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Pemba, 2021
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Docente:
Pemba, 2021
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Índice
Introdução..........................................................................................................................3
Conceito e Realidade.........................................................................................................4
Conceitos...........................................................................................................................4
Agressividade....................................................................................................................4
Aqui-Agora........................................................................................................................5
Ansiedade..........................................................................................................................5
Auto-apoio/ autonomia......................................................................................................6
Auto-realização /Auto-regulação.......................................................................................6
Awareness..........................................................................................................................6
Caráter...............................................................................................................................7
Ciclo de contato.................................................................................................................7
Figura e Fundo...................................................................................................................8
Gestalt................................................................................................................................9
Inferência.........................................................................................................................16
Conclusão........................................................................................................................17
Bibliografia......................................................................................................................18
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Introdução
Conceito e Realidade
Realidade (do latim realitas isto é, "coisa") significa em uso comum "tudo o que existe".
Em seu sentido mais livre, o termo inclui tudo o que é, seja ou não perceptível, acessível
ou entendido pela filosofia, ciência ou qualquer outro sistema de análise.
O real é comumente entendido como aquilo que existe fora da mente particular, mas
também pode incluir, em certo sentido, a realidade interna que existe dentro da mente
também. A ilusão, a imaginação, embora não esteja expressa na realidade tangível extra
mentis, existe ontologicamente, onticamente ou seja: Intra mentis. E é portanto real,
embora possa ser ou não ilusória. A ilusão quando existente, é real e verdadeira em si
mesma.
Realidade significa o ajuste que fazemos entre a imagem e a ideia da coisa, entre
verdade e verossimilhança. O problema da realidade é matéria presente em todas as
ciências e, com particular importância, nas ciências que têm como objeto de estudo o
próprio homem. Na interpretação ou representação do real, (verdade subjetiva ou
crença), a realidade está sujeita ao campo das escolhas, isto é, determinamos parte do
que consideramos ser um fato, ato ou uma possibilidade, algo adquirido a partir dos
sentidos e do conhecimento adquirido.
Conceitos
Agressividade
A função da agressão para a GT: origina-se no que ele chamou de “agressão dental”:
morder, tirar pedaços e mastigar a própria experiência absorvendo o que lhe é
necessário e livrar-se do que não precisa. A agressão é colocada de forma positiva, serve
tanto para a preservação de si mesmo como para contatar o ambiente. A agressão nos
habilita arriscar a ter um impacto no nosso mundo, e nos libertos para sermos criativos
ou produtivos.
patologia neurótica. Não a agressão mas a sua inibição que produz a impotência,
explosões de violência, dessensibilização e embotamento. (Ref.: livro Ego, Fome e
agressão. F. Perls).
Aqui-Agora
Segundo a G.T. tudo está contido no agora, apresenta uma concepção de tempo, que não
é a do tempo linear, trabalha com a idéia de presente e passado presentificados. Todas
as “gestalten inacabadas” estão de certa forma “prontas” para emergir no aqui-agora do
momento vivido. Logo, não perguntamos “- Porque é que você está se comportando
desta maneira? “Mas sim: “- O que é que está fazendo? “, “- Como é que faz?” , “-O
que é que está fazendo comportar-se desta maneira? “. Ref.: livro 11, pág. 65. O contato
com o mundo é baseado na consciência sensorial ( ver, ouvir, tocar). Logo, só podemos
ver, ouvir e tocar no presente. Daí, aqui-agora é onde a consciência sensorial acontece:
no presente. Ref.: livro 14, pág. 3 “No agora, você usa o que está disponível, e é
obrigado a ser criativo. Observe crianças brincando, o que estiver disponível será usado,
e então alguma coisa acontece, alguma coisa surge do seu contato com o aqui e agora.”
Ref.: livro 2, pág. 77
Ansiedade
Ansiedade “…é a excitação, o élan vital que carregamos conosco, e que se torna
estagnado se estamos incertos quanto ao papel que devemos desempenhar.” Ref.: livro
2, pág. 15
“A ansiedade é o vácuo entre o agora e o depois” Ref.: livro 2, pág. 15-52. Ref.: livro
13, pág 134. Também é o produto do impedimento de viver plenamente a excitação.
Ref.: livro 2, pág. 95. “Se a excitação não puder fluir para a atividade por intermédio do
sistema motor, então procuramos dessensibilizar o sistema sensorial para reduzir a
excitação”. “Pensar é ensaiar em fantasia para o papel que tem de ser desempenhado na
sociedade. E quando chega o momento do desempenho e não está seguro sobre se a
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atuação será bem recebida, então sobrevém o pânico do palco. A esse pânico do palco
foi dado pela psiquiatria o nome de ansiedade.” Ref.: livro 11, pág. 30/31.
