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LITERATURA

INFANTIL:
HISTÓRIA E
HISTÓRIAS
Marisa Lajolo e Regina Zilberman – Ed. Àtica . São Paulo, 1989.
ORIGEM.
Revolução industrial;
Processo urbanizador;
Consolidação da burguesia e sua estrutura social, sob o alicerce:
Família e Escola
Desde o início mercadoria para este novo sujeito social: criança.
A burguesia se consolida como classe social, apoiada num
patrimônio que não mais se mede em hectares, mas em
cifrões. E reivindica um poder político que conquista
paulatinamente, procurando evitar confrontos diretos e
sangrentos, como o que ocorre na França, em 1789, mas
utilizando também essa solução, quando é o caso.
Entretanto, é uma camada social pacifista, em princípio. Ou,
por outra, procura tornar sua violência menos visível. Para
isso, incentiva instituições que trabalham em seu favor,
ajudando-a a atingir as metas desejadas. (p. 16)
 Neste sentido, o gênero dirigido à infância está no bojo dos
processos que vêm marcando a sociedade contemporânea desde os
primeiros sinais da implantação desta, permitindo-lhe indicar a
modernidade do meio onde se expande. Tem características
peculiares à produção industrial, a começar pelo fato de que todo
livro é, de certa maneira, o modelo em miniatura da produção em
série. E configura-se desde sua denominação — trata-se de uma
literatura para — como criação visando a um mercado específico,
cujas características precisa respeitar e mesmo motivar, sob pena de
congestionar suas possibilidades de circulação e consumo. (p.17)
A primeira delas dá conta do tipo de representação a que os
livros procedem. Estes deixam transparecer o modo como o
adulto quer que a criança veja o mundo. Em outras
palavras, não se trata necessariamente de um espelhamento
literal de uma dada realidade, pois, como a ficção para
crianças pode dispor com maior liberdade da imaginação e
dos recursos da narrativa fantástica, ela extravasa as
fronteiras do realismo. E essa propriedade, levada às
últimas consequências, permite a exposição de um mundo
idealizado e melhor, embora a superioridade desenhada
nem sempre seja renovadora ou emancipatória . (p.18)
 Essa função utilitário-pedagógica é a grande dominante da PONTOS
produção literária destinada à infância, e isso desde as primeiras
obras surgidas entre nós. Nada mais do que atender a uma CONVERGEN
exigência da própria estrutura da cultura ocidental em relação a
seu tradicional conceito do ser infantil.
TES
 Desde os primórdios, a literatura infantil surge como uma
forma literária menor, atrelada à função utilitário-pedagógica Entre as autoras:
que a faz ser mais pedagogia do que literatura.
 Tratado fisionomicamente sob o "modo de ser“ do adulto,
Lajolo e Zilberman e
reflete-se para a produção infantil como um receptor engajado as Marias.
nas propostas da escola e da sociedade de consumo. Deverá,
sobretudo, apreender, via texto literário infantil, a verdade social

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