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Apostila

de
HISTÓRIA
8º ano EF
[Plano de aula com sequência didática]
(3o Bimestre) BNCC
[E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem
daqueles que amam a Deus. Romanos 8:28]

Cláudia Rodrigues
Plano de Ensino 8º ano – Ensino Fundamental. (3o Bimestre)
OBJETOS DE
UNIDADES TEMÁTICAS HABILIDADES CONTEÚDO ATIVIDADES
CONHECIMENTO
Brasil: Primeiro
Reinado
O Período Regencial
e as contestações ao
(EF08HI15) - Brasil: Primeiro Reinado
poder central
Identificar e - O Período Regencial e as
O Brasil do Segundo
analisar o equilíbrio contestações ao poder central
Reinado: política e
das forças e os - O Brasil do Segundo Reinado:
O Brasil no economia - Discutir o que é um partido político e
sujeitos envolvidos política e economia
século XIX • A Lei de Terras e sua importância no jogo democrático.
nas disputas - Perceber as disputas partidárias
seus
políticas durante o entre liberais e conservadores e
desdobramentos na
Primeiro e o seus projetos políticos de
política do Segundo
Segundo Reinado. federalismo e centralismo.
Reinado
• Territórios e
fronteiras: a Guerra
do Paraguai
Brasil: Primeiro
Reinado
- Revoltas no Império. - Rebeliões
O Período Regencial
(EF08HI16) regenciais
e as contestações ao
Identificar, - Confederação do Equador,
poder central
comparar e Cabanagem, balaiada, sabinada,
O Brasil do Segundo
analisar a farroupilha. - Compreender a fragilidade política do
Reinado: política e
diversidade - Reconhecer, contrastar e avaliar as Brasil império, ameaçado de
O Brasil no economia
política, social e especificidades regionais do país a desagregação pelas numerosas
século XIX • A Lei de Terras e
regional nas fim de compreender as revoltas rebeliões separatistas. Fazer um
seus
rebeliões e nos ocorridas no período monárquico, quadro com principais características.
desdobramentos na
movimentos especialmente durante as regências,
política do Segundo
contestatórios ao em seus contextos sociais e
Reinado
poder centralizado. econômicos, percebendo seus
• Territórios e
limites, alcances e desdobramentos.
fronteiras: a Guerra
do Paraguai
Brasil: Primeiro - Identificar as mudanças na
Reinado configuração geográfica por que
O Período Regencial passou o Brasil ao longo do século
- Discussão de questões atuais de
e as contestações ao XIX, incorporando e perdendo
(EF08HI17) brasileiros que atravessam fronteiras
poder central territórios (Guiana Francesa e
Relacionar as para trabalhar em países vizinhos
O Brasil do Segundo Província Cisplatina) e disputando
transformações (Argentina e Paraguai, em especial)
Reinado: política e com os países vizinhos (questões
territoriais, em - Como o Brasil adquiriu sua atual
O Brasil no economia platinas, o caso do Acre etc.).
razão de questões configuração? Que grupos sociais
século XIX • A Lei de Terras e - O Brasil não “nasceu pronto”, mas
de fronteiras, com (colonizadores, aventureiros,
seus foi adquirindo, pouco a pouco, a
as tensões e escravizados, indígenas, imigrantes
desdobramentos na atual configuração geográfica e,
conflitos durante o etc.) interferiram nesse processo?
política do Segundo ainda, a expansão territorial não foi
Império. Abordar questões atuais como a
Reinado um movimento planejado pelo
imigração dos venezuelanos.
• Territórios e Estado, mas o resultado de
fronteiras: a Guerra deslocamentos populacionais para
do Paraguai além das fronteiras.
Brasil: Primeiro
Reinado
O Período Regencial
Entender a participação de indígenas
e as contestações ao
(EF08HI18) (os Terenas e os Guarani) e de negros
poder central
Identificar as - Guerra do Paraguai escravizados nos conflitos, de ambos
O Brasil do Segundo
questões internas - Identificar as causas que os lados, destacando os anseios
Reinado: política e
e externas sobre a resultaram na Guerra do Paraguai, dessas populações e seus dramas no
O Brasil no economia
atuação do Brasil destacando os interesses internos e desenrolar da guerra.
século XIX • A Lei de Terras e
na Guerra do externos nesse conflito, além de - Trabalho interdisciplinar com
seus
Paraguai e discutir reconhecer a participação dos Geografia (estudo de fronteiras por
desdobramentos na
diferentes versões escravos negros, na guerra. meio de mapas, maquetes etc.) e com
política do Segundo
sobre o conflito. Língua Portuguesa (influências
Reinado
linguísticas, obras literárias etc.).
• Territórios e
fronteiras: a Guerra
do Paraguai

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1
- Discutir o legado da escravidão nas
Américas, questionando as
(EF08HI19) “justificativas” da escravidão negra e
Formular sua existência por tempo tão Reconhecer a grande desigualdade
O escravismo no
questionamentos demorado no Brasil e também em que atinge as populações
Brasil do século XIX:
sobre o legado da Cuba (1888 e 1886, afrodescendentes nos países latino-
plantations e revoltas
O Brasil no escravidão nas respectivamente). americanos , por meio de pesquisa e
de escravizados,
século XIX Américas, com - Lei de Terras (1850) – esta análise do Índice de Desenvolvimento
abolicionismo e
base na seleção e legislação tornou praticamente Humano (IDH).
políticas migratórias
consulta de fontes inviável aos pobres (negros libertos,
no Brasil Imperial
de diferentes mestiços, indígenas e quilombolas) a
naturezas. propriedade da terra, o que trouxe
insegurança e desamparo a essas
populações.
- Identificar as marcas da escravidão
na sociedade local, o que pode ser
feito de várias maneiras: - identificar
apelidos com carga negativa (“negão”,
“tição” etc.): as pessoas que recebem
esses apelidos se sentem confortáveis
(EF08HI20)
com esse tipo de identificação? -
Identificar e - Associar a herança da escravidão
mapear os bairros com maior
O escravismo no relacionar aspectos ao preconceito enraizado na
concentração de população negra:
Brasil do século XIX: das estruturas sociedade brasileira, bem como
qual é o nível socioeconômico de seus
plantations e revoltas sociais da perceber que a consequente
O Brasil no moradores? Por que o negro é
de escravizados, atualidade com os desigualdade e pobreza que assola
século XIX relacionado à periferia? - detectar a
abolicionismo e legados da a maioria da população nacional
presença de negros em propagandas
políticas migratórias escravidão no precisa ser compreendida em sua
ou programas de televisão, e anúncios
no Brasil Imperial Brasil e discutir a dimensão etnorracial, daí a
de revistas, comparando com a
importância de importância das ações afirmativas.
presença de brancos, em que contexto
ações afirmativas.
os negros aparecem como
protagonistas ou coadjuvantes? -
verificar, em sua cidade de vivência,
como é o convívio com pessoas de
religião de matriz africana: há
preconceito religioso?
- Pesquisar aspectos indígenas como:
Onde estão as populações indígenas
do Brasil? Índio tem história?
- Constatar o desconhecimento e os
- Analisar o decreto imperial de
estereótipos sobre os povos
1845, praticamente o único
indígenas, como, por exemplo, eles
documento indigenista do Império,
estão “desaparecendo”, são
(EF08HI21) reconhecendo que ele não
“preguiçosos” ou não existem mais
Identificar e representou uma ruptura profunda
Políticas de “índios puros”.
analisar as em relação às legislações do
O Brasil no extermínio do - Destacar que a cultura indígena,
políticas oficiais período colonial, mas trouxe
século XIX indígena durante o como outras culturas, não é estática e
com relação ao algumas mudanças significativas,
Império imutável, mas está sujeita a
indígena durante o entre elas, a política de
transformações, e que elas vêm
Império. “assimilação”, com o objetivo de
acontecendo desde os primeiros
integrar o índio na sociedade
contatos com os colonizadores.. É a
brasileira, desde que ele deixasse de
diversidade da sociedade brasileira
ser indígena.
que deve ser reconhecida e
respeitada, sobretudo a dos povos
indígenas, que apresentam diferenças
culturais significativas entre si.
- Compreender as diferentes formas
de manifestações artísticas brasileiras:
uma acadêmica, tendo como fonte de
referência o modelo europeu adaptado
(EF08HI22) ao arquétipo nacional e outra popular,
A produção do - Debater sobre a diversificada
Discutir o papel negra e mestiça, que circulava fora
imaginário nacional produção cultural do período imperial
das culturas dos salões da Corte.
brasileiro: cultura no bojo da formação do
letradas, não - Pesquisar festejos populares da
O Brasil no popular, nacionalismo e das identidades
letradas e das região – Congada, Reisado, Boi
século XIX representações brasileiras. Estende-se às obras e
artes na produção Bumbá, Festa de Reis, Entrudos,
visuais, letras e o festejos populares que traziam em si
das identidades no Festa do Divino, Cavalhadas etc. –,
Romantismo no conjuntos de valores negros,
Brasil do século buscando identificar suas origens e
Brasil indígenas e portugueses.
XIX. acréscimos de elementos negros e
indígenas.
- Trabalho interdisciplinar com Língua
Portuguesa para o estudo de obras
clássicas românticas.

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2
PLANO DE AULA - 1
ESCOLA ESTADUAL __________________________________ Ano: ________
Ano de escolaridade: 8° ANO
Período: ( ) 1 aula ( ) 2 aulas ( X ) 3 aulas
Área de Conhecimento: Humanas Componente Curricular: História
Habilidade(s)/ Código(s) Alfanumérico(s): ((EF08HI15) Identificar e analisar o equilíbrio das
forças e os sujeitos envolvidos nas disputas políticas durante o Primeiro e o Segundo Reinado.
Atividades de Atividades de Atividades de Consolidação Atividades de Retomada
Introdução Sistematização Avaliação
Introdução do tema e sondagem. - Brasil: Primeiro Reinado - Discutir o que é um partido - Entender o -
- O Período Regencial e as político e sua importância no Brasil: Primeiro
O Brasil no século XIX Brasil: contestações ao poder jogo democrático Reinado
Primeiro Reinado central
O Período Regencial e as contestações ao - O Brasil do Segundo
poder central Reinado: política e
O Brasil do Segundo Reinado: política e economia
economia - Perceber as disputas
• A Lei de Terras e seus desdobramentos na partidárias entre liberais e
política do Segundo Reinado conservadores e seus
• Territórios e fronteiras: a Guerra do projetos políticos de
Paraguai federalismo e centralismo.

