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ELICITAÇÃO E ANÁLISE

DE REQUISITOS

Luiza Lira, 2023


1
OBJETIVO
S
Descrever o processo da elicitação e análise requisitos.
Introduzir um número de técnicas elicitação de requisitos
e análise de requisitos.
Discutir como protótipos podem ser usados no processo
de ER.

Luiza Lira, 2023


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COMPONENTES DA ELICITAÇÃO DE
REQUISITOS

Domínio Problema a
da ser resolvido
Aplicação

Necessidades dos Contexto


Stakeholder e do Negócio
restrições

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ATIVIDADES DA ELICITAÇÃO
Entendimento do domínio da aplicação
• O conhecimento do domínio da aplicação é o conhecimento geral ond eo sistema será
aplicado.
Entendimento do problema
• Os detalhes dos problemas específicos do problema do cliente onde o sistema será
aplicado deve ser entendido.
Entendimento do negócio
• Você de entender como os sistemas interagem e contribuem de forma geral com os
objetivos de negócio.
Entendimento das necessidades e limitações dos stakeholders do sistema
• Você deve entender, em detalhe, as necessidades específicas das pessoas que requerem
suporte do sistema no seu trabalho.

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ELICITAÇÃO DE REQUISITOS

ELICITAR: descobrir, tornar explícito, obter o máximo


de informações para o conhecimento do objeto em
questão
Cabe à elicitação a tarefa de identificar os fatos que
compõem os requisitos do Sistema, de forma a prover o
mais correto e mais completo entendimento do que é
demandado daquele software

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ELICITAÇÃO DE REQUISITOS:
DIFICULDADES
Usuários podem não ter uma idéia precisa do sistema por eles
requerido;
Usuários têm dificuldades para descreverem seu conhecimento sobre
o domínio do problema;
Usuários e Analistas têm diferentes pontos de vista do problema (por
terem diferentes formações);
Usuários podem antipatizar-se com o novo sistema e se negarem a
participar da elicitação (ou mesmo fornecer informações errôneas).

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ELICITAÇÃO, ANÁLISE E NEGOCIAÇÃO

Esboço dos
Requisitos
Elicitação de
Requisitos
Análise de
Requisitos

Problemas de
Documento de Requisitos
Requisitos
Negociação de Requisitos
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O PROCESSO DA ELICITAÇÃO DE REQUISITOS

Estabelecer Objetivos Compreender Background Organizar Conhecimento Coletar Requisitos

Objetivos do Estrutura Identificação dos Requisitos


Negócio Organizacional Interessados dos
Interessados

Priorização dos Domínio dos


Problema a Domínio da Objetivos Requisitos
ser resolvido Aplicação

Limitações do Sistemas Filtragem do Requisitos


Conhecimento do Organizacionais
Sistema Existentes Domínio

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ESTÁGIOS DA ELICITAÇÃO
Definir objetivos
• Os objetivos organizacionais devem ser estabelecidos incluindo
objetivos gerais do negócio, um descrição geral do problema a ser
resolvidos porque o sistema é necessário e as limitações do sistema.
Aquisição de conhecimento do background
• Informação de background do sistema inclui informação acerca da
organização onde o sistema será instalado, o domínio de aplicação do
sistema e informação acerca de outros sistemas existente
Organização do conhecimento
• A grande quantidade de conhecimento que foi coletada nos estágios
anteriores devem ser organizadas e colocadas em ordem.
Coletar os requisitos dos stakeholders
• Os stakeholders do sistema são consultados para descoberta de seus
requisitos.
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ANÁLISE E NEGOCIAÇÃO DE REQUISITOS
Análise de Requisitos

Checagem Checagem de Checagem de


Necessidade Consistência e Viabilidade
Completude

Requisitos Requisitos
Requisitos Incompletos e
Desnecessários Inviáveis
Conflitantes

