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DEFINIÇÃO

A Química Orgânica é a parte da Química


que estuda os compostos de carbono ou
compostos orgânicos.

Os compostos de carbono são chamados


compostos orgânicos. Estes são muito
comuns e importantes na vida diária
QUÍMICA ORGÂNICA I
• Exemplos:

• A-o álcool comum (C2H6O) existe em algumas


bebidas, (vinhos, cervejas com alcool, aguardentes)
e é muito utilizado na indústria;
• B-o vinagre (C2H4O2) é um tempero habitual nas
refeições;
• C-o éter (C4H10O) é muito usado nas farmácias e nos
hospitais;
QUÍMICA ORGÂNICA I
• D-o açúcar comum (C12H22O11) é um alimento muito
importante;
• E-a gasolina (C8H18) é um dos combustíveis de maior
uso no mundo actual;
• F-a penicilina é um dos antibióticos mais
importantes
• e assim por diante. Com fórmulas e estruturas mais
complicadas, poder-se-iam citar as proteínas, as
vitaminas, as hormonas, os medicamentos, etc.
QUÍMICA ORGÂNICA I
• Com o seu desenvolvimento, a Química
Orgânica acabou por se subdividir e
dar origem a outro ramo da ciência – a
Bioquímica – que estuda as
substâncias mais intimamente ligadas
à vida das plantas e dos animais,
como, por exemplo, os mecanismos do
anabolismo e do catabolismo, as
vitaminas, as hormonas, os ácidos
nucleicos.
QUÍMICA ORGÂNICA I
• As principais teorias que fundamentaram a
química foram:
• A Teoria do flogisto
• No início do século XVIII, o médico alemão
Georg Ernst Stahl, formulou a primeira
hipótese da química para explicar a
combustão e a oxidação dos metais. Para ele,
a queima dos metais era parecida com a
combustão. Acreditava que os metais eram
substâncias compostas que possuíam um
elemento combustível que chamou de
Georg Stahl
flogisto (phlogiston, queimado, em grego).
QUÍMICA ORGÂNICA I
• Stahl afirmava que a substância simples resultante
da queima dos metais era incombustível, porque
tinha perdido o seu flogisto. Esta ideia era provada
da seguinte forma:
• Ao queimar essa substância com carvão ou outro
combustível, a substância recuperava o seu flogisto,
tornando-se metal novamente. No entanto, os
entusiastas da época não perceberam que os
metais, ao perder o flogisto, em vez de diminuir,
aumentavam de peso.
QUÍMICA ORGÂNICA I
• TEORIA DO BALANÇO DE
MASSAS
• Foi Antoine Laurent de
Lavoisier, antes da Revolução
Francesa, com as suas
experiências de análise
quantitativa levou a Teoria do
Flogisto ao descrédito.
• O seu princípio diz que a soma
das massas dos reagentes é
igual à soma das massas dos
produtos da reacção e impôs a
Teoria do Balanço das massas
que ainda hoje prevalece
como resultado do 1º Princípio
da termodinâmica.

Lavoisier (1743-1794)
QUÍMICA ORGÂNICA I
• Foi Friederich Wöhler (1800-1882),
um químico alemão, que
definitivamente permitiu contradizer
a teoria do flogisto que no que
respeitava às substâncias que
faziam parte dos organismos vivos.
• Esta teoria considerava que era
impossível sintetizá-los a partir de
compostos inorgânicos.
• Em 1828 Wöhler sintetizou a ureia
a partir de Dióxido de Carbono e
Amoníaco.
QUÍMICA ORGÂNICA I
• A ureia á uma substância orgânica que é excretada no ciclo que
tem o seu nome e que permite a libertação, pelos mamíferos, do
excesso do elemento Azoto.
• A partir desta data o número de compostos orgânicos isolados e
sintetizados tem vindo a aumentar exponencialmente, sendo
actualmente a sua presença no ambiente um dos maiores
problemas dos nossos dias.
– Em 1880, eram conhecidos cerca de 12 000
compostos;
– Em 1910, cerca de 150 000 compostos;
– Em 1940, cerca de 500 000 compostos;
– Actualmente, mais de 5 000 000 de compostos.
Sintetizando-se anualmente cerca de 1000
substâncias novas
QUÍMICA ORGÂNICA I
• Diferenças entre Compostos Orgânicos e
Inorgânicos:
• Composição (C, H, O, N, S, P) (elementos
leves): apesar do elevado número de
compostos orgânicos, a maior parte deles
são constituídos apenas por seis elementos:
• H (hidrogénio), C (carbono), O (oxigénio), N
(azoto), P Fósforo) e S (enxofre), nos quais
são chamados de elementos organogénicos;

QUÍMICA ORGÂNICA I
• Número de compostos: apesar da maioria
dos compostos orgânicos serem
maioritariamente constituídos por H, C, O, N,
P e S, devido ao fenómeno da isomeria, o
seu número é n vezes maior que o número
de compostos inorgânicos conhecidos
actualmente;
• Frequência do fenómeno de isomeria e
polimeria: estes fenómenos são muito
frequentes nos compostos orgânicos,
contrariamente aos inorgânicos, onde os
mesmos não de verificam;
QUÍMICA ORGÂNICA I
• Diferenças entre Compostos Orgânicos e
Inorgânicos:
• Natureza dos compostos: os compostos orgânicos
existem naturalmente na biosfera, enquanto que os
compostos inorgânicos são extremamente
abundantes na litosfera;
• Pontos de fusão e ebulição: os compostos
orgânicos são geralmente líquidos, enquanto que os
inorgânicos são geralmente sólidos;
• Condutividade eléctrica: os compostos orgânicos,
por serem maioritariamente líquidos, possuem uma
elevada capacidade de conduzir a electricidade;
QUÍMICA ORGÂNICA I
• Solubilidade: os compostos orgânicos
são geralmente insolúveis em água e
solúveis em solventes orgânicos
(apolar dissolve apolar; exemplo: éter,
benzeno, álcool, benzina, gasolina,
acetona, etc.), enquanto que os
compostos inorgânicos são geralmente
solúveis em água (polar dissolve
polar);
QUÍMICA ORGÂNICA I
• Diferenças entre Compostos Orgânicos
e Inorgânicos:
• Resistência ao aquecimento (sem
decomposição): os compostos orgânicos
comparados com os inorgânicos são menos
estáveis, face à energia térmica. Assim, uma
temperatura de 500ºC destrói a maior parte
dos compostos orgânicos, enquanto que, de
entre os inorgânicos, poucos são aqueles
que se alteram diante dela;
QUÍMICA ORGÂNICA I
• Exemplo:
– ORGÂNICO: açúcar comum
carvão + vapor de água

– INORGÂNICO: sal comum


fusão (1400ºC - sem destruição)
• Inflamabilidade dos compostos: os compostos
orgânicos são pouco estáveis, porque possuem
energia acumulada na molécula e esta tende a
libertar-se na forma de calor e luz.
QUÍMICA ORGÂNICA I
• Dissociação iónica: a dissociação iónica, que ocorre
sempre com os compostos inorgânicos, não ocorre
com frequência nos compostos orgânicos, que,
devido ao carácter covalente do carbono, são
geralmente moleculares e apolares.

• Velocidade das reacções: existem dois tipos


fundamentais de reacções: iónicas e moleculares.
– As reacções iónicas são dotadas de grande velocidade,
enquanto que as reacções moleculares são relativamente
lentas, necessitando frequentemente de activadores, tais
como calor, luz, catalisador, pressão, etc.
QUÍMICA ORGÂNICA I
• INORGÂNICA: NaCl + AgNO3
NaNO3 + AgCl (precipitado branco)

• ORGÂNICA: CH3Cl + AgNO3


CH3NO3 + AgCl (precipitado branco)
QUÍMICA ORGÂNICA I
• CARACTERÍSTICAS DO ÁTOMO DE CARBONO

• O átomo de carbono apresenta certas particularidades que o


tornam bem diferente de todos os demais elementos químicos;
este facto foi percebido na metade do séc. XIX, inicialmente por
Kekulé, e possibilitou uma melhor compreensão da estrutura
das substâncias orgânicas. De entre as principais
características do átomo de carbono, devem-se citar:
QUÍMICA ORGÂNICA I
• O CARBONO É TETRAVALENT
• O número atómico do carbono é 6 e a sua
configuração electrónica apresenta 2
electrões na camada K e 4 electrões na
camada L. Tendo 4 electrões na sua última
camada electrónica, o carbono apresenta a
tendência normal para partilhar 4 electrões
com outros átomos, a fim de completar o
octeto e atingir uma configuração estável.
Formam-se, deste modo, 4 ligações
covalentes.
QUÍMICA ORGÂNICA I
• O CARBONO FORMA LIGAÇÕES MÚLTIPLAS
• O carbono pode formar, como referido
anteriormente, 4 ligações covalentes
simples. Entretanto, pode estabelecer duas
ou três ligações com um segundo átomo
formando, respectivamente, uma ligação
dupla ou uma ligação tripla.
QUÍMICA ORGÂNICA I
O CARBONO LIGA-SE A VÁRIAS CLASSES DE ELEMENTOS
QUÍMICOS
O carbono encontra-se no 2.º Período e no Grupo 4A da
classificação periódica. Isto coloca o carbono entre os metais e
os não-metais (elementos electropositivos e electronegativos,
respectivamente). Não sendo nem um nem outro, o carbono
pode ligar-se ora a elementos electropositivos (como o
Hidrogénio), ora a elementos electronegativos (como o
Oxigénio).
QUÍMICA ORGÂNICA I
QUÍMICA ORGÂNICA I
• De acordo com o número de elementos que
constituem os compostos orgânicos, estes
podem ser classificados em:
• Compostos binários: quando possuem dois
elementos químicos (ex. C e H);
• Compostos ternários: quando possuem três
elementos químicos (ex. C, H e O);
• Compostos quaternários: quando possuem
quatro elementos químicos (ex. C, H, O e N).
QUÍMICA ORGÂNICA I
O CARBONO FORMA CADEIAS
O átomo de carbono possui uma capacidade
extraordinária de ligar-se a outros átomos –
de carbono, de oxigénio, de azoto –
formando cadeias curtas ou longas e com as
mais variadas disposições.
QUÍMICA ORGÂNICA I
• como, por exemplo, o enxofre, o fósforo,; entretanto,
nenhum elemento químico consegue formar cadeias
tão longas, variadas e estáveis como o carbono.
• A capacidade de formar cadeias adicionalmente às
características anteriormente mencionadas
(tetravalência, formação de ligações simples, duplas
e triplas e ligação com elementos electropositivos e
electronegativos), explicam a razão do carbono ser
capaz de formar um número enorme de compostos
orgânicos.
QUÍMICA ORGÂNICA I
• Ciclo do carbono
CO2
CO2 Respiração
CO2 Respiração

Carbono nos Alimentos

Fotossíntese Morte e
Decomposição
CO2
Decomposição
Morte e
dos Produtos
Decomposição da Excreção

CO2
CO2
Petróleo
Carbono da Combustão dos Combustíveis Fósseis Carvão
Turfa CO2
QUÍMICA ORGÂNICA I
• Reservatório: Atmosfera
• N2 ----------------------> 78,00%
• O2 ----------------------> 21,00%
• G. Nobres --------------> 0,97%
• CO2 ----------------------> 0,03%
• Efeito de Estufa do CO2
• Mais Radiações Luminosas
• Menos Radiações Térmicas
• Mais Temperatura
QUÍMICA ORGÂNICA I
• EFEITO ESTUFA
Efeito de Estufa
Efeito de Estufa

+ Radiação Luminosa
+ Radiação Luminosa
Radiação Luminosa
Radiação Luminosa

- Radiação Térmica
+T - Radiação Térmica
+T Térmica +CO2 +T
Radiação
+CO2 +T
Radiação Térmica

Degelo da Atual Glaciação


Degelo da Atual Glaciação
QUÍMICA ORGÂNICA I
• O carbono é um elemento químico presente
na estrutura de todas as moléculas
orgânicas. É, portanto, essencial para a vida.
Na natureza, o carbono encontra-se à
disposição dos seres vivos na forma de gás
carbónico (CO2), na atmosfera ou dissolvido
na água.
• Através da fotossíntese, o CO2 é fixado e
transformado em matéria orgânica pelos
produtores. Os consumidores apenas
adquirem carbono através da nutrição.
QUÍMICA ORGÂNICA I
• Tanto os produtores como os consumidores
perdem carbono da mesma forma: através da
respiração (que liberta CO2 para o meio) ou
da cadeia alimentar (ao servirem de alimento
para um organismo qualquer) ou, ainda, ao
fornecerem material que fará parte da
constituição do húmus (ou detritos
orgânicos), pela morte do organismo ou de
parte dele e pela eliminação de excreções e
resíduos digestivos.
QUÍMICA ORGÂNICA I
• Os decompositores atuam sobre os detritos
orgânicos libertando CO2, que retorna à atmosfera,
reintegrando-se no seu reservatório natural.
• Os detritos orgânicos podem ainda originar os
combustíveis fósseis que, através da combustão,
eliminarão CO2 de volta para a atmosfera.

• Fotossíntese: CO2 + H2O → C6H12O6 + H2O + O2


• Respiração: C6H12O6 + O2 → CO2 + H2O + Energia
• Combustão: Combustível + Energia + O2 → CO2 +
detritos

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