1ª aula – Estudo de texto –- Brasil: Primeiro Reinado


2ª aula – - Entender o Brasil: Primeiro Reinado
3ª aula – Correção
1. O 1º Reinado foi o período da história do Brasil iniciado a partir da independência do país, em 1822. Essa fase estendeu-se até 1831, quando D. Pedro
I abdicou o trono brasileiro em favor de seu filho, Pedro de Alcântara, futuro D. Pedro II.
2. O Primeiro Reinado foi resultado do processo de independência do Brasil.
3. Teve como ponto de partida a transferência da Corte portuguesa para o Rio de Janeiro em 1808.
4. Quando isso aconteceu, uma série de transformações aconteceu no Brasil: a cidade do Rio de Janeiro cresceu e desenvolveu-se, os portos foram
abertos e o comércio prosperou. Dessa forma, o Brasil deixou de ser colônia, tornando-se parte do Reino de Portugal.
5. Os ânimos do Brasil estavam sob controle até 1820, quando eclodiu a Revolução do Porto, em Portugal. Essa revolução exigia o retorno do rei português
para Lisboa e a revogação das medidas que haviam sido implantadas no Brasil.
6. A revolução do Porto exigia o retorno do rei português para Lisboa e a revogação das medidas que haviam sido implantadas no Brasil. As elites
econômicas do Brasil, encararam essa revolta como uma tentativa de recolonizar o país.
Assim, surgiu um movimento pela independência, o qual considerou Pedro, filho de D. João VI, como a pessoa ideal para liderar esse processo.
7. Após ser pressionado pelas Cortes portuguesas (espécie de parlamento) a retornar a Portugal, Pedro percebeu que o único caminho a ser tomado era
declarar a independência do Brasil. Assim, em 7 de setembro de 1822, aconteceu o grito do Ipiranga, por meio do qual o regente declarou a independência
do Brasil. Pedro foi, então, coroado imperador, tornando-se D. Pedro I.
8. Diferentemente do que muitos acreditam, a independência do Brasil não foi pacífica. Houve províncias que permaneceram leais aos portugueses, por
isso, foi necessário travar guerra a fim de garantir a unidade territorial do país. Entre as regiões que se rebelaram contra a independência, podemos citar
as províncias do Pará, Maranhão, Bahia e Cisplatina.
9. Quando o Brasil declarou a sua independência, seus realizadores optaram por instaurar a monarquia como forma de governo do país. Era um caso
único na América do Sul, já que as antigas colônias espanholas nessa parte do continente tinham se tornado repúblicas.
10. Os idealizadores da nossa independência temiam que o território do Brasil fosse fragmentado caso instaurassem a república no país. A elite brasileira
havia sido letrada nas tradições monarquistas de Portugal. Essa forma de governo evitava que transformações no status quo acontecessem.
11. As nações vizinhas relutaram em reconhecer a independência do Brasil pelo fato de o país ter se tornado uma monarquia.
12. O reconhecimento da independência do Brasil pelos portugueses só ocorreu em 1825, mediante pagamento de indenização e com o compromisso
firmado pelo Brasil de não incentivar a independência das colônias portuguesas na África.
13. O documento reafirmava que o Brasil seria uma monarquia e instituía ao imperador poderes absolutos sobre a nação. Para isso, foi criado o Poder
Moderador, representado exclusivamente por D. Pedro I.
14. Foi determinada também nessa Constituição a imposição do voto censitário. Assim, só poderiam votar aqueles tivessem renda anual acima de 100 mil
réis.
15. Os desgastes na relação de D. Pedro I com grande parte da sociedade, em especial com a elite política e econômica, fizeram com que o imperador
renunciasse o trono em favor de seu filho, Pedro de Alcântara. Dessa forma, em 1831, o Primeiro Reinado chegou ao fim.
16. Entre os eventos que contribuíram para fragilizar a posição do imperador, podemos citar como os de maior destaque: Dissolução da Assembleia
Constituinte - Confederação do Equador - Guerra da Cisplatina - Noite das Garrafadas.
17. O governo de D. Pedro I não era muito popular no Nordeste brasileiro, principalmente por causa do autoritarismo do imperador.
18. Movimento separatista de viés republicano que aconteceu em 1817.
19. A Confederação do Equador. Essa revolta teve como estopim a dissolução da Assembleia Constituinte e a nomeação de um governador que não era
desejado pela elite local. Na época, havia também uma forte especulação de que a região seria invadida pelos portugueses. A junção de todos esses
fatores, fizeram a província rebelar-se
20. A crise do Primeiro Reinado também está associada com a Guerra da Cisplatina, travada entre 1825 e 1828. Nesse conflito, o Brasil lutou pela
manutenção da província Cisplatina a fim de evitar que ela fosse anexada pelas Províncias Unidas (atual Argentina). Essa guerra foi extremamente
impopular no Brasil. Tudo começou quando habitantes da Cisplatina iniciaram uma rebelião, declarando a separação da província do Brasil e sua vinculação
com as Províncias Unidas. O Brasil declarou guerra contra os rebeldes e contra as Províncias Unidas. Ao longo dos três anos de conflito, o Brasil amargou
uma série de derrotas, que destruiu o moral do exército e arruinou a economia do país. O fim da guerra ocorreu com a assinatura de um acordo entre o
Brasil e as Províncias Unidas.
21. Durante o Primeiro Reinado, foram formados dois blocos políticos: o partido brasileiro (oposição) e o partido português (de apoio ao imperador).
22. D. Pedro I renunciou ao trono. Ao deixar sua posição, o imperador ofereceu o trono ao seu filho, Pedro de Alcântara. Como o príncipe só poderia
assumir o poder quando tivesse 18 anos de idade, iniciou-se no país uma fase de transição, conhecida como Período Regencial.

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3
O 1º Reinado foi o período da história do Brasil iniciado a partir da independência do país, em 1822. Essa fase estendeu-se
até 1831, quando D. Pedro I abdicou o trono brasileiro em favor de seu filho, Pedro de Alcântara, futuro D. Pedro II.
- Independência do Brasil - O Primeiro Reinado foi resultado do processo de independência do Brasil, que teve como ponto
de partida a transferência da Corte portuguesa para o Rio de Janeiro em 1808. Quando isso aconteceu, uma série de
transformações aconteceu no Brasil: a cidade do Rio de Janeiro cresceu e desenvolveu-se, os portos foram abertos e o
comércio prosperou. Dessa forma, o Brasil deixou de ser colônia, tornando-se parte do Reino de Portugal. Os ânimos do
Brasil estavam sob controle até 1820, quando eclodiu a Revolução do Porto, em Portugal. Essa revolução exigia o retorno
do rei português para Lisboa e a revogação das medidas que haviam sido implantadas no Brasil. As elites econômicas do
Brasil, encararam essa revolta como uma tentativa de recolonizar o país. Assim, surgiu um movimento pela independência,
o qual considerou Pedro, filho de D. João VI, como a pessoa ideal para liderar esse processo. Após ser pressionado pelas
Cortes portuguesas (espécie de parlamento) a retornar a Portugal, Pedro percebeu que o único caminho a ser tomado era
declarar a independência do Brasil. Assim, em 7 de setembro de 1822, aconteceu o grito do Ipiranga, por meio do qual o
regente declarou a independência do Brasil. Pedro foi, então, coroado imperador, tornando-se D. Pedro I.
- Guerras de independência - Diferentemente do que muitos acreditam, a independência do Brasil não foi pacífica. Houve
províncias que permaneceram leais aos portugueses, por isso, foi necessário travar guerra a fim de garantir a unidade
territorial do país. Entre as regiões que se rebelaram contra a independência, podemos citar as províncias do Pará, Maranhão,
Bahia e Cisplatina. Em meados de 1823, os conflitos contra a independência do país estavam sob controle, e os apoiadores
de Portugal já estavam derrotados. Quando o Brasil declarou a sua independência, seus realizadores optaram por instaurar
a monarquia como forma de governo do país. Era um caso único na América do Sul, já que as antigas colônias espanholas
nessa parte do continente tinham se tornado repúblicas. Na América Latina, além do Brasil, só o México transformou-se,
durante um curto período de tempo, em uma monarquia. Segundo as historiadoras Lilia Schwarcz e Heloísa Starling, a
escolha da monarquia em vez da república aconteceu por alguns motivos: Os idealizadores da nossa independência temiam
que o território do Brasil fosse fragmentado caso instaurassem a república no país. A elite brasileira havia sido letrada nas
tradições monarquistas de Portugal. Essa forma de governo evitava que transformações no status quo acontecessem.
- Consolidação da independência - Após a declaração de independência, o Brasil tinha desafios imediatos a serem
superados. Primeiramente, era necessário cessar a guerra travada contra as províncias rebeldes. Depois, garantir o
reconhecimento internacional e, por fim, redigir uma Constituição. As nações vizinhas relutaram em reconhecer a
independência do Brasil pelo fato de o país ter se tornado uma monarquia. Grande parte do reconhecimento da nossa
independência ocorreu em virtude das ações da Inglaterra e dos EUA. Os ingleses mediaram as negociações entre Brasil e
Portugal. O reconhecimento da independência do Brasil pelos portugueses só ocorreu em 1825, mediante pagamento de
indenização e com o compromisso firmado pelo Brasil de não incentivar a independência das colônias portuguesas na África.
- Constituição de 1824 -Após a independência, a nova nação precisava de uma Constituição, outorgada em 1824 pelo
imperador. O documento reafirmava que o Brasil seria uma monarquia e instituía ao imperador poderes absolutos sobre a
nação. Para isso, foi criado o Poder Moderador, representado exclusivamente por D. Pedro I. Foi determinada também nessa
Constituição a imposição do voto censitário. Assim, só poderiam votar aqueles tivessem renda anual acima de 100 mil réis.
- Como terminou o Primeiro Reinado? - Os desgastes na relação de D. Pedro I com grande parte da sociedade, em
especial com a elite política e econômica, fizeram com que o imperador renunciasse o trono em favor de seu filho, Pedro de
Alcântara. Dessa forma, em 1831, o Primeiro Reinado chegou ao fim. Entre os eventos que contribuíram para fragilizar a
posição do imperador, podemos citar como os de maior destaque: Dissolução da Assembleia Constituinte - Confederação
do Equador - Guerra da Cisplatina - Noite das Garrafadas.
O governo de D. Pedro I não era muito popular no Nordeste brasileiro, principalmente por causa do autoritarismo do
imperador. Por isso, a região tornou-se foco de críticas ao Império. Nesse contexto, dois nomes destacaram-se: Cipriano
Barata e Joaquim do Amor Divino (frei Caneca), que veiculavam suas críticas em jornais. O principal foco de insatisfação era
a província de Pernambuco. A insatisfação da região na década de 1820 era, em grande parte, herdada da Revolução
Pernambucana, movimento separatista de viés republicano que aconteceu em 1817. Os ideais republicanos, associados com
a insatisfação com o imperador, levaram a uma nova rebelião: a Confederação do Equador. Essa revolta teve como estopim
a dissolução da Assembleia Constituinte e a nomeação de um governador que não era desejado pela elite local. Na época,
havia também uma forte especulação de que a região seria invadida pelos portugueses. A junção de todos esses fatores,
fizeram a província rebelar-se. A Confederação do Equador iniciou-se em Recife, 1824. Sob a liderança de frei Caneca e
Manoel de Carvalho Paes de Andrade, o movimento se espalhou pelo Nordeste. A reação do imperador foi violenta: foi
ordenada uma série de execuções em Pernambuco, Ceará e Rio de Janeiro. Os rebeldes foram derrotados. A crise do
Primeiro Reinado também está associada com a Guerra da Cisplatina, travada entre 1825 e 1828. Nesse conflito, o Brasil
lutou pela manutenção da província Cisplatina a fim de evitar que ela fosse anexada pelas Províncias Unidas (atual
Argentina). Essa guerra foi extremamente impopular no Brasil. Tudo começou quando habitantes da Cisplatina iniciaram uma
rebelião, declarando a separação da província do Brasil e sua vinculação com as Províncias Unidas. O Brasil declarou guerra
contra os rebeldes e contra as Províncias Unidas. Ao longo dos três anos de conflito, o Brasil amargou uma série de derrotas,
que destruiu o moral do exército e arruinou a economia do país. O fim da guerra ocorreu com a assinatura de um acordo
entre o Brasil e as Províncias Unidas. Ambas as partes concordaram em abrir mão da Cisplatina (atual Uruguai), fato que
levou à queda da popularidade do imperador. Além do autoritarismo, da violência e da economia arruinada, o jogo político
também contribuiu para minar a posição do imperador. Durante o Primeiro Reinado, foram formados dois blocos políticos: o
partido brasileiro (oposição) e o partido português (de apoio ao imperador). Esses desentendimentos entre brasileiros e
portugueses fizeram com que um confronto aberto acontecesse. Esse episódio ficou conhecido como Noite das Garrafadas
e durou dias no Rio de Janeiro. Como resultado, D. Pedro I renunciou ao trono. Ao deixar sua posição, o imperador ofereceu
o trono ao seu filho, Pedro de Alcântara. Como o príncipe só poderia assumir o poder quando tivesse 18 anos de idade,
iniciou-se no país uma fase de transição, conhecida como Período Regencial.

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4
1. O que foi o 1° Reinado?
2. Por que se deu o 1° Reinado?
3. Qual foi o ponto de partida da Independência do Brasil?
4. Quais mudanças ocorreram graças à independência do Brasil?
5. O que foi a Revolução do Porto?
6. Como surgiu o movimento pela Independência do Brasil?
7. Explique o meme abaixo.

8. Por que a independência do Brasil não foi pacífica?


9. Qual trecho do texto descreve o meme abaixo?

10. Segundo as historiadoras Lilia Schwarcz e Heloísa Starling, a escolha da monarquia em vez da república
aconteceu por quais motivos?
11. Por que as nações vizinhas relutaram em reconhecer a independência do Brasil?
12. Quando o Brasil recebeu o reconhecimento de sua independência por parte de Portugal?
13. Por que o poder moderador foi criado?
14. O que foi o voto censitário?
15. Como o Primeiro Reinado chegou ao fim?
16. Quais eventos contribuíram para o fim do Primeiro Reinado?
17. Por que D. Pedro I não foi apoiado pelo Nordeste brasileiro?
18. O que foi a revolução Pernambucana?
19. Quais fatores levaram a Confederação do Equador a acontecer?
20. O que foi a Guerra da Cisplatina?
21. Quais foram os blocos políticos formados durante o Primeiro Reinado?
22. O que foi o Período Regencial?
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5
PLANO DE AULA - 2
ESCOLA ESTADUAL __________________________________ Ano: ________
Ano de escolaridade: 8° ANO
Período: ( ) 1 aula ( ) 2 aulas ( X ) 3 aulas
Área de Conhecimento: Humanas Componente Curricular: História
Habilidade(s)/ Código(s) Alfanumérico(s): ((EF08HI15) Identificar e analisar o equilíbrio das
forças e os sujeitos envolvidos nas disputas políticas durante o Primeiro e o Segundo Reinado.
Atividades de Atividades de Atividades de Consolidação Atividades de Retomada
Introdução Sistematização Avaliação
Introdução do tema e - Brasil: Primeiro Reinado - Discutir o que é um partido político e - Entender o -
sondagem. - O Período Regencial e as sua importância no jogo democrático Brasil: Primeiro
contestações ao poder Reinado
O Brasil no século XIX central
Brasil: - O Brasil do Segundo
Primeiro Reinado Reinado: política e economia
O Período Regencial e - Perceber as disputas
as contestações ao partidárias entre liberais e
poder central conservadores e seus
O Brasil do Segundo projetos políticos de
Reinado: política e federalismo e centralismo.
economia
• A Lei de Terras e
seus desdobramentos
na política do Segundo
Reinado
• Territórios e
fronteiras: a Guerra do
Paraguai

1ª aula – Estudo de texto –- Fase inicial do Brasil Império


2ª aula – - Entender o Brasil: Primeiro Reinado
3ª aula – Correção
1. No período do primeiro reinado, os Estados Unidos foram quem primeiro reconheceu a Independência do Brasil, no ano
de 1824.
2. O governo estadunidense sustentava que a América tinha que ser governada com autonomia em comparação com os
países europeus. O objetivo dos EUA era conseguir ampliar seus próprios interesses comerciais e econômicos, nos estados
americanos que tinham sido recém-criados.
3. Portugal só reconheceu a independência brasileira, no ano de 1825, com a mediação dos ingleses, através da assinatura
do Tratado de Paz e Aliança.
4. Tratado que reconhecia a independência do Brasil por Portugal. O acordo determinava que o Brasil pagasse uma
indenização de dois milhões de libras esterlinas para Portugal.
5. Diante disso, uma das primeiras atitudes tomada por D. Pedro I em seu governo, foi a criação de uma assembleia
Constituinte para implementar a Constituição do Brasil Império.
6. No ano de 1824, D. Pedro I outorgou a primeira Constituição do Brasil. Esse regulamento era formado por 176 artigos e
tinha as principais normas para o bom andamento do Estado. Seguem algumas características do documento: • A escravidão
foi mantida; • Mulheres não tinham direito a voto; • O Catolicismo foi definido como religião oficial do Império; • O Estado foi
dividido em quatro poderes: Poder Moderador, Poder Executivo, Poder Legislativo e Poder Judiciário; • Regras para o
sistema eleitoral, definindo as eleições como censitários. Só tinha direito ao voto, quem tivesse renda anual de 100 mil réis.
7. O estadista, naturalista e poeta José Bonifácio de Andrada e Silva (1763 – 1838), defendia que os povos indígenas
deveriam ser incluídos na sociedade imperial, mas teriam que se moldar aos costumes europeus e abandonar suas
tradições.
8. De acordo com a ideia de José Bonifácio, o governo imperial poderia criar uma política para civilizar os índios, através de
casamentos miscigenados, educação formal, prática de ofícios e trabalho. Somente dessa forma, seria possível atingir o
devido controle e integração dessa população na sociedade.
9. Pois estavam ligados aos donos de terras que dependiam do regime de mão de obra escrava para continuar mantendo
os lucros.
10. D. Pedro era autoritário. Sua constituição não foi para todos pois excluía mulheres, negros e indígenas.
11. D. Pedro criou sua própria constituição.

educamaisbrasil

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6
O Primeiro Reinado compreendeu o período do dia 07 de setembro de 1822 até o dia 07 de abril de 1831. Nessa fase da
monarquia, Dom Pedro I (1798 – 1834), decretou a Independência do Brasil, governou o país como Imperador e abdicou do
trono em favor do seu filho Pedro de Alcântara, que posteriormente veio a se tornar o Imperador Dom Pedro II (1825 – 1891).
No período do primeiro reinado, os Estados Unidos foram quem primeiro reconheceu a Independência do Brasil, no ano de
1824. O governo estadunidense sustentava que a América tinha que ser governada com autonomia em comparação com os
países europeus. O objetivo dos EUA era conseguir ampliar seus próprios interesses comerciais e econômicos, nos estados
americanos que tinham sido recém-criados.
Portugal só reconheceu a independência brasileira, no ano de 1825, com a mediação dos ingleses, através da assinatura do
Tratado de Paz e Aliança. O acordo determinava que o Brasil pagasse uma indenização de dois milhões de libras esterlinas
para Portugal. Para cumprir o acordo, D. Pedro I buscou um empréstimo com os ingleses, provocando o aumento da dívida
externa.
Constituição de 1824 - Durante o primeiro reinado, após a definição da autonomia política brasileira, era preciso criar os
símbolos nacionais, as instituições e os órgãos administrativos, além de um conjunto de leis para esse estado novo que surgiu.
Diante disso, uma das primeiras atitudes tomada por D. Pedro I em seu governo, foi a criação de uma assembleia Constituinte
para implementar a Constituição do Brasil Império. Em maio do ano de 1823, os deputados e senadores se reuniram em
assembleia para debater os termos que teriam no texto constitucional. Mas naquele período houve vários desentendimentos
políticos entre os grupos liberais e restauradores. No ano de 1824, D. Pedro I outorgou a primeira Constituição do Brasil. Esse
regulamento era formado por 176 artigos e tinha as principais normas para o bom andamento do Estado. Seguem algumas
características do documento: • A escravidão foi mantida; • Mulheres não tinham direito a voto; • O Catolicismo foi definido
como religião oficial do Império; • O Estado foi dividido em quatro poderes: Poder Moderador, Poder Executivo, Poder
Legislativo e Poder Judiciário; • Regras para o sistema eleitoral, definindo as eleições como censitários. Só tinha direito ao
voto, quem tivesse renda anual de 100 mil réis.
- Os indígenas - Na época do primeiro reinado, a Assembleia Constituinte de 1823, houve debates sobre quais grupos sociais
seriam reconhecidos como cidadãos brasileiros. O estadista, naturalista e poeta José Bonifácio de Andrada e Silva (1763 –
1838), defendia que os povos indígenas deveriam ser incluídos na sociedade imperial, mas teriam que se moldar aos costumes
europeus e abandonar suas tradições. De acordo com a ideia de José Bonifácio, o governo imperial poderia criar uma política
para civilizar os índios, através de casamentos miscigenados, educação formal, prática de ofícios e trabalho. Somente dessa
forma, seria possível atingir o devido controle e integração dessa população na sociedade.
- Escravidão - O Primeiro Reinado foi uma época de reorganização política do Brasil e a manutenção ou não do regime
escravista, foi um dos assuntos também levantado nos debates sobre a formação da nova Constituição. José Bonifácio criou
um projeto de abolição gradual da escravidão no Brasil. O projeto teve oposição forte dos setores agrários, ligados aos donos
de terras que dependiam do regime de mão de obra escrava para continuar mantendo os lucros. A proposta foi barrada pelo
imperador autoritário, que aprovou a Constituição de 1824. Ele criou uma legislação para manter o regime escravista. Eles não
receberam direitos políticos, as penas e os castigos públicos continuaram.
- O Imperador D. Pedro I foi o primeiro chefe político do Brasil, depois de declarado independente. Ele foi um dos principais
personagens da independência. Tinha uma história de vida movimentada, com alguns hábitos marcantes, foi muitas vezes,
considerado herói ou vilão, no Brasil e em Portugal.

