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Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Centro de Ciências da Saúde


Departamento de Odontologia
Determinantes Sociais e Biológicos das DBD

PREDIÇÃO DAS
DOENÇAS BIOFILME
DEPENDENTES
Prof. Anderson Fernandes
anson.fernandes@hotmail.com
Ato ou efeito de predizer ou Probabilidade de um membro
O que
ato de afirmar coméconvicção de uma população definida Ocausador
É o fator que é fator
de uma
O que é risco?
predição?
aquilo que poderá acontecer desenvolver uma dada etiológico?
doença
num momento futuro doença em um período de
tempo

Característica biológica, ou
exposição ambiental e/ou EstáO associado a um risco
que é preditor
O que é fatorque
comportamental de elevado da doença,
aumenta arisco? departe
probabilidade de mas não faz risco?
da cadeia
um indivíduo desenvolver causal dela
determinada doença em uma
escala temporal

Parâmetros possíveis de
serem
O quemensurados
é fator deno
momento do diagnóstico e
prognóstico?
que servem como preditor da
sobrevida do paciente
Um dos principais desafios das ciências
da saúde é identificar precoce e
corretamente os indivíduos que, no
futuro, desenvolverão doenças.

Compreender o RISCO que um indivíduo


ou população têm de desenvolver DBD.
Objetivos da predição das DBD

Dirigir ações preventivas para indivíduos de maior


risco;

Diminuir o custo dessas ações;

Auxiliar na tomada de decisões e no plano de


tratamento;

Avaliar a frequência e procedimentos de retorno.


Predição das DBD

Nível individual: a avaliação de risco das doenças


biofilme dependentes deve ser realizada em todos
os pacientes e de forma contínua

Nível populacional: a avaliação de risco tem sido


recomendada quando a doença em questão
apresenta uma incidência relativamente baixa
(<25%) naquela população
Fatores de risco

 Idade

1
 Sexo (fatores
Fatores Antecedentes Não-Modificáveis hormonais)
 Raça/etnia
 Fatores
Genéticos

2 Fatores Modificáveis (ambientais, adquiridos e comportamentais)


 Microbiota
 Fatores de
Retenção
 Tabagismo
 Diabetes
 HIV / AIDS
 Medicamentos
 Dieta
 Estresse
Fatores de risco

Fatores de Risco Antecedentes Não-Modificáveis

 Idade Panorama Nacional...

O percentual de indivíduos sem nenhum problema periodontal


foi de 63% para a idade de 12 anos contra 1,8% nos idosos de
65 a 74 anos;

As formas mais graves da doença periodontal aparecem de


19,4%
modo mais significativo nos adultos de 35 a 44 anos;

Nos idosos, os problemas gengivais têm pequena expressão em


termos populacionais.
Edentulismo ou nº
reduzido de dentes
Fatores de risco

Fatores de Risco Antecedentes Não-Modificáveis


 Idade CO M
PLEX
A
Idade Doença Periodontal
Tanto a prevalência quanto a gravidade da doença periodontal
aumentam com a idade

Efeito Idade Representa o efeito cumulativo da exposição


prolongada a verdadeiros fatores de risco

Difícil relacionar o aumento da suscetibilidade com o avanço da


idade ou com fatores de confundimento como uso de
medicações, doenças sistêmicas e condição de fragilidade
Fatores de risco
Fatores de Risco Antecedentes Não-Modificáveis
 Sexo (fatores hormonais)
Homens tenham demonstrado saúde
periodontal pior que as mulheres
INFECÇÃO
Não existe diferença estabelecida
entre homens e mulheres na
suscetibilidade à periodontite

 Melhores
práticas de
higiene
 Utilização de
serviços
odontológicos
Fatores de risco
Fatores de Risco Antecedentes Não-Modificáveis
 Sexo (fatores hormonais)

Puberdade
Resposta inflamatória exacerbada aos fatores
locais presentes

Apesar da doença gengival ser um achado comum

A gengivite não é uma ocorrência universal para todas as


adolescentes

Importância dos cuidados de higiene bucal


Fatores de risco
Fatores de Risco Antecedentes Não-Modificáveis
 Sexo (fatores hormonais)
Gestação As alterações
hormonais acentuam a
resposta gengival ao
A gravidez em si não causa a biofilme
gengivite

