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HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA I

Aula de Revisão – AV2


HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA I

Conteúdo Programático desta aula

Esta aula se destina


basicamente a analisarmos, de
uma forma breve e resumida,
os principais aspectos
abordados por nós ao longo
das 5 últimas aulas de nossa
disciplina.

AULA DE REVISÃO AV2


HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA I

MUNDO
CONTEMPORÂNEO E
A IDEIA DE
ACELERAÇÃO DO
TEMPO

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HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA I

Graças ao seu pioneirismo na Revolução


Industrial, a Inglaterra chega ao século XIX como
uma das mais importantes potências mundiais. O
capitalismo sofre intensa transformação à
medida que se consolida enquanto sistema
dominante nas relações econômicas. As práticas
do mercantilismo, que haviam sido postas em
vigor durante a Idade Moderna e que
caracterizaram os antigos Estados Nacionais dão
lugar à uma economia monetária e baseada não
só no mercado, mas também em um sistema
financeiro.

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HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA I

Neste contexto, a classe operária surge como motor


e como grupo social explorado pelas necessidades de
uma industrialização que embora cresça, não dá
conta das necessidades básicas desta população. A
classe operária compartilha, sobretudo, a noção de
experiência, o que teria impulsionado as crescentes
reinvindicações por melhores condições de vida e
pela regulamentação do trabalho. As primeiras
organizações trabalhistas inglesas eram ilegais,
mas a partir de 1824, elas passaram a ser
legalizadas. A Inglaterra dava os primeiros passos
na absorção dos trabalhadores.

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HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA I

A partir do século XIX, o modelo


produtivo industrial estabelecido um
século antes na Inglaterra, espalha-se
pela Europa e por alguns países fora do
continente. Esta expansão foi
denominada de Segunda Revolução
Industrial e seria um dos pontos
fundamentais para a política
imperialista que dominaria os
continentes africanos e asiáticos até o
século XX.
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HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA I

A ferrovia foi uma marca do progresso do século


XIX e mostrou a necessidade de aceleração do
tempo. Era necessário buscar escoamento de
produção para as mercadorias. A expansão da
malha ferroviária consumiu grande quantidade de
mão de obra e de matéria prima, alavancando os
transportes.

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A Era vitoriana caracterizou-se pela chamada


Pax Britânica, período de paz em que o reino
não se envolveu em nenhum grande conflito
que pusesse, de alguma forma, prejudicar sua
politica e economia internas. De fato, na
Europa da época, não havia nenhum rival a
altura da poderosa Inglaterra. A França, que
historicamente havia entrado em diversos
conflitos com os ingleses, estava abalada desde
a derrota de Napoleão, e 1815. A armada
britânica era considerada incomportável e
conferia ao reino um importante papel militar.
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Apesar de sua prosperidade, a Inglaterra


passava por conflitos em seu império,
tais como a questão da Irlanda,
incorporada ao império britânico e que
nunca aceitou essa incorporação,
lutando por sua independência, e a
Guerra da Crimeia, uma luta com o
império russo pelo domínio dessa região,
vencida pelos britânicos.

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A partir do século XIX, o modelo produtivo


industrial estabelecido um século antes na
Inglaterra, espalha-se pela Europa e por alguns
países fora do continente. Esta expansão foi
denominada de Segunda Revolução Industrial e
seria um dos pontos fundamentais para a
política imperialista que dominaria os
continentes africanos e asiáticos até o século
XX.
A França colocava-se então como a principal
rival inglesa mas ...

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A derrota na guerra franco prussiana


prejudicou seu desenvolvimento contínuo e,
por outro lado, alavancou a industrialização
alemã. Itália e Alemanha tinham mantido, até
finais do século XIX, sua estrutura interna
fragmentada em diversos reinos. Somente entre
os anos de 1870 e 1871 é que houve a
unificação, que foi fundamental para o
desenvolvimento industrial alemão e baseou-se,
sobretudo, nas enormes reservas de minério
que o país possuía. O final do século XIX viu a
Alemanha surgir como grande potência.
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HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA I

Ainda que tenha se industrializado tardiamente,


a Alemanha não ocupava um lugar de menor
importância na economia europeia. Mesmo antes
da sua revolução industrial, os reinos alemães
possuíam importantes portos, bancos e cidades
comerciais, que dinamizavam suas economias
internas. Sua unificação em torno da Prússia
permitiu a diminuição da dependência de
produtos industrializados, diminuindo as
importações especialmente de mercadorias
francesas e inglesas.

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Devido à sua industrialização tardia, a


Alemanha se lança posteriormente à corrida
imperialista e a disputa por territórios é
considerada um dos principais fatores para a
eclosão da Primeira Guerra Mundial.
A segunda revolução industrial também se
espalha pelo Japão da Era Meiji, período de
modernização desse país, e pelos Estados
Unidos, que buscam se industrializar cada vez
mais, vencendo a escravidão e unificando todo
o país a partir da lógica capitalista.
O mundo entra em uma nova fase ...