Auto-apoio/ autonomia:
“É passar do apoio ambiental para o auto-apoio, seria uma não dependência com relação
a aprovação dos outros para tomar suas decisões e sem quem é. Ocorre quando “o
comportamento é o desejo próprio”. “É a livre escolha, e tem sempre um sentido
primário de despreendimento, seguido por um de compromisso. A liberdade é dada pelo
fato de que o campo de novas escolhas foi alcançada: a pessoa se compromete de
acordo com o que ela é, isso é, com o que se torna… sendo autônomo, o comportamento
é o de sua própria escolha, uma vez que em princípio, tal comportamento já foi
amadurecido, assimilado…” Ref.: livro 10, pág. 446.
Auto-realização /Auto-regulação:
Auto-realização /Autorregulação: tanto em termos de sistema nervoso como no que diz
respeito ao organismo como um todo – não fazendo dicotomia subjetividade/corpo;
enfim, observou-se que o sistema vivo tem uma capacidade de auto-organização e para
que essa auto-organização se efetive, ele exerce uma auto-regulação. Dizendo de outro
modo: todo o sistema vai se empenhar nessa organização de si a partir de uma auto-
regulação. Esta auto-regulação vai estar a serviço de uma outra condição inata que o
sistema vivo tem, que é de se auto-realizar, ou seja, ser tudo aquilo que ele pode ser em
potência, desenvolver-se da melhor forma que puder dentro do contexto que vive.
Awareness
Awareness – refere-se a capacidade de aperceber-se do que passa dentro e fora de si no
momento presente nos três níveis simultaneamente: corporal, mental e emocional
(embora uma ou outra zona possa se tornar figuro em dado momento).
escolhas que podem ser tomadas, tanto em termos individuais como coletivo. “O
objetivo (da Awareness) é o paciente descobrir o mecanismo pelo qual ele aliena parte
dos processos do seu self e, assim, evita estar consciente de si e de seu ambiente… Um
experimento típico (da Awareness) é pedir que os participantes formem uma série de
sentenças começando com as palavras “aqui-agora eu estou consciente de…” Ref.: livro
34, pág. 78/79. “Este continuum de tomada de consciência parece ser muito simples;
apenas tomar consciência do que se passa segundo após segundo… Entretanto, assim
que a tomada de consciência se torna desagradável, ela é interrompida pela maioria das
pessoas. Então, estas, repentinamente, começam a intelectualizar, usar palavreado do
tipo bla-bla-blá, voar em direção ao passado…” Ref.: livro 2, pág. 78
Caráter
Caráter (no sentido da couraça caracterológica de Reich): “é o conjunto de
comportamentos motores e verbais expressos – os que são facilmente observáveis e
verificáveis.” Ref. Livro 14, pág. 31. “O nós não existe por si só, mas se constitui a
partir do eu e você e é um limite do intercâmbio onde duas pessoas se encontram. E
quando nos encontramos lá, então eu mudo e você muda, através do processo de um
encontro mútuo, a não ser que … as duas pessoas tenham um caráter. Uma vez que você
tenha um caráter, você terá desenvolvido um sistema rígido. Seu comportamento se
torna petrificado, previsível, e você perde a capacidade de lidar livremente com o
mundo com todos os seus recursos. Você fica predeterminado a lidar com os fatos de
uma única forma, ou seja, de acordo com o que seu caráter prescreve. Desta forma,
parece ser paradoxal o fato de eu dizer que a pessoa mais rica, mais produtiva e criativa
é a pessoa que não tem caráter. Na nossa sociedade exigimos que a pessoa tenha caráter,
e especialmente um bom caráter, porque desta forma ela é previsível, pode ser
classificada, e assim por diante…” Ref.: livro 2, pág. 21/22.
Ciclo de contato
Ciclo de contato – contato/retraimento: é a teorização pela qual Perls se utilizou para
pensar a forma como nos relacionamos. A priori nem todo contato é bom, nem toda
fuga é negativa. Nenhum é bom ou mau em princípio, ambos são formas de
enfrentamento. Quando se tornam patológicos? Temos que avaliar a situação em que
ocorrem. Uma característica do neurótico é não poder fazer um bom contato, nem
organizar sua fuga. O ideal seria conquistar um padrão rítmico conforme nossas
necessidades, para isso é necessário a capacidade de discriminação. Os teóricos da
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Culpa: “Na GT,… nós vemos a culpa… como um ressentimento projetado: sempre que
você sentir culpa, descubra do que você se ressente, a culpa desaparecerá … “. Ref.:
livro 2, pág. 73. “Quando nos sentimos culpados, encontraremos um núcleo de rancor,
de ressentimento.” Ref.: livro 11, pág.44.
