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1.
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Zona não saturada e zona saturada
O escoamento dentro do solo ocorre em duas camadas principais chamadas de :
(a) meio não-saturado, próximo da superfície onde o solo não está saturado de água e a água
escoa por percolação até o meio saturado (aquífero nãoconfinado) ou de volta para a superfície.
Este escoamento é geralmente denominado de escoamento sub-superficial;
(b) meio saturado: é a parcela do solo saturada de água que se encontra imediatamente abaixo
da zona não saturada, ou que se encontra abaixo de algumas camadas de solo permeáveis ou
semipermeáveis. O escoamento que ocorre neste sistema é denominado de escoamento
subterrâneo e o volume saturado é chamado de aquífero.
A camada não-saturada possui uma relação direta com os processos de curto prazo ligados ao
escoamento superficial enquanto que os processos mais lentos estão relacionados com o
escoamento subterrâneo. A zona não saturada, onde a água e o ar preenchem os espaços vazios
entre os grânulos;
Devido a isto é que muitas vezes o escoamento não-saturado é muito mais estudado dentro do
contexto do escoamento superficial do que do subterrâneo. No entanto, no que se refere à
contaminação e à alimentação do aquífero, é um componente ligado ao processo do escoamento
subterrâneo. A zona saturada, onde a maioria dos espaços vazios é preenchida por água.
No limite entre as duas zonas, ocorre o nível freático, que demarca o contato entre estas,
conhecido popularmente como lençol freático.
Percolação
É a passagem de água da zona não-saturada (zona de aeração) para
a zona saturada
zona saturada
Ocorrência das águas subterrâneas
No mundo
Volume aprox. de 10.360.230 km3 (100
vezes mais abundante que as águas
superficiais)
Alguns especialistas indicam que a
quantidade de água subterrânea pode
chegar até 60 milhões de km3, mas a sua
ocorrência em grandes profundidades
pode impossibilitar seu uso
Por essa razão, a quantidade passível de
ser captada estaria a menos de 4.000
metros de profundidade, compreendendo
cerca de 8 e 10 milhões de km3,
Mais de metade da população mundial
depende da água subterrânea
Aquíferos
As rochas saturadas que permitem a circulação, armazenamento e extração de água são
chamadas de aqüíferos.
Um aquífero é uma formação geológica capaz de armazenar e suprir com água poços e
nascentes.
Os aquíferos possuem duas características fundamentais:
capacidade de armazenamento e
capacidade de escoamento da água subterrânea.
Os aqüíferos podem ser classificados de acordo com as características hidrodinâmicas ou de
acordo com as características geológicas.
Quanto as características hidrodinâmicas os aqüíferos são considerados:
livres (não- confinados ou freáticos),
suspensos,
confinados e semi confinados (confinados drenantes).
Fundamentos de Hidrogeologia
O que é um aquífero?
Aquífero
Derivado do Latim, a palavra aquífero quer dizer: “ carregar água”.
Aquífero são unidades rochosas ou de sedimentos, porosas e permeáveis, que armazenam
e transmitem volumes significativos de água subterrânea passível de ser explorada
Aquífugo: São unidades geológicas que não apresentam poros interconectados e não
absorvem e nem transmitem a água.
Estocagem e regularização: estocar excedentes de água que ocorrem durante as enchentes dos rios
Transporte: é utilizado como um sistema de transporte de água entre zonas de recarga artificial ou
natural e áreas de extração excessiva
Energética: aquecimento pelo gradiente geotermal como fonte de energia elétrica ou termal
O caso Lisheen
Mina de chumbo e zinco na Irlanda
Inicialmente tratando as fraturas com água apenas com impermeabilização
A interceptação de uma feição maior ocasionou a inundação da mina
Um sistema de bombeamento mais robusto foi necessário para o desaguamento.
Atualmente exaurida, nível de água retornado ao original.
O ambiente cárstico: Exemplos de minas
O caso Kimballton
Minas subterrânea de calcário no estado da Virgínia.
Feições discretas com drenagem do maciço por mais de 40 anos
Altas vazões e velocidades de fluxo nas feições
Sucesso no selagem de feições por meio do uso de poliuretano (2 a 3 segundos de
reação)
Atualmente parcialmente inundada em função da interceptação de uma estrutura no
nível inferior.
Conclusões
A mineração em áreas cársticas requer cuidados especiais, em função da características
geológicas naturais que devem ser respeitadas.
O correto gerenciamento da área minerada propicia soluções técnicas efetivas e permite
a mineração com segurança.
Aquiferos
A água recarrega
diretamente o
aquífero.
Os aquiferos cársticos
são muito suscetíveis
à rápida
contaminação
Afundamento de
riachos, lagos
Ambiente de rocha fracturada
O que é a rocha cristalina?
Quando usamos o termo cristalino, rocha (ou rocha dura ou rocha) referimo-nos a rochas
ígneas ou metamórficas, como granitos, basaltos, metaquartzitos ou gnaisses, onde os
espaços de poros intergranulares são desprezíveis e onde quase todo o fluxo de águas
subterrâneas ocorre através de rachas e fraturas.
