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Realismo

Por Victoria Venturini, Matheus Palermo, João Victor Ferreira, Emily Caroline Martins e Patrick Fernandes.
O que é o realismo?

O Realismo foi um movimento literário e artístico que,


como o próprio nome sugere, tem um olhar mais realista e
objetivo sobre a existência e as relações humanas,
surgindo como oposição ao romantismo e sua visão
idealista da vida. Portanto, o ideal literário busca construir
um retrato fidedigno da sociedade, " diagnosticando " as
mazelas do mundo industrial e da burguesia.
Contexto histórico
• Segunda fase da revolução industrial;
• Obra Madame Bovary de Gustave Flaubert em 1857;
• desenvolvimento do pensamento científico e doutrinas
filosóficas e sociais, defendidas por Augusto Comte,
Marx, Evolucionismo de Darwin, etc;
• "Fracasso" da Revolução Francesa.
• Abolição da escravidão – 1888;
• proclamação da república- 1889.
Características do realismo:
• Valorização da objetividade dos fatos;
• Impessoalidade, apagamento das ideias do autor;
• Descrição de tipos sociais ou situações típicas;
• Fim das idealizações: retratos de adultério, miséria e fracasso social;
• Frequentes críticas às hipocrisias da moralidade da nova classe
denominante, a burguesia;
• Aceitação da realidade tal como ela é, em oposição aos anseios de
liberdade dos romanticos;
• Esteticismo: linguagem culta e estilizada, escrita com proporção e
elegância;
• Tentativa de explicar o real, recorrendo muitas vezes à ciência ou ao
determinismo;
• Abordagem psicológica dos personagens como composição da
realidade que veem.
Obras do realismo brasileiro:

MACHADO DE ASSIS
• Memórias Póstumas de Brás Cubas;
• Dom Casmurro;
• Quincas Borbas;
• Esau e Jacó.
Desde os cinco anos merecera eu a alcunha de “menino
diabo”; e verdadeiramente não era outra coisa; fui dos
mais malignos do meu tempo, arguto, indiscreto,
traquinas e voluntarioso. Por exemplo, um dia quebrei a
cabeça de uma escrava, porque me negara uma colher do
doce de coco que estava fazendo, e, não contente com o
malefício, deitei um punhado de cinza ao tacho, e, não
satisfeito da travessura, fui dizer à minha mãe que a
escrava é que estragara o doce “por pirraça”; e eu tinha
apenas seis anos.
Prudêncio, um moleque de casa, era o meu cavalo de todos
os dias; punha as mãos no chão, recebia um cordel nos
queixos, à guisa de freio, eu trepava-lhe ao dorso, com
uma varinha na mão, fustigava-o, dava mil voltas a um e
outro lado, e ele obedecia, — algumas vezes gemendo, —
mas obedecia sem dizer palavra, ou, quando muito, um —
“ai, nhonhô!” — ao que eu retorquia: — “Cala a boca,
besta!”.
OUTROS AUTORES BRASILEIROS
• Aluísio Azevedo: O mulato , O cortiço.

• Adolfo Ferreira Caminha: A Normalista,


Bom Criolo.

• Raul Pompéia: A Queda do Governo,


As Jóias da Coroa , O Ateneu.

Agradecemos a sua atenção!

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