O fator etiológico é o biofilme


microbiano

Não ocorrem alterações notáveis na gengiva


durante a gravidez na ausência de fatores
locais
Fatores de risco
Fatores de Risco Antecedentes Não-Modificáveis
 Sexo (fatores hormonais)

Gestação
Gengivite

Mastócitos gengivais +
liberação de histamina e
enzimas
Estrogênio e
Resposta linfócitos T
Progesterona
maternos

Alterações na
Prevotella permeabilidade Extravasamento de
intermedia vascular fluido nos tecidos RESPOSTA
(microbiota perivasculares INFLAMATÓRI
anaeróbia) A
Fatores de risco
Fatores de Risco Antecedentes Não-Modificáveis
 Sexo (fatores hormonais)
Gestação
 Melhor tratamento é a prevenção;
 Intervenções não-cirúrgicas devem começar logo que
diagnosticado;
 Requer remoção dos fatores irritantes locais;
 Raspagem e alisamento coronorradicular;
 Cirurgias devem ser evitadas a menos que comprometa a
mastigação ou função estética.
Fatores de risco
Fatores de Risco Antecedentes Não-Modificáveis
 Raça/etnia

Diferenças na prevalência da periodontite entre países e


continentes têm sido relatadas em estudos

Prevalência de Periodontite:
Negros americanos > Mexicanos > Brancos não-hispânicos

Raça/etnia Socioeconômico
Fatores de risco
Fatores de Risco Antecedentes Não-Modificáveis
 Fatores genéticos
Variações hereditárias tem um papel aproximadamente igual ao que o
meio ambiente desempenha na determinação de quem é afetado pela
doença e quem não é.

Clássicos estudos em gêmeos sugerem que os determinantes


genéticos são marcadores significativos do fenótipo da doença
periodontal

Interleucina 1α
Periodontite
crônica em não-
Interleucina 1β fumantes
Fatores de risco
Fatores de Risco Antecedentes Não-Modificáveis
 Fatores genéticos

Genes alterados Doença Periodontal


A frequência da ocorrência desses polimorfismos parece variar
bastante entre grupos étnicos

Em um estudo prospectivo de 5 anos com 295 indivíduos, Cullinam et


al. (2001) relataram uma interação de genótipo positivo, idade,
tabagismo e colonização por Porphyromonas gingivalis, e concluíram
que o genótipo positivo é um fator contribuinte, mas não essencial,
para a progressão da doença periodontal
Fatores de risco
Fatores Modificáveis (ambientais, adquiridos e
comportamentais)
 Experiência pregressa de doença Cárie

A experiência passada de cárie e, mais especificamente, a atividade das lesões


(experiência atual) são importantes na predição.

Exame físico intraoral  “ao focar nos aspectos que indicam se uma lesão é ativa ou
inativa, o profissional poderá estimar o risco de desenvolvimento de novas lesões e da
progressão daquelas já existentes.”

Atividade de cárie
 Presença de lesões de cárie ativa inicial
 Restaurações nos últimos 3 anos
 Presença de lesões cavitadas: o nº de cavidades não deve ser considerado de forma
isolada para avaliar o risco, pois representa o resultado final de um ataque cariogênico.
Fatores de risco
Fatores Modificáveis (ambientais, adquiridos e
comportamentais)
 Experiência pregressa de doença Cárie

Indica que o indivíduo foi submetido a um desafio cariogênico em um


determinado momento do seu passado.

Será que os mesmos fatores que contribuíram para o desenvolvimento da


doença no passado ainda estão em ação?

A exposição aos fatores de risco à cárie pode variar com o tempo!

Pode reduzir o poder preditivo da experiência passada da doença


Fatores de risco
Fatores Modificáveis (ambientais, adquiridos e
comportamentais)
 Experiência pregressa de doença Doença periodontal

História de doença periodontal existente ou prévia é um bom preditor


clínico de risco para doença futura.

Resume o efeito cumulativo de todos os fatores de risco, conhecidos ou não,


para os quais o indivíduo foi exposto.