Discussão de Priorização de Acordo de


Requisitos Requisitos
Requisitos

Negociação de Requisitos
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CHEQUES DA ANÁLISE
Checagem da necessidade
• A necessidade os requisitos é analisada. Em alguns casos, alguns
requisitos propostos podem não contribuir para os
objetivos da organização
negócio de ou para o problema específico tratado pelo
sistema.
Checagem de consistência e completude
• Os requisitos são checados entre si para determinar consistência e
completude. Consistência significa que nenhum requisito deve ser
contraditório; completude significa que nenhum serviço (ou limitação)
que seja necessário foi esquecido.
Checagem de viabilidade
• Os requisitos são checados para garantir que são viáveis dentro do
orçamento e tempo disponível para o desenvolvimento do sistema.

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NEGOCIAÇÃO DOS REQUISITOS
Discutir os requisitos
• Os requisitos que foram identificados como problemáticos são
discutidos e os stakeholders envolvidos apresentam seus pontos de
vista a cerca dos requisitos.
Priorizar os requisitos
• Os requisitos disputados são priorizados para identificar requisitos
críticos e ajudar a processo de tomada de decisão.
Concordância dos requisitos
• Soluções para os problemas dos requisitos são identificadas e um
conjunto de requisitos são acordados. Geralmente isto envolve
mudanças em alguns dos requisitos.

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TÉCNICAS DE ELICITAÇÃO
Técnicas especiais que podem ser usadas para
coletar conhecimento sobre os requisitos dos usuários
Este conhecimento deve ser estruturado
• Particionamento - agregando conhecimentos relacionados
• Abstração - reconhecendo generalidades
• Projeção - organizando de acordo com a perspectiva
Problemas da elicitação
• Não existir muito tempo para a elicitação
• Preparação inadequada dos engenheiros
• Stakeholders não estarem convencidos da necessidade de um novo
sistema

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TÉCNICAS DE ELICITAÇÃO
Entrevista Prototipação
Leitura de documentos
Questionários
Brainstorming Análise de
protocolos
Participação ativa dos
usuários
Cenários
Observações
Etnografia
Reuso de requisitos

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ELICITAÇÃO DE REQUISITOS

O profissional de ER deve selecionar as técnicas a serem


utilizadas e estabelecer de que maneira elas serão
integradas
É importante utilizar uma técnica de modelagem de apoio
para que os fatos elicitados fiquem corretamente
representados para futuro tratamento
A escolha das técnicas e seu esquema de integração
dependerá do problema e da equipe participante
O ponto importante é ter conhecimento sobre estas
técnicas e identificar onde uma técnica é superior a outra

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DIFICULDADES PARA
ELICITAR
Difusa disseminação do conhecimento do domínio
• O conhecimento pode estar distribuído em várias fontes
» Raramente está disponível de forma explícita (por exemplo, não está
escrito)
» Haverá conflitos entre o conhecimento de diferentes fontes
» Lembre-se do princípio da complementaridade!
Conhecimento tácito
• É aquele que a pessoa adquiriu ao longo da vida, pela
experiência. Geralmente é difícil de ser formalizado
ou explicado a outra pessoa, pois é subjetivo e
inerente às habilidades de uma pessoa.
• As pessoas acham difícil descrever o conhecimento
que usam regularmente
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DIFICULDADES PARA
ELICITAR
Observabilidade limitada
• Os proprietários do problema geralmente estão
muito ocupados lidando com o sistema atual
• A presença de um observador pode mudar o
problema
» E.g. Probe Effect / Efeito Sonda : alteração não intencional no
comportamento do sistema causada pela medição desse sistema
Viés
• As pessoas podem não estar a vontade para lhe dizer o
que você precisa saber
• As pessoas podem não querer lhe dizer o que você
precisa saber
» O resultado irá afetá-los, então eles podem tentar influenciá-lo
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EXEMPLO
Departamento de empréstimos em um grande banco
• O engenheiro de requisitos está tentando obter as regras e procedimentos
para aprovar um empréstimo
Por que isso pode ser difícil:
• Conhecimento implícito :
» Não existe documento em
que as regras para aprovação
de empréstimos estejam
anotadas
• Informações conflitantes:
» Diferentes funcionários do
banco têm ideias diferentes
sobre quais são as regras
• Problema Diz-Faz (Say-
Do):
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» O processo de aprovação de empréstimo que foi descrito
18 para você pelos
funcionários de aprovação são bem diferentes das observações do que
EXEMPLO
Por que isso pode ser difícil:
• Efeito Probe/Sonda:
» O processo de aprovação de empréstimos usado pelos agentes de aprovação
enquanto vocês os está é bem diferente do que eles realmente fazem
• Viés:
» Os funcionários responsáveis pelos empréstimos temem pelo seu emprego caso
o sejam informatizados seus trabalhos, por isso enfatizam deliberadamente a
necessidade de discrição caso a caso (para convencê-lo de que deve ser feito
por um ser humano!)