1. Qual foi o primeiro país a reconhecer a 10. Explique a charge abaixo:


independência do Brasil?
2. Com que objetivo os Estados Unidos
reconheceram a independência do Brasil?
3. Como Portugal reconheceu a
independência do Brasil?
4. O que foi o Tratado de Paz e Aliança?
5. Durante o primeiro reinado, após a
definição da autonomia política brasileira, era
preciso criar os símbolos nacionais, as
instituições e os órgãos administrativos, além
de um conjunto de leis para esse estado novo
que surgiu. Diante disso, qual foi a atitude 11. Explique o meme a seguir:
tomada por D. Pedro I?
6. No ano de 1824, D. Pedro I outorgou a
primeira Constituição do Brasil. Quais foram
as principais características deste
documento?
7. Qual foi a ideia defendida por José
Bonifácio de Andrada e Silva acerca dos
povos Indígenas?
8. De acordo com a ideia de José Bonifácio,
como o governo deveria “civilizar” os índios?
9. José Bonifácio criou um projeto de abolição
gradual da escravidão no Brasil. Por que o
projeto teve oposição forte dos setores
agrários?
Cláudia Rodrigues Proibido reprodução e postagem
7
PLANO DE AULA - 3
ESCOLA ESTADUAL __________________________________ Ano: ________
Ano de escolaridade: 8° ANO
Período: ( ) 1 aula ( ) 2 aulas ( X ) 3 aulas
Área de Conhecimento: Humanas Componente Curricular: História
Habilidade(s)/ Código(s) Alfanumérico(s): ((EF08HI15) Identificar e analisar o equilíbrio das
forças e os sujeitos envolvidos nas disputas políticas durante o Primeiro e o Segundo Reinado.
Atividades de Introdução Atividades de Atividades de Atividades de Retomada
Sistematização Consolidação Avaliação
Introdução do tema e sondagem. - Brasil: Primeiro Reinado - Discutir o que é Perceber as -
- O Período Regencial e as um partido político e disputas
O Brasil no século XIX Brasil: Primeiro contestações ao poder sua importância no partidárias entre
Reinado central jogo democrático liberais e
O Período Regencial e as contestações ao - O Brasil do Segundo conservadores e
poder central Reinado: política e seus projetos
O Brasil do Segundo Reinado: política e economia políticos de
economia - Perceber as disputas federalismo e
• A Lei de Terras e seus desdobramentos na partidárias entre liberais e centralismo.
política do Segundo Reinado conservadores e seus
• Territórios e fronteiras: a Guerra do projetos políticos de
Paraguai federalismo e centralismo.
1ª aula – Estudo de texto –- Brasil: Período Regencial
2ª aula – - Perceber as disputas partidárias entre liberais e conservadores e seus projetos
políticos de federalismo e centralismo.
3ª aula – Correção
1. O Período Regencial é como conhecemos o período intermediário que existiu entre o Primeiro e o Segundo Reinado onde os príncipes regentes
governaram o Brasil.
2. Estendeu-se de 1831 a 1840 e foi iniciado após o imperador D. Pedro I ter abdicado do trono em favor de seu filho no ano de 1831.
3. Foi encerrado em 1840 com o que ficou conhecido como Golpe da Maioridade, que garantiu a coroação de D. Pedro II como imperador do Brasil.
4. O Período Regencial resultou da maneira como terminou o Primeiro Reinado (Brasil governado por D. Pedro I). O 1º Reinado ficou marcado pelo
autoritarismo do imperador e pelos confrontos entre brasileiros e portugueses. As tensões e as pressões existentes fizeram o imperador abdicar do trono
brasileiro. O sucessor naturalmente seria seu filho, Pedro de Alcântara. Todavia, o príncipe do Brasil possuía apenas cinco anos e, por lei, não poderia ser
coroado até que completasse a maioridade (18 anos). Assim, a saída legal era a de fazer um período de transição em que o país seria governado por
regentes.
5. O período regencial foi como uma “gambiarra” porque Pedro era novo demais para governar.
6. O Período Regencial teve uma duração de nove anos.
7. Ao longo desse período, o Brasil possuiu quatro regências: Regência Trina Provisória (1831); Regência Trina Permanente (1831-1834); Regência Una
de Feijó (1835-1837); Regência Una de Araújo Lima (1837-1840).
8. As principais medidas tomadas foram restituir ministros que haviam sido demitidos por D. Pedro I, convocar uma nova Assembleia Legislativa,
anistiamento de criminosos políticos e afastar do Exército estrangeiros “desordeiros”.
9. A Regência Trina Provisória teve vida curta, uma vez que a política brasileira estava tumultuada e uma série de distúrbios espalhava-se pelo país.
10. Durante a Regência Trina Permanente, houve três acontecimentos de destaque. A criação da Guarda Nacional para controlar manifestações e impedir
revoltas. Outra medida foi a reforma no Poder Moderador, retirando atribuições desse poder e dando maiores possibilidades de os deputados e senadores
vistoriarem as ações do Executivo. Por fim, um último acontecimento marcante foi o embate político entre José Bonifácio e o padre Feijó, que resultou na
saída de José Bonifácio da vida política.
11. Para atender as demandas das províncias e colocar a situação política sob controle, foi aprovado o Ato Adicional de 1834, uma lei que fazia alterações
na Constituição de 1824. Com o Ato Adicional, as mudanças mais sensíveis foram: fim do poder moderador; fim do Conselho de Estado; criação de
Assembleias Legislativas provinciais; aumento dos poderes dos presidentes de província; substituição da regência trina pela una.
12. Com as mudanças estipuladas, esboçava-se no Brasil um modelo que concedia às províncias um grau considerável de autonomia. Além disso, a
eleição de um regente para governar todo o país aproximava o Brasil de um cenário republicano. Por isso, muitos historiadores afirmam que o Período
Regencial foi uma experiência republicana no meio de dois reinados.
13. A regência de Feijó ficou marcada pela Cabanagem, no Pará, e pela Revolta dos Farrapos, no Rio Grande do Sul. Feijó deparou-se com forte oposição.
14. Na regência Una de Araújo Lima, houve o crescimento dos políticos conservadores (mescla dos Liberais Moderados com os Restauradores) e
tentativas do regente de tentar retirar liberdades que as províncias haviam conquistado com o Ato Adicional de 1834.
15. Houve muitas revoltas durante o período regencial e os regentes não sabiam lidar com elas.
16. Liberais moderados, Liberais exaltados, restauradores
17. Em geral, eram monarquistas que defendiam a limitação do poder do imperador. Defendiam uma monarquia constitucional no país e tinham no padre
Feijó o seu maior representante.
18. Eram defensores abertos do federalismo, isto é, de ampliar a autonomia das províncias brasileiras. Alguns dos exaltados eram defensores da república,
e o nome mais influente desse grupo foi Cipriano Barata.
19. Eram defensores do retorno de D. Pedro I ao trono brasileiro e tinham nos irmãos Andrada (José Bonifácio era um deles) seus maiores expoentes.
20. O Partido Liberal surgiu da mescla dos liberais moderados com os exaltados.
21. O Partido Conservador surgiu da mescla dos liberais moderados com os restauradores.
22. Cabanagem; Balaiada; Sabinada; Revolta dos Malês; Revolta dos Farrapos.
23. O fim do Período Regencial foi resultado da disputa entre liberais e conservadores. Os liberais insatisfeitos com a regência de Araújo Lima, um
conservador, reagiram defendendo a antecipação da maioridade do príncipe do Brasil, Pedro de Alcântara.
24. Esse ato iniciou o 2º Reinado e deixou os liberais satisfeitos porque foi retirado o poder das mãos dos conservadores. 25. Os liberais esperavam que
a coroação do imperador colocasse fim à série de revoltas provinciais que aconteciam no país.

