Você está na página 1de 45

MÓDULO - 1

APRESENTAÇÃO
1-PRÉ-HISTÓRIA
2-ARTE EGÍPCIA
3-ARTE GREGA
4-ARTE ROMANA
5-ARTE PALEO CRISTÃ
6 -ARTE BIZANTINA
7-ARTE GÓTICA
Caro aluno
DESCOMPLICANDO A ARTE é um curso que irá apresentar a evolução das
expressões artísticas, a constituição e a variação das formas, dos estilos e dos
conceitos transmitidos através das obras de arte.
Este curso foi desenvolvido em 3 (três) módulos, de forma a oportunizar um
primeiro contato com a arte contextualizando o período histórico em que foi
produzida.
Estudos de arte tradicionalmente levam em consideração a evolução da história da
arte ocidental. Ao se considerar a cultura ocidental como elemento fundamental de
nossa cultura faz-se necessário os estudos deste curso, a fim de se compreender
o alcance da arte ao redor do mundo, recebendo influências e sendo influenciada
por outros movimentos.
Os historiadores de arte, críticos e estudiosos classificam os períodos, estilos ou
movimentos artísticos separadamente, para facilitar o entendimento das produções
artísticas.
Não há coincidência com a linha do tempo histórica, pois a partir de 1848
consideramos o início da Arte Moderna e o movimento Pop Art o início da Arte Pós-
Moderna. Porém, optamos por apresentar a arte por meio da linha do tempo
histórica, por considerarmos ser mais didática De nenhum movimento artístico é
possível dizer em que data exata nasceu, uma vez que se trata de um processo
construído paulatinamente, de uma síntese de fatores convergentes que vão aos
poucos ganhando corpo e se definindo.
A arte é o reflexo do social e ao analisar uma obra de arte percebemos a dinâmica
de acontecimentos sociais que a cerca. Arte é, portanto uma constante e o estudo
de seu contexto histórico irá ajudar a perceber de forma ampla suas produções.
 
 Um ótimo estudo!
 Prof. Wanderson Lima Amaral
Por que o mundo necessita de arte?
Porque fazemos arte e para que a usamos é aquilo que chamamos de função
da arte. Pode ser feita para decorar o mundo, para espelhar o nosso mundo
(naturalista), para ajudar no dia-a-dia (utilitária), para explicar e descrever a
história, para ser usada na cura doenças e para ajuda a explorar o mundo.
Eduardo Galeano *1 consegue de forma poética descrever esta necessidade

“ função da arte”
Diego não conhecia o mar.
O pai, Santiago Kovadloff, levou-o para que descobrisse o mar.
Viajaram para o Sul.
Ele, o mar, estava do outro lado das dunas altas, esperando.
Quando o menino e o pai enfim alcançaram aquelas alturas de areia,
depois de muito
caminhar, o mar estava na frente de seus olhos. E foi tanta a
imensidão do mar, e tanto fulgor,
que o menino ficou mudo de beleza.
E quando finalmente conseguiu falar, tremendo, gaguejando, pediu
ao pai:
Me ajuda a olhar!

*1- Eduardo Hughes Galeano (Montevidéu, 3 de setembro de 1940) jornalista e escritor uruguaio.
Como conseguimos ver as transformações do mundo
através da arte?
Podemos verificar que tipo de arte foi feita, quando, onde o como, desta maneira
estaremos dialogando com a obra de arte, e assim podemos entender as
mudanças que o mundo teve, para podermos entender estas transformações
estaremos neste curso apresentando diversos períodos da historia onde “os
objetos de arte” foram resultantes destas mudanças.
Vamos observar as esculturas abaixo e verificar suas semelhanças e diferenças:

entre 26 000 e sua datação ficaria (1885) (1997)


24 000 anos entre 150-50 a.C
Venus de Lespugne Venus de Miló Toalete de Venus - Mulher grávida –
Rodin Ron Mueck
1 - ARTE NA PRÉ-HISTÓRIA