Pacientes com muita perda de inserção existente estão mais


propensos ao risco de maior perda de inserção no futuro.

Muitos dentistas tem a sua avaliação de risco para o desenvolvimento de DP


no futuro influenciada pela existência atual da doença.
Fatores de risco
Fatores Modificáveis (ambientais, adquiridos e
comportamentais)
 Hábitos de higiene
IPV
 IPV é um índice clínico: impossível diferenciar
clinicamente o biofilme cariogênico do não-cariogênico.
Assim, essa análise não é por si só, predizível.
 Mas, em dentes sem biofilme não tem lesão de cárie.
 Biofilme visível nos incisivos – risco aumentado
 Fatores de retenção de biofilme – risco aumentado
Fatores de risco
Fatores Modificáveis (ambientais, adquiridos e
comportamentais)
 Hábitos de higiene
Sangramento à sondagem

 Isoladamente, a presença de sangramento à sondagem não


é suficiente para determinar o risco de perda de inserção
com acurácia.
 Seu valor preditivo aumenta quando avaliado em conjunto
com a profundidade de sondagem.
 Ausência de sangramento à sondagem: mais confiável
para determinar sítios que não passarão por destruição 
alto valor preditivo negativo.
Fatores de risco
Fatores Modificáveis (ambientais, adquiridos e
comportamentais)
 Microbiota Hipótese da
placa não-
Hipótese da
placa
específica ecológica
Início das pesquisas
para Tratamento
patógenos orais na direcionado ao
placa agente causador
1880 - 1920 1930 1960 2000

Placa Dental BIOFILME


Massa Biológica

Patógenos
Hipótese da
específicos para
placa
muitas doenças
específica
Fatores de risco
Fatores Modificáveis (ambientais, adquiridos e
comportamentais)
 Microbiota
Fatores de risco
Fatores Modificáveis (ambientais, adquiridos e
comportamentais)
Periodontopatogênica
 Microbiota
Pirâmide de Socransky

Atuam agregando os
Colonizam a superfície colonizadores iniciais
dentária e se
proliferam nos estágios
iniciais
Fatores de risco
Fatores Modificáveis (ambientais, adquiridos e
comportamentais)
 Microbiota Cariogênica

Bactérias acidogênicas

 Estreptococos do grupo mutans; Glicose e frutose


 Lactobacilos;
 Glucanos
Actinomicetos.

Microbiota cariogênica

 Atividade acidogênica;
 Capacidade de aderência superfície;
 Produção de polissacarídeos de reserva / acidófila.
Fatores de risco
Fatores Modificáveis (ambientais, adquiridos e
comportamentais)
 Microbiota
Fatores de risco
Fatores Modificáveis (ambientais, adquiridos e
comportamentais)
 Fatores de retenção Presença de Cálculo

O cálculo consiste no biofilme mineralizado que se forma nas superfícies dos dentes
naturais e nas próteses dentárias.

Seu grau de formação está relacionado com a quantidade de biofilme e com


a secreção das glândulas salivares

Cálculo supragengival Cálculo subgengival


Fatores de risco
Fatores Modificáveis (ambientais, adquiridos e
comportamentais)
 Fatores de retenção Presença de Cálculo

Cálculo supragengival Coloração sofre


influência do tabaco
Direção coronal à margem gengival
e corantes
alimentares
De cor branca ou amarela esbranquiçada

Pode existir em um único dente ou em um grupo de dentes

Superfícies vestibulares dos molares maxilares e as superfícies linguais dos


dentes mandibulares anteriores
Fatores de risco
Fatores Modificáveis (ambientais, adquiridos e
comportamentais)
 Fatores de retenção Presença de Cálculo

Cálculo subgengival
 Abaixo da crista da gengiva marginal

 Detecção: sondagem OMS, jato de ar e RX

 Coloração marrom-escura ou preto-esverdeado

Íons minerais oriundos do fluido gengival


 Sítio periodontal inflamado
 Substâncias alcalinas
 Precipitação dos sais
Fatores de risco
Fatores Modificáveis (ambientais, adquiridos e
comportamentais)
 Fatores de retenção Presença de Cálculo

