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Guia de utilização

de escadas
marinheiro

Novembro de 2021 – Rev.00 1


Tópicos abordados
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I – Detalhes construtivos das escadas marinheiro de acordo com a legislação e normas


vigentes.

II – Utilização de EPI para proteção contra quedas (cinto de segurança e acessórios)


durante a utilização de escadas marinheiro.

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Detalhes construtivos das escadas marinheiro
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 As escadas marinheiro devem ser montadas e instaladas obedecendo-se as seguintes


legislações e normas:

a) NR-12;
b) NR-18;
c) NR-35.

 A norma ABNT NBR 15.708 também estipula critérios para montagem e instalação de
escadas marinheiro na indústria do petróleo e gás natural.

ABNT NBR 15.708 – Indústria do petróleo e gás natural – Perfis pultrudados – Parte 6: escada tipo marinheiro

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Detalhes construtivos das escadas marinheiro
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 Vejamos então as características obrigatórias para montagem e instalação de escadas
marinheiro

1 - ALTURA E LARGURA DOS DEGRAUS:

Deve-se obedecer às seguintes medidas:

Fonte: www.ebanataw.com.br

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Detalhes construtivos das escadas marinheiro
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 Vejamos então as características obrigatórias para montagem e instalação de escadas
marinheiro

2 - MONTAGEM DOS DEGRAUS:

Os degraus podem ser independentes e serem fixados Pode também possuir estrutura própria longitudinal que
diretamente na parede por meio de um suporte que fica parafusada por meio de chumbadores:
fica chumbado na parede:

Fonte: www.ebanataw.com.br

Fonte: www.ebanataw.com.br
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Detalhes construtivos das escadas marinheiro
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3 – RESISTÊNCIA DO DEGRAU:

O degrau da escada marinheiro deve ser resistente e suportar a


aplicação de uma força concentrada de 4 kN na parte central do
degrau por um período de 10 minutos e, retirada essa carga, o
degrau pode ficar deformado em até 18 milímetros.

Se a deformação for maior que isso, a escada não poderá ser


usada.

Fonte: www.ebanataw.com.br
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Detalhes construtivos das escadas marinheiro
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4 - COMPRIMENTO DOS LANCES (TRECHOS):

Os lances de uma escada tipo marinheiro não podem ser


superiores a 9,00 metros.

Os diversos lances deverão ser dispostos de forma alternada,


intercalados por patamar de descanso:

Fonte: japindustrial.com.br e maquinaindustrial.com.br

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Detalhes construtivos das escadas marinheiro
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5 - Guarda-corpo ou gaiola de proteção

O guarda-corpo (ou gaiola de proteção) das escadas marinheiro, neste momento, é obrigatório somente
pela NR-12.

A atual redação da NR-18, dada pela Portaria SEPRT nº 3733 de 10/02/2020, não traz mais a
obrigatoriedade da instalação de guarda corpo (gaiola de proteção) nas escadas marinheiro.

Vejamos um pouco de história para sabermos a origem da escada marinheiro e do seu guarda-corpo ou
gaiola de proteção.

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Detalhes construtivos das escadas marinheiro
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Guarda-corpo ou gaiola de proteção
As gaiolas de proteção das escadas marinheiro,
inicialmente, serviam para proteger o trabalhador e a
escada contra os possíveis choques que poderiam ocorrer
durante o processo de içamento de cargas em
embarcações. Ou seja, servia para proteção de um risco
externo e não para proteção contra o risco de queda.

E com o passar dos tempos, essas escadas foram também


utilizadas como equipamentos de acesso a caixas d´água e
telhados. E a gaiola era justificada como um elemento
que, no mínimo, trazia um efeito psicológico de
proteção, por deixar o trabalhador de certa forma
enclausurado.

