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INTRODUCÇÃO

 A maioría dos circuitos electrónicos necessitam uma ou


varias fontes de tensão continua para seu funcionamento.

 Alimentação a partir de pilhas ou baterías.


• Pouca autonomía e custo elevado
• Aceitável quando o consumo é baixo

 Alimentação a partir da rede eléctrica.


• Fonte de energía primaria mais frequente
• Tensião alterna sinusoidal
• Se necessita obter tensão continua a partir da tensão da rede

Estabilizador
Filtro
VCA Rectificador ou VCC
Passivo
Regulador

Transformador
TRANSFORMADOR
 Suas missões principais são:
• Adaptar a tensão da rede ao valor requerido pela carga  N1 : N2
• Proporcionar isolamento galvánico  Protecção do usuario

 Existem varias configurações possíveis que dependem do tipo


de rectificador elegido:
• Primario-secundario
• Toma media em secundario

i1 i2

v1 N1 N2 v2
N2
v2  v1
N1
N1
i2   i1
N2
N2 v2

v1 N1
Transformador
N2
v2
TRANSFORMADOR
 Parámetros utilizados geralmente para sua escolha:
• Relação de tensões entre primario e secundario, ambas expresadas em
valores eficaces.
• Potencia do transformador em VA.
• Factor de regulaçãode carga  pode variar entre uns 5 e uns 10%.

 Tensão do primario  será determinada pela tensão da rede


disponível (em Moçambique, 220 V)

 Tensão do secundario  se obtem ao projectar a fonte, mas é


importante ter em conta que:
• Toma diferentes valores segundo a corrente que esteja suministrando o
transformador (factor de regulação de carga).
• Também ver se á influenciada pelas possíveis variações da tensão da rede
(até ±10%).

 Potência do transformador:
• Soma das potências consomidas pelo resto da fonte, incrementada em
uma certa porcentajem (entre 10 e 20%) com o objectivo de compensar
outras pérdas de difícil avaliação.
RECTIFICADOR
Converte a tensão alternada suministrada pelo “transformador”
numa tensão pulsatoria unidireccional, com valor medio não
nulo.

N2 vo
v1 vo
v1 vo v1 N1

N1 : N2 N2

N1 : N2

v1 v1 v1
V V V

t t t
vo vo vo
N2 N2 N2
V V V
N1 N1 N1

t t t
RECTIFICADOR
 Na prática, utilizam se quasi exclusivamente as montagens
de rectificadores de onda completa, por suas melhores
características.

 Qualidade da tensão de saída  análises de Fourier


• cc (valor medio) + ca (soma infinitos térmos sinusoidales)

T
V V
Vcc 


V 2V
t Vca  sin t    cos n t 
2 n  2 , 4... ( n 2
 1) 

T
2V
V Vcc 

4V 4V
Vca  cos 2t   cos 4t   ...
t 3 15 
RECTIFICADOR

 Rectificadores monofásicos de onda completa:


características.

• As duas montagens proporcionam a mesma forma de onda

• Transformador com toma media:


• Em cada semiciclo só conduz un diodo.
• Cada diodo deve soportar uma tensão inversa igual ao dobro da
tensão máxima de cada semidevanado do secundario.

• Montagem em ponte:
• Em cada semiciclo conduzem simultáneamente dois diodosmaiores
pérdas.
• Cada diodo deve soportar uma tensão inversa igual ao valor máximo
da tensão do secundario.
• Geralmente, é a montagem mais utlizada.
RECTIFICADOR

 A escolha dos diodos se realiza em base às correntes e


tensões que se vem obrigados a soportar em cada
aplicação.
• Corrente media directa, IF(AV)
• Tensão inversa de trabalho máxima, VRWM
• Corrente máxima de pico repetitivo, IFRM

 Costuma se empregar diodos “de propósito geral”.


• Projectados para trabalhar com baixas frequencias em aplicações de
rectificação (até 400 Hz).

• Existem dispositivos capazes de conduzir correntes desde 1 até 25


A, com tensões inversas que vão desde 50 até 1000 V.

• Tambem se utilizam pontes rectificadores que incluiem os quatro


diodos num único encapsulado.
Comparação entre os três tipos de
rectificadores

Tipo de Rectificador MEIA ONDA ONDA COMPLETA PONTE


Nº de Díodos 1 2 4

Tensão CC (Vdc) de Saída 0.318 Vp 0.636Vp 0.636Vp


Vp/∏ 2Vp/∏ 2Vp/∏

Tensão Inversa no Díodo Vp 2Vp Vp

Frequência deSaída Fent 2 Fent 2 Fent

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FILTRADO DA TENSÃO RECTIFICADA
 Reduzir a componente alternada na saída do rectificador.