Cálculo subgengival
ASPECTOS ESTRUTURAIS
Bruxita
Fosfato octacálcico
COMPOSIÇÃO
Hidroxiapatita
Fosfato de cálcio (90%)

FORMAÇÃO Intracelular/extracelular

Esmalte dental
Superfície radicular
ADESÃO
Outras superfícies
Fatores de risco
Fatores Modificáveis (ambientais, adquiridos e
comportamentais)
 Fatores de retenção Presença de Cálculo
Fatores de risco
Fatores Modificáveis (ambientais, adquiridos e
comportamentais)
 Fatores de retenção Restauração com sobrecontorno

 O sobrecontorno favorece a retenção do


biofilme dentário

 Dificulta a higienização

 Defeitos marginais resultam na inflamação


do tecido adjacente e em recidivas de
cáries

 Términos cervicais supragengivais ou


extentidos 0,5 mm intrassulcularmente
Fatores de risco
Fatores Modificáveis (ambientais, adquiridos e
comportamentais)
 Fatores de retenção Restauração com sobrecontorno
Fatores de risco
Fatores Modificáveis (ambientais, adquiridos e
comportamentais)
 Fatores de retenção Restauração com sobrecontorno

Retirada de excessos grosseiros do material


Acabamento restaurador, melhorando a anatomia e
contorno
Confere lisura e brilho, contribuindo para
Polimento menor pigmentação e aderência de biofilme

A lisura superficial do material restaurador, proveniente do acabamento e


polimento, e a adaptação marginal na parede cervical têm importância
fundamental na manutenção da saúde.
Fatores de risco
Fatores Modificáveis (ambientais, adquiridos e
comportamentais)
 Fatores de retenção Restauração com sobrecontorno
Fatores de risco
Fatores Modificáveis (ambientais, adquiridos e
comportamentais)
 Fatores de retenção Má oclusão

Associada com fatores como o:


 Mau posicionamento, desalinhamento ou apinhamento
dentário
 Desajuste nas relações mandibulares
 Respiração bucal
 Hábitos parafuncionais
 Conotação morfológica, podendo estar acompanhada
de alteração funcional
Fatores de risco
Fatores Modificáveis (ambientais, adquiridos e
comportamentais)
 Fatores de retenção Aparelho ortodôntico

 Maior número de superfícies para reter biofilme e


restos alimentares.

 Obstáculo para a autolimpeza

 Dificuldade de realizar as técnicas de escovação e


higiene

 Inflamação do tecido periodontal e


desmineralização dentária ao redor dos braquetes
Fatores de risco
Fatores Modificáveis (ambientais, adquiridos e
comportamentais)
 Tabagismo
Altamente prevalente 1 bilhão e 300 mil

4720 substâncias tóxicas

6 milhões de mortes por ano


Fatores de risco
Fatores Modificáveis (ambientais, adquiridos e
comportamentais)
 Tabagismo

O tabagismo é o principal fator de risco para a periodontite, podendo afetar a


prevalência, a extensão e a gravidade da doença.
Além disso, o tabagismo causa um impacto adverso no resultado clínico de
terapias cirúrgicas e não cirúrgicas.
Fatores de risco
Fatores Modificáveis (ambientais, adquiridos e
comportamentais)
 Tabagismo

 Alterações Imunológicas
Prejuízo na Fagocitose
Diminuição dos níveis de anticorpos salivares e séricos
Redução na produção de linfócitos
Deficiência na quimiotaxia e aderência de neutrófilos

 Efeito vasoconstrictor

 Alteração qualitativa na microbiota Patogênica


Fatores de risco
Fatores Modificáveis (ambientais, adquiridos e
comportamentais)
 Tabagismo
Sangramento à sondagem (Mascara Inflamação gengival)
Aumenta a queratinização da camada epitelial
Colonização de bolsas Periodontais superficiais por patógenos
Níveis de patógenos em bolsas profundas
Prevalência e gravidade da destruição periodontal
Profundidade da bolsa, perda de inserção e perda óssea
Perda dentária
Prevalência com o aumento de cigarros por dia
Prevalência e gravidade com a interrupção do fumo
Fatores de risco
Fatores Modificáveis (ambientais, adquiridos e
comportamentais)
 Diabetes
Distúrbio metabólico complexo caracterizado por hiperglicemia crônica.