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BIAS / VIÉS
O que é um Viés?
• Viés só existe em relação a algum ponto
Exemplos de Viés
de referência
» É possível não haver
viés? • Pensamento em grupo
• Todas as visões da realidade são filtradas. resposta às reações de outros especialistas
• Todas as decisões são baseadas • Pressão Social
parcialmente e em valores pessoais. respostas as gestos verbais ou não do entrevistador
• Impressionar a gerência
Tipos de Viés: respostas às reações que que são esperadas pelos gerentes, cliente,
• Viés motivacional • Apropriação
» Especialista faz Interpretação seletiva para apoiar crença corrente
acomodações para agradar
o entrevistador ou algum outro
• Deturpação
público o especialista não consegue ajustar com precisão uma resposta às
alternativas de resposta existentes
• Viés Observacional
• Ancoragem
» Limitações em nossa capacidade
de observar o mundo com precisão dados contraditórios são ignorados quando uma solução inicial
está disponível
• Viés Cognitivo
• Inconsistência
» Erros no uso de estatísticas, estimativa,
suposições feitas anteriormente são esquecidas
memória, etc
• Disponibilidade
• Viés Notacional
alguns dados são mais fáceis de lembrar do que outros
» Termos usados para descrever o
problema poderá afetar o seu
• Subestimar a incerteza
entendimento, tendência de submestimar por um fator de 2 ou 3

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TÉCNICAS ESPECÍFICAS DE
ELICITAÇÃO

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ENTREVISTAS
O engenheiro de requisitos ou analista discute o sistema
com diferentes stakeholders e obtêm um entendimento
dos requisitos.
Entrevistas fechadas. O engenheiro de requisitos busca
respostas para um conjunto de questões pré-definidas
Entrevistas abertas. Não há uma agenda pré-definida e o
engenheiro de requisitos discute, de forma aberta, o que o
stakeholders quer do sistema.
Tutorial: o cliente está no comando - aula

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ESSENCIAL DAS
ENTREVISTAS
Entrevistadores devem estar de “cabeça aberta” e não
fazer a entrevista com noções pré-concebidas sobre o que
é necessário
Informar aos stakeholders o ponto inicial da discussão.
Isto pode ser uma questão, uma proposta de requisitos ou
um sistema existente
Entrevistadores devem estar cientes da política
organizacional - muitos requisitos reais podem não serem
discutidos devido as implicações políticas

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ENTREVISTAS: VANTAGENS
É uma boa técnica de elicitação para utilizar com tópicos
complexos
É rica em informações, possibilitando a obtenção de
requisitos detalhados
Permite o esclarecimento das
ambiguidades Fornece uma visão geral do
sistema
As perguntas geralmente são respondidas,
então, a taxa de
falta de resposta é baixa
O entrevistador consegue realizar uma leitura da
linguagem
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ENTREVISTAS:
DESVANTAGENS
Não envolve muitos stakeholders
Não é fácil de agendar um tempo para as entrevistas com
todos os stakeholders
As restrições de custos não permitem a coleta de grandes
amostras
A qualidade dos dados coletados está ligada à
experiencia do entrevistador e de como ele vai lidar com
a entrevista É uma técnica demorada e trabalhosa
Difícil de elicitar conhecimento tácito
Necessidade de levar em consideração
diferenças culturais
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LEITURA DE
DOCUMENTOS
Pesquisa e coleta de informação através dos mais diversos
tipos de documento, podendo ou não envolver interação
com um especialista
Analisar os documentos possibilita explorar todo
o conhecimento escrito acerca do contexto da aplicação
Diversos tipos de documento podem ser analisados:
• formulários, relatórios, manuais do sistema, bases de dados e
documentos fiscais.
Necessidade de abstração e conhecimento do
vocabulário da aplicação