Pintura pré-histórica da Caverna das Mãos na Patagônia, Argentina


Pintura pré-histórica da Caverna das Mãos na Patagônia, Argentina

O estudo sobre a arte feita pelos primeiros habitantes humanos da terra depende
da análise de restos de armas, pinturas, utensílios, desenhos e ossos.
Compreende-se como arte rupestre os rastros de atividades humana que tem sido
gravadas (petroglifos) ou pintadas (pictoglifos) sobre superfícies rochosas, bem como
esculturas e objetos utilitários e ou adornos criados pelo homem cerca de 40.000 a
3.500 anos atrás .
A denominação destes objetos como arte, não significa que se trate de objetos
artísticos nos termos e com a finalidade que entendemos em nossa cultura ocidental.
Esta é só mais uma das formas de tentar definir o significado destas elaborações.
Petroglifos
Também conhecidos como gravuras rupestres são manifestações que consiste em
deferir na superfície rochosa instrumentos mais duros como pontas de pedras e outros
materiais preparados para gravar imagens.
Quanto a temática são imagens geometrizadas e representações simbólicas,
geralmente associadas, que registram fatos e mitos

Petróglifo perto do rio Columbia, Petróglifos no Vale do Encanto,


Washington, (EUA) (Chile)
Pictoglifo
Mais conhecida como pintura rupestre, caracteriza em utilizar substancias como
óxidos minerais e pigmentos a base de vegetais afim de produzir pinturas eles
retratavam nestas cenas do cotidiano como, por exemplo, a caça, animais, plantas,
descobertas, rituais etc.

Para que eram feitas as pinturas rupestres?


Nem sempre, a imagem representa aquilo que
aparenta. Por trás de sua descrição formal
podem se esconder elementos simbólicos cujos
significados não são possíveis de serem
resgatados é o caso das pinturas rupestres,
sendo assim, surgem através de estudos
antropológicos e arqueológicos, as teorias .Uma
vez que são desconhecidos seus significados, é
o caso das pinturas pré-históricas.
Podemos encontrar dessas pinturas por todo o
mundo,embora as cavernas de
Altamira(Espanha) e Laucaux (França) sejam as
mais conhecidas.
Vamos fazer uma visita a caverna de Lascaux
O homem pré histórico tinha como principal temática em seus trabalhos
pictográficos a representação de animais e é se alimentando deles que garantia sua
subsistência. A caça é antes de tudo um ritual, e sua importância é demonstrada pela
enorme quantidade e variedade de expressões a ela referentes através das pinturas
rupestres. A temática mais utilizada na pré-história eram os relacionados com a caça.
Portanto a teoria mais plausível quanto ao objetivo destas pinturas, baseada em
estudos de sociedades mais recentes de caçadores-coletores, é que as pinturas foram
feitas por xamãs.

O xamã é tido como um profundo


conhecedor da natureza humana, tanto
na parte física quanto psíquica. Assim
eles se retiravam para as cavernas,
onde entrariam em estado de transe e
pintariam, então, imagens de suas
visões, talvez com alguma intenção de
extrair força das paredes da caverna
para eles mesmos uma espécie de ritual
mágico religioso a fim de assegurar uma
caçada bem sucedida.
Escultura
Conhecidas como “Venus esteotopígicas” denominação dada por parte do corpo
cientifico que acredita que elas correspondiam a um ideal de beleza do homem pré-
histórico.
são estatuetas esculpidas em: ossos, madeira, pedra, marfim, metais, entre outros.
Essas figuras femininas eram estilizadas, com formas acentuadas. Acredita-se que o
artista talvez quisesse ressaltar as características da fertilidade feminina: por isso
acentuava-lhes os volumes.
Vênus de Willendorf
Hoje também conhecida como Mulher de Willendorf, é uma estatueta com 11,1 cm
de altura representando estilisticamente uma mulher.
Descoberta no sítio arqueológico do paleolítico situado perto de Willendorf, na
Áustria, em 1908, pelo arqueólogo Josef Szombathy. Está esculpida em calcário, material
que não existe na região, e colorido com ocre vermelho. Calcula-se que tem entre 22000
à 24 000 anos.
2 - ARTE EGÍPCIA

