humano, a
sua angústia e o seu desespero.

KIERKEGAARD: o amor, o sofrimento, a angústia e


o desespero, não podem ser entendidos pela razão.

KIERKEGAARD: a filosofia hegeliana não leva em


consideração a subjetividade humana.
KIERKEGAARD: as relações do homem com o
mundo - outros seres humanos e a natureza, são
dominadas pela angústia.

KIERKEGAARD: a angústia é entendida como


sentimento profundo que temos ao perceber a
instabilidade de viver num mundo de acontecimentos
possíveis, sem garantia de que nossas expectativas
sejam realizadas.

KIERKEGAAARD: no possível, tudo é possível.

Isto é, vivemos num mundo onde tanto é


possível a dor como o prazer, o bem como
o mal, o amor como o ódio, o favorável
como o desfavorável.
KIERKEGAARD
A relação do homem consigo mesmo é marcada pela
inquietação...

Duas razões para que isso ocorra:


1- porque o homem nunca está
plenamente satisfeito com as
possibilidades que realizou
2- porque não conseguiu realizar o que
pretendia

Resultado: esgota os limites do possível e


fracassa diante de suas expectativas.
KIERKEGAARD: a relação do homem com
Deus seria talvez a única via para a
superação da angústia e do desespero.
MARX
KARL MARX
Não é a consciência dos homens que
determina o seu ser social, mas, ao
contrário, é o seu ser social que determina
sua consciência.

O marxismo é a filosofia de nosso


tempo: é insuperável porque as
circunstâncias que o engendraram não
foram ainda superadas.
KARL MARX – procurou compreender a história
real dos homens em sociedade a partir das
condições materiais nas quais eles vivem.

KARL MARX – não existe o indivíduo formado


fora das relações sociais.

KARL MARX – a forma como os indivíduos se


comportam, agem, sentem e pensam se vincula
com a forma como se dão as relações sociais.

KARL MARX - as relações sociais são


determinadas pela maneira como os homens
trabalham e produzem os meios necessários para a
sustentação material das sociedades.
KARL MARX - a força de trabalho é
transformada em uma mercadoria com dupla
face: por um lado, é uma mercadoria como
outra qualquer,paga pelo salário; por outra é a
única mercadoria que produz valor, ou seja, que
reproduz o capital.

KARL MARX - a dialética permite


compreender a história em seu movimento,
em que cada etapa é vista não como algo
estático e definitivo, mas como algo
transitório, que pode ser transformado pela
ação humana.
KARL MARX – a história é feita pelos homens,
que interferem no processo histórico e podem
dessa forma, transformar a realidade social,
sobretudo se alterarem seu modo de
produção.

KARL MARX – MODO DE PRODUÇÃO é a


maneira como se organiza a produção material em
um dado estágio de desenvolvimento social.

KARL MARX – essa maneira depende do


desenvolvimento das forças produtivas (força de
trabalho humano e os meios de produção, tais como
máquinas, ferramentas...) e da forma das relações de
produção.
KARL MARX – afirma que a passagem de um
modo de produção a outro se dá no momento
em que o nível de desenvolvimento das forças
produtivas entram em contradição com as
relações de produção.

KARL MARX – nesse momento cabe à classe


social que possui um caráter revolucionário
naquele momento intervir através de ações
concretas, práticas, para que essas
transformações ocorram.

KARL MARX – afirma que a luta de


classes é motor da história.
KARL MARX – o capitalismo criou
também, uma classe revolucionária que,
em virtude de suas condições de
existência, deve se organizar para, no
momento oportuno, fazer a revolução
social rumo ao socialismo. Essa classe é
o proletariado.
OUTROS NOMES IMPORTANTES DA
TRADIÇÃO MARXISTA

1 – Eduard Bernstein (1850 -1932)


2- karl Kautsky (1854 – 1938)
3- Rosa de Luxemburgo (1870 – 1919)
4- Vladimir Illitch Ulianov (Lênin) (1870 – 1922)
5- Leon Trotsky (1879 – 1940)
6- Josef Stálin (1878 – 1953)
7- Antonio Gramschi 91891 – 1937)
8- Gyorgy Lukács (1885 – 1971)
9- Louis Althusser (1918 – 1990)

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