 Ação de filtrado “ideal”:


• Permitir a passagem da componente continua hacia a carga
• Impedir que a componente alternada chegue à carga

Transformador
+
Rectificador
FILTRADO DA TENSÃO RECTIFICADA
Filtro
Filtro por
por bobina
bobina
iL

L
Rectificador ve RL

ZL = 0 XL = 2··f·L

Escolha do
ve(cc) RL ve(ca) RL valor de L:
• XL(ca) >> RL
• iL > 0
2·V 2·V 4·V
ve(cc) = —— ve(ca) = - ——·cos (2t) - ——·cos (4t) + ···
 3· 15·
FILTRADO DA TENSÃO RECTIFICADA
Filtro
Filtro por
por bobina
bobina ee capacitor
capacitor
iL

L
Rectificador ve RL
C

Melhora o funcionamento.
• C contribuye a impedir que a (cc)
componente ca chegue à
carga
Escolha dos valores de L e
de C:
• XC(ca) << RL
• XL(ca) >> ZC (ca)
(ca)
• iL > 0
FILTRADO DA TENSÃO RECTIFICADA
Filtro
Filtro por
por capacitor
capacitor

Rectificador ve RL
C

 Evita o uso de inductâncias


• Pesadas e volumosas para frequencias de 50 / 100Hz.

 Análise mais complexo


• A evolução de correntes e tensões no circuito dá lugar a instantes nos
que todos os diodos do rectificador não conduzem (estão inversamente
polarizados)  Comportamiento no lineal.
FILTRADO DA TENSÃO RECTIFICADA
Filtro
Filtro por
por capacitor
capacitor Análise
vo

 Aplicado ao rectificador
em ponte:
0 10 20 30 40 50 t(ms)
iD1-D2
io

0
D1 D3 iD3-D4
i2 ic

0
220 V C
50 Hz v1 v2 RL vo ic

D4 D2 0

i2

0
FILTRADO DA TENSÃO RECTIFICADA
Filtro
Filtro por
por capacitor
capacitor Análise

 Tensão de saída: exponencial e senoidal

 Aproximação por onda triangular  simplifica cálculos


• Considera descarga linear do condensador (RL·C>>T/2)
• Supoe carga instantánea de C quando os diodos conduzem
FILTRADO DA TENSÃO RECTIFICADA
Filtro
Filtro por
por capacitor
capacitor Análise
Supoe descarga
de C à corrente
vo T/2 constante.
VoM • iC = icarga = Io
Vr
Vom
I o 
v o (cc )
RL

Vo
RL
Vo

Vo Io
Vr  
2 f RL C 2 f C
 O valor de Vr pode ser conhecido
• Limitado pelas especificações
• Permite calcular o valor de C
• Há que ter em conta as tolerancias (±20%) Vr
V r (RMS ) 2 3 1
 Define-se o factor de ripple como: FR   
Vo Vo 4 3 f RL C
FILTRADO DA TENSÃO RECTIFICADA
Filtro
Filtro por
por capacitor
capacitor Análise

 Considerações importantes:
• A tensão na carga tem um ripple menor quanto maior é a
capacidade do capacitor
• Uma maior capacidade provoca um menor intervalo de condução
dos diodos  maiores“picos” de corrente neles

v2 v2

t t
iD iD

T1 t t
C  T C  T1
T
FILTRADO DA TENSÃO RECTIFICADA
Filtro
Filtro por
por capacitor
capacitor Análise

 Acerca dos picos de corrente nos diodos:


• São de difícil avaliação. Costuma se considerar entre 5 e 20 vezes
maiores que a corrente media na carga.
• É importante comprovar que não superem a IFRM dos diodos.
• O instante mais perigoso é a primeira conexão da fonte, ja que o
capacitor está completamente descarregado  o pico de corrente é
mais elevado.
• Além, um menor intervalo de condução dos diodos provoca um
incremento da corrente eficaz  maior aquecimento do
transformador.
 Conclusão: não se deve usar um capacitor de
capacidade excesiva
• Se evita um incremento innecessario de volumen e custo
• Menores problemas com a corrente nos diodos e no
transformador
ESTABILIZADOR

 Para conseguir uma maior “qualidade” na tensão de saída


pode-se incluir um estabilizador
• A estabilidade consegui-se aproveitando as características de um
dispositivo electrónico (geralmente, um diodo zener)
• Não se utiliza realimentação
• Seu funcionamiento está baseado em recortar a tensão de entrada até
o nível desejado.