Produção diminuída de insulina, ação prejudicada da insulina ou ambas

Altas concentrações de Glicose


no sangue e no fluido gengival

Fatores imunológicos

Alteração qualitativa das


bactérias.
Fatores de risco
Fatores Modificáveis (ambientais, adquiridos e
comportamentais)
 Diabetes

 Tipo I (insulinodependente): O próprio corpo de paciente causa a destruição


das células beta do pâncreas, produtoras de insulina, o que predispõe o indivíduo
ao desenvolvimento da doença.
 Tipo II (não insulinodependente): resulta de uma combinação de resistência à
insulina e deficiência na secreção desta, acometendo principalmente pacientes
obesos e sedentários.

 A doença periodontal é considerada a sexta complicação do diabetes.


Fatores de risco
Fatores Modificáveis (ambientais, adquiridos e
comportamentais)
 Diabetes
 A DP em diabéticos não obedece um padrão
constante ou distinto

 Maior prevalência e gravidade

 Influência Bidirecional

Redução nos mecanismos de Maior perda de inserção


defesa Sangramento a Sondagem
Susceptibilidade aumentada a aumentado
infecções Mobilidade mais pronunciada
Fatores de risco
Fatores Modificáveis (ambientais, adquiridos e
comportamentais)
 HIV/AIDS

 AIDS: Síndrome da Imunodeficiência Adquirida


 Profunda depleção do sistema imunológico
 HIV possui alta afinidade por linfócitos T CD4
 Inúmeras manifestações orais
 Cárie e Doença periodontal são mais relacionadas
com pouca higiene do que com contagem de
células CD4
Fatores de risco
Fatores Modificáveis (ambientais, adquiridos e
comportamentais)
 HIV/AIDS

Avaliação da condição do paciente


Controle da imunossupressão em HIV+
Terapia Anti-retroviral de alta atividade
Lamster et al (1997), concluíram que a periodontite na presença da infecção por
HIV é dependente da competência imunológica do hospedeiro, assim como da
resposta inflamatória local típica e atípica a microbiota subgengival.
Fatores de risco
Fatores Modificáveis (ambientais, adquiridos e
comportamentais)
 Medicamentos

Aumento esférico Margens gengivais vestibular e


indolor da Papila lingual

Formação de prega
tecidual e cobrimento das União dos aumentos marginais
coroas e papilares
Fatores de risco
Fatores Modificáveis (ambientais, adquiridos e
comportamentais)
 Medicamentos
Anticonvulsivantes Imunossupressores Bloqueadores de
(Fenitoína) (Ciclosporina) canais de cálcio
(Nifedipina)

Prevalência 50% 25% a 70% 20%


População de risco Mais frequente em Pacientes Condições
Jovens transplantados Cardiovasculares
Dose x C.Gengival Não relacionado com Doses superiores a Dependente da dose
a dose 500mg/dia

Ação do fármaco no Proliferação de Proliferação de Proliferação de


Cresc. Gengival Fibroblastos e Plasmócitos e fibroblastos
epitélio Substancia Extra gengivais e colágeno
Celular Amorfa
Fatores de risco
Fatores Modificáveis (ambientais, adquiridos e
comportamentais)
 Medicamentos

 Aumento generalizado, porém mais grave na região


anterior
 Lesão em formato de amora
 Consistência firme
 Coloração rosa-clara e elástica
 Superfície lobulada
 Sem tendência ao sangramento

PROCESSO INFLAMATÓRIO SECUNDÁRIO


Fatores de risco
Fatores Modificáveis (ambientais, adquiridos e
comportamentais)
 Medicamentos

 O aumento medicamentoso pode ocorrer em


bocas com pouca ou nenhum acúmulo de
biofilme e estar ausente em bocas com
depósitos abundantes.