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LEITURA DE DOCUMENTOS:
VANTAGENS
Bastante útil quando os stakeholders e os usuários não
estão disponíveis.
Permite que o engenheiro de requisitos entenda
a organização antes mesmo de conhecer os stakeholders
Fornece dados históricos
Fornece insumo para a criação de perguntas a
serem realizadas nas entrevistas.
Facilidade de acesso

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LEITURA DE DOCUMENTOS:
VANTAGENS

Devido à grande quantidade de documentação pode ser


difícil de encontrar as informações realmente necessárias
para o desenvolvimento do sistema.
Pode ser bem trabalhoso
As documentações utilizadas podem estar
desatualizadas. As informações localizadas podem estar
incompletas

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QUESTIONÁRIO
S
Aplicação de várias perguntas escritas para uma
determinada amostra de usuários
• Questões fechadas: através de questões de múltipla
escolha
• Questões abertas: questões discursivas, permitindo
que o
usuário responda com suas próprias palavras
Quando existe conhecimento sobre o problema e grande
número de clientes
Permite uma percepção de como funciona(rá) certos
aspectos do sistema
Possibilitam análises estatísticas
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QUESTIONÁRIOS:
VANTAGENS
Padronização das perguntas e tratamento estatístico
das respostas
Os questionários permitem alcançar um maior número
de stakeholders em um curto período de tempo
É econômico
É difícil de estar enviesado (se bem elaborado)

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QUESTIONÁRIOS: DESVANTAGENS
Limitação do universo de respostas e pouca iteração
O engenheiro de requisitos não consegue obter mais
esclarecimentos sobre o problema
As perguntas podem ser mal interpretadas
É possível que exista ambiguidade nas pergunta
Existe a possibilidade de que comentários úteis não sejam
repassados dos stakeholders para o engenheiro de
requisitos
Para obter mais informações, é necessário que seja
utilizado em conjunto com outras técnicas de elicitação,
tais como, entrevistas
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BRAINSTORMING
Técnica de grupo simples para gerar ideias
Permite que as pessoas participantes sugiram e explorem
ideias em um ambiente livre de críticas ou julgamentos
Cada participante pode expor sua opinião e compartilhar
ideias
Indicada para grupos de 4-10 pessoas

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BRAINSTORMING : VANTAGENS
Não necessita de muitos recursos, reduzindo o custo
Os participantes não precisam ser altamente qualificados
É fácil de implementar
Ajuda na geração de novas
ideias Ajuda na resolução de
conflitos

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BRAINSTORMING : DESVANTAGENS
Não é adequado para resolver problemas importantes
Pode ser demorado, caso não seja organizado
adequadamente
A quantidade de ideias que surgem no brainstorming não
significa que elas possuem boa qualidade
Caso os participantes não estejam prestando atenção, é
possível que haja uma repetição de ideias

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ANÁLISE DE PROTOCOLOS

Consiste em analisar o trabalho de determinada pessoa através


de verbalização
Objetivo: estabelecer a racionalidade utilizada na execução de
tarefas
Vantagens: possibilidade de elicitar fatos não facilmente
Observáveis e permitir melhor entendimento dos fatos
Desvantagens: desempenho do entrevistado e “o que se diz é
diferente do que se faz”

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PARTICIPAÇÃO ATIVA
DOS USUÁRIOS