Excitamento: parece ser um bom termo pois abrange a excitação fisiológica assim
como emoções indiferenciadas. Inclui a noção freudiana de catexis e o élan vital
bergsoniano, e nos dá a base para uma teoria simples da ansiedade.
Figura e Fundo
Figura e Fundo – Conceito central da teoria. Percebemos as coisas de forma integrada,
organizada, não percebemos os elementos de uma situação desordenados entre si. Esta
lei é válida para qualquer percepção, mesmo as conceituais, pois o pensamento é um
prolongamento da percepção, um não está subordinado ao outro. São apenas atributos
diferentes do mesmo psiquismo. Na GT relacionamos a figura com a experiência do
primeiro plano e o fundo. Ref.: livro 2, pág. 90, com a perspectiva, com a situação que a
compõe, o contexto.
Fronteiras de contato: Tem a função básica de discriminar eu/mundo. Ref.: livro 14,
pág.53. “Não é tanto uma demarcação física, mas sim um conceito funcional que se
refere à diferenciação e à interdependência dos elementos” Ref.: livro 15, pág. 49. “A
fronteira-do-eu (fronteira do ego) de uma pessoa é a fronteira daquilo que é para ela
contato permissível… Dentro da fronteira-do-eu o contato pode ser feito com facilidade
e encanto, e resulta num confortável senso de gratificação e crescimento…. Na
fronteira-do-eu, o contato se torna mais arriscado e a probabilidade de gratificação é
menos certa… Fora da fronteira-do-eu, o contato é quase impossível… O modo pelo
qual uma pessoa bloqueia ou permite a consciência e a ação na fronteira-do-contato é o
seu modo de manter o senso dos seus limites. ” Ref.: livro 36, pág. 109.
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Gestalt
Gestalt – Palavra de origem alemã que não tem tradução literal para a língua
portuguesa. Tem o sentido de “forma”, de “figura”, de um sentido que emerge de um
todo. O termo se generalizou no seu sentido mais amplo dando nome ao movimento.
Tem sido usado na Gestalt terapia com o significado de “configuração dinâmica e
integrada”. Este conceito remete ao modo como percebemos as coisas. A percepção de
algo ou de uma situação se dá na sua totalidade e não dos elementos individualizados
que a compõe. O sentido de algo é dado pela sua integração, ou seja, a relação entre as
partes que compõe um todo é que vão dizer deste todo, e não por suas partes aleatórias.
Ex: consultório, hospital, sala de aula, etc. Quando visualizamos alguns desses locais
sabemos de qual se trata tendo uma percepção global do lugar, que vai se dar pela
relação existente entre as partes. A organização hospital, organização escola, cada uma
tem uma configuração particular, assim como a vivencia que temos das coisas. A
maneira como percebemos a realidade se dá a partir de “configurações de sentido”, cada
situação vivenciada é uma gestalt.
Gestalt incompleta (ou situação inacabada): está ligada a idéia de uma situação que
ficou em aberto, isso quer dizer, uma situação onde o contato foi interrompido em
algum momento do processo. “Toda experiência fica suspensa até que a pessoa a
conclui. A maioria dos indivíduos tem uma grande capacidade para situações
inacabadas… Não obstante, embora se possa tolerar uma quantidade considerável de
experiências inacabadas, estes movimentos não completados buscam um complemento
e, quando se tornam suficientemente poderosos, o indivíduo é envolvido por
preocupações, comportamentos compulsivos, cuidados, energia opressiva e muitas
atividades autofrustrantes. Se você não xinga seu chefe no trabalho, mas gostaria
realmente de fazê-lo, e então vai para casa e o faz com seus filhos, as probabilidades são
de que isto não funcione porque é somente uma tentativa fraca ou parcial de terminar
alguma coisa que de qualquer maneira ainda está suspensa, inacabada… Uma vez que a
finalização foi alcançada e que pode ser experenciada plenamente no presente, a
preocupação com o antigo não-completamento é resolvido e a pessoa pode caminhar
para as possibilidades atuais.” Ref.: livro 36, pág. 49/50. Gestalten : plural de gestalt,
na língua original (alemão).