Como as fraturas não são homogênicamente distribuídos na massa rochosa e como a
permeabilidade do sistema de fraturas é muito sensível à abertura e ao grau de
conectividade da fratura, é muito difícil prever o rendimento de um poço ou poço na rocha
cristalina.
Para ter sucesso, nós precisamos de entender, como Agrícola recomendou em 1556 (ver
prólogo) tanto a natureza (disfarçada de geologia) quanto o elemento do acaso.
Ambiente Hidrogeológico Antigas rochas
Antigo cristalino e metamórfico:
cristalinas e
metamórficas
altamente fraturado ou
desgastado pelo tempo:
permeabilidade é baixa, a
capacidade de armazenamento
também.
Potencial de água subterrânea
moderada (0,1 - 1 l / s), uma vez
que o aqüífero é geralmente de
pequena extensão.
Objetivos: fraturas na base da
zona de intemperismo profundo
e zonas de fratura verticais.
Ambiente de rocha fracturada
Um aquífero de rocha fraturada possui
limitada capacidade de armazenamento e
transporte de água ao longo das fraturas
planares.
Um aqüífero fraturado é definido como
uma formação que contém fissuras,
fraturas, rachaduras, articulações e falhas
suficientes que produzem quantidades
econômicas de água para poços e fontes.
Por que os aqüíferos fraturados são
importantes?
Aqüíferos fraturados podem conter água
subterrânea devido à porosidade
secundária e podem transmitir água
subterrânea e contaminantes a uma taxa
alta.
Aquífero fraturado ou fissural
Summary of key properties of the most widely-occurring aquifer types (GW Mate2, 2006)
Como flui a água subterrânea?
A água subterrânea se move lentamente através dos espaços interconectados de poros /
fraturas dos materiais dos aqüíferos.
A água subterrânea circula em movimento lento e contínuo das áreas de recarga
(geralmente áreas de terras altas) as áreas de descarga (nascentes, fluxo de base, pântanos
e zonas costeiras).
O fluxo da água subterrânea através de um aqüífero é regido pela Lei de Darcy.
O armazenamento de aquíferos transforma regimes de recarga natural altamente variáveis
em regimes de descarga natural mais estáveis.
Também resulta que os tempos de permanência das águas subterrâneas, geralmente são
contados em décadas, séculos e até milênios:
Grandes volumes da chamada "água subterrânea fóssil" ainda estão em
armazenamento.
O tempo de residência dependerá também das formações geológicas dos aqüíferos
que suportam as águas subterrâneas.
Como flui a água subterrânea?
Onde os aqüíferos mergulham sob estratos muito menos permeáveis, suas águas
subterrâneas ficam confinadas (em graus variados) por camadas sobrepostas.
Isso resulta em um grau correspondente de isolamento da superfície terrestre
imediatamente sobreposta, mas não do sistema de águas subterrâneas como um todo.
O rebaixamento induzido pelo bombeamento da seção confinada de um aqüífero é
frequentemente propagado rapidamente para a seção não confinada.
Em várias configurações hidrogeológicas, camadas rasas de aqüíferos não confinados e
confinados podem estar sobrepostas → vazamento para baixo e para cima entre as
camadas, de acordo com as condições locais.
Como flui a água subterrânea?
Typical groundwater flow regime and residence times of major aquifers under semi-
arid climatic regimes (after GW-Mate2, 2006)
Fluxo de águas subterrâneas
VD
e
V
V: Volume total de uma
amostra de solo ou
rocha
VD: Volume de água
drenada
Fluxo da água
subterrânea
Porosidade em diferentes tipos de
aqüíferos:
(a) rocha sedimentar de
granulometria heterogênea;
Silte = Moderado
Argila = Pobre
• Rocha: proporcional ao tamanho e
número da fratura. Pode ser bom a
excelente Poor
Porosidade
e
Permeabilidade
• A permeabilidade não é
proporcional à porosidade.
30%
5%
1%
Fluxo da água
subterrânea
Condutividade Hidráulica (K)
k
K
Onde:
k: Permeabilidade intrínseca - é função do tipo de
material poroso e sua granulometria e de sua
disposição estrutural.
µ: Viscosidade dinâmica do fluido
: Peso específico = .g, onde é a densidade e g é
a aceleração da gravidade.
• A condutividade
hidráulica da
rocha é controlada
por
Tamanho das aberturas
de fraturas
Espaçamento das
fraturas
Interconectividade de
fraturas
Carga hidráulica
É a soma de duas parcelas:
carga de elevação (z = cota do
ponto em relação a um referencial)
+
carga de pressão (metros de
coluna d’água acima do ponto em
questão).
Carga hidráulica =
metros de coluna d’água + cota
Potencial hidráulico:
É a carga hidráulica de um ponto multiplicada
pela aceleração da gravidade (g).
Potencial Total da Água
Diferença de Potencial hidráulico:
Quais controles:
• Quanta água subterrânea flui?