• Incorporação dos usuários ao grupo de ER


• Os usuários precisam aprender as
linguagens de
• modelagem utilizadas para ler as descrições e criticá-las
• Integração dos usuários com os ER
na modelagem do sistema
• Vantagens: envolvimento dos clientes e usuários
Desvantagens: treinamento dos usuários e falsa impressão
da eficácia do sistema

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CENÁ
RIOS
Cenários são estórias que explicam como um
sistema poderá ser usado. Eles devem incluir:
• uma descrição do estado do sistema antes de começar o cenário
• o fluxo normal de eventos do cenário
• exceções ao fluxo normal de eventos
• informações sobre atividades concorrentes
• uma descrição do estado do sistema ao final do cenário
Cenários são exemplos de sessões de interação
que
descrevem como o usuário interage com o sistema
A descoberta de cenários expõe interações possíveis
do sistema e revela as facilidades que o sistema pode
precisar
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CENÁRIO DA BIBLIOTECA - PEDIDO
DE DOCUMENTOS
Entre no sistema EDDIS
Escolha o comando pedido de documentos
Entre um número de referência do documento
pedido Selecione um ponto de entrega
Saia do sistema EDDIS
Esta sequência de eventos pode ser ilustrada
num diagrama

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CENÁRIO DA
BIBLIOTECA
Operational terminal
Login OK
Order accepted
User Document reference OK
Login to
id
Passwd EDDIS
Select order
document Input document
Exception reference
s Invalid id or Exceptions
password Permission
Login retry deni
Enter h

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CENÁRIOS E
PROJETO OO
Cenários são partes inerentes de alguns métodos de
desenvolvimento orientados a objeto
O termo “caso de uso” ou use-case (um caso específico
do uso do sistema) é usado as vezes para se referir a um
cenário
Existem diferentes visões sobre o relacionamento entre
caso de uso e cenários :
• Um caso de uso é um cenário
• Um cenário é uma coleção de casos de uso. Portanto, cada
interação excepcional é representada como um caso de uso separado

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CENÁRIOS:
VANTAGENS
Auxilia no entendimento dos requisitos
Facilita o trabalho dos usuários, por meio da simulação
de tarefas reais
Favorece a descoberta de detalhes que não poderiam ser
possíveis de observar com outra técnica de elicitação
Podem ser reutilizados através do próprio sistema ou
em outros sistemas que possuem o mesmo contexto.

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CENÁRIOS:
DESVANTAGENS
É difícil de definir cenários úteis
Não é adequado para todos os tipos de projeto
Não cobrem todos os processos, ou seja, não
possuem uma visão completa do sistema futuro

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OBSERV
AÇÃO
As pessoas geralmente acham difícil descrever o que
elas fazem pois isto é muito natural para elas.
Observação do usuário final executando uma tarefa
em particular no seu local de trabalho,
• Anotar os elementos e comportamentos envolvidos
em cada tarefa executada,
• Foco na interação dos usuários com os sistemas e
com os companheiros de trabalho.
Ativa: engenheiro de requisitos pode interromper
o usuário para perguntas durante a observação
Passiva: o engenheiro de requisitos não interage com
o
usuário enquanto ele está sendo observado
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OBSERVAÇÃO:
VANTAGENS
É uma técnica confiável, tendo em vista que os
próprios engenheiros de requisitos observam o
ambiente
Auxilia na confirmação e validação de
requisitos levantados através de outras técnicas
É útil para medir o tempo utilizado para realizar
uma tarefa específica
É uma técnica relativamente barata

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OBSERVAÇÃO:
DESVANTAGENS
Os requisitos não podem ser todos verificados em apenas
uma sessão, portanto, pode ser necessário a realização de
várias sessões
Na observação ativa, os usuários podem se comportar
diferentemente quando são interrompidos por uma
pergunta (probe effect)
Enquanto na observação passiva, é difícil para o
engenheiro de requisitos entender algumas tomadas de
decisão
Pode consumir bastante tempo

