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Prof. M.Sc.

Helio Guimarães Ar
ÁREA DE INFLUÊNCIA: Considera-se de 1000-1200 kgf/m2,
sendo permitido apenas para anteprojeto. Exemplo:
P2 P3 P4
20x60 V1 -14x55 V1 20x60
V2
L1 20x55
V3
L2
h=10 h=10

V25 -14x50
L3 L4
V21 -14x50

V29 -14x50
L5 h=12 h=12
L6
h=10 h=10

P7
20x60
P6 P8
20x60 V4 -14x55 V4 20x60
V19 -14x50

V31 -14x50
L7 L8 L9
h=10 h=10 h=10

P10 P11
25x130 V5 -14x60 V5 V5 20x75

V6 V7
V26

V27
REAÇÕES DE APOIO. Exemplo:
Nd
Ac 
0,85 fcd  f yd

Onde:
Ac - Área de concreto;
 - Taxa de armadura (0,4 - 4% considerando a região de traspasse,
sendo adotado 1% na disciplina do curso).
le I
 Onde: i
i A
Para Peças Retangulares:

b  h3
i 12  h
bh 3,46

3,46  le

h
A NBR 6118/2014 não admite pilares com   200 , salvo no caso de postes com força normal menor
que 0,1 f cd  Ac
25  12,5  e1
1  h
b
Onde: 35  1  90
Segundo Araújo (2010):
Se λ < 90: Os efeitos de 2ª ordem serão considerados através de um
processo simplificado;

Se 90 < λ < 200: O pilar é esbelto e deve ser analisado através de um


processo mais rigoroso.

A NBR 6118/2014 só exige a consideração da fluência nos casos em


que λ > 90.
Os pilares são dimensionados para resistir a força normal combinado
com momento (oblíquo ou não) majorado pela existência de
excentricidade de 2ª ordem.

A excentricidade de 2ª ordem pode fazer com que o pilar perca o


equilíbrio estável.

O dimensionamento e a verificação de pilares deve prever dois tipos


de estado limite último: de ruptura e de instabilidade
NATUREZA DOS ESFORÇOS SOLICITANTES NOS PILARES:

Os pilares são elementos lineares solicitados, fundamentalmente, por forças de


compressão na direção axial, aplicados fora do centro de gravidade da seção.

Em consequência disso, os pilares ficam submetidos a uma flexo-compressão


normal (excentricidades em apenas um dos eixos) ou flexo-compressão oblíqua
(excentricidades nos dois eixos). Conjunto de esforços de cálculo dos pilares:

N d  Fd

M d  Fd  e com e  e1  e2  ecc
O MOMENTO FINAL PARA ESTE MODELO SERÁ O SEGUINTE:
NO TOPO E NA BASE – MOMENTO DE 1ª ORDEM CALCULADO A PARTIR DAS EXCENTRICIDADES
DE 1ª ORDEM
NA SEÇÃO INTERMEDIÁRIA (CASO e2≠0) – MOMENTO DE 1ª ORDEM MAIS O MOMENTO DE
SEGUNDA ORDEM DETERMINADO PELA EQUAÇÃO DO ITEM 15.8.3.3.3
EXCENTRICIDADES

a)Excentricidade de 1ª ordem
Excentricidade acidental tem por objetivo levar em consideração possíveis
imperfeições do eixo do pilar. l
ea  e
400

A NBR 6118/2014 exige a consideração de uma excentricidade de 1ª ordem


mínima dada por :
e1,min  1,5  0,03h (cm)

Onde: h é a altura da seção transversal do pilar na direção considerada em cm.


A excentricidade de 1ª ordem é dada por:
ea
e1  
e1,mín
b) Excentricidade de 2ª ordem
2
le  0,005 Nd
e2  o   0,5
10  ( o  0,5)  h Onde: Ac  f cd

c) Excentricidade Total e  e1  e2
No caso da força normal (Fd) excêntrica agindo sobre um eixo principal
(flexo-compressão normal):
EXCENTRICIDADES
a) Excentricidade de 1ª ordem
Excentricidade acidental
le
ea  para seções intermediárias
400
le para seções de extremidade
ea 
200

A NBR6118/2014 exige a consideração de uma excentricidade de 1ª ordem


mínima dada por: e1,min = 1,5 + 0,03h (cm)
A excentricidade de 1ª ordem é dada por:
Seção de extremidade (não possui e2)
eiA  ea Md
e1   ei 
e1,mín Nd
Seção intermediária
0,6eiA  0,4eiB
ei   eiA  eiB
0,4ei A

e1  ei  ea  e1,min
b) Excentricidade de 2ª ordem
2
le  0,005
e2 
10  ( o  0,5)  h
Onde:
Nd
o   0,5
Ac  f cd

c) Excentricidade Total: e  e1  e2
No caso da força normal (Fd) excêntrica agindo fora dos eixos principais (Flexo-
compressão oblíqua):
FAZENDO O EQULÍBRIO DA SEÇÃO E SUPONDO As1 = As2:
N d  RC  RS 1  RS 2 ONDE, PARA CONCRETO COM fck < 50MPa-
N d  0,85 fcd  b  0,8 x  AS 1   S 1  AS 2   S 2 αc=0,85 E λ=0,8

