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JUN 1991 NBR 7482


Fios de aço para concreto protendido

ABNT-Associação
Brasileira de
Normas Técnicas

Sede:
Rio de Janeiro
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Rio de Janeiro - RJ
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Telex: (021) 34333 ABNT - BR
Endereço Telegráfico:
NORMATÉCNICA

Especificação
Origem: Projeto EB-780/1989
CB-01 - Comitê Brasileiro de Mineração e Metalurgia
CE-01:202.05 - Comissão de Estudo de Fio-Máquina e Trefilados
NBR 7482 - Steel wire for prestressed concrete - Specification
Copyright © 1991, Descriptors: Steel wire. Prestressed concrete
ABNT–Associação Brasileira Reimpressão da EB-780 de DEZ 1990
de Normas Técnicas
Printed in Brazil/
Impresso no Brasil Palavras-chave: Fio de aço. Concreto protendido 6 páginas
Todos os direitos reservados

SUMÁRIO 3 Definições
1 Objetivo
2 Documentos complementares Para os efeitos desta Norma são adotadas as definições
3 Definições de 3.1 a 3.3.
4 Condições gerais
5 Condições específicas 3.1 Valor nominal
6 Inspeção
Valor numérico que caracteriza certa grandeza do produto.
7 Aceitação e rejeição
3.2 Rolo
1 Objetivo
Certo comprimento contínuo de fio acabado, sem junta
Esta Norma fixa as condições exigíveis para fabricação, ou emenda de nenhuma natureza, apresentado em espi-
encomenda e fornecimento de fios de aço de alta resis- ras concêntricas, formando volume compacto.
tência, de seção circular, encruados a frio por trefilação,
3.3 Lote
com superfície lisa ou entalhada, destinados a armaduras
de protensão. Determinada quantidade de fio acabado, de mesmo diâ-
metro nominal e de mesma característica, apresentada
2 Documentos complementares para inspeção e ensaios de uma só vez.

Na aplicação desta Norma é necessário consultar: 4 Condições gerais

4.1 Classificação
NBR 6004 - Arames de aço - Ensaio de dobramento
alternado - Método de ensaio 4.1.1 Conforme a resistência à tração, os fios classificam-
se em duas categorias para cada diâmetro nominal (ver
NBR 7484 - Fios, barras e cordoalhas de aço desti- Tabelas 1 e 2).
nados a armadura de protensão - Ensaio de rela-
4.1.2 Conforme o comportamento na relaxação, os fios
xação isotérmica - Método de ensaio
classificam-se em:

NBR 6349 - Fio, barra e cordoalha de aço para ar- a) relaxação normal (RN);
maduras de protensão - Ensaio de tração - Método
de ensaio b) relaxação baixa (RB).
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Tabela 1 - Características dos fios com relaxação normal - RN

Diâmetro Tolerância Área Limite de Tensão a Alongamento após ruptura Relaxação máxima após
(em 10 d) 1000 h a 20ºC para
nominal no da resistência 1% de
tensão inicial de
do fio diâmetro seção Massa à tração alongamento Número
nominal nominal mín. mín.(B) de
Designação(A) Total Fora da dobramentos(C) 70% 80%
zona de
estricção do limite de resistência
mínimo especificado
(mín.) (mín.)
(mm) (mm) (mm2) (kg/1000 m) (MPa) (MPa) (%) (%)

CP-150 RN 8 8 1500 1280 6


50,3 395
CP-160 RN 8 8 1600 1360 5

CP-150 RN 7 7 1500 1280 6


38,5 302
CP-160 RN 7 7 1600 1360 5

CP-150 RN 6 6 1500 1280 6


± 0,05 28,3 222
CP-160 RN 6 6 1600 1360 5 2 3 5 8,5

CP-150 RN 5 5 1500 1280 6


19,6 154
CP-160 RN 5 5 1600 1360 5

CP-160 RN 4 4 1600 1360 5


12,6 98,7
CP-170 RN 4 4 1700 1490 5

(A)
Os três dígitos constantes na designação correspondem ao limite mínimo da resistência à tração na antiga unidade kgf/mm 2. Para os efeitos desta Norma, considera-se 1 kgf/mm2 = 10 MPa.
(B)
O valor mínimo da tensão a 1% de alongamento é considerado equivalente à tensão a 0,2% de deformação permanente e corresponde a 85% do limite mínimo da resistência especificado.
(C)
Para os fios entalhados, o número mínimo de dobramentos alternados é de dois.