Normas foram elaboradas estipulando tanto a


obrigatoriedade deste guarda-corpo quanto suas dimensões
em escadas marinheiro.
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Detalhes construtivos das escadas marinheiro
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Guarda-corpo ou gaiola de proteção

Atualmente é reconhecido que a gaiola promove um aumento dos riscos da escada marinheiro (também
conhecida como escada fixa vertical), em caso de queda do trabalhador.

Em 2018, a OSHA 1910 reconhece o guarda-corpo da escada marinheiro como uma grande ameaça ao
trabalhador e entende que não deve ser considerada como um elemento de proteção contra queda.

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Detalhes construtivos das escadas marinheiro
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Guarda-corpo ou gaiola de proteção

De acordo com a NR-12:

As escadas marinheiro devem possuir gaiolas de proteção, caso


possuam altura superior a 3,50 m (três metros e meio),
instaladas a partir de 2,0 m (dois metros) do piso, ultrapassando
a plataforma de descanso ou o piso superior em pelo menos de
1,10 m (um metro e dez centímetros) a 1,20 m (um metro e
vinte centímetros).

Fonte: www.ebanataw.com.br
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Utilização de EPI (cinto de segurança) durante o uso de escadas marinheiro
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Sabendo-se então agora que o guarda-corpo (ou gaiola) das escadas marinheiro não tem a função
de proteção contra quedas, é necessária a utilização de EPI (cinto de segurança com demais
acessórios de proteção contra quedas) para proteção dos trabalhadores durante a utilização da
mesma.

O vídeo público abaixo simula a queda de um trabalhador durante a utilização de escada


marinheiro, mesmo com a escada possuindo gaiola de proteção conforme normas vigentes.

Simulação de queda em escada marinheiro com guarda corpo

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Utilização de EPI (cinto de segurança) durante o uso de escadas marinheiro
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Existem duas possibilidades de utilização de EPI para proteção contra quedas durante a utilização
de escadas marinheiro:

a) Cinto de segurança com talabarte duplo (em Y),


com conexão dos ganchos (mosquetões) nos
degraus da escada durante sua utilização;

b) Cinto de segurança com uso de linha de vida


vertical e trava-quedas, sem utilização de
prolongador.

O vídeo abaixo demonstra as vantagens da utilização de


cinto de segurança com linha de vida vertical e trava-
quedas em relação ao uso de cinto de segurança com
talabarte duplo (em Y)
Fonte: www.doisdez.com.br

Escada marinheiro: Talabarte duplo ou linha de vida vertical com trava quedas?
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Utilização de EPI (cinto de segurança) durante o uso de escadas marinheiro
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Se a escolha for pelo uso de cinto de segurança com talabarte duplo, os ganchos serão conectados
nos próprios degraus da escada e, neste caso, é necessário que a escada marinheiro seja aprovada
por PLH (Profissional Legalmente Habilitado).

Um Profissional Legalmente Habilitado (PLH) deve verificar a escada a fim de garantir que, em uma
eventual queda, o degrau que receberá o impacto suportará as forças que serão geradas. Também
deve ser verificado o conjunto restante da escada para onde este impacto será diluído, como por
exemplo, os montantes e os fixadores.

Por último, a estrutura em que a escada está fixada também deverá estar apta a receber as forças
geradas durante a queda.

Se o PLH liberar a escada para este tipo de uso, pode-se considerar os degraus da escada como
ancoragens estruturais, atendendo-se desta forma a NR-35.

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Utilização de EPI (cinto de segurança) durante o uso de escadas marinheiro
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Toda linha de vida em escada de marinheiro deverá


ter projeto com laudo técnico, ART e memorial de
cálculo assinado por responsável habilitado.

O trava-quedas de aço mantem o trabalhador 100% do tempo


ancorado no sistema com segurança até que ele saia da
escada.

É importante que o trava-quedas seja fixado no ponto de


ancoragem frontal do cinto de segurança, sem uso de
prolongador.

Fonte: www.danny.com.br 15
Segurança, Meio Ambiente e Saúde

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