Anúbis mumifica Sennedjem, um dos nobres da


corte do faraó. Pintura tumular de Deir-el-Medina

Consideramos arte egipcia edifícios, pinturas, esculturas e artes aplicadas, da pré-


história à conquista romana no ano 30 a.C. A história do Egito foi a mais longa de todas
as civilizações antigas que floresceram em torno do Mediterrâneo, estendendo-se,
quase sem interrupção, desde aproximadamente o ano 3000 a.C. até o século IV d.C.
A arte egípcia assombrou gregos, romanos e civilizações que se sucederam ao longo
da historia tanto pela sua magnitude e complexibilidade de engenharia, escrita, ciências
etc. Quanto por seus mistérios.
Uma arte sagrada

É a partir da compreensão que a religião


assumia no Egito antigo é que se pode
entender a arte deste povo Toda a produção
artística estava subordinada a pessoa do
faraó e tudo que lhe dizia respeita era
portanto sagrado.
Como expressão religiosa a arte egípcia não
se dedicavas aos vivos, mas aos mortos,
sendo por essa razão uma arte funerária,
para os egípcios a morte não significava uma
ruptura da vida, mas uma transição.
Os deuses

As pessoas no Antigo Egito acreditavam na existência de seres superiores e eram


politeístas, ou seja, acreditavam em vários deuses. Esses normalmente possuíam
características de animais e também uma junção entre características animais e humanas.
Os faraós egípcios criam na idéia de que também eram deuses e que possuíam poderes
mágicos havia inúmeros deuses cultuados no Egito.

A - Horus, filho de Osíris,


intimamente ligada deus do
céu com o rei.
B - Set inimigo, de Hórus e
Osíris, deus das
tempestades.
C - Thoth, o deus da lua e
deus da escrita, contagem
e sabedoria.
D - Khnum, o deus carneiro
e seus homens que formas
kas na roda Sua oleiro.
E - Hathor, deusa do amor,
nascimento e morte.
F - Sobek, o deus
crocodilo, Senhor do
Faiyum.
G - Rá, o deus do sol na
histórica
muitas formas.
Pirâmides
As pirâmides são construções destinadas aos mortos, e estão espalhadas por todo
mundo, no Egito as primeiras pirâmides eram conhecidas como mastabas e tinham um
formato em degraus, as pirâmides mais famosas do mundo são as de Gizé, Keóps e
Miquerinos ambas localizadas na regigao conhecida hoje como Cairo. Gizé é a maior
das três sua altura original era de 146,6 metros, mas atualmente é de 137,16 m pois
falta parte do seu topo e o Revestimento .O nome pirâmides vem do grego pyra = fogo
Midas = medida, simbolizando que a pirâmide deveria ter a forma de um raio solar.
Os sarcófagos
A múmia era colocada em um sarcófago, que podia ser em pedra, de madeira com
materiais preciosos, ou simplesmente de madeira. Inicialmente, os sarcófagos, eram
retangulares, porém, mais tarde foram construídos com o formato de ser humano Muitos
decorados com grandes pedras preciosas e as vezes forrados com ouro, como no caso
da tumba de Tutancâmon.
O processo de mumificação
Mumificação é o nome do processo aprimorado pelos egípcios em que se retiram os
principais órgãos, além do cérebro do cadáver, dificultando assim a sua decomposição.
Geralmente, os corpos são colocados em sarcófagos e envoltos por faixas de algodão
ou linho. Após o processo ser concluído são chamadas de múmias.

