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Software Livre:

Por que Usar?

Prof.: Marcondes
Tópicos a ser apresentado
• Pequeno Histórico ;
• O que é Software Livre (SL);
• O que é Open Source (OS);
• Software Livre X Código Aberto;
• Software Livre X Domínio Público
• Conceitos das distribuições de Software;
• Licenças frequentemente utilizadas;
• Vantagens ;
• Dificuldades;
• Aplicação do software;
• Crescimento do uso do SL no Brasil;
• Conclusão.
Pequeno Histórico

• Anos 50 - 60: Praticamente não existia a hipótese da venda


de software. O valor era cobrado na maquina em si.

• Anos 60: Desenvolvimento do sistema operacional UNIX


pela AT&T.

• Anos 80: AT&T restringe a modificação do código fonte.


Diversas empresas de TI como HP, IBM e SUN começaram a
desenvolver suas próprias versões proprietárias.
Pequeno Histórico

Anos 80: Nasce o projeto GNU


que mais tarde daria origem a
Free Software Foundation
(FSF), criado por Richard
Stallman. Desenvolver um
sistema operacional completo
a ser distribuído como livre. Richard Stallman
Pequeno Histórico

Anos 90: Linus Torvalds,


disponibiliza na internet o código
fonte de um núcleo de sistema
operacional, desenvolvido por
ele, batizado de Linux; O
software livre passou a ser uma
alternativa popular para
servidores Web, o Servidor
Apache tornou-se o servidor Linus Torvalds
Web mais utilizado.
Pequeno Histórico
• Anos 90: Netscape disponibilizar seu navegador (hoje
conhecido como Mozilla Firefox) como software livre.É
Fundada Open Source Initiative.
O que é Software Livre?

É aquele em que o usuário pode usá-lo, copiá-lo, distribuí-


lo, pode ser o original ou com alterações gratuitamente
ou com custos. O ponto fundamental para ser livre é ter
seu código fonte acessível para analises, alterações e
distribuição pelos seus usuários.*

*Hexsel(2002)
O que é Software Livre?
Executar Estudar
Software Livre
Redistribuir Aperfeiçoar

Software pode ser considerado livre se possuir 4 tipos de liberdades, são elas:

Liberdade Nº 0 - A liberdade de executar o programa, para qualquer propósito.

Liberdade Nº 1* - A liberdade de estudar como o programa funciona, e adaptá-lo para as suas


necessidades.

Liberdade Nº 2 - A liberdade de redistribuir cópias de modo que você possa ajudar ao seu
próximo.

Liberdade Nº 3* - A liberdade de aperfeiçoar o programa, e liberar os seus aperfeiçoamentos, de


modo que toda a comunidade se beneficie.
*Para as liberdade 1 e 3 o acesso ao código fonte é um pré-requisito.
O que é Open Source?
 Termo utilizado pela Open Software Initiative (OSI) para denotar algo
semelhante ao software livre.

 Para uma licença ou software ser considerado como Código Aberto pela Open
Source Initiative, eles devem atender aos 10 critérios da Definição de Código
Aberto*, que são:
• Distribuição livre;
• Acesso ao código-fonte;
• Permissão para criação de trabalhos derivados;
• Integridade do autor do código-fonte;
• Não discriminação contra pessoas ou grupos;
• Não discriminação contra áreas de atuação;
• Distribuição da licença;
• Licença não específica a um produto;
• Licença não restritiva a outros programas;
• Licença neutra em relação à tecnologia.
*Comunidade Open Source (2011)
Software Livre X Código Aberto
Free Software X Open Source
Fazem parte do mesmo tema que é a produção e uso de software não proprietário
Software livre Código Aberto
Pode ou não ser monetizado. Pode ou não ser monetizado

software livre não diz respeito à Permissão de Trabalhos Derivados


gratuidade, mas sim à liberdade (código pode ser usado em Software
(Executar, estudar, redistribuir, aperfeiçoar) proprietário)
garantia e perpetuação das liberdades ligadas a questões práticas de produção
e negócio.
Existe o efeito “contaminação” Não há o efeito “contaminação”
Software livre X Domínio público
Não há
Software
Licença

Software Livre

Domínio
Há Publico
Não
“Contamina” (ex. TCP/IP)
“Contamina”
(ex. BSD) (ex. GPL)

O primeiro, quando utilizado em combinação com licenças típicas (como as


licenças GPL e BSD), garante os direitos autorais do programador/organização.