Higiene reduz a inflamação, mas não detém o


crescimento

 Recidivas após remoção cirúrgica


 Remoção espontânea após interrupção da droga
Fatores de risco
Fatores Modificáveis (ambientais, adquiridos e
comportamentais)
 Medicamentos Fenitoína
Fatores de risco
Fatores Modificáveis (ambientais, adquiridos e
comportamentais)
 Dieta
 A cariogenicidade dos alimentos está relacionada à frequência de consumo e
tempo de permanência no meio bucal

 Consistência e adesividade do alimento, características anatômicas dos


dentes e das arcadas, movimentos musculares e fatores salivares

 Concentração de fluoretos nos produtos consumidos

 Utilização de substitutos do açúcar


Fatores de risco
Fatores Modificáveis (ambientais, adquiridos e
comportamentais)
 Dieta

 Participação na formação da cárie:


 Fonte de energia no metabolismo glicolítico
 Síntese de polímeros extracelulares para adesão das bactérias
 O metabolismo glicolítico dos glicídios é responsável pela
produção de ácido láctico e, consequentemente, pelo início do
processo de formação da cárie.
Fatores de risco
Fatores Modificáveis (ambientais, adquiridos e
comportamentais)
 Estresse
 Todos os indivíduos experimentam estresse, mas não resulta necessariamente em
doença
 Tipo do estresse, tempo de duração e a capacidade de enfrentamento individual
 Alterações fisiológicas e de hábitos: Higiene Oral pobre

 Menor busca por assistência


odontológica
 Bruxismo e Apertamento
 Aumento no consumo de cigarro
 Fluxo diminuído de saliva
 Imunidade suprimida
Fatores de risco
Fatores Modificáveis (ambientais, adquiridos e
comportamentais)
 Estresse
Distribui leucócitos pelos tecidos
Diminui proliferação linfocitária
Diminui fagocitose
Altera produções de citocinas
Reduz produção de anticorpos

RESPOSTA
INEFICIENTE CONTRA
PATÓGENOS
Modelo de predição

Modelos multivariados que têm por objetivo


identificar fatores que aumentam
significativamente a probabilidade de ocorrência da
doença em um período de tempo.

Podem ser incluídas variáveis direta ou


indiretamente ligadas à cadeia causal da doença,
como também as que não fazem parte dessa
cadeia.
Existe um modelo de predição ideal?

 O modelo ideal para predição das doenças biofilme-


dependentes deveria ser de simples realização, não
invasivo, de fácil reprodução, e alta acurácia, com
altos valores de sensibilidade e especificidade.

 Um único modelo de avaliação de risco não pode


ser utilizado para todas as populações: ciclo de vida,
características da população e níveis de doença.
Existe um modelo de predição ideal?

Diferentes modelos de avaliação de risco tem sido


propostos para doenças biofilme-dependentes.

Baseados em raciocínio ou algoritmos.

Ainda não há um modelo universalmente utilizado.


Cariograma
É um programa de computador interativo, criado por
Bartthal et al. (1997), para ilustrar a relação entre os fatores que
contribuem para o desenvolvimento da cárie dentária.

 Avalia o risco de cárie, expressando


seu resultado como a probabilidade
de evitar novas lesões;
 Recomenda ações preventivas;
 Crianças, adultos e idosos;
 Dependência de coleta de saliva e
análise bacteriológica  custo.
O programa faz uma análise “ponderada”.
Cariograma
Diferentes fatores têm diferentes "pesos” em
diferentes situações e o número de combinações
de fatores é enorme.
Cariograma

Construção do cariograma: O profissional deve inserir os dados


necessários no programa.
• 10 variáveis que avaliam o risco individual de cada paciente
Cariograma
O resultado do cariograma se mostra como um gráfico em
pizza, sendo dividido em cinco partes, indicando os
diferentes grupos de fatores relacionados à cárie dentária.
Chance de evitar cárie
dentária
Combinação de
quantidade de biofilme e
S. mutans
Combinação de conteúdo
de dieta e frequência de
dieta.
Combinação de
experiência anterior de
cárie e doenças
relacionadas.
ESCORES 0-3
Combinação de programa de flúor,
fluxo salivar e capacidade tampão
da saliva.
Cariograma
Calculadora de risco
periodontal (Periodontal
Risk Calculator - PreViser)
Page et al. (2002)
Vários parâmetros:
1. Idade
2. Tabagismo
3. Diagnóstico de diabetes
4. História de cirurgia periodontal
5. Profundidade da bolsa
6. Sangramento à sondagem
7. Envolvimento de furca
8. Restaurações subgengivais
9. Cálculos subgengivais
10. Altura óssea radiográfica
11. Perda óssea vertical
Como identificar???