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HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA I

Nas aulas anteriores vimos o processo de


industrialização europeu e, a partir do século
XIX, a industrialização de países também fora
da Europa. Devemos ressaltar que a
industrialização estava vinculada ao
desenvolvimento do capitalismo.
Como sistema econômico, o capitalismo
caracteriza-se pelo domínio dos meios de
produção pela classe burguesa e por amparar-
se no trabalho livre e assalariado. Mas sua
trajetória não é homogênea e compreende
períodos distintos.

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HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA I

Podemos estabelecer, inicialmente, o capitalismo


comercial como ponto de partida. Esta fase
corresponde ao período das grandes navegações
e se estende até a Revolução industrial. O
capitalismo industrial passa a preponderar,
especialmente a partir do século XIX, quando a
industrialização se torna a tônica dos países
europeus. Mas, o capitalismo também passa por
crises, principalmente por conta da lei da oferta
e da procura, quando temos mercadorias
excessivas no mercado e poucos consumidores
para as mesmas. É um momento de retração da
economia até que ela se recupere.
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HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA I

A busca por novas fontes de energia, matérias


primas e mercado consumidor dá origem à
política imperialista, que é a expansão dos
países industrializados em direção aos que
ainda não haviam passado por este processo,
notadamente os continentes asiático e
africano.. O processo imperialista se acirra
ainda mais com a entrada no cenário das
disputas coloniais de novos países tais como
Alemanha, Itália, Bélgica e Estados Unidos,
principalmente após o processo de unificação
pelos quais os dois primeiros passaram e pelo
crescimento econômico que o último passava.
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HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA I

A expansão imperialista foi fundamentada em


diversos aspectos que compreendiam as mais
diversas justificativas para esta política e dentre eles
citamos:
*necessidade de se expandirem para fora da Europa
em busca de novos territórios para obtenção de
matéria prima e mercado consumidor.
Do ponto de vista econômico, era necessário buscar
novos mercados que garantissem consumidores para
os produtos europeus. Os recursos naturais eram
limitados e o imperialismo garantiria o acesso à
novas fontes de energia e matéria prima, que
poderiam ser compradas por preços muito mais
baratos, quando não simplesmente apropriados pelos
europeus.
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HISTÓRIA DA CULTURA E DA SOCIEDADE
NO MUNDO CONTEMPORÂNEO

O imperialismo foi uma política etnocêntrica,


onde a cultura europeia era considerada superior
as dos povos africanos e asiáticos e, assim, cabia
aos europeus levar a civilização aos bárbaros,
que viviam ainda de maneiras primitivas,
incompatíveis com o progresso e a
industrialização que o mundo vivia. Foi a “missão
civilizadora do homem branco “. Diversos
territórios na África foram conquistados tais
como França começa a conquista da Argélia,
Bélgica conquistando o Congo, Inglaterra
conquista o Egito, a Nigéria e Serra Leoa, dentre
outras conquistas para os europeus.
A ALTERNATIVA SOCIALISTA– AULA 3
HISTÓRIA DA CULTURA E DA SOCIEDADE
NO MUNDO CONTEMPORÂNEO

A ALTERNATIVA SOCIALISTA– AULA 3


HISTÓRIA DA CULTURA E DA SOCIEDADE
NO MUNDO CONTEMPORÂNEO

.
Para legitimar a posse territorial, entre 1884 e
1885 ocorreu a Conferência de Berlim, que
alinhou as potências imperialistas da Itália,
França, Inglaterra, Espanha, Portugal, Estados
Unidos, Império Otomano, Bélgica, Alemanha,
Holanda, Rússia, Áustria-Hungria, entre outros,
não contando com a participação dos países
africanos, diretamente interessados na partilha
de seu território. Os países participantes
definiram seus domínios e suas fronteiras, em
uma claro desrespeito a ordem vigente na África.

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HISTÓRIA DA CULTURA E DA SOCIEDADE
NO MUNDO CONTEMPORÂNEO

A ALTERNATIVA SOCIALISTA– AULA 3


HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA I

A Ásia também foi alvo do colonialismo europeu.


A disputa entre Rússia e Japão pela Coreia e pela
Manchúria deu origem à guerra russo japonesa,
entre 1904 e 1905, vencida pelos japoneses,
que revelou a fragilidade do império russo.
Ainda na região, a Inglaterra domina a Índia e a
França toma posse da Indochina, que englobava
Laos, Camboja e Vietnã.
Os Estados Unidos dominam o Havaí e se
expandem sobre a América através do Big Stick e
da Doutrina Monroe.

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HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA I

Consequências do colonialismo:

•Imposição de hábitos e costumes dos europeus


aos povos nativos;
•Perda de sua autonomia;
•Exploração de seu território;
•Acirramento dos conflitos na África e na Ásia;
•Lutas de resistência contra a ocupação do
colonizador;
•Expansão do modelo estadunidense de consumo
e economia;

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HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA I

O momento de expansão das potências industriais


europeias em direção aos continentes asiático e
africano, no século XIX, pode ser definido tanto como
imperialismo como neocolonialismo. A ideia de
neocolonialismo implica em uma comparação com as
políticas expansionistas deste mesmo continente
europeu, que havia ocorrida no contexto da Idade
Moderna e que provocou a formação de colônias em
várias partes do mundo sobretudo, na América. O
neocolonialismo, embora seja igualmente uma prática
de dominação dos povos, possui mecanismos, ações e
justificativas diversas daquele que ocorreu a partir dos
séculos XV e XVI.