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Tabela 2 - Características dos fios com relaxação baixa - RB

Diâmetro Tolerância Área Limite de Tensão a Alongamento após ruptura Relaxação máxima após
(em 10 d) 1000 h a 20ºC para
nominal no da resistência 1% de
tensão inicial de
do fio diâmetro seção Massa à tração alongamento Número
nominal nominal mín. mín.(B) de
Designação(A) Total Fora da dobramentos(C) 70% 80%
zona de
estricção do limite de resistência
mínimo especificado
(mín.) (mín.)
(mm) (mm) (mm2) (kg/1000 m) (MPa) (MPa) (%) (%)

CP-150 RB 8 8 1500 1350 6


50,3 395
CP-160 RB 8 8 1600 1440 5

CP-150 RB 7 7 1500 1350 6


38,5 302
CP-160 RB 7 7 1600 1440 5

CP-150 RB 6 6 1500 1350 6


± 0,05 28,3 222
CP-160 RB 6 6 1600 1440 5 2 3 2 3

CP-150 RB 5 5 1500 1350 6


19,6 154
CP-160 RB 5 5 1600 1440 5

CP-160 RB 4 4 1600 1440 5


12,6 98,7
CP-170 RB 4 4 1700 1580 5

(A)
Os três dígitos constantes na designação correspondem ao limite mínimo da resistência à tração na antiga unidade kgf/mm 2. Para os efeitos desta Norma, considera-se 1 kgf/mm2 = 10 MPa.
(B)
O valor mínimo da tensão a 1% de alongamento é considerado equivalente à tensão a 0,2% de deformação permanente e corresponde a 90% do limite mínimo da resistência especificado.
(C)
Para os fios entalhados, o número mínimo de dobramentos alternados é de dois.

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4.2 Fabricação Tabela 4 - dimensões dos rolos

4.2.1 Composição química do aço do fio Diâmetro nominal Diâmetro interno


do fio dos rolos
O fio deve ser encurado a frio por trefilação, a partir de fio- (mm) (m)
máquina de aço-carbono, com a composição química
indicada na Tabela 3. 6; 7; 8 1,8 - 2,2
5 1,5 - 1,8
Tabela 3 - Composição química do aço
4 1,2 - 1,5

Elemento (%) Nota: Salvo indicado em contrário, os fios de outras dimensões


devem ser fornecidos em rolos com os diâmetros internos
Carbono 0,60 - 0,90 iguais aos dos fios de diâmetros nominais imediatamente
Manganês 0,50 - 0,90 superiores.

Silício 0,10 - 0,35 4.3.2 Embalagem


Enxofre máximo 0,040
Mediante acordo e no ato da encomenda deve ser estabe-
Fósforo máximo 0,040
lecido o tipo de embalagem.

Nota: Outras composições do aço podem ser utilizadas, desde 4.4 Marcação e designação
que o produto atenda às características mecânicas
previstas nesta Norma. 4.4.1 Marcação

4.2.2 Qualidade do fio acabado Cada rolo deve ser identificado por uma etiqueta sufici-
entemente resistente, com inscrição indelével, firmemente
Deve ser isento de defeitos na superfície e internos, pre- presa, que deve indicar:
judiciais ao seu emprego.
a) nome ou símbolo do produtor;
4.2.3 Emendas em rolos
b) número desta Norma;
Nos fios acabados não são permitidas soldas ou quais- c) designação do produto:
quer emendas. As eventuais soldas ou emendas feitas
durante a fabricação, após o patenteamento, a fim de - categoria (150, 160 e 170);
permitir a continuidade das operações de fabricação, de-
vem ser removidas pelo fabricante. - relaxação (RN ou RB);