Embalsamando o corpo

Parte 1

Primeiro, o corpo era levado para um local


conhecido como 'ibu' ou o 'lugar da
purificação'. Lá os embalsamadores
lavavam o corpo com essências aromáticas,
e com água do Nilo.
Uma haste comprida em forma de anzol era
usada para fisgar o cérebro e puxá-lo
através do nariz.
Parte 2

Embalsamado e removia os órgãos


internos. Isso era importante porque essas
partes do corpo são as primeiras a entrar
em decomposição.
O coração – reconhecido como o centro da
inteligência e força da vida – era
mantido no lugar mas o cérebro era retirado
através do nariz e jogado fora. –
No passado, os órgãos internos eram
armazenados em jarras canópicas.
Em seguida, o corpo era empacotado e
coberto com natro, um tipo de sal, e
largado para desidratar durante 40 dias.
Após esse período era empacotado com linho ensopado de resina, natro e essências
aromáticas e as cavidades do corpo eram tampadas. Finalmente, ele era coberto de
resina e enfaixado, com os sacerdotes colocando amuletos entre as camadas. Todo o
processo – acompanhado de orações e encantamentos – levava cerca de 70 dias mas
preservava os corpos durante milhares de anos.
Parte 3

DADO CURIOSO ~ Egípcios comuns não


eram mumificados, mas enterrados em
sepulturas, onde as condições do deserto
quente e seco mumificavam os corpos
naturalmente. O corpo era empacotado e
coberto com natro, um tipo de sal, e
largado para desidratar durante 40 dias. Os
órgãos remanescentes eram armazenados
em jarras canópicas, para serem
sepultados junto com a múmia.

Parte 4

Após 40 dias o corpo era lavado com


água do Nilo. Depois era coberto com
óleos aromáticos para manter a pele
elástica.
Parte 5

Os órgãos internos desidratados eram


enrolados em linho e recolocados na múmia.
O corpo também era recoberto com serragem
e folhas secas.

Parte 6

No passado, os órgãos internos


retirados das múmias eram
armazenados em jarras canópicas.
A escrita
Hieróglifo é um termo que junta duas palavras gregas: ἱερός (hierós) "sagrado",
e γλύφειν (glýphein) "escrita". Apenas os sacerdotes, membros da realeza, altos
cargos, e escribas conheciam a arte de ler e escrever esses sinais "sagrados"

Desvendando os Hieróglifos
egípcios
A expedição militar e científica que o
imperador Napoleão realizou ao Egito
trouxe consigo, entre outras inúmeras
antiguidades, uma pedra encontrada em
agosto de 1799 por soldados franceses
que trabalhavam sob as ordens de um
oficial chamado Bouchard.

Na luta contra ingleses e turcos, eles estavam restaurando e preparando os alicerces