O segundo caso acontece quando o autor do software renuncia à propriedade


do programa e todos os direitos associados, e este se torna bem comum.
Conceitos de distribuição de
Softwares
Shareware:
É um programa de computador disponibilizado gratuitamente, porém com
algum tipo de limitação. Para o usuário utilizar a sua funcionalidade
completa ou poder continuar utilizando o programa, deverá pagar. Um
shareware está protegido por direitos autorais.
Exemplos: Winzip, RealAudio, etc.

Software Demo:
Qualquer material promocional que é uma fração de um produto maior,
lançado com a intenção de dar a oportunidade de o produto ser avaliado
por possíveis clientes. O termo é bastante usado nos contextos da música
e dos jogos.
Exemplo: Jogos FIFA 11 EA Sports disponibilizados para downloads para
testes
Conceitos de distribuição de
Softwares
Adware:
São softwares com uso condicionado a exibição de propagandas e anúncios.
Exemplos: Kazaa, Shareazza, etc.

Freeware:
São softwares de uso gratuito. Não permite modificação, já que o código-fonte
não é disponibilizado.
Exemplos: ICQ, MSN, etc.

Semi-Livre:
São softwares onde se permite a cópia, modificação e distribuição para fins
não lucrativos.
Ex. primeiras versões do Internet Explorer da Microsoft, algumas versões dos browsers da
Netscape, e o StarOffice.
Conceitos de distribuição de
Softwares

Código Aberto:
É o termo utilizado pela Open Software Initiative (OSI) para
denotar algo semelhante ao software livre.
Exemplo: OpenOffice.org

Software Livre:
o software pode ser utilizado livremente. Seus usuários
podem ter acesso ao código-fonte, alterá-lo e distribuí-lo
livremente.
Exemplo: Sistemas Operacional (GNU/Linux) etc.
Conceitos de distribuição de
Softwares
Proprietário:
É aquele cuja cópia, redistribuição ou modificação são em alguma
medida proibidos pelo seu proprietário.
Exemplos: Windows, Office, Oracle, etc.

Comercial:
É o software desenvolvido por uma empresa com o objetivo de
lucrar com sua utilização.
Exemplo: Adobe Photoshop CS3 (Proprietário)

Domínio Público:
São softwares sem copyright.
Exemplo: TCP/IP
Licenças frequentemente utilizadas

 GPL - Licença Pública Geral GNU


 Licença BSD
 A Licença MIT/X11
 Licença Apache
 Licença Mozilla
Copyright Copyleft

Copyright: Garante a não reprodução sem consentimento.


Copyleft: Garante que o software sempre vai ser Livre.
GPL - Linceça Pública Geral GNU

• É a mais utilizada, sendo adotada pelo Linux.

• Ela impede que o software seja integrado em um software


proprietário e garante os direitos autorais.

• Não permite que as liberdades originais sejam limitadas, nem que


sejam impostas restrições que impeçam a distribuição da mesma
forma que foram adquiridos.
Licença GPL

Se
Software proprietário Não GPL
contiver

Software livre GPL


então

Não Remover Distribuir


distribuir Código GPL sob GPL
Licença BSD

• A licença BSD foi inicialmente utilizada nos softwares da


Berkeley Software Distribution.

• Ela impõe poucas restrições sobre as formas de uso, alterações


e redistribuição do software e, por isso, é chamada de
copycenter.