4.2.4 Tratamento final d) diâmetro nominal do fio, em mm;

4.2.4.1 Os fios devem ser endireitados e submetidos a um e) número do rolo.


tratamento térmico ou termomecânico final apropriado, a
fim de cumprir os requisitos especificados em 5.2 e nas 4.4.2 Designação
Tabelas 1 e 2.
Os fios devem receber a designação conforme segue.
Por exemplo: CP-150 RN 7 significa fio para concreto
4.2.4.2 Os fios ao serem desenrolados e deixados livre-
protendido (CP), categoria 150, relaxação normal (RN) e
mente sobre uma superfície plana e lisa não devem apre-
diâmetro de 7 mm.
sentar curvatura permanente superior à correspondente
a uma flecha de 200 mm em um comprimento de 5 m.
4.5 Encomenda
Notas: a)Os fios não devem sofrer qualquer tratamento de aque- Na encomenda dos fios, o comprador deve indicar:
cimento, tensionamento ou endireitamento sobre o
tratamento final e a aplicação na protensão.
a) número desta Norma;
b) Para que sejam mantidas as características especi- b) quantidade, em kg;
ficadas em 5.2 e nas Tabelas 1 e 2, os fios não devem
sofrer qualquer tratamento final e a aplicação na pro-
c) diâmetro nominal do fio, em mm;
tensão.

d) categoria e relaxação;
4.3 Acondicionamento e embalagem
e) acabamento da superfície (lisa ou entalhada);
4.3.1 Acondicionamento
f) acondicionamento e embalagem;
Desde que atendam a 4.2.4, os fios são fornecidos em ro-
los, cujos diâmetros internos são indicados na Tabela 4. g) local e procedimento da inspeção.
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5 Condições específicas 6.1.2 Contratante

5.1 Diâmetro e tolerâncias


Cabe ao contratante adotar pelo menos um dos seguintes
Os diâmetros nominais padronizados e as tolerâncias procedimentos:
dos fios são indicados nas Tabelas 1 e 2.
a) verificar a integridade física das armaduras;
5.2 Propriedades mecânicas

5.2.1 Os fios fabricados conforme 4.2 e inspecionados,


b) fiscalizar o comprador na aceitação do material;
amostrados e ensaiados conforme o Capítulo 6 devem
atender aos valores mínimos especificados de: c) analisar as características do material utilizado,
através dos ensaios já realizados pelo comprador;
a) tensão a 1% de alongamento;
d) realizar o controle de qualidade do produto ou
b) limite de resistência à tração;
contratar firmas especializadas para este fim.
c) alongamento após ruptura;
6.2 Amostragem
d) número de dobramentos alternados, sem fissuras
ou ruptura.
6.2.1 Para os ensaios especificados em 6.3.1 e 6.3.2, deve-
Nota: O fio com uma profundidade de entalhe até 3,5% se retirar de qualquer das duas extremidades de um rolo,
do seu diâmetro nominal deve suportar dois do- de cada lote de cinco unidades ou fração, uma amostra
bramentos alternados sem fissuras ou rupturas. de comprimento suficiente.
O entalhe não deve ter profundidade superior a
3,5% do diâmetro nominal do fio.
6.2.2 A determinação do diagrama de tensão-deformação
5.2.2 As propriedades mecânicas dos fios com relaxação
deve ser feita para cada corrida ou fração.
normal são especificadas na Tabela 1.
6.2.3 As amostras não devem ser submetidas a nenhuma
5.2.3 As propriedades mecânicas dos fios com relaxação forma de tensionamento ou de aquecimento após a
baixa são especificadas na Tabela 2. fabricação. Se for necessário o endireitamento da
amostra, este deve ser feito a frio e todo o procedimento
6 Inspeção deve obedecer à NBR 6349.
6.1 Procedimento de inspeção
6.3 Ensaios
6.1.1 Comprador
6.3.1 O ensaio de tração dos fios deve ser executado con-
6.1.1.1 Ao comprador compete exigir do fabricante certi-
forme a NBR 6349, determinando-se a tensão a 1% de
ficados de ensaios do material fornecido.
alongamento, o limite de resistência à tração e o alonga-
Nota: Os resultados dos ensaios do fabricante devem estar dis- mento após ruptura, para todos os corpos-de-prova.
poníveis para exame pelo comprador ou seu representante
durante pelo menos cinco anos. 6.3.2 O ensaio de dobramento alternado deve ser execu-
tado conforme a NBR 6004, utilizando-se mandris cilíndri-
6.1.1.2 O certificado deve conter:
cos com os diâmetros indicados na Tabela 5 para os cor-
a) data da realização dos ensaios; respondentes diâmetros nominais dos fios.

b) identificação do lote, com a quantidade e a nume- Tabela 5 - Diâmetros do mandril para ensaio de
ração respectivas dos rolos fornecidos; dobramento alternado

c) características dimensionais, mecânicas e quími-


cas do lote. Diâmetro nominal do fio Diâmetro do mandril
(mm) (mm)
6.1.1.3 Fica a critério do comprador verificar se as caracte-
rísticas especificadas em 6.1.1.2-c) são mantidas na acei- 8 50
tação, fazendo executar as inspeções e os ensaios que 7 40
julgar necessário em laboratório oficial ou homologado. 6 35
5 30
6.1.1.4 A partir da recepção do material, o comprador torna- 4 25
se responsável pela integridade física do produto no de-
correr de operações de transporte, manuseio, estocagem Nota: Para diâmetro intermediário de fio, adota-se o diâmetro do
e colocação na estrutura. mandril imediatamente superior.

Nota: Caso o comprador deseje efetuar a inspeção do produto


6.3.3 O ensaio de relaxação dos fios deve ser executado
na fábrica, após este ter sido submetido aos ensaios de
rotina do fabricante, os eventuais ensaios adicionais, às conforme a NBR 7484, determinando-se os valores de
expensas do fabricante, são limitados ao máximo de uma relaxação para uma tensão inicial equivalente a 70% ou
unidade em cada dez rolos ou carretéis. 80% do limite de resistência mínimo estabelecido.
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7 Aceitação e rejeição 7.3 Pode-se admitir oxidação do produto, desde que esta
seja superficial, leve e uniforme e o produto não apresente
7.1 O produto inspecionado, amostrado e ensaiado con- pontos de corrosão na superfície.
forme o Capítulo 6 é aceito, desde que todos os resultados 7.3.1 Normalmente uma oxidação superficial uniforme
atendam aos valores mínimos especificados no Capítu- pode ser removida com a mão ou esfregando-se os fios
lo 5 e nas Tabelas 1 e 2. com um tecido grosseiro (estopa ou juta). Em caso de
dúvida quanto à gravidade do dano provocado pela oxi-
7.2 Se qualquer corpo-de-prova, no ensaio de tração de dação, o produto deve ser submetido a ensaios especiais
dobramento alternado, não atingir os valores mínimos para a comprovação de suas propriedades mecânicas
especificados, devem ser retiradas e submetidas duas originais.
amostras adicionais da mesma extremidade do mesmo
rolo. Nota: Salvo acordo prévio entre comprador e fornecedor, a su-
perfície do fio não deve conter nenhum lubrificante, óleo
ou outra substância capaz de prejudicar sua aplicação.
7.2.1 O lote é aceito somente se os resultados desses
dois corpos-de-prova atenderem aos valores especi- 7.4 A liberação e o emprego do produto não são condi-
ficados. Caso haja falha em uma determinação, o rolo cionados ao ensaio de relaxação, em vista de sua longa
deve ser rejeitado e os restantes do lote devem ser en- duração. O comprador pode-se basear em resultados re-
saiados um por um, aceitando-se somente os que aten- centes e regularmente obtidos com material da mesma
derem aos va-lores especificados nas Tabelas 1 e 2. categoria.

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