• Qual a velocidade da água
subterrânea? Poten
tiome
tri
Surfa c
• Onde a água subterrânea flui? ce
1. Lei de Darcy
Henry Darcy em 1856 demonstrou que a
velocidade média (v) de um fluido newtoniano
quando escoa em regime laminar dentro de um leito
poroso é proporcional ao gradiente de pressão e
inversamente proporcional à distância percorrida.
( P )
v f leito K
L
v = velocidade média do fluido no leito poroso
K = constante que depende das propriedades
do fluído e do leito poroso
(-P) = queda de pressão através do leito
L = percurso realizado no leito poroso 68
A equação de Darcy também pode ser escrita
da seguinte maneira:
(P)
v f leito B
f L
B = coeficiente de permeabilidade,
que depende apenas das
propriedades físicas do leito poroso
μf = viscosidade do fluído.
Lei de Darcy
Hipóteses:
• escoamento permanente (Q = constante)
• meio homogêneo e isotrópico saturado ( mesmo solo e
mesmas propriedades nas três direções
Kx = Ky = Kz = Ks = K
K
Q H
L Q
Lei de Darcy
A Lei de Darcy rege o escoamento da água nos solos saturados e
é representada pela seguinte equação:
dh
V K
Onde: dx
V = velocidade da água através do meio poroso;
K = condutividade hidráulica saturada
dh = variação de Carga Piezométrica
dx = variação de comprimento na direção do fluxo dh/dx = perda de
carga
dh
Q KA
dx
h1= carga hidráulica no piezômetro 1 [L]
h2= carga hidráulica no piezômetro 2 [L] Nível constante
Δh
Z1 = carga hidráulica no piezômetro 1 [L]
Z2 = carga hidráulica no piezômetro 2 [L]
Q = vazão constante que passa pelo cilindro [L3T-1] L
(h1 h2 )
Q KA
Lei de Darcy L
Lei de Darcy:
(h1 h2 )
Q K .A
L
Onde:
Q: Vazão de escoamento
K: Condutividade hidráulica
A: Área transversal ao escoamento
h1: Carga hidráulica no piezômetro 1
h2: Carga hidráulica no piezômetro 2
Equação da Velocidade, derivada a partir da
Lei de Darcy:
K h
q .
e L
Onde:
q: velocidade linear média
K: condutividade hidráulica
he: porosidade efetiva
∆h/L: gradiente hidráulico
Quanto maior o gradiente hidráulico entre
dois pontos, maior a velocidade de
escoamento entre esses pontos.
Lei de Darcy nas três direções:
H H H
Vx K x Vy K y Vz K z
X Y Z
H k P k
Vx K x Z P .g.Z
X X X
Fluxos Verticais
Heterogeneidade
As características geológicas nunca são
homogêneas.
Anisotropia
Se a condutividade hidráulica não é a mesma em
todas as direções, a geologia é anisotrópica
naquele local.
Geologia anisotrópica e/ou não-homogênea
causam complicações hidrogeológicas que afetam
a velocidade e direção da água subterrânea.
Homogêneo e Homogêneo e
Isotrópico Anisotrópico
Heterogêneo e Heterogêneo e
Isotrópico Anisotrópico
Direção de fluxo em condição isotrópica x condição
anisotrópica
Captura de uma pluma de contaminação por um poço de
bombeamento
Isotrópico Anisotrópico
Contaminação de
Águas Subterrâneas
83
Ocorrência da água subterrânea
Superfície freática
Solo úmido Zona insaturada
Poço
artesiano
Zona saturada
Rio Rio
ou lago
ou lago
Aqüífero não
Rocha
confinado im perme
áv
Rocha impermeável
Rocha impermeável Aqüífero el
confinado
84
Contaminação por mistura de água
Origens da contaminação
• Agricultura
• Criação de Animais
• Urbanização
• Industrialização
• Mineração
• Petróleo (produção, derivados e transporte)
Origens da contaminação
Origem Agrícola
Criação de Depósito de Lixiviação
herbicídas Fossas dos solos
animais
87
Origem Urbana
Lagoas
88
Origem Industrial
Chuva Ácida
89
Mineração
Crateras
Resíduos Drenagem
90
Contaminação de águas subterrâneas
• A contaminação dissolvida viaja
com o fluxo das águas
subterrâneas
• A contaminação pode
ser transportada para
aqüíferos de
abastecimento de água
• Bombear atrairá
contaminação para o
abastecimento de água
Contaminação de águas subterrâneas
Vazamento de gasolina
• Flutua no lençol freático
• Dissolve-se nas águas
subterrâneas
• Transportado por águas
subterrâneas
• Contamina aquíferos a
pouca profundidade
Contaminação de águas
subterrâneas
Solventes densos
• Solventes densos
• Por exemplo, fluidos para a
limpeza a seco (TCE)
• Contamina porções mais
profundas dos aqüíferos
Contaminação de águas
subterrâneas
Efeitos do bombeamento
• Acelera o fluxo das águas subterrâneas em
direção ao poço
• Captura a contaminação dentro do cone de
depressão
• Pode reverter o fluxo de água subterrânea
Depth
Recharge
Aquifer
Soil
Topography
Impact vadose zone
Conductivity
98
Protecção da Água Subterrânea
99
Zonas de Protecção
Esquemas de zoneamento: