Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
• JUSTIFICATIVA
• PROBLEMÁTICA DA PESQUISA
• HIPÓTESES
• OBJETIVOS
• 1.1 A IMPORTÂNCIA DO PETRÓLEO NO PROCESSO DE
DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO
• 1.2 OS IMPACTOS MACROECONÔMICOS DAS ALTERAÇÕES NOS
PREÇOS DO PETRÓLEO
• 2 A EVOLUÇÃO DAS TEORIAS DE EXPECTATIVAS DOS AGENTES
ECONÔMICOS E O MERCADO DE PETRÓLEO
• 3 DADOS UTILIZADOS
• METODOLOGIA EMPREGADA
• 4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
• CONCLUSÃO
JUSTIFICATIVA
• Quais as relações entre as boas e mas noticias nos preços dos óleos?;
• INSTABILIDADES GEOPOLÍTICAS;
1
SOUZA, F.R. Impacto do preço do petróleo na política energética mundial, UFRJ, 2006.
HIPÓTESES
• Esta volatilidade pode ser modelada por modelos da família ARCH, incorporando
na análise os possíveis graus de impacto do surgimento de noticias diretamente nos
preços;
• As análises econométricas podem ser limitadas para as séries de preço, uma vez
que mesmo após a filtragem com modelos de heterocedasticidade condicional,
existam as questões de sensibilidade as condições iniciais, níveis críticos e pontos
de imprevisibilidade em certos períodos.
OBJETIVOS
GERAL:
Demonstrar como a volatilidade e as expectativas dos agentes influenciadas por certas
noticias se refletem nos preços do petróleo, desde 1986.
ESPECÍFICOS:
2. Avaliar o comportamento das noticias e suas influencias nos preços dos óleos;
Mercado spot inexpressivo Mercado spot inexpressivo Crescimento do mercado spot Início das negociações Expansão dos mercados
de contratos futuro futuros e derivativos
Preços estáveis Preços estáveis Preços em ascenção Preços pouco estáveis Alta volatilidade dos preços
Estáveis em 1974 e 1978
• Prof. Kenneth Deffreyes, geólogo de Princeton, situa o ponto de inflexão da produção mundial
de petróleo entre 2004 e 2008.
• Avanços tecnológicos seriam capazes de nos livrar de anos terríveis de extermínio, no qual as
projeções pessimistas de Malthus de que o crescimento dos meios de subsitistência seria
excedido pelo crescimento populacional, seriam desmentidas desde sua divulgação;
• Hoje pesquisadores se debruçam em descobrir fontes alternativas de energia, uma vez que
não existe NENHUM substituto para o petróleo.
• Os cenários traçados indicam uma escalada de preços do petróleo, estagflação, piora dos
níveis gerais de renda, uma vez que a alta causa inflação de custo pelo encarecimento da oferta
declinante.
• “(...) para a Teoria Econômica, energia não pode ser produzida, somente consumida, no
sentido de que ela não é uma mercadoria como outra qualquer, sempre incorrendo em perdas
(...)” (Grifo meu)
1.2 OS IMPACTOS MACROECONÔMICOS DAS ALTERAÇÕES NOS
PREÇOS DO PETRÓLEO
As influências nos juros: Com uma P.M orientada para manter a estabilidade da moeda,
no médio prazo → ↓W/P e as πe não são afetadas. Se πe↑ a P.M ortodoxa ↑i.
Todavia as taxas de câmbio real que são as mais afetadas pelos ↑petróleo:
“resultam em grande prêmio de risco pelos setores não-petrolíferos e, assim,
diminuem investimentos nesses setores. Isto pode causar um declínio nos
indicadores de produtividade, resultando na redução das taxas de crescimento ou
estagnação no setor não-petrolífero.” ONU (2005, p.18) apud Devlin e Lewin (2004).
Formalização da HER
...nesta modelagem a variância é tida como constante. Ela mensura a magnitude dos erros
(choques exógenos). Assim, quanto menor a variância, mais concentrados da média zero
serão os erros e quanto maior a magnitude dos choques maior a variância. Destaca-se nesta
situação o emprego dos modelos GARCH, quando identificada a heterocedasticidade nas
séries.
...se o agente reconhece os padrões dos choques então:
• PRAT e UNCTUM (2001): modelaram as expectativas no mercado de petróleo, para os
preços do WTI para 3 a 12 meses a frente e concluíram que mesmo sendo viesadas, as
expectativas são economicamente racionais. A formação de expectativas é formada por um
mix das mesmas, com as projeções acertando na média para os 3 meses posteriores. Assim,
as expectativas exercem um certa estabilidade nas estratégias no mercado de petróleo.
3. DADOS UTILIZADOS
• “O WTI, por ser um petróleo negociado com base em um contrato futuro, esta mais
sujeito a fatores psicológicos, financeiros e técnicos, enquanto o Brent depende mais
dos fundamentos de mercado (oferta e demanda).Estas características tornam estes
benchmarks mais complementares que competitivos entre si”.(CAVALCANTE, 2007)
90
Cushing, OK WTI Spot Price FOB (Dollars per Barrel) Europe Brent Spot Price FOB (Dollars per Barrel)
US$/bbl
80
70
60
Corte Temporal Corte Temporal Corte Temporal Corte Temporal
02/01/1986 a 24/01/1989 a 21/05/1993 a 01/02/1999 a
23/01/1989 20/05/1993 29/01/1999 25/04/2003
50
40
30
20
Corte Temporal Corte Temporal
28/04/2003 a 05/08/2006 a ...
03/08/2006
10
0
86
86
87
87
88
88
89
89
90
90
91
91
92
92
93
93
94
94
95
95
96
96
97
97
98
98
99
99
00
00
01
01
02
02
03
03
04
04
05
05
06
06
07
07
08
08
09
/19
/19
/19
/19
/20
/20
/20
/19
/19
/19
/19
/19
/19
/19
/19
/19
/19
/19
/19
/19
/19
/19
/19
/19
/19
/19
/19
/19
/19
/19
/19
/20
/20
/20
/20
/20
/20
/20
/20
/20
/20
/20
/20
/20
/20
/20
/20
2/1
2/1
2/7
2/7
2/7
2/1
2/7
2/1
2/7
2/1
2/7
2/1
2/7
2/1
2/1
2/7
2/7
2/1
2/7
2/1
2/7
2/1
2/1
2/7
2/1
2/1
2/7
2/7
2/1
2/1
2/7
2/7
2/1
2/1
2/7
2/1
2/7
2/1
2/7
2/1
2/7
2/7
2/1
2/7
2/1
2/1
2/7
3. DADOS UTILIZADOS
• Equação de LP (13) mostra que 99% das variações nos preços do Brent explicam as
variações nos preços do WTI, indicando que para cada variação de 1% nos preços do
WTI, o Brent tende a variar cerca de 0,95%. Elasticidade quase unitária para a
relação.
• Equação de CP (15) indicou que alterações a curto prazo nos preços do Brent tem
efeitos positivos significativos nos preços do WTI e que cerca de 13% da discrepância
entre o valor efetivo e o valor de longo prazo, ou equilíbrio dos preços do WTI, e
eliminada ou corrigida a cada dia de negociação.
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
• Valores de R2 para os modelos “são baixos uma vez que a estimação por MQO, maximiza o R2, a
correção para levar em conta a heterocedasticidade (...) pode levar a uma redução do R2.(Esse é um
exemplo de que o valor de R2 para avaliar uma regressão é limitado).”(PINDYCK e RUBINFELD, 2004,
p.335)
• Visão geral do padrão de volatilidade no gráfico 3.
RESULTADOS PARA OS CORTES TEMPORAIS SELECIONADOS:
• Dentro dos 6 cortes temporais, o > grau de volatilidade ocorreu dentro do segundo corte temporal,
com oscilação na ordem de 50% para WTI e 25% para Brent, no período marcado pela Guerra do
Golfo.
• No primeiro corte, marcado pelo largo uso de sistema de preços fixos pela OPEP, oscilou na casa
11% para WTI e 5% para Brent.
• No 3º corte temporal, os preços do Brent variaram na casa de 25% e do WTI em 35%, incentivados
provavelmente pela adversidade climática nos EUA e Europa e com o início do programa de
exportação iraquiano em conjunto com o aumento da produção da OPEP.
• Dentro do 4º corte temporal entre 1999 e 2003, marcados pelas iminências de conflitos entre EUA e
Iraque, forte desvalorização do US$, crescente demanda mundial somados as adversidades climáticas
e ataques terroristas as torres gêmeas, deslocaram os preços a oscilarem num máximo de 6% para o
WTI e Brent quase que numa mesma proporção.
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
• No último e 6º corte temporal, o pico de volatilidade atingido pelo WTI foi na casa de 6% e os do
Brent em torno de 2 a 6%, possivelmente motivados pelos conflitos políticos entre EUA e Irã e o
crescente impacto de notícias em relação ao mercado petrolífero.
• Estimando-se um modelo TARCH (1,1) (equação 23), verifica-se que os efeitos das boas notícias são
> que os das más noticias, e que estas, nos preços do WTI, não são capazes de elevar a volatilidade;
com impactos de noticias assimétricos;
• No caso do Brent, os resultados foram distintos, somente coincidindo no que diz respeito ao impacto
das boas notícias se mostrarem > que as más notícias; porém apontou para a presença do chamado
leverage effect2.
• Modelo EGARCH (1,1) estimado incorpora efeitos simétricos e assimétricos, garantindo que a
projeção da variância condicional seja não-negativa, apresentou valores estatisticamente significativos
e confirmou a presença do leverage effect para ambas as séries.
2
As más notícias elevam a volatilidade e a presença do impacto de notícias é assimétrico.
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
3
Vide Figura 4
CONCLUSÃO
• A oferta limitada de petróleo e a demanda mundial crescente movida pelo crescimento populacional
ofuscam a “capacidade de suporte” do meio ambiente;
• A Teoria Econômica não considera energia uma mercadoria como outra qualquer;
• Preços do petróleo em alta afetam desempenho macroeconômico dos países, gerando estagflação.
• A alta é desencadeada por fatores especulativos, informacionais, e principalmente pelo crescimento
da curva de demanda agregada por bens e serviços na economia mundial;
• As expectativas dos agentes envolvidos podem ser explicadas por um mix dos mecanismos;
• Modelos econométricos confirmaram a hipótese de relação de longo prazo entre os preços do WTI e
Brent, e que a inclusão de variáveis econômicas relevantes na especificação do modelo melhorariam
significativamente a análise;
• Os modelos da família ARCH, apontaram para a persistência dos choques de volatilidade (soma dos
coeficientes muito próximas de 1), direcionando a convergência da variância condicional a uma
constante lentamente;
• O período da Guerra do Golfo se mostrou o mais volátil (2º corte), em termos históricos, seguido do
período marcado pelas notícias de adversidades climáticas nos EUA e Europa (3º corte), com a
volatilidade variando na casa de 25 a 35% para WTI e Brent.
• No período mais próximo, desde fevereiro de 1999, com o ataque terrorista as torres gêmeas nos
EUA, a guerra no Iraque, a queda do dólar, adversidades climáticas e a crescente demanda chinesa os
preços do petróleo oscilam na casa de 2 a 7,5%.
• Os modelos TARCH e EGARCH (1,1) confirmaram os efeitos dos impactos de noticias boas é > que o
de notícias ruins sobre os preços do petróleo, reforçando a idéia de que as más noticias tendem a
elevar a volatilidade dos preços.
CONCLUSÃO
• A Curva de Impacto de Notícias de Engle & NG., possibilitou ilustrar os efeitos dos impactos das
volatilidades de encontro aos impactos de choques, mostrando que as informações que movimentam o
mercado de petróleo surgem em blocos, e não de forma contínua.
• A dinâmica dos preços do petróleo não é vista com muita clareza, o modelo VAR ajudou a interpretá-
las mostrando que os efeitos de choques exógenos no modelo tendem a elevar o preços do WTI em
decorrência de alterações no Brent e vice-versa e que os efeitos dos choques nas volatilidades sobre
os preços WTI são positivas e negativas para o Brent, possivelmente explicada pelo poderio da OPEP
no mercado com medidas intervencionistas.
• A Decomposição da Variância dos erros indicou que após sofrido um choque, cerca de 10 dias após,
cerca de 96% do comportamento dos preços do WTI se deve a ele mesmo e que entre o 4º e 7º dia
uma parcela significativa das variações do WTI se explicam pela sua volatilidade histórica oscilando na
casa de 0,7 e 0,8%, invertendo-se para um movimento de queda, corroborrando assim com a
tendência a constante encontradas nos modelos ARCH.
• Estimando-se um modelo VEC não-estrutural de CP, projeta-se uma forte alta dos preços do WTI e
Brent consequentemente, com uma margem de erro máxima no 4º dia á frente de 2%.