Anamnese
Detalhada

Escuta Clínica
Qualificada Ampliada
Considerações finais

A avaliação e a determinação do risco envolvem a identificação de


elementos que podem predispor o paciente a desenvolver a doença
periodontal ou influenciar a progressão da doença já existente.
A qualquer momento, o paciente pode requerer modificações do
prognóstico e do plano de tratamento.
Os pacientes deverão ser educados conforme seu risco e, quando
apropriado, deverão ser implementadas estratégias de intervenção.
Onde estudar???

Cap. 34 e 35 Cap. 24, 27, 28 e 29


Onde estudar???

Cap. 5 e 14 Cap. 9, 14, 15 e 29


Vamos praticar!!!
O prognóstico é uma previsão do curso provável, da duração e do resultado de uma
doença com base no conhecimento geral da patogênese da doença e na presença
de fatores de risco para a doença. Qual dos fatores não deve ser considerado na
determinação de um prognóstico periodontal?

a) Tabagismo.

b) Gravidade da doença.

c) Envolvimento de furca.

d) Pigmentação de melanina na região anterior.


Em relação à predição das doenças biofilme dependentes e aos diversos fatores que
podem estar envolvidos em sua determinação, numere a COLUNA II, de acordo com
a COLUNA I.
(4) Característica biológica, ou exposição ambiental e/ou
comportamental que aumenta a probabilidade de um
(1) Risco indivíduo desenvolver determinada doença em uma escala
temporal
(2) Prognóstico (8) Probabilidade de resultado positivo nos doentes (verdadeiro
positivo)
(3) Predição (1) Probabilidade de um membro de uma população definida
(4) Fator de risco desenvolver uma dada doença em um período de tempo
(5) É o fator causador de uma doença
(5) Fator etiológico (11) Probabilidade da presença da doença quando o teste é
positivo
(6) Preditor de risco (7) Parâmetros possíveis de serem mensurados no momento
(7) Fator de prognóstico do diagnóstico e que servem como preditor da sobrevida do
paciente
(8) Sensibilidade (6) Está associado a um risco elevado da doença, mas não faz
parte da cadeia causal dela
(9) Especificidade (10) Probabilidade de resultado negativo nos não-doentes
(10) Valor preditivo negativo (verdadeiro negativo)
(3) Ato ou efeito de predizer ou ato de afirmar com convicção
(11) Valor preditivo positivo aquilo que poderá acontecer num momento futuro
(9) Probabilidade da ausência de doença quando o teste é
negativo
A respeito dos fatores de risco para as doenças biofilme dependentes, julgue os itens
a seguir como verdadeiro (V) ou falso (F).
(V) Na periodontite, o Complexo Laranja da Pirâmide dos Cinco Complexos
Microbianos descritos por Socransky promove condições favoráveis para a
implantação do complexo vermelho, que, por sua vez, é formado por Tannerella
forsythensis (antigo Bacteroides forsythus), Porphyromonas gingivalis e
Treponema denticola.
(F) São fatores de risco não modificáveis: idade, sexo, microbiota, fatores genéticos,
sangramento gengival.
(F) O modelo ideal para predição das doenças biofilme dependentes deveria ser de
simples realização, invasivo, de fácil reprodução, e baixa acurácia, com altos
valores de sensibilidade e especificidade.
(V) Aumenta a queratinização da camada epitelial, aumenta colonização de bolsas
periodontais superficiais por patógenos, diminui o sangramento à sondagem
(Mascara Inflamação gengival) e aumenta a profundidade da bolsa, perda de
inserção e perda óssea
(F) A dieta não está relacionada com o risco aumentado ou não de desenvolver
doença.
(V) A diabetes causa uma redução nos mecanismos de defesa e maior
susceptibilidade a infecções, gerando risco aumentado de perda de inserção,
sangramento à sondagem e mobilidade dentária

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