• O programa pode ser vendido e não precisa incluir o código


fonte.
Licença BSD

Se
Software proprietário Não BSD
contiver

Código Aberto BSD


então
Sem Distribuir
Pode
Remover sob BSD
distribuir
Código BSD
Licença MIT
• Criada pelo Massachusetts Institute of Technology, Licença bem
parecida com a BSD.

• Porém, seu texto é bem mais explícito ao tratar dos direitos que
estão sendo transferidos, afirmando que qualquer pessoa que
obtém uma cópia do software e seus arquivos de documentação
associados pode lidar com eles sem restrição, incluindo sem
limitação nos direitos a usar, copiar, modificar, mesclar, publicar,
distribuir, sublicenciar e/ou vender cópias do software.

• As condições impostas para tanto são apenas manter o aviso de


copyright e uma cópia da licença em todas as cópias ou porções
substanciais do software.
Licença Apache

• Redistribuição do código fonte deve manter o copyright

• Redistribuição de Binários devem apresentar o copyright na


documentação ou outros materiais

• Rigor na utilização de “ pache” ou “ pache Software Foundation”


Licença Mozilla

• A licença é similar ao copyleft, mas não é tão rígida quanto à


distribuição de trabalhos derivados.

• Especificamente, o código fonte copiado ou alterado sob a licença


Mozilla deve continuar sob esta licença. Porém, este código pode
ser combinado em um programa com arquivos proprietários.

• Além disso, é possível criar uma versão proprietária de um código


sob a licença Mozilla. Por exemplo, o navegador Netscape 6 e 7 são
versões proprietárias das versões correspondentes da suíte Mozilla.
Vantagens do Software Livre

•Custo de aquisição quase zero, custo de •É permitido acesso ao código-fonte.


atualização, consertos e remendos
também quase zero. •Oferece liberdade importante para a
sociedade.
•A segurança, do ponto de vista de vírus
etc, é maior. •Encontra-se o produto em permanente
construção coletiva.
•Proporciona vantagens econômicas.
•Permite cooperação e compartilhamento.
•É um produto com flexibilidade.
•Oferece contribuição à sociedade
•Verificam-se organizações virtuais.
•...
•Possui sistema e aplicativos geralmente
configuráveis.
Vantagens Do Software Livre
Tabela 01 - Comparação de Aplicação de Software Proprietário X Software
Livre em Desktops de empresas de médio porte

CUSTOS

Em empresas de pequeno porte


onde foram empregados
Softwares livres para Desktops, a
economia chegou a 63%.

Na Tabela I mostra os valores


para uma empresa com um
parque computacional de 25
maquinas.

Fonte: Da Silva e Ribeiro (2010).


Nota: Dados adaptados pelo autor.
Vantagens do Software Livre

Tabela 02 - Comparação de Aplicação de Software Proprietário X Software Livre em


Servidores em empresas de médio porte com 25 máquinas sendo 1 servidor de
CUSTOS aplicativos

Com o emprego de
softwares livres em
servidores, foi obtida uma
economia de 68%.

Tabela II mostra os
números e valores de uma
empresa de médio porte
com 25 máquinas, sendo
uma utilizada para o
servidor de aplicativos.
Fonte: Da Silva e Ribeiro (2010).
Nota: Dados adaptados pelo autor.
Dificuldades do Software livre

• Falta de garantia do software oriundo de algumas licenças

• Dificuldade de adaptação de usuários acostumados em


plataformas mais conhecidas.

