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A BUSCA DA REALIDADE

TERCEIRA PARTE
A MENTE E A VIDA
 Inclui-se dentre os mais comuns e constantes tipos
de energia não adensável - a energia mental
propriamente dita, da qual o pensamento é a mais
elevada expressão. No entanto, ela é capaz de agir
sobre as diversas formas de energia reconversível,
de impressioná-las e transformá-las, através de
radiações de potência ainda não humanamente
detectável, mas de alto e efetivo poder, traduzível
em fenômenos eletromagnéticos inapreciáveis.
 Essa é basicamente a energia que organiza o tecido
perispiritual e, de resto, todos os campos
vibratórios que envolvem o espírito humano e nos
quais este se movimenta nas dimensões
extrafísicas.
 Energia Mental - Universo e Vida – Aureo – Hernani T. Sant’Anna
AUTODESCOBRIMENTO
 “....De alguma forma é levado ao competitivismo
individualista, criando um clima desagradável. A
sua ascensão será possível mediante a queda de
outrem, mesmo que o não deseje....”

 “A ansiedade, o medo, a solidão íntima tornam-se-


lhe habituais, uma de cada vez, ou
simultaneamente, desgastando-o, amargurando-
o.”
 É do agrado de algumas personalidades
neuróticas, fugirem de si mesmas, ignorarem-
se ou não saberem dos acontecimentos, a fim
de não sofrerem. Ledo engano! A fuga aturde,
a ignorância amedronta, o desconhecido
produz ansiedade, sendo, todos estes, estados
de sofrimento.
 O auto-encontro enseja satisfações
estimuladoras, saudáveis. Esse esforço deve ser
acompanhado pela inevitável confiança no
êxito, porquanto é ambição natural do ser
pensante investir para ganhar, esforçar-se para
colher resultados bons.
 O homem possui admiráveis
recursos interiores não
explorados, que lhe dormem em
potencial, aguardando o
desenvolvimento. A sua
conquista faculta-lhe o
autodescobrimento, o encontro
com a sua realidade legítima e,
por efeito, com as suas
aspirações reais, aquelas que se
convertem em suporte de
resistência para a vida,
equipando-o com os bens
inesgotáveis do espírito.
 “...O questionamento a respeito do que é essencial
e do que é secundário inverteu a ordem das
aspirações, confundindo os sentimentos e
transformando a busca das sensações em
realização fundamental, relegando-se a plano
inferior as expressões da emoção elevada, na qual,
o belo, o ético, o nobre se expressam em forma de
amor, que não embrutece nem violenta...”
 “...O amor se expande como força co-criadora,
estimulando todas as expressões e formas de
vida. Possuidor de vitalidade, multiplica-a
naquele que o desenvolve quanto na pessoa a
quem se dirige. Energia viva, pulsante, é o
próprio hálito da Vida a sustentá-la. A sua
aquisição exige um bem direcionado esforço
que deflui de uma ação mental equilibrada.”
 Amar torna-se um hábito edificante,
que leva à renúncia sem frustração, ao
respeito sem submissão humilhante, à
compreensão dinâmica, por revelar-se
uma experiência de alta magnitude,
sempre melhor para quem o
exterioriza e dele se nutre.

 A aquisição da verdade amadurece o


homem, que a elege e habitua-se à sua
força libertadora, pois que, somente
há liberdade real, se esta decorre
daquela que o torna humilde e forte,
aberto a novas conquistas e a níveis
superiores de entendimento
RELIGIÃO E RELIGIOSIDADE
 No caleidoscópio do
comportamento humano há,
quase sempre, uma grande
preocupação por mais parecer
do que ser, dando origem aos
homens espelhos, aqueles que,
não tendo identidade própria,
refletem os modismos, as
imposições, as opiniões alheias.
 Desvelar os segredos da vida de ultra-tumba,
demonstrar-lhe o prosseguimento das aspirações
e valores humanos, ora noutra dimensão dentro
da mesma realidade da vida, é a finalidade
precípua da religião. Ao invés da proibição
castradora e do dogmatismo irracional, agressivo
à liberdade de pensamento e de opção, a religião
deve favorecer a investigação em torno dos
fundamentos existenciais, das origens do ser e
do destino humano, ao lado dos equipamentos
da ciência, igualmente interessada em
aprofundar as sondas das pesquisas sobre o
mundo, o homem e a vida.
 “....a religiosidade interior que aproxima o
indivíduo de Deus em toda a Sua plenitude: no
homem, no animal, no vegetal, em a natureza,
nas formas viventes ou não, através de um
inter-relacionamento integrador que o plenifica
e o liberta da ansiedade, da solidão, do medo.
As suas aspirações não se fazem
atormentadoras; não mais surge a solidão como
abandono e desamor, e dilui-se o medo ante
uma religiosidade que impregna a vida com
esperança, alegria e fé.”
 Por falta de uma consciência objetiva —
conhecimento dos seus valores pessoais,
controle das várias funções do seu organismo
físico e emocional, definição positiva de atitudes
perante a vida —, não têm a coragem ética de ser
autênticos, padecendo conflitos a respeito do
senso de responsabilidade e de liberdade,
característico do amadurecimento, que se poderá
denominar como uma virtude de longo curso.
 Para que o ânimo robusto possa conduzir às lutas
exteriores, faz-se necessária a auto-conquista, que
torna o indivíduo justo, equilibrado, sem a
característica ansiedade neurótica, reveladora do
medo do futuro, da solidão, das dificuldades que
surgem. É preciso que o homem se arrisque, se
aventure, mesmo que esta decisão o faça ansioso
quanto ao seu desempenho, aos resultados.
 A força primitiva e criadora, nele existente como
uma fagulha, possui o potencial de uma estrela
que se expandirá com as possibilidades que lhe
sejam facultadas. Bem direcionada, sua luz
vencerá toda a sombra e se transformará na
energia vitalizadora para o crescimento dos seus
valores intrínsecos, no desdobramento da sua
fatalidade, que são a vitória sobre si mesmo, a
relativa perfeição que ainda não tem capacidade
de apreender.
 Afirmou um monge medieval que todo aquele
que vive morrendo, quando morre não morre”,
porque o desapego, o despojar das paixões em
cada morrer diário, liberta-o, desde já, até que,
quando lhe advém a morte, ele se encontra
perfeitamente livre, portanto, não morto,
equivalente a vivo.

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