para ampliação de um antigo forte medieval, posteriormente chamado de Forte de São
Juliano, nas proximidades da cidade egípcia de Rachid (que significa Roseta, em
árabe), localizada à beira do braço oeste do Nilo, perto de Alexandria, junto ao mar.
Dois anos depois, pelo Tratado de Alexandria, o achado foi cedido aos ingleses e hoje
se encontra no Museu Britânico de Londres.
Tendo ficado conhecida como Pedra de Roseta, é uma estela de basalto negro, de
forma retangular, medindo 112,3 cm de altura, 75,7 cm de largura e 28,4 cm de
espessura e que numa das faces, bem polida, mostra três inscrições em três caracteres
diferentes, em parte gastas e apagadas em virtude do contato com a areia por milênios.
Na parte superior, destruída ou fraturada em grande parte, vê-se uma escrita hieroglífica
com 14 linhas; o texto intermediário contém 22 linhas de uma escrita egípcia cursiva,
conhecida como demótico, e a terceira e última divisão da pedra é ocupada por uma
inscrição de 54 linhas em língua e caracteres gregos. Os três textos reproduzem o
mesmo teor de um decreto do corpo sacerdotal do Egito, reunido em Mênfis, em 196
a.C., para conferir grandes honras ao rei Ptolomeu V Epifânio (205 a 180 a.C.), por
benefícios recebidos. Apesar da aparência insignificante da pedra, os estudiosos logo
perceberam o seu valor pelo fato de apresentar textos egípcios acompanhados por sua
tradução em uma língua conhecida, o que vinha, enfim, estabelecer pontos de partida e
de comparação tão numerosos quanto incontestáveis. Por ordem de Napoleão
Bonaparte a estela foi reproduzida e litografada e várias cópias enviadas a diversos
especialistas em línguas mortas. Entretanto, passaram-se 23 anos desde a data de sua
descoberta até que um homem, Jean-François Champollion, pudesse decifrar
integralmente o seu conteúdo.
A Pedra de Roseta estará eternamente ligada
ao nome de Champollion, pois foi ela que serviu
de base aos estudos que o levaram finalmente à
decifração dos hieróglifos. A verdade é que,
ajudado pelo fato de que aquela estela continha
o mesmo texto grafado em hieróglifos, demótico
e grego, ele reconheceu nela o nome de
Ptolomeu em grego e demótico e, assim, pode
identificar o cartucho com o mesmo nome em
hieróglifos, dando, assim, um passo
importantíssimo na solução do enigma. Mas
afinal, o que estava escrito nessa famosa Pedra
de Roseta? Pelo que diz o texto, o faraó
Ptolomeu V Epifânio havia concedido ao povo a
isenção de uma série de impostos e o fat,
evidentemente, agradara a todos. Em sinal
agradecimento os sacerdotes resolveram erguer
uma estátua de Ptolomeu V em cada templo e
organizar festividades anuais em sua honra.
Para deixar registrada para sempre tal decisão,
gravaram-na em várias estelas comemorativas e
colocaram uma delas em cada templo
importante da época.
3 - ARTE GREGA
“ O homem é a medida de todas as coisas”

Cópia romana - Discóbolo (Lançador de discos)


é uma famosa estátua do escultor grego Miron

Daremos prosseguimento a nossa descoberta da arte antiga observando as


manifestações artísticas no mundo greco-romano: Do períodos arcaico até o
esplendor da arte grega. Veremos a trajetória da arte romana a partir dos
etruscos e a nova configuração artística surgida pela ascensão do Cristianismo
no Império Romano, a arte Paleo-cristã.
Enquanto a arte egípcia é uma arte ligada ao espírito, a arte grega liga-se à inteligência,
pois os seus reis não eram deuses, mas seres inteligentes e justos que se dedicavam
ao bem-estar do povo. A arte grega volta-se para o gozo da vida presente.
Contemplando a natureza, o artista se empolga pela vida e tenta, através da arte,
exprimir suas manifestações. Na sua constante busca da perfeição, o artista grego cria
uma arte de elaboração intelectual em que predominam o ritmo, o equilíbrio, a harmonia
ideal.
ARQUITETURA

As edificações que despertaram maior


interesse são os templos. A
característica mais evidente dos templos
gregos é a simetria entre o pórtico de
entrada e o dos fundos. O templo era
construído sobre uma base de três
degraus. O degrau mais elevado
chamava-se estilóbata e sobre ele eram
erguidas as colunas
Veja o vídeo ao lado
do templo de Parthenon em Atenas.
.
As Ordens Arquitetônicas
As colunas sustentavam um entablamento horizontal formado por três partes: a
arquitrave, o friso e a cornija. As colunas e entablamento eram construídos segundo os
modelos da ordem dórica, jônica e coríntia.
-Ordem Dórica - era simples e maciça. O fuste da coluna era
monolítico e grosso. O capitel era uma almofada de pedra.
Nascida do sentir do povo grego, nela se expressa o
pensamento. Sendo a mais antiga das ordens arquitetônicas
gregas, a ordem dórica, por sua simplicidade e severidade,
empresta uma idéia de solidez e imponência

- Ordem Jônica - representava a graça e o feminino. A coluna


apresentava fuste mais delgado e não se firmava diretamente
sobre o estilóbata, mas sobre uma base decorada. O capitel era
formado por duas espirais unidas por duas curvas. A ordem
dórica traduz a forma do homem e a ordem jônica traduz a forma
da mulher.

