Transportes

• O sistema de transporte é fundamental para o desenvolvimento econômico

das nações, pois envolve a circulação de pessoas, mercadorias e recursos,
possibilitando melhor integração entre elas.

• Afeta todos os setores da economia; Comércio interno e externo.

• Está diretamente relacionado ao desenvolvimento econômico.

Importância • Cada tipo de transporte possui uma especificidade.

• Relação custo x benefício.

• Para o Brasil, os meios de transporte são um problema – Gargalos

econômicos.
Causas: extensão territorial do país; políticas de priorização do modal
rodoviário.
Escolha do modal – O que considerar?

• Distância a ser percorrida;

• Urgência (tempo até o destino final);
• Condições físicas e naturais da região (altitude, clima etc);
• Custo da mercadoria (Ex: Se a mercadoria é muito barata, por exemplo uma comoditie, o
transporte deve ser barato);

• Portanto, é necessário planejar! É uma questão estratégica.

Histórico brasileiro
• 1º Eixo de desenvolvimento: período colonial - limitado ao litoral, ligando a colônia e a metrópole
• Ciclos do pau-Brasil e da cana

• Ciclo do Café - deslocamento para o Sudeste; introdução das ferrovias. Entre 1870 e 1920 – Era das
ferrovias

• Ciclo da mineração - interiorização do território, por meio de estradas.

• Década de 50 - Com a construção de Brasília, estimula-se a ocupação mais efetiva do Centro-Oeste; JK

para estimular as indústrias automobilísticas, investe no meio de transporte rodoviário no país.

• Década de 90 - Desconcentração industrial - estimula a infraestrutura de transportes em outras regiões

brasileiras.
 Matriz/rede de transportes brasileira
Refere-se aos meios empregados para promover a circulação de pessoas e
mercadorias dentro de um território.

Características :
• Dependência rodoviária - política pública;
• Falta de integração (intermodalidade);
• Custos elevados (fretes);
• Infraestrutura deficiente - Diferenças regionais.
COMPARAÇÃO DE MATRIZES DE TRANSPORTE DE CARGA
Países de mesmo porte territorial
Priorização do rodoviarismo – O início
• O Brasil começou a investir, realmente, em rodovias somente ao longo do século XX.
• O auge dessa política veio com o Governo JK, pois o processo de industrialização do Brasil, naquela
época, demandava uma maior integração territorial, o que incluía, sem dúvidas, uma rede de
transporte articulada por todo o território nacional.
• Nesse sentido, Juscelino Kubitschek trouxe para o país a indústria automobilística, construiu a
capital Brasília no interior do espaço brasileiro e promoveu a construção de várias rodovias
importantes, essas ocupando praticamente todo o orçamento então destinado a transportes
terrestres.
• Pressão de grupos econômicos (interesses das indústrias automobilísticas, petrolífera e da
construção civil);

• Durante o Regime Militar, a política rodoviarista manteve-se com

o Programa de Integração Nacional (PIN) – EX: BRs, Transamazônica
Relação custo benefício dos
modais
 Rodoviário
Vantagens:
• É o mais flexível e o mais ágil no acesso às
cargas, permite integrar regiões, mesmo as
mais afastadas, bem como o interior dos
países.
• Os transportadores não necessitam de
grandes investimentos (além do custo dos
veículos).
• Mais adequado para mercadorias com pouco
volume e peso.
• Indicado para curtas e médias distâncias.
Desvantagens:
• Alto custo de manutenção (recapeamento, pintura,
contenção de erosão etc);
• Possui a menor capacidade de carga entre todos os
modais, pois o custo operacional é alto em relação ao
peso transportado, tornando-o mais adequado para
pequenos volumes.
• Este modo é um dos modais mais poluentes, pois
apresenta altos índices e tipos de poluição.
• Elevado consumo de combustíveis fósseis (petróleo).
• É considerado o modo mais inseguro pelas estatísticas
de acidentes.
 Ferroviário
Vantagens: Desvantagens:

• Menos poluente e consome menos recursos. • Os investimentos em infra-estrutura são elevados,