M d  RC  (h / 2  0,4 x)  RS1  (h / 2  d ´)  RS 2  (h / 2  d ´) MOMENTO EM RELAÇÃO AO EIXO X


QUE PASSA PELO CG DA SEÇÃO
M d  0,85 fcd  b  0,8 x  (h / 2  0,4 x)  (h / 2  d´)  ( AS 2   S 2  AS 1   S 1 )
• AS EQUAÇÕES DEVEM SER APLICADAS PARA OS DIVERSOS
DOMÍNIOS.
• EM ALGUMAS SITUAÇÕES, A POSIÇÃO DA LINHA NEUTRA FICA
MAIS FÁCIL DE SER DETERMINADA NUMERICAMENTE
(TENTATIVAS)
• A SOLUÇÃO COM EQUAÇÕES PODE SER EVITADA, UTILIZANDO
ÁBACOS QUE FORNECEM RESULTADOS SATISFATÓRIOS E DE
MANEIRA SIMPLES.
DETERMINAR OS ESFORÇOS Fd E Mdx DO PILAR
ABAIXO.
DADOS:
b=h=25cm
Nd = 800KN
MAd=25KN*m e MB=-10KN*m
PILAR DE EXTREMIDADE-DIREÇÃO X: DETERMINAÇÃO DAS EXCENTRICIDA
EXCENTRICIDADE DE 1ª ORDEM

SEÇÃO DE EXTREMIDADE

 MAd le 2500 450


e 
 iA a e      3,1cm  2,25cm  5,35cm
e1x   Nd 200 800 200
e1,mín  1,5  0,03hx  1,5  0,03  25cm  2,25cm

ex ,extremidade  e1  5,35cm

SEÇÃO INTERMEDIÁRIA

0,6eiA  0,4eiB  0,6  3,1cm  0,4  (1,25cm)  1,36cm


eix   eiA  eiB
0,4eiA  0,4  3,1cm  1,24cm
le 450
e1x  eix  eax  1,36   1,36   1,36  1,12  2,48cm  e1,min
400 400

e1x int ermediária  2,48cm


PILAR DE EXTREMIDADE-DIREÇÃO X: ESBELTEZ

3,46  le 3,46  450


x    62,28
h 25
MB  10
 b  0,6  0,4  0,6  0,4  0,44  0,4(OK )
MA 25

25  12,5  e1 25  12,5  2,25


1x  h 25  59,37
b 0,44

COMO1 x  x  90 O PILAR É MEDIANAMENTE ESBELTO – CONSIDERAR


e2 x
DETERMINAÇÃO DA EXCENTRICIDADE DE 2ª
ORDEM
SEÇÃO INTERMEDIÁRIA
Nd 800KN
o    0,72  0,5
Ac  f cd 2,5 KN 2
(25  25)cm 2  cm
1,4
2
le  0,005 450 2  0,005
e2 x    3,32cm
10  ( o  0,5)  hx 10  (0,72  0,5)  25

EXCENTRICIDADE TOTAL NA SEÇÃO INTERMEDIÁRIA

ex  e1x  e2 x  2,48  3,32  5,8cm


SEÇÃO INTERMEDIÁRIA

ex  e1  e2  2,48  3,32  5,8cm


SENDO ASSIM, O PILAR NA DIREÇÃO X DEVERÁ SER VERIFICADO PARA OS SEGUINTES
ESFORÇOS
Fd  N d  800 KN
M d  N d  ex  800 KN  0,058m  46,4 KN  m
PILAR DE EXTREMIDADE-DIREÇÃO Y-SITUAÇÃO DE CÁLCULO 2: DETERMIN
DAS EXCENTRICIDADES
EXCENTRICIDADE DE 1ª ORDEM
 le
eay   1,125cm
e1 y   400
e1 y ,mín  1,5  0,03hx  1,5  0,03  25cm  2,25cm

e1 y  2,25cm

COMO1 y   y  90 e2 y
O PILAR É MEDIANAMENTE ESBELTO – CONSIDERAR
DETERMINAÇÃO DA EXCENTRICIDADE DE 2ª
ORDEM
SEÇÃO INTERMEDIÁRIA
Nd 800KN
o    0,72  0,5
Ac  f cd 2,5 KN 2
(25  25)cm 2  cm
1,4
2
le  0,005 450 2  0,005
e2 y    3,32cm
10  ( o  0,5)  hx 10  (0,72  0,5)  25