• Alguns Drives não atendem a certos dispositivos do


computador.
Aplicações do SL
• IBM, HP, NEC, CA, Alcatel, Bull, Ericsson,
Mitsubhsi, Nokia, Novell, Unilever e Fujitsu.*

• •Banco do Brasil, Embrapa, Ministério das


Comunicações, Educação e Desenvolvimento
Agrário, Marinha e Exército do Brasil, Serpro e
Dataprev.**

* Fonte: Silva (2009)


**Fonte: Portal Brasil (2010).
Crescimento do uso do SL nas
empresas
Pesquisa feita pela ISF com
1090 empresas brasileiras.
Patrocinada por empresas
como Itautec, IBM e Red Hat.*

Gráfico: Uso do SL nos PCs da empresa. 06/07.*

Fonte: LINUX MAGAZINE online


Crescimento do uso do SL nas
empresas

Quadro 3: Adoção de Software Livre em PCs na empresa em 2006*.

Fonte: LINUX MAGAZINE online


Crescimento do uso do SL no Brasil

5ª Pesquisa Sobre uso das Porcentagem de Empresas de médio e


Tecnologias da Informação e grande porte que usam Software Livre
da Comunicação no Brasil (TIC
Empresas 2009), Setor Imobiliário 2009 35%

realizada pelo Centro de Empresas Medio Porte 2009 48%

Estudos Sobre as Tecnologias


Empresas Grande Porte 2009 65%
da Informação e da
Comunicação (CETIC.br).*
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70%

mostra o uso de software livre Gráfico: Porcentagem de empresas de médio e grande porte adeptas do SL em 2009
nas médias e grandes
empresas em 2009.*

Fonte: MELO (2010)


Conclusão
• Conclui-se que o software livre tem grande importância para o mercado
de Tecnologia, no tocante ao desenvolvimento e inclusão de pessoas e/ou
empresas que se prendem aos softwares proprietários, permitindo assim
novos modelos de negócios e principalmente reduz gastos.

• O software livre é uma ótima ferramenta para a formação de


profissionais na área de TI, uma vez que estes terão oportunidades de ver,
analisar, estudar e criar suas próprias versões de software.
Referencias Bibliograficas
• ALMEIDA, Rubens Queiroz de. Por que usar software livre? Artigo publicado originalmente na primeira edição da Revista do
Linux. Data de Publicação: 16 de Janeiro de 2000 Disponíveis em: <http://www.dicas-
.com.br/arquivo/por_que_usar_software_livre.php >. Acesso em: 30 de março de 2011.

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linux.org/linux/faq-softwarelivre>. Acesso em: 03 de Abril de 2011.

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• <www.timaster.com.br/revista/materias/main_materia.asp?codigo=609>
• Acesso em: 04 de junho de 2001

• Da SILVA, Alberto. RIBEIRO, Thiago. Migração do software Proprietário para o software livre em órgãos públicos e empresas
privadas. Engenharia de Computação em Revista, 2010. Instituto de Estudos Superiores da Amazônia, Av. Governador José
Malcher 1148, Belém Pará. Disponível em: < http://www3.iesam-pa.edu.br/ojs/index.php/computacao/article/view/475/425 >.
Acesso em: 03 de abril de 2011.

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http://www.softex.br/portal/softexweb/uploadDocuments/_observatorio/altec_apropriabilidade_sl.pdf >. Acesso em: 16 de
maio de 2011

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relação ao software proprietário: aspectos favoráveis e desfavoráveis percebidos por especialistas . Free software in
connection with the proprietary software: favorable and unfavorable aspects perceived by experts. Data de aprovação:
06/12/2010. Disponível em: <http://seer.uscs.edu.br/index.php/revista_gestao/article/view/1061/847>. Acesso em: 09 de abril
de 2011.

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UFPR, n. 004/2002, Curitiba, outubro, 2002. Disponível em: <http://www.inf.ufpr.br/info/techrep/RT_DINF004_2002.pdf>. Acesso em: 18 de abril de
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• Portal Brasil. Software Livre. Casos de Sucessos . Portal Brasil, 03 de setembro de 2010. Disponível em: <http://www.brasil.gov.br/sobre/ciencia-e-
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• SILVA, Francisco José da Silva a. Software Livre: Conceitos, História e Impactos . Grupo de Engenharia de Sistemas e Mobilidade. Laboratório de
FIM

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