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8
-
Brasilescola
O Período Regencial é como conhecemos o período intermediário que existiu entre o Primeiro e o Segundo Reinado.
Estendeu-se de 1831 a 1840 e foi iniciado após o imperador D. Pedro I ter abdicado do trono em favor de seu filho no ano
de 1831. Foi encerrado em 1840 com o que ficou conhecido como Golpe da Maioridade, que garantiu a coroação de D. Pedro
II como imperador do Brasil.
- Contexto histórico - O Período Regencial resultou da maneira como terminou o Primeiro Reinado (Brasil governado por
D. Pedro I). O 1º Reinado ficou marcado pelo autoritarismo do imperador e pelos confrontos entre brasileiros e portugueses.
As tensões e as pressões existentes fizeram o imperador abdicar do trono brasileiro. O sucessor naturalmente seria seu filho,
Pedro de Alcântara. Todavia, o príncipe do Brasil possuía apenas cinco anos e, por lei, não poderia ser coroado até que
completasse a maioridade (18 anos). Assim, a saída legal era a de fazer um período de transição em que o país seria
governado por regentes. Esse período deveria ter acontecido até 1844, quando Pedro de Alcântara completaria 18 anos,
mas seu fim foi antecipado para 1840 por meio de um golpe parlamentar.
- Fases do Período Regencial - O Período Regencial teve uma duração de nove anos. Ao longo desse período, o Brasil
possuiu quatro regências: Regência Trina Provisória (1831); Regência Trina Permanente (1831-1834); Regência Una de
Feijó (1835-1837); Regência Una de Araújo Lima (1837-1840). Quando iniciado o Período Regencial, o Brasil foi governado
por uma regência trina de caráter provisório. Os eleitos foram três senadores: Francisco de Lima e Silva, Nicolau Pereira de
Campos Vergueiro e José Joaquim Carneiro de Campos. As principais medidas tomadas foram restituir ministros que haviam
sido demitidos por D. Pedro I, convocar uma nova Assembleia Legislativa, anistiamento de criminosos políticos e afastar do
Exército estrangeiros “desordeiros”.
- A Regência Trina Provisória teve vida curta, uma vez que a política brasileira estava tumultuada e uma série de distúrbios
espalhava-se pelo país. Assim, em junho de 1831, foi eleita a Regência Trina Permanente.
- Durante a Regência Trina Permanente, houve três acontecimentos de destaque. A criação da Guarda Nacional para
controlar manifestações e impedir revoltas. Outra medida foi a reforma no Poder Moderador, retirando atribuições desse
poder e dando maiores possibilidades de os deputados e senadores vistoriarem as ações do Executivo. Por fim, um último
acontecimento marcante foi o embate político entre José Bonifácio e o padre Feijó, que resultou na saída de José Bonifácio
da vida política. Essa regência também não teve força para colocar sob controle os rumos da política nacional. Os conflitos
entre Moderados, Exaltados e Restauradores permaneciam, e revoltas pipocavam pelo país. Uma delas foi a Cabanada, que
estourou em 1832, em Pernambuco. A continuidade das tensões no Brasil deixava claro que havia um choque entre o governo
e as províncias. O choque envolvia, principalmente, a questão da centralização do poder no governo contra o desejo das
províncias brasileiras de alcançarem maior autonomia (federalismo). Para atender as demandas das províncias e colocar a
situação política sob controle, foi aprovado o Ato Adicional de 1834, uma lei que fazia alterações na Constituição de 1824.
Com o Ato Adicional, as mudanças mais sensíveis foram: fim do poder moderador; fim do Conselho de Estado; criação de
Assembleias Legislativas provinciais; aumento dos poderes dos presidentes de província; substituição da regência trina pela
una. Com as mudanças estipuladas, esboçava-se no Brasil um modelo que concedia às províncias um grau considerável de
autonomia. Além disso, a eleição de um regente para governar todo o país aproximava o Brasil de um cenário republicano.
Por isso, muitos historiadores afirmam que o Período Regencial foi uma experiência republicana no meio de dois reinados.
- Regência Una de Feijó - Com a determinação de que o país seria governado por um regente apenas, eleições foram
organizadas. O padre Feijó venceu as eleições. A regência de Feijó ficou marcada pela Cabanagem, no Pará, e pela Revolta
dos Farrapos, no Rio Grande do Sul. Feijó deparou-se com forte oposição. Essa oposição fez padre Feijó solicitar
afastamento da função. Com sua saída, nova eleição foi realizada, e Pedro de Araújo Lima foi eleito regente do Brasil.
- Na regência Una de Araújo Lima, houve o crescimento dos políticos conservadores (mescla dos Liberais Moderados com
os Restauradores) e tentativas do regente de tentar retirar liberdades que as províncias haviam conquistado com o Ato
Adicional de 1834.
POLÍTICA NO PERÍODO REGENCIAL - O Período Regencial ficou marcado pela intensa movimentação política que
acontecia no país. O debate político nesse período foi bastante acalorado e girava em torno de três grupos políticos, que
gradativamente se transformaram nos dois partidos políticos do Segundo Reinado. No caso do Período Regencial, os
principais grupos políticos eram:
- Liberais moderados: em geral, eram monarquistas que defendiam a limitação do poder do imperador. Defendiam uma
monarquia constitucional no país e tinham no padre Feijó o seu maior representante.
- Liberais exaltados: eram defensores abertos do federalismo, isto é, de ampliar a autonomia das províncias brasileiras.
Alguns dos exaltados eram defensores da república, e o nome mais influente desse grupo foi Cipriano Barata.
- Restauradores: eram defensores do retorno de D. Pedro I ao trono brasileiro e tinham nos irmãos Andrada (José Bonifácio
era um deles) seus maiores expoentes.
Ao longo do Período Regencial, esses grupos foram convertendo-se nos dois partidos que centralizaram a política durante o
Segundo Reinado. O Partido Liberal surgiu da mescla dos liberais moderados com os exaltados, e o Partido Conservador
surgiu da mescla dos liberais moderados com os restauradores.
A grande marca do Período Regencial foram as revoltas provinciais, que aconteceram em diversos locais do país. Essas
revoltas envolviam insatisfações políticas com os rumos que o país tomava, além das disputas políticas locais, insatisfação
popular com a pobreza e a desigualdade etc. Ao longo do Período Regencial, as principais revoltas que aconteceram foram:
Cabanagem; Balaiada; Sabinada; Revolta dos Malês; Revolta dos Farrapos.
- O fim do Período Regencial foi resultado da disputa entre liberais e conservadores. Os liberais insatisfeitos com a regência
de Araújo Lima, um conservador, reagiram defendendo a antecipação da maioridade do príncipe do Brasil, Pedro de
Alcântara. Os liberais conseguiram conquistar o apoio da maioria dos deputados e senadores e realizar o Golpe da
Maioridade em 1840. Com esse golpe, Pedro de Alcântara teve a sua maioridade antecipada e tornou-se imperador com 14

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9
anos. Esse ato iniciou o 2º Reinado e deixou os liberais satisfeitos porque foi retirado o poder das mãos dos conservadores.
Os liberais esperavam que a coroação do imperador colocasse fim à série de revoltas provinciais que aconteciam no país.

1. O que foi o período regencial?


2. Quando o período regencial se iniciou?
3. Quando o período regencial chegou ao fim?
4. Que conflito gerou o período regencial?
5. Explique o meme a seguir:

6. Quanto tempo durou o período regencial?


7. Quais foram as regências que o Brasil possuiu?
8. Quais foram as medidas tomadas pela Trina provisória?
9. Por que a Regência Trina Provisória teve pouco tempo de duração?
10. Quais acontecimentos tiveram destaque durante a Trina Permanente?
11. O que foi o Ato Adicional?
12. Por que muitos historiadores afirmam que o Período Regencial foi uma experiência republicana no meio de
dois reinados?
13. Quais acontecimentos marcaram a regência de Feijó?
14. Quais acontecimentos marcaram a regência Una de Araújo Lima?
15. Comente o meme abaixo:

16. Quais foram os principais grupos políticos do período regencial?


17. Quem eram os liberais moderados?
18. Quem eram os liberais exaltados?
19. Quem eram os restauradores?
20. Como surgiu o partido liberal?
21. Como surgiu o partido conservador?
22. Quais foram as principais revoltas que aconteceram no período regencial?
23. Como aconteceu o fim do período regencial?
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10
24. Por que o Golpe da maioridade deixou os liberais satisfeitos?
25. Qual era a expectativa dos liberais quanto a ascensão de D. Pedro II ao trono?

PLANO DE AULA - 4
ESCOLA ESTADUAL __________________________________ Ano: ________
Ano de escolaridade: 8° ANO
Período: ( ) 1 aula ( ) 2 aulas ( X ) 3 aulas
Área de Conhecimento: Humanas Componente Curricular: História
Habilidade(s)/ Código(s) Alfanumérico(s): ((EF08HI15) Identificar e analisar o equilíbrio das
forças e os sujeitos envolvidos nas disputas políticas durante o Primeiro e o Segundo Reinado.
Atividades de Introdução Atividades de Atividades de Atividades de Retomada
Sistematização Consolidação Avaliação
Introdução do tema e sondagem. - Brasil: Primeiro Reinado - Discutir o que é um partido - Entender o -
- O Período Regencial e político e sua importância no
O Brasil no século XIX Brasil: as contestações ao jogo democrático Brasil do
Primeiro Reinado poder central Segundo
O Período Regencial e as - O Brasil do Segundo
contestações ao poder central Reinado: política e
Reinado:
O Brasil do Segundo Reinado: economia política e
política e economia - Perceber as disputas economia
• A Lei de Terras e seus partidárias entre liberais
desdobramentos na política do e conservadores e seus
Segundo Reinado projetos políticos de
• Territórios e fronteiras: a Guerra do federalismo e
Paraguai centralismo.
1ª aula – Estudo de texto –-Brasil – Segundo Império
2ª aula – - Entender o Brasil do Segundo Reinado: política e economia
3ª aula – Correção
1. Segundo reinado.
2. O Segundo Reinado é o período da história brasileira em que o país foi governado por D. Pedro II.
3. Esse período estendeu-se de 1840, quando D. Pedro II foi coroado imperador após o Golpe da Maioridade.
4. Encerrou-se em 1889, quando a Proclamação da República colocou fim na monarquia do Brasil.
5. A coroação de D. Pedro II ocorreu por meio do Golpe da Maioridade, em 1840.
6. Os dois partidos que controlavam a política brasileira eram o Partido Liberal e o Partido Conservador.
7. O sistema político brasileiro ficou conhecido como “parlamentarismo às avessas”.
8. Na economia, o café estabeleceu-se como nosso principal produto, e, entre 1840 e 1860, aconteceu um período de prosperidade
conhecido como Era Mauá.
9. A abolição da escravatura foi resultado de uma intensa mobilização popular e política aliada com a resistência realizada pelos escravos.
Concretizou-se com a assinatura da Lei Áurea, em 13 de maio de 1888.
10. O Segundo Reinado iniciou-se em 1840 por meio do Golpe da Maioridade. Por meio desse movimento, os políticos brasileiros, pela
via dos liberais, anteciparam a maioridade de D. Pedro II para que ele pudesse assumir o trono. Isso aconteceu porque os liberais queriam
recuperar o poder que estava nas mãos dos conservadores e porque acreditavam que a coroação do imperador colocaria fim em todos
os conflitos que se passavam no país.
11. A disputa pelo poder realizada por conservadores e liberais era intensa e tinha impactos negativos para a política brasileira, pois
gerava muita instabilidade. A saída encontrada pelo imperador foi promover uma política de revezamento em que conservadores e liberais
alternavam-se na liderança do gabinete ministerial. Isso reduziu um pouco os conflitos.
12. Consolidação (1840-1850): quando o imperador estava no poder e estabeleceu-o, a seu modo, sobre o país, colocando políticos e
províncias rebeldes sob seu controle.
13. Auge (1850-1865): quando o poder do imperador era amplo e sua posição estava consolidada.
14. Declínio (1865-1889): quando surgem contestações contra a posição de D. Pedro II, e a economia do país não ia bem.
15. Conservadores eram partidários de uma grande centralização do poder nas mãos do imperador.
16. Os liberais defendiam uma maior autonomia local para as províncias.
17. O Brasil funcionava como uma monarquia parlamentarista na qual o imperador interferia na política sempre que fosse necessário para
garantir seus interesses. Assim, se fosse eleito um primeiro-ministro que não lhe agradasse, ele o destituía, e se a Câmara tomasse
medidas que não lhe agradassem, ela era dissolvida.
18. Era Mauá. Tal prosperidade econômica aconteceu entre 1840-1860, e nela as receitas do Brasil aumentaram quatro vezes, isso é
reflexo do fim do tráfico negreiro no país. Com a lei Eusébio de Queirós, o tráfico negreiro foi proibido, e todos os recursos, que antes
eram utilizados na compra de escravos, passaram a servir de investimentos na indústria. As exportações do país aumentaram, e o
investimento em estradas de ferro, por exemplo, aumentou bastante.
19. A abolição da escravatura aconteceu em 13 de maio de 1888, quando a princesa Isabel assinou a Lei Áurea. O fim da escravidão foi
resultado de uma intensa mobilização popular e da ação dos escravos rebelando-se contra essa instituição.
20. foi um acontecimento marcante do Segundo Reinado -, conflito travado entre 1864 e 1870. Nessa guerra, Brasil, Argentina e Uruguai,
lutaram contra o Paraguai. O Brasil venceu esse conflito, mas suas consequências para a economia do país e para a monarquia foram
ruins.
21. O fim da monarquia no Brasil foi resultado do desgaste dessa forma de governo com os interesses da elite política e econômica do
país. Sua queda ocorreu por meio de seu rompimento com três importantes grupos do país: a Igreja (fator menos relevante), o Exército e
a elite escravocrata.
22. O grupo que teve maior envolvimento com esse fim foi o Exército. Insatisfeito com a monarquia desde o fim da Guerra do Paraguai.
23. A economia cresceu muito mais com a industrialização.

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11
O Segundo Reinado é o período da história brasileira em que o país foi governado por D. Pedro II. Esse período estendeu-
se de 1840, quando D. Pedro II foi coroado imperador após o Golpe da Maioridade, e encerrou-se em 1889, quando a
Proclamação da República colocou fim na monarquia do Brasil. Foi um período de grandes transformações no país e marcado
por importantes conflitos, como a Guerra do Paraguai.
A respeito do Segundo Reinado, podem ser destacadas as seguintes informações:
❖ A coroação de D. Pedro II ocorreu por meio do Golpe da Maioridade, em 1840.
❖ Os dois partidos que controlavam a política brasileira eram o Partido Liberal e o Partido Conservador.
❖ O sistema político brasileiro ficou conhecido como “parlamentarismo às avessas”.
❖ Na economia, o café estabeleceu-se como nosso principal produto, e, entre 1840 e 1860, aconteceu um período de
prosperidade conhecido como Era Mauá.
❖ A abolição da escravatura foi resultado de uma intensa mobilização popular e política aliada com a resistência realizada
pelos escravos. Concretizou-se com a assinatura da Lei Áurea, em 13 de maio de 1888.
❖ A Guerra do Paraguai foi um divisor de águas na história do Segundo Reinado. Nesse conflito, o Brasil envolveu-se em
uma luta contra o Paraguai entre 1864-1870.
❖ Os militares foram o grupo de maior envolvimento com a Proclamação da República no Brasil. A proclamação de fato foi
realizada por José do Patrocínio em 15 de novembro de 1889.
- Contexto histórico - O Segundo Reinado iniciou-se em 1840 por meio do Golpe da Maioridade. Por meio desse movimento,
os políticos brasileiros, pela via dos liberais, anteciparam a maioridade de D. Pedro II para que ele pudesse assumir o trono.
Isso aconteceu porque os liberais queriam recuperar o poder que estava nas mãos dos conservadores e porque acreditavam
que a coroação do imperador colocaria fim em todos os conflitos que se passavam no país. Assim foi iniciado o Segundo
Reinado, período que se estendeu por 49 anos e que pode ser dividido da seguinte maneira:
Consolidação (1840-1850): quando o imperador estava no poder e estabeleceu-o, a seu modo, sobre o país, colocando
políticos e províncias rebeldes sob seu controle. Auge (1850-1865): quando o poder do imperador era amplo e sua posição
estava consolidada. Declínio (1865-1889): quando surgem contestações contra a posição de D. Pedro II, e a economia do
país não ia bem.
- Política - No caso da política durante o Segundo Reinado, o primeiro destaque a ser feito se dá pela atuação dos partidos
políticos existentes. Os dois partidos que atuaram na política brasileira nesse período formaram-se durante o Período
Regencial e eram conhecidos como Partido Conservador e Partido Liberal. A disputa pelo poder realizada por conservadores
e liberais era intensa e tinha impactos negativos para a política brasileira, pois gerava muita instabilidade. A saída encontrada
pelo imperador foi promover uma política de revezamento em que conservadores e liberais alternavam-se na liderança do
gabinete ministerial. Isso reduziu um pouco os conflitos. Ambos partidos tinham leves diferenças de posição ideológica e de
classe em que se apoiavam. Conservadores eram partidários de uma grande centralização do poder nas mãos do imperador,
enquanto os liberais defendiam uma maior autonomia local para as províncias. Nesse sentido os conservadores sustentavam-
se na “aliança da burocracia com o grande comércio e a grande lavoura de exportação”, e os liberais, em “profissionais
liberais urbanos unidos à agricultura de mercado interno”. Apesar disso, uma crítica muito forte à atuação dos dois partidos
e que já era realizada na época é a de que as divergências entre os liberais e conservadores eram quase inexistentes.
Também se dizia, à época, que não havia nada mais parecido com um conservador do que um liberal no poder. A distribuição
do poder durante o Segundo Reinado acontecia de forma que o imperador tivesse amplos poderes na política. O imperador
representava pessoalmente o Poder Moderador e estava à frente do Executivo. No Executivo também constava o Conselho
de Estado. No caso do Legislativo, destacam-se os cargos de senador e deputado. Por fim, da política brasileira, um último
e importante destaque a ser mencionado é o que ficou conhecido como parlamentarismo às avessas. O Brasil funcionava
como uma monarquia parlamentarista na qual o imperador interferia na política sempre que fosse necessário para garantir
seus interesses. Assim, se fosse eleito um primeiro-ministro que não lhe agradasse, ele o destituía, e se a Câmara tomasse
medidas que não lhe agradassem, ela era dissolvida.
- Economia - Em termos econômicos, o grande destaque vai para a economia cafeeira, que se consolidou durante o Segundo
Reinado como o principal meio de produção. A produção do café usou trabalhadores escravizados. Inclusive, à medida que
o número de escravos foi sendo reduzido no país, as regiões produtoras de café tornaram-se grandes compradoras de
escravos. A mão de obra escrava, mas, ao longo da década de 1880, essa foi substituída pelos imigrantes que passaram a
chegar em grande volume no país. Outro momento importante da economia brasileira, durante o Segundo Reinado, foi o de
grande crescimento econômico marcado por algum desenvolvimento industrial: a Era Mauá. Tal prosperidade econômica
aconteceu entre 1840-1860, e nela as receitas do Brasil aumentaram quatro vezes, isso é reflexo do fim do tráfico negreiro
no país. Com a lei Eusébio de Queirós, o tráfico negreiro foi proibido, e todos os recursos, que antes eram utilizados na
compra de escravos, passaram a servir de investimentos na indústria. As exportações do país aumentaram, e o investimento
em estradas de ferro, por exemplo, aumentou bastante.
- Abolição da escravatura - Durante o Segundo Reinado, a abolição da escravatura foi um dos temas centrais. A abolição
da escravatura aconteceu em 13 de maio de 1888, quando a princesa Isabel assinou a Lei Áurea. O fim da escravidão foi
resultado de uma intensa mobilização popular e da ação dos escravos rebelando-se contra essa instituição.
- Guerra do Paraguai – foi um acontecimento marcante do Segundo Reinado -, conflito travado entre 1864 e 1870. Nessa
guerra, Brasil, Argentina e Uruguai, lutaram contra o Paraguai. O Brasil venceu esse conflito, mas suas consequências para
a economia do país e para a monarquia foram ruins.
- O fim da monarquia no Brasil foi resultado do desgaste dessa forma de governo com os interesses da elite política e
econômica do país. Sua queda ocorreu por meio de seu rompimento com três importantes grupos do país: a Igreja (fator
menos relevante), o Exército e a elite escravocrata. O grupo que teve maior envolvimento com esse fim foi o Exército.

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12
Insatisfeito com a monarquia desde o fim da Guerra do Paraguai. Assim, em 15 de novembro de 1889, o marechal Deodoro
da Fonseca, liderando tropas militares, proclamou a República no Brasil.

1. Observe a charge abaixo e responda: à qual período histórico ela se refere?

2. O que foi o Segundo Reinado?


3. Quando o Segundo Reinado teve início?
4. Quando o Segundo Reinado chegou ao fim?
5. Como ocorreu a coroação de D. Pedro II?
6. Quais partidos controlavam a política brasileira?
7. Como ficou conhecido o sistema político brasileiro?
8. O que foi a Era Mauá?
9. Como ocorreu a abolição da escravatura?
10. Explique o meme abaixo: 11. Qual trecho do texto explica a imagem a seguir?

12. Como foi a consolidação do Segundo Reinado?


13. Quando ocorreu o auge do Segundo Reinado?
14. Quando ocorreu o declínio do Segundo Reinado?
15. Qual era a ideologia defendida pelo partido conservador?
16. Qual era a ideologia defendida pelo partido liberal?
17. Por que a política do Brasil ficou conhecida como parlamentarismo às avessas?
18. Qual fator fez com que a Era Mauá acontecesse?
19. Quando a abolição da escravatura aconteceu?
20. O que foi a Guerra do Paraguai?
21. Por que houve o fim da monarquia no Brasil?
22. Qual grupo teve maior envolvimento com o fim da monarquia do Brasil?
23. Explique o meme abaixo:

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13
PLANO DE AULA - 5
ESCOLA ESTADUAL __________________________________ Ano: ________
Ano de escolaridade: 8° ANO
Período: ( ) 1 aula ( ) 2 aulas ( X ) 3 aulas
Área de Conhecimento: Humanas Componente Curricular: História
Habilidade(s)/ Código(s) Alfanumérico(s): (EF08HI16) Identificar, comparar e analisar a
diversidade política, social e regional nas rebeliões e nos movimentos contestatórios ao poder
centralizado.
Atividades de Atividades de Atividades de Consolidação Atividades de Retomada
Introdução Sistematização Avaliação
Introdução do tema e - Revoltas no Império. - - Compreender a fragilidade política do Entender a -
sondagem. Rebeliões regenciais Brasil império, ameaçado de Confederação
- Confederação do Equador, desagregação pelas numerosas do Equador
O Brasil no século XIX Cabanagem, balaiada, rebeliões separatistas. Fazer um
Brasil: sabinada, farroupilha. quadro com principais características.
Primeiro Reinado - Reconhecer, contrastar e
O Período Regencial e avaliar as especificidades
as contestações ao regionais do país a fim de
poder central compreender as revoltas
O Brasil do Segundo ocorridas no período
Reinado: política e monárquico, especialmente
economia durante as regências, em
• A Lei de Terras e seus contextos sociais e
seus desdobramentos econômicos, percebendo
na política do Segundo seus limites, alcances e
Reinado desdobramentos.
• Territórios e
fronteiras: a Guerra do
Paraguai

1ª aula – Estudo de texto –-Brasil – Confederação do Equador


2ª aula – Entender a Confederação do Equador
3ª aula – Correção
3 C E N T R A L I Z A Ç A O
19 R E V O L T O S O S
2 C O N S T I T U I Ç A O
F R E I C A N E C A
7 R E V O L T A S
16 E S C R A V I D A O
15 I M P E R I O
1 A U T O R I T A R I S M O
18 S E P A R A T I S T A
9 O P O S I Ç A O
17 R A D I C Ã L I Z A Ç Ã O
8 A N T I M O N A R Q U I S T A

6 D O M P E D R O I
Cláudia Rodrigues Proibido reprodução e postagem
14
10 E C O N O M I A

4 LB I E R A L
12 E Q U A D O R
13 P E R N A M B U C A N O S
20 J U D I C I A R I A S
14 R I O G R A N D E D O N O R T E
5 P O L I T I C O S
11 G O V E R N A D O R