• Reduzido impacto ambiental. devido à necessidade de grande resistência e
• Elevada capacidade de carga (mercadorias e qualidade da via permanente. Além disso, as vias-
passageiros). férreas têm de ser implantadas totalmente, não
podendo ser construídas por etapas.
• Econômico no transporte de mercadorias
pesadas e volumosas a médias e longas
distâncias (minerais, carvão, cereais,
automóveis, etc.,).
• Alta tonelagem de carga;
• Baixo risco de acidente;
• Baixo custo de manutenção.
Principais itens transportados
pelo modal ferroviário:

• Mais de 95% dos minérios chegam aos

portos pelos trilhos; Destaque para o
Quadrilátero Ferrífero.

• 40% dos granéis sólidos agrícolas

exportados;

• 50% do açúcar.
 Aéreo
Vantagens:
• É o mais rápido para transportar
passageiros a médias e longas distâncias;
• É seguro e cômodo;
• É o mais adequado para o transporte de
mercadorias de alto valor e de mercadorias
perecíveis;
Desvantagens:
• Possui pequena capacidade de carga;
• Tem o modo de custo operacional mais alto -
necessita de altos investimentos em infra-estrutura,
como aquisição de aeronaves, construção e
aparelhamentos de terminais (aeroportos) e ainda, no
controle de tráfego aéreo.
• Frete relativamente alto em relação aos demais
modais.
• Elevada poluição atmosférica (Usa como
combustível o querosene - derivado do petróleo).
 Hidroviário
Vantagens: Desvantagens:

• Baixo custo de implantação • Baixa eficiência - Limitado aos fatores naturais -

• Baixo custo de manutenção Rios navegáveis
• Alta tonelagem de carga
Transporte marítimo e hidroviário no Brasil
• O território brasileiro possui cerca de 5 mil quilômetros de litoral e extensa rede hidrográfica.
Apesar das condições favoráveis e do baixo custo do transporte hidroviário pouco se utiliza do
mesmo.

• Destaque para a Bacia Amazônica - Rios navegáveis e de planície;

• Há canais fluviais no Brasil que apresentam muitas cachoeiras (rios de planalto), sendo impróprios
a navegação. (Vide sistema de eclusas)

• Destaque para as hidrovias Paraná-Paraguai e Tietê-Paraná

Custo Brasil

• Denominação genérica dada a uma série de custos de

produção, ou despesas incidentes sobre a produção, que
tornam difícil ou desvantajoso para o exportador brasileiro
colocar seus produtos no mercado internacional.

• Exemplos: tributos (excesso de impostos, contribuições e

taxas)
Infraestrutura (falta de estradas de rodagem bem
conservadas, deficiência de estradas de ferro e de hidrovias,
comunicações deficientes e caras, além de portos e
aeroportos ineficientes e de alto custo operacional);
Exemplo
Jogo rápido
Produto/Situação Meio de transporte mais indicado
Produtos eletrônicos em longas distâncias Avião

Commodities no interior do país Hidroviário ou ferroviário

Produtos diversos em curtas distâncias Rodoviário

PARTE 2
O transporte rodoviário
Informações gerais
• O transporte rodoviário é o mais utilizado no Brasil.
• Responde por 95% do movimento de passageiros e
65% do transporte de cargas do País.
• Apesar do custo elevado para manutenção das
estradas, da baixa capacidade de carga e da
importação de combustível para complementar a
produção nacional para consumo do diesel e da
gasolina, o rodoviarismo ainda prevalece no Brasil.
• Principais vantagens: apropriado para deslocamentos
de curtas e médias distâncias; agilidade e rapidez na
entrega da mercadoria, transporte de porta a porta
(possibilitam a entrega na porta do comprador);
menor custo de embalagens.
MALHA
RODOVIÁRIA
BRASILEIRA
Rodovias não pavimentadas
• A baixa disponibilidade de rodovias
pavimentadas no Brasil fica
evidenciada quando comparada
com a de outros países de extensão
territorial semelhante ou, mesmo,
com a de outros países da América
Latina.
• Embora mais 65% da produção nacional seja transportada por caminhões e
carretas, o Brasil ainda carece de uma infraestrutura rodoviária como a existente
nos países desenvolvidos.

