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Escrita de uma
memória que não
se apaga
Desenvolvimento idade Adulta e Terceira idade
Prof. Henrique
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Uma ficção que se chama “eu”
Ficção chamada Eu
O espelho
Encontro da imagem através do outro
Imagem do Eu
Envelheci ?
Posso contar uma aventura semelhante que ocorreu comigo. Estava eu sentado
sozinho no meu compartimento no carro-leito, quando um solavanco do trem,
mais violento do que o habitual, fez girar a porta do toalete anexo, e um senhor
de idade, de roupão e boné de viagem, entrou. Presumi que ao deixar o toalete,
que ficava entre os dois compartimentos, houvesse tomado a direção errada e
entrado no meu compartimento por engano. Levantando-me com a intenção de
fazer-lhe ver o equívoco, compreendi imediatamente, para espanto meu, que o
intruso não era senão o meu próprio reflexo no espelho da porta aberta. Recordo-
me ainda que antipatizei totalmente com a sua aparência. (FREUD, 1919, p. 309)
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Do familiar ao estranho da imagem
Nomear humaniza
Diferencia
Dentro e fora
Narcisismo: através do outro, e em face do outro, sob seu olhar, um ser sendo forja
a sua identidade.
Os Eus
Em face do amor e para estar em consonância com o Outro: Ideal de eu
Quando o ideal de eu se esfacela há uma regressão para o primeiro registro de imagem
corporal (eu ideal).
Quais os ideais de eu que se inscrevem socialmente
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Espelho, espelho meu
Suportar o vazio
Não todo
Bordejar
Importância do trabalho
A criação de novas maneiras de vestir o desejo, que não morre, em conformidade com as
mudanças inevitáveis.
Satisfação substitutiva
Luto
Abertura do desejo
Construir um saber sobre o que foi perdido
Não há velhice sem luto
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Imagem da velhice e o imperativo do
novo
Valorização do novo
A felicidade no bisturi.
O sujeito se reconhece e identifica uma imagem de si que oferece a seu corpo certa
consistência, por isso mudanças a imagem tem efeitos sobre as identificações e o sentimento
de pertinência do corpo.
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Da vaidade ao narcisismo
Culto ao novo
Ilusão de completude
É muito difícil, do ponto de vista da família e da equipe de saúde, lidar com este tipo de
reação.
Muitas vezes família e equipe de saúde são alvo constante da raiva destes pacientes, pelo
fato de estarem mais próximas
A barganha, outro dos estágios comuns nos pacientes sem perspectiva de cura, se
traduz pela tentativa do paciente fazer algum tipo de acordo interno, com o propósito de
adiar o desfecho inevitável.
“Se Deus decidiu levar-me deste mundo e não atendeu a meus apelos cheios de ira,
talvez seja mais condescendente se eu apelar com calma.” (Kübler-Ross, 2005, p. 87)
Muitas vezes a família prefere que o deixem só, ou, pelo menos, que não o perturbem
com notícias e problemas do mundo exterior, fazendo a família sentir-se aflita com este
seu afastamento, e sem saber como lidar com este comportamento.
Há alguns pacientes que lutam até o fim, que se debatem e se agarram à esperança,
dificultando atingir este estágio de aceitação. A família e a equipe de saúde podem
achar que esses pacientes são resistentes e fortes, e encorajá-los na luta pela vida até
o fim, deixando transparecer que aceitar o próprio fim é uma entrega covarde, uma
decepção ou, pior ainda, uma rejeição à família.
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