Brasilescola
O autoritarismo que marcou o processo de outorga da Constituição de 1824 inaugurou uma fase na história política do Brasil, onde
a centralização política se transformou em uma prática severamente questionada. Mesmo contando com alguns princípios de
natureza liberal, a Constituição de 1824 também foi marcada por uma série de dispositivos contrários ao seu aparente liberalismo.
A centralização dos poderes acabava gerando a insatisfação de muitos dos representantes políticos do período. Tomado por essa
orientação contraditória de sua carta constitucional, o governo de Dom Pedro I acabou sendo alvo de diversos ataques políticos
bem como de revoltas. Naquele mesmo ano, inspirados pelos levantes de 1817, um grupo de habitantes de Pernambuco iniciou
um movimento antimonarquista. Tal oposição originou-se nas constantes crises da economia regional e as cargas tributárias
impostas pelo governo. Como se não bastasse sua situação desoladora, os pernambucanos sentiram o peso do autoritarismo real
quando D. Pedro I depôs o então governador, Manuel de Carvalho Paes de Andrade, e indicou um substituto para o cargo. A troca
do governo seria o último episódio que antecedeu a formação do movimento que ficou conhecido como Confederação do Equador,
esse ganhou tal nome em razão de sua proximidade geográfica com a Linha do Equador. A Confederação, que se iniciou com a
ação de lideranças e populares pernambucanos, logo tomou corpo e conseguiu a adesão de outros estados do nordeste. Rio
Grande do Norte, Ceará e Paraíba também se juntaram ao movimento. Impassíveis às tentativas de negociação do Império, os
revoltosos buscaram criar uma constituição de caráter republicano e liberal. Além disso, o novo governo resolveu abolir a escravidão
e organizou forças contra as tropas imperiais. Depois de estabelecidas as primeiras ações da Confederação, alguns de seus líderes
decidiram abandoná-la. Tudo isso porque alguns integrantes da revolta defendiam a radicalização de algumas ações do novo
governo. Frei Caneca, Cipriano Barata e Emiliano Munducuru acreditavam que a ampliação de direitos políticos e reformas no
campo social eram medidas urgentes no novo poder estabelecido. Com isso, os integrantes da elite que apoiaram a Confederação
se retiraram do levante. De outro lado, o governo imperial tomou medidas severas contra o movimento separatista. Dom Pedro I
pediu empréstimos à Inglaterra e contratou mercenários ingleses para que lutasse contra os revoltosos. Não resistindo ao
enfraquecimento interno do movimento e a dura reação imperial, a Confederação do Equador teve seu fim. Dezesseis envolvidos
foram acusados e executados pelas instituições judiciárias do Império. Entre eles, Frei Caneca teve como pena a morte por
fuzilamento.

1. O ________ que marcou o processo de outorga da 2._______de 3 C


1824 inaugurou uma fase na história política do Brasil, onde a 3._____
política se transformou em uma prática severamente questionada. 19 O
4. Mesmo contando com alguns princípios de natureza _____, a 2 N
Constituição de 1824 também foi marcada por uma série de F
dispositivos contrários ao seu aparente liberalismo.
5. A centralização dos poderes acabava gerando a insatisfação de 7 E
muitos dos representantes _______ do período. 16 D
6. Tomado por essa orientação contraditória de sua carta 15 E
constitucional, o governo de ______ acabou sendo alvo de diversos
ataques políticos bem como de 7._____. 1 R
8. Naquele mesmo ano, inspirados pelos levantes de 1817, um grupo 18 A
de habitantes de Pernambuco iniciou um movimento_______. 9 Ç
9.Tal ______ originou-se nas constantes crises da 10._____regional e
as cargas tributárias impostas pelo governo.
17 A
11. Como se não bastasse sua situação desoladora, os 8 O
pernambucanos sentiram o peso do autoritarismo real quando D.
Pedro I depôs o então ______, Manuel de Carvalho Paes de Andrade,
e indicou um substituto para o cargo.
6 D
12. A troca do governo seria o último episódio que antecedeu a 10 O
formação do movimento que ficou conhecido como Confederação do
Equador, esse ganhou tal nome em razão de sua proximidade
geográfica com a Linha do ______.
4 E
13. A Confederação, que se iniciou com a ação de lideranças e 12 Q
populares _______, logo tomou corpo e conseguiu a adesão de outros 13 U
estados do nordeste.
14. ________, Ceará e Paraíba também se juntaram ao movimento.
20 A
15. Impassíveis às tentativas de negociação do ______, os revoltosos 14 D
buscaram criar uma constituição de caráter republicano e liberal. 5 O
11 R
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15
16. Além disso, o novo governo resolveu abolir a ______ e organizou
forças contra as tropas imperiais.
17. Depois de estabelecidas as primeiras ações da Confederação,
alguns de seus líderes decidiram abandoná-la. Tudo isso porque
alguns integrantes da revolta defendiam a ______ de algumas ações
do novo governo.
18. ______, Cipriano Barata e Emiliano Munducuru acreditavam que a
ampliação de direitos políticos e reformas no campo social eram
medidas urgentes no novo poder estabelecido.
18. De outro lado, o governo imperial tomou medidas severas contra o
movimento _______.
19. Dom Pedro I pediu empréstimos à Inglaterra e contratou
mercenários ingleses para que lutasse contra os _______________.
20. Não resistindo ao enfraquecimento interno do movimento e a dura
reação imperial, a Confederação do Equador teve seu fim. Dezesseis
envolvidos foram acusados e executados pelas instituições __ do Império.

PLANO DE AULA - 6
ESCOLA ESTADUAL __________________________________ Ano: ________
Ano de escolaridade: 8° ANO
Período: ( ) 1 aula ( ) 2 aulas ( X ) 3 aulas
Área de Conhecimento: Humanas Componente Curricular: História
Habilidade(s)/ Código(s) Alfanumérico(s): (EF08HI16) Identificar, comparar e analisar a
diversidade política, social e regional nas rebeliões e nos movimentos contestatórios ao poder
centralizado.
Atividades de Atividades de Atividades de Consolidação Atividades de Retomada
Introdução Sistematização Avaliação
Introdução do tema e - Revoltas no Império. - - Compreender a fragilidade política do - Reconhecer, -
sondagem. Rebeliões regenciais Brasil império, ameaçado de contrastar e avaliar as
- Confederação do desagregação pelas numerosas especificidades
O Brasil no século XIX Equador, Cabanagem, rebeliões separatistas. Fazer um regionais do país a
Brasil: Primeiro balaiada, sabinada, quadro com principais características. fim de compreender
Reinado farroupilha. as revoltas ocorridas
O Período Regencial e - Reconhecer, contrastar e no período
as contestações ao avaliar as especificidades monárquico,
poder central regionais do país a fim de especialmente
O Brasil do Segundo compreender as revoltas durante as regências,
Reinado: política e ocorridas no período em seus contextos
economia monárquico, sociais e econômicos,
• A Lei de Terras e seus especialmente durante as percebendo seus
desdobramentos na regências, em seus limites, alcances e
política do Segundo contextos sociais e desdobramentos.
Reinado econômicos, percebendo
• Territórios e fronteiras: seus limites, alcances e
a Guerra do Paraguai desdobramentos.

1ª aula – Estudo de texto –-Brasil – Revoltas Regenciais


2ª aula – - Reconhecer, contrastar e avaliar as especificidades regionais do país a fim de compreender as revoltas ocorridas
no período monárquico, especialmente durante as regências, em seus contextos sociais e econômicos, percebendo seus limites,
alcances e desdobramentos.

3ª aula – Correção
1.Dentro de um contexto em que não havia um governo forte e que a grande parte da população sofria por falta de recursos
básicos, surgem as principais revoltas regenciais.
2., foram os problemas locais.
3. Pará// minoria// indígenas, escravizados// Belém// Independência// estrangeiros// Igreja Católica, D. Pedro II Pará e a
liberdade // abolido
4. líder// classes médias e comerciantes// federalistas e republicanas// escravizados nacionais// libertados//
5. elites locais// balaios// violentada Igreja Católica, a Constituição e D. Pedro II// sociais ou econômicas// tropas do
governo// anistia// reescravização
6. muçulmanos// Bahia// escravizados/ africana// Bahia Malê
7. impostos// República// Bento Gonçalves// República Juliana// segundo reinado
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16
8. Comando// D. Pedro II // maioridade//14 anos// D. Pedro II //Golpe da Maioridade
9...a.D. Pedro2 governar com apenas 14anos
b.A impossibilidade de d. Pedro2 governar.
c. Revolução farroupilha.
10....333445511122

infoescola
Durante o período em que se esperava que o príncipe D. Pedro II atingisse a maioridade, os membros do Congresso
escolhiam os regentes para governar o Brasil. No entanto, os designados para tal função eram da elite agrária, opondo-se
aos liberais do federalismo. Dentro de um contexto em que não havia um governo forte e que a grande parte da população
sofria por falta de recursos básicos, surgem as principais revoltas regenciais. Essas rebeliões aconteceram em diversas
partes do Brasil. Entre seus participantes estavam os pobres, pessoas das camadas mais altas da sociedade da época e até
mesmo os escravos. O que diferenciou as causas reivindicadas pelos revoltosos, foram os problemas locais. Daí a explicação
para cada revolta ter seus próprios motivos e participantes diferenciados.
- Principais revoltas regenciais -
Cabanagem (1835 – 1840) – Pará - No Pará, uma minoria branca, composta de pequenos comerciantes portugueses,
franceses e ingleses estava concentrada em Belém, por onde fluía uma pequena produção de tabaco, borracha, cacau e
arroz. A maioria da população era formada por indígenas, escravizados e dependentes. Com uma tropa com negros e
indígenas em sua base, a Cabanagem atacou e conquistou Belém, estendendo-se até o interior. Os revoltosos declararam
a Independência do Pará, mas não apresentaram nenhuma saída efetiva para o estado. Os ataques concentravam-se aos
estrangeiros e aos maçons e defendiam a Igreja Católica, D. Pedro II, o Pará e a liberdade, embora não tenham abolido a
escravidão, mesmo com muitos africanos entre os cabanos rebeldes. A rebelião foi vencida pelas tropas legalistas.
Sabinada (1837 – 1838) – Bahia - O nome atribuído à revolta remete ao nome de seu principal líder, Sabino Barroso, um
jornalista e professor da Escola de Medicina de Salvador. Ocorrida em Salvador, na Bahia, a revolta tinha uma boa base de
apoio, especialmente entre as classes médias e comerciantes de Salvador, que já apresentavam ideias federalistas e
republicanas. O movimento separou os escravos entre nacionais – nascidos no Brasil – e estrangeiros – nascidos em África
– e buscou comprometimento em relação aos escravos. Caso a revolta tivesse sucesso e a tomado do poder se
concretizasse, os escravizados nacionais que tivessem pegado em armas seriam libertados. Mas, as forças governamentais
logo recuperaram a cidade de Salvador, numa luta violenta que gerou aproximadamente 1800 mortes.
Balaiada (1838 – 1840) – Maranhão - iniciada por conta de disputas entre as elites locais. Em uma área ao sul do Maranhão,
com pequenos produtores de algodão e criadores de gado. Os revoltosos tiveram como líderes Raimundo Gomes e Francisco
dos Anjos Ferreira, um vendedor de balaios. É de seu ofício que vem o nome de revolta maranhense. Enquanto Ferreira
tinha uma motivação pessoal ao entrar na revolta – vingar sua filha violentada por um capitão da polícia, Cosme, um outro
líder, aparece à frente de três mil escravos fugidos que se juntaram à Balaiada. Os revoltosos saudavam a Igreja Católica, a
Constituição e D. Pedro II e não apresentavam grandes preocupações sociais ou econômicas. Logo foram derrotados, em
meados de 1840, pelas tropas do governo. O líder Cosme foi enforcado em 1842 enquanto a anistia aos revoltosos esteve
condicionada à reescravização dos negros rebeldes.
Revolta do Malês (1835) – Bahia - foi organizada por muçulmanos de origem Iorubá – nagôs – que viviam na Bahia. Durou
menos de um dia, mas é uma importante revolta que demonstra a organização entre os sujeitos escravizados no período.
Com a maioria da população de origem africana, esta era uma questão latente na Bahia. Escravos e libertos urbanos
circulavam pela cidade e dividiam os trabalhos diários – e às vezes até as moradias – formando laços de sociabilidade e
solidariedade, que facilitavam as ações políticas. Os trabalhadores urbanos mais alguns escravos de engenho decidiram se
rebelar com a intenção de formar uma Bahia Malê, que seria controlada por africanos, tendo à frente representantes
muçulmanos. Mesmo intencionando a tomada de poder, logo a revolta foi controlada.
Revolução Farroupilha ou Guerra dos Farrapos (1835 – 1845) - Foi a mais longa e duradoura das revoltas do período
regencial, deflagrada por conta de aumentos de impostos. Mas, em 20 de setembro de 1835 foi proclamada a República Rio-
Grandense, tendo como líder Bento Gonçalves que governou a província em 1837. Com o comando de Giuseppe Garibaldi
proclamaram em Santa Catarina a República Juliana. A revolta ultrapassou o período regencial e só foi finalizada no segundo
reinado.
Fim das revoltas regenciais - As revoltas regenciais foram desencadeadas pela a falta de “comando” do então príncipe D.
Pedro II. Para resolver essa situação, e por fim em outras possíveis revoltas contra o governo regencial, o Senado Federal
antecipou a lei da maioridade para o príncipe. Dessa forma, antes mesmo de completar os 14 anos, o Brasil passou a ser
governado por D. Pedro II. Essa reforma da lei, que surgiu como estratégia para conter o caos na nação, ficou conhecida
como o “Golpe da Maioridade.”