- Ordem Coríntia - o capitel era formado com folhas de acanto


e quatro espirais simétricas, muito usado no lugar do capitel
jônico, de um modo a variar e enriquecer aquela ordem.
Sugere luxo e ostentação.
Teatro grego

Teatros, que eram construídos em lugares abertos (encosta) e que compunham de três
partes: a skene ou cena, para os atores; a konistra ou orquestra, para o coro; o koilon ou
arquibancada, para os espectadores. Um exemplo típico é o Teatro de Epidauro,
construído, no séc. IV a.C., ao ar livre, composto por 55 degraus divididos em duas ordens
e calculados de acordo com uma inclinação perfeita. Chegava a acomodar cerca de
14.000 espectadores e tornou-se famoso por sua acústica perfeita.
ESCULTURA
A estatuária grega representa os mais altos padrões já atingidos pelo homem. Na
escultura, o antropomorfismo - esculturas de formas humanas - foi insuperável. As
estátuas adquiriram, além do equilíbrio e perfeição das formas, o movimento.

No Período Arcaico os gregos começaram a esculpir, em mármores, grandes figuras de


homens. Primeiramente aparecem esculturas simétricas, em rigorosa posição frontal,
com o peso do corpo igualmente distribuído sobre as duas pernas. Esse tipo de estátua
é chamado Kouros (palavra grega: homem jovem).
No Período Clássico passou-se a procurar
movimento nas estátuas, para isto, se começou a
usar o bronze que era mais resistente do que o
mármore, podendo fixar o movimento sem se
quebrar. Surge o nu feminino, pois no período
arcaico, as figuras de mulher eram esculpidas sempre
vestidas. 

Imagem - kritios
Período Helenístico podemos
observar o crescente naturalismo:
os seres humanos não eram
representados apenas de acordo
com a idade e a personalidade,
mas também segundo as
emoções e o estado de espírito
de um momento. O grande
desafio e a grande conquista da
escultura do período helenístico
foi a representação não de uma
figura apenas, mas de grupos de
figuras que mantivessem a
sugestão de mobilidade e fossem
bonitos de todos os ângulos que
pudessem ser observados.

Imagem - Lacoonte e os filhos


4- ARTE ROMANA

Coloseu em Roma , Itália

A arte romana desenvolve-se durante os quase seis séculos que vão 146 A.C. ao séc.
IV D.C., quando perde a originalidade e se divide na cristã-primitiva, e na bizantina.

Para sua formação contribuíram elementos gregos e etruscos ,os romanos, souberam
adaptar estes elementos a seu gosto e moldaram um estilo que, muito embora
derivado, não deixa de ser inconfundivelmente romano.
Arquitetura romana

Os romanos usaram como inspiração a arquitetura etrusca e grega para desenvolver


seus projetos. Porém, não podemos falar em cópia, pois a arquitetura romana possuía
muitos elementos inovadores e avanços nas técnicas de arquitetura.
São características da arquitetura romana: Uso do arco nas construções; Uso da
abóbada (construção em forma de arco que preenche espaços entre arcos, muros e
outros tipos de espaços);

imagem -
aqueduto
Anfiteatros romanos
Os anfiteatros romanos diferentemente dos teatros gregos, situados em declives
naturais ,foram construídos sobre uma estrutura de pilares e abóbadas e, dessa
maneira, puderam ser instalados no coração das cidades.
Os gregos em seus teatros realizavam representações de dramas e comédias,
que na maioria dos casos formavam parte de festas em homenagem às
divindades , já os romanos preferiam as lutas, os enfretamentos entre homens e
animais. Para ver espetáculos tão diferentes, os espaços construídos deveriam
ser construídos de forma circular para que o publico pudesse visualizar as lutas
de qualquer ângulo .