• Problemas como pistas não asfaltadas, pavimentação em más condições,

sinalização deficiente, traçado inadequado e idade média da frota rodoviária
elevada interferem perigosamente na movimentação de cargas, além de afetar o
consumo de combustíveis dos caminhões, aumentar a emissão de gases de efeito
estufa e elevar o custo logístico.
Frota de veículos x malha
rodoviária
• O crescimento da frota de veículos quando comparado ao da
malha rodoviária pavimentada, no mesmo período, mostra
uma incompatibilidade dos dados.
• Uma frota que cresce continuamente contrasta com uma
malha praticamente inalterada, logo aumenta a demanda
sobre esse modal.
• Assim, se não forem realizadas intervenções de manutenção
mais frequentes, o processo de desgaste e de surgimento de
defeitos é intensificado, comprometendo a qualidade das
vias.
• Além disso, permanece a necessidade da expansão da malha
pavimentada para que esses veículos possam circular de
forma mais bem distribuída pelas rodovias.
Distribuição espacial das rodovias
 Classificação das
rodovias brasileiras
Rodovias radiais

• Saem todas de Brasília

Rodovias
longitudinais
• São traçadas no sentido dos
meridianos, isto é, cruzam o País
na direção norte-sul.
Rodovias
transversais
• Cruzam o Brasil na direção leste-
oeste.
Rodovias
diagonais
• Cruzam o País na direção
nordeste-sudoeste ou sudeste-
noroeste.
Greve dos caminhoneiros

• Evidenciou a dependência brasileira do meio de

transporte rodoviário;

• A greve durou 11 dias (21/05/2018 a

31/05/2018).

• Reivindicações: Redução no preço do diesel;

isenção de pedágio de eixos suspensos.

• A economia brasileira sofreu uma contração de

3,3% no mesmo mês.
A questão da privatização e concessão
• Privatização significa vender bens públicos de empresas estatais para o setor
privado. Exemplos de privatização são as vendas da Telebrás e da Vale.

• Já o regime de concessão não se trata de uma venda, mas sim de uma

administração por tempo determinado de bens públicos pelo setor privado, com
contratos de melhorias e cobrança de impostos por parte da empresa, sempre
regulados pelo governo. Os aeroportos do Galeão, no Rio de Janeiro, e de
Confins, em Minas Gerais, são exemplos de concessões do governo.
Privatizações ou Concessões
Vantagens
• O Estado a concentrar sua
administração em funções básicas,
como educação, saúde, segurança,
saneamento básico, etc. (Será?)
• Melhor qualidade na estrada (asfalto,
postos de serviços etc).
Desvantagens
• Bem público passa para a iniciativa
privada;
• Gastos para os motoristas, que
precisam arcar com os pedágios.
Exemplo: Rodovia Campinas-Mogi
 • O transporte intermodal requer tráfego misto ou múltiplo, indicado para
atingir locais de difícil acesso.
Intermodalidade • Compreende o uso de trem, caminhão, navios, dutos ou uma combinação
deles.
• Objetivo de reduzir custos no processo produtivo.
 Falta de continuidade dos projetos públicos
(infraestrutura-transporte)

• Os governantes brasileiros nunca priorizaram adotar outros tipos de sistema de transporte

porque isso não tem impacto eleitoral.
• A cada troca de governo, ocorre o abandono dos projetos anteriores e cria-se um novo, que
acha que é melhor.
• O Brasil é um país cuja estratégia é substituir o velho pelo novo, com completo abandono do
velho. Você cria uma descontinuidade de projetos. Há uma questão cultural de trabalhar com
curto prazo porque é compatível com a agenda eleitoral.
• Falta estratégia - o fato de basicamente dois terços das cargas serem transportadas por meio
rodoviário deixa o país mais vulnerável a greves que afetem o abastecimento, como a dos
caminhoneiros.