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ETNOG
RAFIA
Método utilizado pela antropologia na coleta de dados.
• Baseia-se no contato inter-subjetivo entre o antropólogo e o seu
objeto, seja ele uma aldeia indígena ou qualquer outro grupo
social sob o qual o recorte analítico será feito
A base de uma pesquisa etnográfica é o trabalho de
campo
• Contato intenso e prolongado (que pode durar até mesmo mais
de um ano) do pesquisador com a cultura do grupo para
descobrir como se organiza seu sistema de significados culturais
O método etnográfico consiste num mergulho profundo e
prolongado na vida cotidiana daqueles que queremos
apreender e compreender

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PERSPECTIVAS DA
ETNOGRAFIA
O ponto de vista do ambiente de trabalho
• Descreve o contexto e localização física do trabalho e como as pessoas
usam
seriam
objetos descritos
para executarem
os objetos
tarefas.
que o Assim,
funcionário
no caso
precisaria
de um serviço
manuseardee como
help desk,
eles
estão organizados
Perspectiva social e organizacional
• Tentar levantar a experiência diária do trabalho, de acordo com as diferentes
pessoas envolvidas. Cada indivíduo tipicamente vê o trabalho de forma diferente.
Assim este ponto de vista tenta organizar e integrar todas estas percepções.
Ponto de vista de fluxo de trabalho
• Este ponto de vista apresenta o trabalho a partir de um
série de atividades com informações fluindo de uma atividade para
outra.

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DIRETRIZES PARA
ETNOGRAFIA
Assuma que as pessoas são boas no que fazem e procure
formas não padronizadas de trabalho
Gaste algum tempo conhecendo as pessoas e estabeleça
um relacionamento de confiança
Tome nota de forma detalhada de todas as práticas de
trabalho. Analise-as e chegue a uma conclusão a partir
delas
Combine observação com entrevistas abertas
Organize regularmente seções de relato, onde o etnógrafo
fale para pessoas externas ao processo
Combine etnografia com outras técnicas de elicitação
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ETNOGRAFIA NA
ELICITAÇÃO

Ethnographi De Focused
c analysis briefing ethnograph
meetings y

System Sy s tem
protoypin pro to ty
g pe

Us er
exp erimen
ts
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ETNOGRAFIA:
VANTAGENS
Visão mais completa e perfeitamente ajustada ao
contexto Ajuda a descobrir os recursos de um local de
trabalho
Ajuda a entender como as pessoas trabalham em um
determinado local e como ocorre a interação entre
elas Para ser eficaz, não necessita de muitos recursos
Permite a observação de eventos críticos
Útil para validar os requisitos previamente levantados

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ETNOGRAFIA:
DESVANTAGENS
Não existe um guia determinando o passo a passo de
como a deve ser realizada, ou seja sistematização
pouca do processo
Requer experiência
Concentra-se principalmente nos usuários
finais Pode ser demorada

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REUSO DE
REQUISITOS
Reuso envolve considerar requisitos que foram
desenvolvidos para um sistema e usá-los em
sistemas diferentes
O reuso de requisitos economiza tempo e esforço, pois
requisitos reutilizados já foram analisados e validados
em outros sistemas
Em geral o reuso de requisitos é um processo informal.
Contudo, um reuso mais sistemático economizaria
muito esforço (LPS)

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POSSIBILIDADES
DE REUSO
Na existência de um domínio (encapsulamento do
conhecimento da área de aplicação) do qual o requisito
está relacionado
• Na mesma área de aplicação, apenas 15% dos requisitos de um novo
sistema são exclusivos dele. O restante são os mesmos de outros
sistemas similares
Na apresentação da informação. O reuso levaria
a
consistência dos estilos entre aplicações.
Onde o requisito refletir políticas da companhia,
tais como segurança.

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REUSO:
VANTAGENS
Aumento da qualidade, uma vez que os requisitos já
foram validados;
Aumento da produtividade, tendo em vista que elimina os
esforços das etapas de elicitação, análise e especificação;
Economia de tempo, esforço e dinheiro.