Filtro
Rectificador Estabilizador
Passivo
ESTABILIZADOR
Com diodo zener
RS iR io

FoNTE iZ
vo = Vz
Sem vi Vz vo RL
REGULAR
A tensão vi deve ser
sempre maior que a
tensão vo

ViM A diferença entre ambas


tensões é suportada pela
resistência RS
Vz
• Interessa que vi não seja
muito maior que vo.
• Embora debe ser ao
menos 3V superior.
ESTABILIZADOR
Com diodo zener
 Limites de funcionamento do estabilizador
• Corrente no zener: Iz(min)  iz  Iz(max)
• Corrente em RS: IR(min) = Io(max) + IZ(min)

RS iR io
V i (min)  V Z V i (max)  V Z
 RS 
iZ I o (max)  I Z (min) I o (min)  I Z (max)

vi Vz vo RL Em geral, interessa RS grande:


• Menor aquecimento do zener
• A tensión vo ve-se menos
afectada pelas variações de vi

 Principal inconvenente:
• Se o circuito projecta-se para suministrar correntes de
saída elevadas, o díodo zener deve ser capaz de suportar
essas correntes  zener de potência
ESTABILIZADOR
Com diodo zener e transistor serie

Q1

FoNTE iR iB
Sem iz vo
vi RS RL
REGULAR Vz
vo = Vz – vBE

• A potência gerada pela diferênça de tensão entre vi e vo dissipa-se


fundamentalmente no transistor
Vi (min)  VZ
• A resistência RS aumenta seu valor  RS (max) 
I
I Z (min)  o (max)
 1
• Não se necessita um zener capaz de suportar correntes elevadas
REGULAÇÃO DE TENSÃO

 Os circuitos estabilizadores tens algumas limitações:


• A exactidão da tensão de saída depende em grande medida das
características dos dispositivos electrónicos utilizados.
• Carecem de um mecanismo de control da tensão de saída que detecte
e contraponha suas possiveis variações.

 Regulador linear  mantém a tensão de saída constante


• Sistema realimentado negativamente para manter a tensão de saída
constante perante variações de carga e/o tensão de entrada.

Filtro
Rectificador Regulador
Passivo
REGULAÇÃO DE TENSÃO

 Existem dois tipos de reguladores: serie e paralelo


• As possíveis variações da tensão de saída devidas a cambios na tensão
não regulada e na corrente de saída compensam-se com variações de:
• A queda da tensão num elemento situado em serie com a carga 
Regulador serie
• A corrente num elemento situado em paralelo com a carga 
Regulador paralelo

• Na prática, o regulador serie é o mais usado.

Ii Io Ii Rs Io
Regulador
Ic

Fuente no Serie
Serie Fuente no Vi Vo
Vi Vo regulada
Regulador
regulada

Paralelo
Paralelo
REGULAÇÃO DE TENSÃO
Regulador linear básico

Diagrama de blocos típico de


um regulador serie:

Vi ELEMENTO Vo
entrada DE CONTROLO saída
não regulada (em serie) regulada

CIRCUITO DE
MOSTREO

TENSÃO DE AMPLIFICADOR
REFERÊNCIA DE ERRO
REGULAÇÃO DE TENSÃO
Regulador linear básico
Características dos blocos que o constituem:
 Circuito de referência:
• Proporciona uma tensão de referencia estável.
• Pode-se utilizar um circuito baseado em diodo zener.
• Solução mais simples  díodo zener + resistência de polarização.

 Circuito de mostreo:
• Entrega um sinal proporcional à tensão de saída.
• Está constituido por um divisor de tensão resistivo situado à saída do
regulador.

 Amplificador de erro:
• Compara à mostra da tensão de saída com a tensão de referência e gera
um sinal de erro proporcional à diferença entre ambas.

 Elemento de controlo:
• Sua missão é interpretar o sinal de erro e corregir as variações da tensão
de saída.
• Pode estar constituido por um transistor bipolar conectado em serie entre
à entrada e à saída.
REGULAÇÃO DE TENSÃO
Regulador linear básico
Elemento
Esquema  Identificação dos blocos de Controlo

Q1

R3 R1
FONTE
Sem Vi Vo RL
REGULAR
Vz Amplificador R2
de erro

Tensão de Circuito de
Referência Mostreo
DOBRADOR DE TENSÃO DE MEIA ONDA

No pico do semiciclo negativo, D1 está


polarizado directamente e D2
reversamente, isto faz C1 carregar até a
tensão Vp.

No pico do semiciclo positivo, D1 está


polarizado reverso e D2 directo. Pelo
facto da fonte e C1 estarem em série, C2
tentará se carregar até 2Vp. Depois de
vários ciclos, a tensão através de C2 será
igual a 2Vp.

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DOBRADOR DE TENSÃO DE ONDA COMPLETA

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TRIPLICADOR E QUADRIPLICADOR DE
TENSÃO

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