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HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA I

Uma similaridade entre o colonialismo do


século XV e XVI e o do século XIX é o fato
de que a conquista da América não foi
pacífica, e a submissão dos povos
africanos e asiáticos, tampouco,
motivando diversas resistências,
principalmente pelo fato da visão do
homem branco sobre os povos africanos
era de que os mesmos não tinham cultura
e precisavam ser civilizados.

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Como movimentos de resistência ao colonialismo,


vamos citar alguns:

A Guerra do Ópio – ocorrida entre ingleses e chineses,


foi vencida pelos primeiros e consolidou a entrada dos
ingleses naquele país através do comércio, com perdas
para os chineses, que tiveram que abrir seus portos aos
ingleses e perderam Hong Kong.

A Revolta dos Cipaios – luta dos indianos contra a


influência inglesa dentro do país, principalmente
devido à falta de respeito para com os costumes dos
indianos, forte presença britânica no país e penetração
comercial. Os vários motins ocorridos no país tiveram a
denominação de Cipaios.
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HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA I

Entre o final do século XIX e o início do século


XX, até a eclosão da Primeira Guerra Mundial,
o mundo viveu um período de prosperidade,
proporcionado pela Segunda Revolução
Industrial. A crença de que ao homem tudo
era possível fortaleceu o ideal de crescimento
e de um mundo sem limites.
Esse momento, pleno de avanços tecnológicos
e inovações artísticas, ficou conhecido como
Belle Époque. O mundo passava por evoluções
em diversos campos e novas perspectivas
surgiam.

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HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA I

O mundo vivia uma aparente tranquilidade e a paz


era considerada uma realidade mas, ressaltamos
que era uma “paz armada” pois não podemos
desconsiderar que o mundo que emergia do final
do século XIX era intensamente bélico pois sua
indústria de armamentos crescia cada vez mais.
Respirava-se um ar tenso, um clima de
instabilidade marcado pela competitividade
ocorrida durante a divisão das colônias africanas e
asiáticas.
A Europa respirava um ar tenso mas, apesar de
tudo isso, as mudanças eram intensas.

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HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA I

A modernidade passa a estar ligada à alguns fatores:


ascensão da burguesia, fortalecimento do capitalismo e
desenvolvimento industrial, que provocariam uma
mudança nas mentalidades e alterariam definitivamente a
história que vivemos.

Não é só a economia e a política que se modificam em


finais do século XIX, mas o próprio homem e sua maneira
de ver e entender o mundo que o cerca.

Há uma afirmação do modelo urbano como símbolo de


progresso, o que se revela na arquitetura, nas artes, no
uso da fotografia, nas novas descobertas.

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HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA I

A arte tornou-se um fator muito importante no


contexto da Belle Époque, surgiram movimentos
novos tais como o impressionismo, o fauvismo, o
cubismo, e a art nouveau.
Era uma forma de expressão diferente, com uso de
cores mas, era uma expressão do artista e sua
visão. A invenção da fotografia mudou essa
história pois com ela, a arte torna-se diferente
pois a realidade passa a ser fielmente retratada,
inclusive tornando-se valiosa fonte para o estudo
da história.

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HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA I

Paris se torna modelo para o mundo, com seu estilo


de vida, seu refinamento, sua cultura. Passa a
inspirar mudanças no mundo inteiro, como a
reforma urbana de Pereira Passos, no Rio de
Janeiro do início do século XX.
Sua arte, música, liberdade, cultura, tornam-se a
tônica de um novo mundo. A torre Eiffel simboliza a
modernidade, o avião e o cinema também são
símbolos desse moderno.
Nesse contexto de desenvolvimento e de
modernidade, surge o turista, que viaja todo o
mundo. O homem torna-se grandioso, a ciência
parece não ter limites, novas invenções, novas
perspectivas para a humanidade.
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HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA I

Então, esse mundo entra em crise com a Primeira Guerra


Mundial, quando os inventos que pareciam tão úteis para
a humanidade se tornam máquinas de guerra, o avião, o
submarino, a metralhadora tornam-se máquinas para
derrotar o outro.
A fotografia passa a retratar a realidade cruel do homem
e a visão da ciência como símbolo de prosperidade entra
em crise. Inicia-se uma nova fase na história
contemporânea !!!

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HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA I

NESSA AULA VOCÊ:

• Revisou os principais aspectos que


caracterizaram as cinco últimas aulas dessa
disciplina, analisando de forma breve e
resumida acontecimentos relevantes do
período estudado. Não deixe de assistir as
aulas pois são muito importantes para
consolidar o seu aprendizado !!

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