EXCENTRICIDADE TOTAL NA SEÇÃO INTERMEDIÁRIA


e y  e1  e2  2,25  3,32  5,57cm
SEÇÃO INTERMEDIÁRIA

e y  e1  e2  2,25  3,32  5,57cm

0,6eiA  0,4eiB  0,6  3,1cm  0,4  (1,25cm)  1,36cm


eix  
0,4eiA  0,4  3,1cm  1,24cm
SENDO ASSIM, O PILAR NA SITUAÇÃO 2 ESTÁ SUBMETIDO A FLEXOCOMPRESSÃO
OBLÍQUA
F  N  800 KN
d d
M dy  N d  e y  800KN  0,0557m  44,56 KN  m
M dx  N d  ex  800 KN  0,0136m  10,88KN  m
CÁLCULO DA ARMADURA-ÁBACOS
SITUAÇÃO DE CÁLCULO 1
Nd 800
   0,72 d´ 5
  0,2
Ac  f cd 25  25  2,5 h 25
1,4
Md 4640
   0,17
Ac  h  f cd 25  25  25  2,5
1,4

 6
PARA OS VALORES ACIMA UTILIZAR O ÁBACO 0,55
ÁREA DE AÇO
AS  f yd

AC  f cd

  AC  f cd 0,55  25  25  2,5
1,4
AS    16,24cm 2  6 20mm
f yd 43,47
1,15
CÁLCULO DA ARMADURA-ÁBACOS
SITUAÇÃO DE CÁLCULO 2
Nd 800
   0,72
Ac  f cd 25  25  2,5
1,4
M dx 1088
x    0,039
Ac  hx  f cd 25  25  25  2,5
1,4
M dy 4456
y    0,16
Ac  hy  f cd 25  25  25  2,5
1,4
PARA OS VALORES ACIMA UTILIZAR O ÁBACO8 0,3
ÁREA DE AÇO
AS  f yd

AC  f cd

  AC  f cd 0,3  25  25  2,5
1,4
AS    8,85cm 2  616mm
f yd 43,47
1,15
Prof. Geraldo Barros
3.2 Bitolas mínima e máxima das barras da armadura longitudinal (18.4.2.1)

10mm    b / 8
3.3 Taxas mínima e máxima da armadura longitudinal (17.3.5.3)

0,15 N d  max  8%
 min  '
 0,4%
f yd . Ac

3.4 Espaçamento das barras longitudinais na seção transversal

20mm 
 400mm
l s
 2b
Prof. Geraldo Barros 1,2agreg 
17.4.1.1.2. (NBR-6118-2014)
c) os pilares e elementos lineares de fundação submetidos predominantemente à
compressão, que atendam simultaneamente, na combinação mais desfavorável das
ações em estado-limite último, calculada a seção em estádio I, às condições
seguintes:
— em nenhum ponto deve ser ultrapassada a tensão fctk;
— VSd ≤ Vc, sendo Vc defi nido em 17.4.2.2.
Nesse caso, a armadura transversal mínima é a definida na Seção 18-item 18.4.2.2

17.4.2.2 Modelo de cálculo I(NBR-6118-2014)


b) cálculo da armadura transversal:
VRd3 = Vc +Vsw
onde
Vc = 0 nos elementos estruturais tracionados quando a linha neutra se situa fora da
seção;
Vc = Vc0 na flexão simples e na flexo-tração com a linha neutra cortando a seção;
Vc = Vc0 (1+ Mo / MSd,máx ) ≤ 2Vc0 na flexo-compressão
Vc0 = 0,6 fctd . bw . d
fctd = fctk,inf/γc
Prof. Geraldo Barros
Se o item 17.4.1.1.2. (NBR-6118-2014) não for atendido, o dimensionamento do
pilar ao esforço cortante deve ser realizado, respeitando a armadura mínima
adotada para as vigas

Prof. Geraldo Barros


3.5 Proteção contra flambagem das barras longitudinais (18.2.4)

3.6 Distância máxima entre a quina do estribo e o ferro fora dela:


20t

3.7 Diâmetro dos Estribos l


t   5mm
4

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3.8 Espaçamento de estribos no eixo da peça (18.4.2.2)

200mm

st  12 (CA  50; CA  60)
menor. dim ensão.da.seção

St

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3.9 Espessura da camada de cobrimento do concreto

3.10 Comprimento de ancoragem reta por traspasse para aços CA-50

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Prof. Geraldo Barros
Determinar a armação e detalhar o pilar abaixo.
Dados:
Pilar com seção de 32x110cm
Concreto fck=35MPa
Comprimento L = 305cm

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• Dimensionar e detalhar P7.

Dados:
- vigas: 20 x 50cm
- le = 2,8m
- No. de pavimentos:6

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ARAÚJO, José Milton de. Curso de concreto armado. 3. ed. Rio Grande: Dunas, 2014.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR-6118: Projeto de Estruturas de


concreto. Rio de
Janeiro, 2014.

CARVALHO, Roberto Chust; PINHEIRO, Libânio Miranda. Cálculo e detalhamento de


estruturas usuais de concreto armado. v.2. São Paulo: Pini, 2009.

FUSCO, Péricles Brasiliense. Estruturas de concreto: solicitações normais; estados limites últimos;
teoria e aplicações. Rio de Janeiro: Guanabara Dois, 1986.

INSTITUTO BRASILEIRO DO CONCRETO. Comentários técnicos e exemplos de aplicação da


NB-1. Procedimento NBR 6118:2003. São Paulo: IBRACON, 2007. 206 p.

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