Impasse : ” é o ponto onde o apoio ambiental ou o obsoleto apoio interno não é mais
suficiente, e o auto-apoio autêntico ainda não foi obtido”. Ref.: livro 2, pág. 50. “No
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Insight : “… é uma formação de padrão do campo perceptivo, de uma maneira tal que
as realidades significativas ficam aparentes; é a formação de uma gestalt na qual os
fatores relevantes se encaixam com respeito ao todo.” Ref. Livro 34, pág.16. “O
insight, uma forma de awareness, é uma percepção óbvia imediata de uma unidade entre
elementos, que no campo aparentam ser díspares.
Indiferença Criativa: termo cunhado por Sigmund Friedlaender ( Perls tinha-o como
um de seus três gurus, (“com ele aprendi o significado de equilibrio, do centro zero dos
opostos. O segundo é Selig escultor e arquiteto do instituto Esalen, e meu último guru
foi Mitzie “uma linda gata branca que me ensinou a sabedoria do animal” Ref.: livro 37,
pág71. Friedlaender era o filósofo do nada, seu trabalho filosofico “Creative
Indifference” teve tremendo impacto sobre fritz, postula que qualquer coisa se
diferencia em opostos, se somos capturados por uma dessas forças opostas, estamos
numa cilada, ou pelo menos desequilbrados, se ficarmos no nada do centro-zero estamos
equilibrados e temos perspectiva.
Polaridade: Segundo a GT, todo o evento tem dois pólos que permitem que o
diferenciemos. “… Se quisermos ficar no centro do nosso mundo,… seremos
ambidestros – então veremos os dois pólos de todo evento. Veremos que a luz não pode
existir sem a não-luz. A partir do momento em que existe igualdade, não se pode mais
perceber. Se sempre existisse luz, vocês não experienciariam mais a luz. Deve haver um
ritmo de luz e escuridão.” Ref.: livro 2, pág. 35.
Ponto cego (ou escotoma)destruição mágica do que queremos evitar, éum substituto de
uma catexia negativa. Ref. livro 13, pág.35. Há pessoas que literalmente não vêem o
que não ‘querem’ ver, não ouvem e não “sentem” determinados sentimentos. A imagem
que podemos fazer é a de que tem “buracos” em determinadas partes do corpo, ou seja,
partes cuja sensibilidade encontra-se perturbada.
Resistência: Em “Ego, fome e agressão” Perls já apontava que a origem delas é oral, o
que representa uma pequena mudança na ênfase psicanalítica – esse artigo encontrou
reprovação quando apresentado no congresso da Tchecoslováquia.
A psicanálise clássica considerava que a origem das resistências era anal, por volta dos
dois/três anos as crianças dizem não a tudo. Segundo Melanie Klein e seus seguidores
isso era a evidencia da natureza bárbara da criança, “que precisa ser domada para se
moldar e se transformar em comportamento civilizado. Já Erick Ericson colocava esse
período sob um prisma positivo dizendo que o controle do esfíncter anal era indicio de
possibilidade de conquista de maior autonomia.
A mudança da recusa anal para a oral, opera uma nova concepção, de que a criança
tanto pode dizer não como sim! Tanto pode se rebelar como se acomodar livremente. A
boca surge como o lugar em que a criança se relaciona com o mundo: o lugar de comer,
mastigar, degustar, mais tarde possibilita a linguagem e é as vezes o lugar de amar
também (Perls ainda não tinha formulado o conceito de fronteira de contato, só mais
tarde com ajuda de Goodman, mas a idéia já estava plantada aqui).
A aquisição de dentes põe a criança num outro patamar de relacionamento, agora não
recebe o alimento passivamente, ela o tritura, rasga, sente o paladar se multiplicar pela
diversidade de alimento e consistências. Começa a discriminar o que gosta e o que não
gosta, “ao tornar-se critica da experiência a criança forma uma personalidade
individual” (pág. 22)
Perls entendia que a introjeção responsável pela pelo aprendizado da criança pode ser a
partir do nascimento dos dentes, acrescida da autodeterminação. Para Perls apoiar a
“criança para que vá além da introjeção nessa fase não é consigná-la ao barbarismo, é
respeitar o processo natural, autoregulador de crescimento sadio”. (22)
Saúde doença: Segundo Delhlefsen e Dahlke (1998), toda doença é como uma tentativa
do organismo de ser ouvido, decifrado e compreendido, trazendo um novo aprendizado
sobre si mesmo. A sabedoria do organismo elege uma parte do seu todo para revelar
algo de si.