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REUSO:
DESVANTAGENS
Não é tão fácil localizar os requisitos que
serão reutilizados
Pode envolver direitos de propriedade
Pode haver dificuldade na reutilização dos requisitos
sem que haja nenhum tipo de modificação.

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PROTOTIP
AGEM
Um protótipo é uma versão inicial de um sistema que
poderá ser usado para experimentação.
Protótipos são úteis para elicitação de requisitos porque
os usuários poderão experimentar com o sistema e
mostrar os pontes fortes e fracos do sistema. Eles terão
algo concreto para criticar.
O desenvolvimento rápido dos protótipos é essencial para
que eles fiquem disponíveis logo para o processo de
elicitação.

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TIPOS DE
PROTOTIPAGEM
Prototipagem descartável
• Útil para ajudar a elicitação e desenvolvimento dos requisitos.
• Os requisitos que devem ser prototipados devem ser aqueles que
causam mais dificuldades para os clientes e que são mais difíceis de
entender. Requisitos que são bem entendidos não precisam ser
implementados pelo protótipo.
Prototipagem evolucionária
• Tem como objetivo a entrega rápida de um sistema que funciona para
o cliente.
• Assim, os requisitos que devem ser suportados pela versão inicial do
protótipo, são aqueles que estão bem entendidos e que podem prover
funcionalidade ao usuário final. Somente após largo uso do sistema é
que requisitos que foram pouco entendidos deverão ser implementados

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ABORDAGEM PARA
PROTOTIPAGEM
Prototipagem no papel
• uma simulação do sistema é desenvolvida em papel e usada para
experimentação do sistema
Prototipação ‘Mágico de Oz’
• uma pessoa simula as respostas do sistema em resposta a alguma
entrada do usuário
Prototipagem executável
• uma linguagem de quarta geração ou um ambiente de prototipagem
rápida é usada para o desenvolvimento de um protótipo executável

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PROTOTIPAGEM:
VANTAGENS
Permite que os usuários experimentem e descubram
o que eles realmente necessitam para apoiar o
trabalho deles
Estabelece a viabilidade e utilidade antes que altos
custos de desenvolvimento tenha sido realizado
É um maneira efetiva para o desenvolvimento
de interfaces de usuários
Pode ser usado para teste do sistema e
desenvolvimento da documentação
Força um estudo detalhado dos requisitos que
revela inconsistências e omissões
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PROTOTIPAGEM:
DESVANTAGENS
Custos adicionais de desenvolvimento e treinamento
• O desenvolvimento de protótipos pode requerer ferramentas de
propósito especial
Extensão dos prazos de desenvolvimento
• Embora o tempo de prototipagem possa ser recuperado pois o
trabalho de correção de erros possa ser evitado
Incompletude - pode não ser possível prototipar os requisitos
críticos do sistema
Quando um stakeholder que examina o protótipo e tem
expectativas erradas, ele pode tirar conclusões falsas do uso
de protótipos

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ANÁLISE DE
REQUISITOS
O objetivo da análise é descobrir problemas,
incompletude e inconsistência nos requisitos elicitados.
Eles normalmente são retornados aos stakeholders para
resolvê-los através de um processo de negociação
A análise é intercalada com elicitação pois problemas são
descobertos quando os requisitos são elicitados
Uma lista de verificação de problemas poderá ser usada
para ajudar a análise. Cada requisito poderá ser avaliado
contra esta lista

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LISTA DE
VERIFICAÇÃO DA
ANÁLISE
Projeto prematuro
• Os requisitos informação prematura de projeto ou
incluem
implementação?
Requisitos
• combinados
A descrição dos requisitos descreve um requisito único ou pode ser
descritos em vários requisitos diferentes?
Requisitos desnecessários
• O requisito é realmente necessária, ou será que é uma mera
adição
cosmética ao sistema?
Uso de hardware não padronizado
• Os requisitos implicam no uso de uma plataforma de hardware não
padronizada? Para tomar esta decisão, você precisa conhecer os
requisitos de plataforma do computador.
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LISTA DE
VERIFICAÇÃO DA
ANÁLISE
Está de acordo com os objetivos de negócio
• O requisito é consistente com os objetivos de negócio
definidos na introdução do documento de requisitos?
Ambigüidade de requisitos
• O requisito é ambíguo, isto poderá ser lido de forma diferente por pessoas
diferentes? Quais são as possibilidades de interpretação dos requisitos?
Realismo dos requisitos
• É o requisito relação a tecnologia usada para a
realístico em
implementação do sistema?
Teste
• dos requisitos
Podemos testar os requisitos, ou seja, eles foram escritos de tal forma que
um engenheiro de teste poderá derivar o teste que mostrará se o sistema
satisfaz os requisitos?
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INTERAÇÃO DE
REQUISITOS
Um importante objetivo da de requisitos é
análise as interações entre requisitos e informar as
descobrir
conflitos e sobreposições de requisitos
Uma matriz de interação de requisitos mostrará como um
requisito interage com outros. Os requisitos são
mostrados nas linhas e colunas da matriz
• Para cada requisito que conflita, preencha 1
• Para cada requisito que sobrepõe-se, preencha 1000
• Para cada requisito que é independente, preencha um 0

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MATRIZES DE
INTERAÇÃO

Requirement R1 R2 R3 R4 R5 R6
R1 0 0 1000 0 1 1
R2 0 0 0 0 0 0
R3 1000 0 0 1000 0 1000
R4 0 0 1000 0 1 1
R5 1 0 0 1 0 0
R6 1 0 1000 1 0 0

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NEGOCIAÇÃO DE
REQUISITOS
Problemas nos requisitos são inevitáveis quando um
sistema possui muitos stakeholders. Conflitos não são
falhas mas refletem necessidades e prioridades diferentes
entre as partes interessadas
A negociação de requisitos é o processo de discussão dos
conflitos de requisitos e busca de um compromisso no
qual todas as partes interessadas concordem
No planejamento do processo de engenharia de requisitos,
é importante deixar bastante tempo para negociação.
Alcançar um compromisso aceitável pode tomar um
tempo considerável

Luiza Lira, 2023


ENCONTROS DE
NEGOCIAÇÃO
Um estágio de informação onde a natureza dos problemas
associados com os requisitos são explicados.
Um estágio de discussão onde as partes
interessadas discutem com o problema poderá ser
resolvido.
• Todas as partes interessadas no requisito devem ter a oportunidade de
comentar. Neste estágio atribuir prioridades aos requisitos.
Estágio de resolução onde as ações que dizem respeito ao
requisito são concordadas.
• Estas ações podem ser deletar o requisito, sugerir modificações ao
requisito ou elicitar mais informações sobre o requisito.

Luiza Lira, 2023


PONTOS
CHAVE
A elicitação de requisitos envolve a compreensão do
domínio da aplicação, o problema específico a ser
resolvido, as necessidades e limitações organizacionais e
as facilidades especificas necessárias para as partes
interessadas.
Os processos de elicitação de requisitos, análise e
negociação são interativos e intercalados, precisando
serem repetidos várias vezes.
Existem várias técnicas de elicitação de requisitos que
podem ser usadas, incluindo entrevistas, cenários,
métodos soft systems, prototipagem e observação dos
participantes.
Luiza Lira, 2023
PONTOS
CHAVE
Protótipos são efetivos para a elicitação de requisitos
pois as partes interessadas têm algo para experimentar e
encontrar seus reais requisitos.
Listas de checagem são formas particularmente úteis para
organizar o processo de validação dos requisitos. Elas
lembram ao analista o que deve ser checado quando da
leitura dos requisitos propostos.
Negociação dos requisitos é sempre necessário para
resolver conflitos e remover a sobreposição de requisitos.
Negociação envolve a troca de informação, discussão e
resolução de conflitos.

Luiza Lira, 2023

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