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Ensaios destrutivos

Disciplina: Caracterização e Degradação de materiais


Prof. Dr. Paulo Paiva

Janne Lair Xavier Bahia


Thales Morato Pimentel
Ensaios de Compressão
 Consiste na aplicação de carga de compressão uniaxial crescente em um corpo de prova
específico;
 A deformação linear, obtida pela medida da distância entre as placas que comprimem o
corpo versus a carga de compressão, consiste na resposta desse tipo de ensaio;
 Fornece resultados que permitem quantificar o comportamento mecânico de concreto,
madeira, compósitos e materiais de baixa ductilidade (frágeis);
 Na indústria de conformação, é utilizado para parametrizar condições de processos que
envolvam laminação, forjamento, extrusão e semelhantes.
Ensaios de Compressão
 Os resultados numéricos obtidos no
ensaio de compressão são semelhantes
aos obtidos no ensaio de tração;
 Variáveis iguais às do ensaio de tração:
 Temperatura, velocidade de deformação,
anisotropia do material, tamanho de grão,
porcentagem de impurezas e condições
ambientais;
Ensaios de Compressão
Figura X – Ensaios de compressão em material cerêmico
 Indústria de Construção Civil (exemplo:
qualidade do concreto, tijolos, etc);
 • Indústria de Conformação Mecânica
(exemplo: metais dúcteis forjados,
laminados);
 Materiais Maleáveis empregados em
guarnições, gaxetas e arruelas.
 Pode ser usado em outros materiais;
 Parametrizados pelas normas:
 Fonte: Contec, 2022.
-ASTM E 9 (metais)
 NBR 5739 (concreto)
Ensaios de Compressão
Ensaios de Compressão
Figura X - (a) Corpo de prova com razão L0 /D0 inadequada. (b)
 Normalmente cilíndricos; Flambagem para corpos de prova dúc- teis. (c) Flambagem devida ao
desalinhamento das placas de compressão.
 Relação L/d entre 1 e 3 (podendo chegar a
10);
 Escolha do comprimento representa um
compromisso:
 L/d grande - Pode ocorrer a flambagem;
 L/d pequeno – feitos de extremidade.
 Problema agravado por:
 Falta de alinhamento da máquina e dispositivo
 Extremidades do c.d.p. nunca são 100% Fonte: Garcia et al, 2012.
paralelas
 Eixo do c.d.p. nunca é 100% retilíneo
Ensaios de Compressão
Figura X – Tipos de fratura em ensaios de compressão

 Frágeis: sofrem ruptura - tensões


de cisalhamento e tensões trativas
secundárias;
 Dúcteis: muitas vezes não é
possível levar o corpo-de-prova à
ruptura - análise dos dados
somente da região elástica.

Fonte: Garcia et al., 2012


Ensaios de Flexão
 Consiste na aplicação de uma carga crescente em determinados pontos de uma barra geométrica
padronizada, que pode estar engastada em uma das extremidades ou biapoiada;
 Carga X Deformação máxima ou flexa, deslocamentos do ponto de aplicação da carga;
 Indústria de cerâmicos, madeira, metais duros...
 Materiais dúcteis, nesse ensaio, podem absorver grande quantidade de energia, promovendo
dobramento;
 Pode ser em três pontos ou em quatro pontos ou extremidade engastada;
 Resultados: Módulo de ruptura em flexão, módulo de elasticidade em flexão, módulo de
resiliência em flexão e módulo de elasticidade em flexão.
Ensaios de Flexão
Figura X – Tipos de ensaio de flexão.

Fonte: Garcia et al., 2012


Ensaios de Flexão
 Algumas Normas da ASTM:
 Metais: E 812, E 855
 Concreto: C 78, C 293
 Cerâmicas: C 158, C 674
 Fibras e Compósitos: C 393
 Plásticos e Material para Isolamento
Elétrico: D 790
Ensaios de Flexão
Ensaios de Flexão
Figura X – Distribuição de tensões no ensaio de flexão

Fonte: Garcia et al., 2012


Ensaios de Flexão
 Erros experimentais no ensaio de flexão:
 Causas da dispersão de medidas experimentais - grandeza avaliada varia de amostra para amostra -
sistema de medição (transdutores, condicionadores e conversor de sinal, além do operador) introduz
erros - causas adicionais de erros: variações de geometria dos corpos-de-prova e aspectos construtivos
do dispositivo de ensaio
 Requisitos para que o ensaio seja confiável - população de defeitos do corpo-de-prova seja
representativa do material usado no componente real - fundamentar o ensaio em amostragem estatística
(15-30 peças)
Ensaios de Flexão
 Fontes externas de erros:
 Tensões de contato: roletes ou cutelos não devem ser tão pequenos a ponto de causar
endentação, nem tão grandes de modo que o carregamento não possa ser considerado pontual;
 Tensões de torção: devido a falta de paralelismo das faces do corpo-de-prova. Solução: adotar
roletes móveis;
 Curvatura do corpo-de-prova: em excesso, pode causar por exemplo o contato com apenas um
aplicador de carga no ensaio a 4 pontos. - tensões cisalhantes de atrito: causam alterações no
momento fletor e deslocamento da linha neutra. Solução: adotar roletes giratórios;
 Cerâmicas estruturais: corpos-de-prova devem ser retificados, chanfrados (sem cantos vivos) e
ter a superfície inferior polida.
Conclusão
 Os ensaios destrutivos são importantes para determinar as propriedades mecânicas dos
materiais e, assim, as suas condições de utilização;
 Deve-se parametrizar os ensaios, para garantir a reprodutibilidade do processo;
 É importante conhecer as condições de processamento dos materiais a serem analisados,
bem como as máquinas que farão as análises.
Referências
AMAURI, GARCIA,; ALVARES, SPIM, J.; DOS, SANTOS, Carlos A. Ensaios dos
Materiais, 2ª edição. [Digite o Local da Editora]: Grupo GEN, 2012. 978-85-216-2114-0.
Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/978-85-216-2114-0/. Acesso
em: 08 fev. 2022.

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