Gladiador era um lutador escravo treinado


na Roma Antiga. O nome "Gladiador"
provém da espada curta usada por este
lutador, o gladius (gládio). Eles se
enfrentavam para entreter o público, e o
duelo só terminava quando um deles
morria, ficava desarmado ou ferido sem
poder combater. Nesse momento do
combate é que era determinado por quem
presidia aos jogos, se o derrotado morria
ou não, frequentemente influenciado pela
reacção dos espectadores do duelo.
Escultura Romana
A escultura romana começa pelo retrato,
que em suma se baseia no culto dos
antepassados: o rosto do morto é
reproduzido num material perdurável, e
assim preservado.
Desenvolve-se ainda o estilo a que se
chamou de Flaviano. A escultura de
retratos atinge então o naturalismo.
Imagem – escultura de Augustus

Retrato de Marco Aurélio.


5 - ARTE PALEO CRISTÃ

Afresco na catacumba romana

Após a morte de Jesus Cristo, a pregação do ideário cristão recaiu sobre os ombros
dos discípulos do Primeiro Século. Em sua fase inicial, essa ação evangelizadora se
restringiu ao perímetro da região da Judéia, local onde o próprio Jesus teria
realizado a grande maioria de suas pregações. Contudo, com o passar do tempo, a
ação dos discípulos se mostrou eficaz e determinou a divulgação dos valores
cristãos para outras partes do Império Romano.
Para o Império Romano, a divulgação do cristianismo era uma séria ameaça aos
valores e interesses do império. A crença monoteísta era contrária ao panteão de
divindades romanas, entre as quais se destacava o próprio culto ao imperador de
Roma.
O conceito de liberdade fazia com que vários escravos não se submetessem à
imposição governamental. Dessa forma, os cristãos passaram a ser perseguidos ,
torturados publicamente, lançados nos anfiteatros para serem mortos por animais
violentos e ate mesmo crucificados.

Apesar de não ser considerado propriamente um estilo artístico , consideramos artes


paleo-crista , toda a produção dos adeptos da nova religião do século I ao V d.C .
Podemos ainda dividir esta produção em dois momentos distintos, antes e depois da
liberação da religião pelo império romano .

Fase Catacumbária
Para redimir e orar pelos seus mártires, os
cristãos passaram a enterrá-los nas chamadas
catacumbas. Estas funcionavam como
túmulos subterrâneos onde os cristãos
poderiam entoar canções e pintar imagens
que manifestavam sua confissão religiosa.
imagem - catacumba de Santa Domitila, em
Roma
A pintura elaborada no interior das catacumbas era rodeada de uma simbologia que
indicava a forte discrição do culto cristão naquele momento. A representação do peixe era
bastante comum, pois seria o acróstico do termo (“ichtys”) era a mesma das iniciais da
frase iesus cristus theo yos soter “Jesus Cristo, Filho de Deus, Salvador”.

Essa fase inicial da arte primitiva não


conseguimos identificar nenhum artista
específico.
As representações foram executadas por
anônimos que desejavam expressar suas
crenças. A falta de técnica dos executores dos
trabalhos marcou essa fase inicial da arte cristã
com formas simples.

Fase crista primitiva

A expansão do cristianismo pelo Império Romano estabeleceu outra fase no


desenvolvimento das expressões artísticas ligadas a essa nova crença a Fase crista
primitiva . O Imperador Constantino aceita o cristianismo e assim passava a ser uma
religião reconhecida pelo Estado romano. Após essa determinação, as igrejas cristãs se
proliferaram e abrem espaço para um novo campo de expressão artística.
6 - ARTE BIZANTINA

Mosaico de Justiniano , San Vitale, Ravena, 546 d.C

A arte Bizantina surge a partir da divisão do império romano em ocidental e oriental .A


cidade Bizâncio passa a se chamar de Constantinopla , onde então seria a nova capital
do Império Romano, a arte bizantina desenvolveu-se a princípio incorporando
características provenientes de regiões orientais, como a Ásia Menor e a Síria.