Id: fundo (de ordem molecular, corporal, pulsional, as gestalten abertas, necessidades).
Personalidade: a imagem que vai sendo criada pelas escolhas que vou fazendo para meu
crescimento. auto imagem. Não é uma entidade, mas um processo, é através dele que
nos retraímos ou estabelecemos contato. Ele seria o administrador, o que vai “resolver”
o funcionamento da hierarquia de necessidades, com suas catexias negativas e positivas
(investimentos).
Self suport – Devido a imagem positiva do ser humano, a GT parte do princípio de que
cada ser humano possui o equipamento necessário para poder enfrentar a vida. Para
tanto só precisa se conscientizar de suas forças. Geralmente quando a pessoa busca
ajuda, ela não conta com esse suporte, muitas vezes não tem a mínima noção das suas
possibilidades e nem uma visão clara do que já construiu na vida. Deve ser um dos
objetivos da terapia possibilitar self suport ao paciente, ou seja, oferecer meios para que
ele possa desenvolver e utilizar seus recursos para resolver seus problemas de forma
satisfatória. Cada situação difícil “resolvida” torna a próxima solução mais fácil. Há um
fortalecimento a cada obstáculo vencido – a força emocional vem daí (resumindo: seria
reconhecer as necessidades e descobrir os meios de supri-las).
Simbolismo dos sonhos recurso, segundo Miller (1997), poderá também ser
compreendido como uma forma que o self encontrou para representar.
Top dog/Under dog: conflito interno entre dominador (top dog) e dominador (under
dog). “O dominador (Top dog) pode ser descrito como exigente, punitivo, autoritário e
primitivo. Ele manda continuamente com afirmações do tipo: ” Você deveria”,”Você
precisa”, ” Por que você não”… O dominado (Under dog) desenvolve uma grande
habilidade em fugir das ordens do dominador. Normalmente, com a intenção de
concordar apenas parcialmente com o dominador, ele responde: ” Sim, mas…”, “estou
tentando muito, mas da próxima vez farei melhor” e “amanhã…”. Ref.: livro 14, pág.
24. “O dominador geralmente se julga com a razão e é autoritário; ele sabe mais… o
dominado manipula sendo defensivo, desculpando-se, seduzindo, representando o bebê-
chorão ou coisa parecida. ” Ref.: livro 2, pág. 35/36.
zona interna: diz respeito a relação conosco mesmos, com as percepções que temos
com relação ao “si” que compreendem percepções subjetivas (estados de espírito) e
objetivas como sede, fome, dor em alguma parte do corpo, etc.
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zona externa: é o entorno, tudo o que envolve aquilo que percebemos como o que está
fora de nós. Todas aquelas condições do ambiente que nos afetam de alguma forma. Vai
desde as condições atmosféricas até o mais sutil signo: um olhar, gestos, o significado
que damos as coisas. Esta zona compreende então o ambiente e os outros.
Inferência
Inferência é operação intelectual mediante a qual se afirma a verdade de uma
proposição em decorrência de sua ligação com outras proposições já reconhecidas como
verdadeiras. Consiste, portanto, em derivar conclusões a partir de premissas conhecidas
ou decididamente verdadeiras.
Inferência é a ação e o efeito de inferir (deduzir algo, tirar uma conclusão de outra coisa,
conduzir a um resultado). A inferência surge a partir de uma avaliação mental entre
distintas expressões que, ao serem relacionadas como abstrações, permitem traçar uma
implicação lógica.
Nem todas as inferências oferecem conclusões verdadeiras. É possível afirmar que todos
os cães são animais peludos de quatro patas, mas não se pode inferir que todos os
animais peludos que tenham quatro patas sejam cães. Um exemplo de inferência que
oferece uma conclusão verdadeira seria: “todos os homens possuem olhos, sendo que
Pedro é um homem, por tanto, Pedro é um homem”. A esse processo conhecemos como
processo dedutivo, onde, a partir de uma informação chegamos a uma dedução.
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Conclusão
Depois de tantas pesquisas com base no tema, conclui que Awareness refere-se a
capacidade de aperceber-se do que passa dentro e fora de si no momento presente nos
três níveis simultaneamente: corporal, mental e emocional (embora uma ou outra zona
possa se tornar figuro em dado momento), e o problema da realidade é matéria presente
em todas as ciências e, com particular importância, nas ciências que têm como objeto de
estudo o próprio homem.
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Bibliografia
2 : Perls, Frederick – GESTALT TERAPIA EXPLICADA , 7a.edição, São Paulo:
Summus