A aceitação do cristianismo a partir do reinado de Constantino e sua oficilização por


Teodósio não fez com que a grandeza do Imperador fosse sufocada pelo poder de Deus
, pelo contrario atraves da arte deixava-se claro a intençao de demonstrar que os
imperadores governavam em nome de Deus.
A tentativa de preservar o caráter
universal do Império fez com que o
cristianismo no oriente se
destacasse, podemos ver na figura
o imperador Constantino com uma
aureola na cabeça e a cidade de
Constantinopla nas mãos.

Arquitetura

O grande destaque da arquitetura


foi a construção de Igrejas. A
necessidade de construir Igrejas
espaçosas e monumentais,
determinou a utilização de cúpulas
sustentadas por colunas, onde
haviam os capitéis, trabalhados,
destacamos nessas construçoes a
influência grega.
Hagia Sophia
A Igreja de Santa Sofia é o mais grandioso exemplo dessa arquitetura, nela trabalharam
mais de dez mil homens durante quase seis anos. Em sua fachada o templo era muito
simples, porém internamente apresentava grande suntuosidade, utilizando-se de
mosaicos com formas geométricas, de cenas do Evangelho.
Mosaicos
O Mosaico foi uma forma de expressão artística importante no Império Bizantino,
principalmente durante seu apogeu, no reinado de justiniano, consistindo na formação de
uma figura com pequenos pedaços de pedras colocadas sobre o cimento fresco de uma
parede. A arte do mosaico serviu para retratar o Imperador ou a imperatriz, destacando-
se ainda a figura Pantocrator (Παντοκράτωρ) é uma palavra de origem grega que
significa "todo-poderoso" ou "onipotente".
7 - ARTE GÓTICA

Catedral de Notre-Dame. Paris .1163

No século XII, entre os anos 1150 e 1500, A vida no campo da lugar a cidade,
com o aparecimento da burguesia tem-se início uma economia fundamentada no
comércio.
A arquitetura predominante ainda é a românica, mas em meados do século XII
mas já começaram a aparecer as primeiras mudanças que irá conduzir a uma
mudança profunda na arquitetura.
ARQUITETURA GÓTICA

Podemos verificar na igreja gótica três


portais que dão acesso à três naves do
interior da igreja.
As catedrais góticas mais conhecidas
são: Catedral de Notre Dame de Paris
e a Catedral de Notre Dame de
Chartres

A rosácea é um elemento arquitetônico


muito característico do estilo gótico e está presente
em quase todas as igrejas construídas entre os 
séculos XII e XIV, podemos ver a beleza deste
elemento nesta rosácea da catedral de Saint Denis -
França.
Outros elementos característicos da arquitetura
gótica são os arcos góticos ou ogivais e os vitrais
que filtram a luminosidade para o interior da igreja.
.
CAROS ALUNOS
Finalizamos o primeiro módulo do curso HISTORIA DA ARTE –
Descomplicando a Arte , onde pudemos aprofundar nosso conhecimento nas
produções artisticas da pré-história a idade média.
Espero que tenham gostado do curso e aguardo vocês para uma nova viagem
ao mundo da arte .

PRÓXIMOS MÓDULOS

MÓDULO 2 MÓDULO 3

RENASCIMENTO POP ART


BARROCO ARTE INDIGENA.
ROMANTISMO PERFORMANCE
IMPRESSIONISMO INTERFERENCIA
EXPRESSIONISMO INSTALAÇÃO
CUBISMO BODY ART
SURREALISMO GRAFFITE
MODERNISMO
Prof. Wanderson Lima Amaral

Você também pode gostar