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17
1. Qual era o contexto das rebeliões do período Regencial?
2. Essas rebeliões aconteceram em diversas partes do Brasil. Entre seus participantes estavam os pobres, pessoas das
camadas mais altas da sociedade da época e até mesmo os escravos. O que diferenciou as causas reivindicadas pelos
revoltosos?
3. Complete
Cabanagem (1835 – 1840) – Pará - No _______, uma ___________branca, composta de pequenos comerciantes
portugueses, franceses e ingleses estava concentrada em Belém, por onde fluía uma pequena produção de tabaco, borracha,
cacau e arroz. A maioria da população era formada por ____________, __________________e dependentes. Com uma
tropa com negros e indígenas em sua base, a Cabanagem atacou e conquistou __________, estendendo-se até o interior.
Os revoltosos declararam a _______________do Pará, mas não apresentaram nenhuma saída efetiva para o estado. Os
ataques concentravam-se aos e aos ____________maçons e defendiam a __________________ ______________,
_____________ e a _______________ embora não tenham ____________a escravidão, mesmo com muitos africanos entre
os cabanos rebeldes. A rebelião foi vencida pelas tropas legalistas.
4. Complete
Sabinada (1837 – 1838) – Bahia - O nome atribuído à revolta remete ao nome de seu principal__________, Sabino Barroso.
A revolta tinha apoio das ________________ e _____________de Salvador, que já apresentavam ideias ______________
e __________. O movimento buscou comprometimento em relação aos escravos. Caso a revolta tivesse sucesso e a tomado
do poder se concretizasse, os _________________que tivessem pegado em armas seriam ____________. Mas, as forças
governamentais logo recuperaram a cidade de Salvador, numa luta violenta que gerou aproximadamente 1800 mortes.
5. Complete
Balaiada (1838 – 1840) – Maranhão - iniciada por conta de disputas entre as _____________. Os revoltosos tiveram como
líderes Raimundo Gomes e Francisco dos Anjos Ferreira, um vendedor de ___________. Enquanto Ferreira tinha uma
motivação pessoal ao entrar na revolta – vingar sua filha ___________por um capitão da polícia, Cosme, um outro líder,
aparece à frente de três mil escravos fugidos que se juntaram à Balaiada. Os revoltosos saudavam a _______________, a
__________________ e __________________ e não apresentavam grandes preocupações ______________ou
__________. Logo foram derrotados, em meados de 1840, pelas ___________________. O líder Cosme foi enforcado em
1842 enquanto a ____________aos revoltosos esteve condicionada à __________________dos negros rebeldes.
6. Complete
Revolta do Malês (1835) – Bahia - foi organizada por _______________de origem Iorubá – nagôs – que viviam na
__________. Durou menos de um dia, mas é uma importante revolta que demonstra a organização entre os sujeitos
__________________no período. Com a maioria da população de origem _____________. Os trabalhadores urbanos mais
alguns escravos de engenho decidiram se rebelar com a intenção de formar uma_____________, que seria controlada por
africanos, tendo à frente representantes muçulmanos. Logo a revolta foi controlada.
7. Complete
Revolução Farroupilha (1835 – 1845) - Foi a mais longa e duradoura das revoltas do período regencial, deflagrada por
conta de aumentos de_____________. Mas, em 20 de setembro de 1835 foi proclamada a __________Rio-Grandense,
tendo como líder ______________que governou a província em 1837. Com o comando de Giuseppe Garibaldi proclamaram
em Santa Catarina a __________________. A revolta ultrapassou o período regencial e só foi finalizada no_____________.
8. Complete
Fim das revoltas regenciais - As revoltas regenciais foram desencadeadas pela a falta de “_________” do então príncipe
______________. Para resolver essa situação, e por fim em outras possíveis revoltas contra o governo regencial, o Senado
Federal antecipou a lei da _______________para o príncipe. Dessa forma, antes mesmo de completar os ___________, o
Brasil passou a ser governado por _______________. Essa reforma da lei, que surgiu como estratégia para conter o caos
na nação, ficou conhecida como o “_______________________________.”
9. Interprete

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18
a. A que se refere
o meme 1?

b. A que se refere
o meme 2

c. A que se refere
a imagem 3?

10. Relacione
I. Malês ( ) Os revoltosos eram pecuaristas do Sul e ( ) O objetivo era a liberdade.
II. A Cabanagem imigrantes italianos. ( ) Os revoltosos eram os muçulmanos
III. A Revolução ( ) O objetivo era conseguir mudanças na política ( ) Tinha como objetivo o fim da escravidão negra
tributária do governo. ( ) Os líderes foram enforcados ou exilados
Farroupilha
( ) O governo concedeu maior autonomia à província. ( ) Os revoltosos eram negros, índios e mestiços.
VI. A Sabinada ( ) Os revoltosos eram da classe média ( ) Tinham como objetivo conseguir melhores
V. Balaiada ( ) Tinham como objetivo a criação de uma república. condições de vida.
( ) Os revoltosos eram os pobres e escravos

PLANO DE AULA - 7
ESCOLA ESTADUAL __________________________________ Ano: ________
Ano de escolaridade: 8° ANO
Período: ( ) 1 aula ( ) 2 aulas ( X ) 3 aulas
Área de Conhecimento: Humanas Componente Curricular: História
Habilidade(s)/ Código(s) Alfanumérico(s): (EF08HI17) Relacionar as transformações territoriais,
em razão de questões de fronteiras, com as tensões e conflitos durante o Império.
Atividades de Atividades de Sistematização Atividades de Consolidação Atividades de Retomada
Introdução Avaliação
Introdução do tema e - Identificar as mudanças na configuração - Discussão de questões -
sondagem. geográfica por que passou o Brasil ao atuais de brasileiros que
longo do século XIX, incorporando e atravessam fronteiras para
O Brasil no século XIX perdendo territórios (Guiana Francesa e trabalhar em países vizinhos
Brasil: Província Cisplatina) e disputando com os (Argentina e Paraguai, em
Primeiro Reinado países vizinhos (questões platinas, o caso especial)
O Período Regencial e do Acre etc.). - Como o Brasil adquiriu sua
as contestações ao - O Brasil não “nasceu pronto”, mas foi atual configuração? Que
poder central adquirindo, pouco a pouco, a atual grupos sociais (colonizadores,
O Brasil do Segundo configuração geográfica e, ainda, a aventureiros, escravizados,
Reinado: política e expansão territorial não foi um movimento indígenas, imigrantes etc.)
economia planejado pelo Estado, mas o resultado de interferiram nesse processo?
• A Lei de Terras e deslocamentos populacionais para além Abordar questões atuais como
seus desdobramentos das fronteiras. a imigração dos
na política do Segundo venezuelanos..
Reinado
• Territórios e
fronteiras: a Guerra do
Paraguai

1ª aula – Estudo de texto –-Brasil – Guerra da Cisplatina


2ª aula – - Como o Brasil adquiriu sua atual configuração? Que grupos
sociais (colonizadores, aventureiros, escravizados, indígenas, imigrantes
etc.) interferiram nesse processo?
3ª aula – Correção
1. Guerra que ocorreu de 1825 a 1828, entre Brasil e Argentina, pela posse da Província de Cisplatina, atual Uruguai.
2. Uruguai
3. Por ser Localizada numa área estratégica
4. Colônia do Sacramento

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19
5. Portugal foi o fundador da província de Cisplatina, em 1680. Mas o território passou a pertencer à Espanha em 1777, sendo então
colonizado nos moldes espanhóis.
6. Na época em que a coroa Portuguesa se transferiu para o Brasil, Dom João VI incorporou novamente a região. Em 1816, por razões
políticas e econômicas, ele enviou tropas a Montevidéu, ocupando o território e nomeando-o como Província da Cisplatina.
7. pois tinham idiomas e costumes diferentes
8. Na realidade, os argentinos pretendiam anexar a Cisplatina, logo que esta se libertasse do Brasil.
9. Porque ocorreram vários combates, que obrigaram Dom Pedro I a gastar muito dinheiro público. - Guerra impopular - Os brasileiros
não apoiaram este conflito, pois sabiam que o governo aumentaria os impostos para financiar a guerra.
10. Este dinheiro gasto nos combates desequilibrou a economia brasileira, já desfalcada com o valor gasto para o reconhecimento da
independência do país.
11. Em 1828, propôs um acordo entre Brasil e Argentina, o qual estabeleceu que a Província da Cisplatina não pertenceria a nem dos
dois, mas seria independente. Nascia aí a República Oriental do Uruguai.
12. Por que alegava que aqueles territórios pertenciam a sua mãe, Carlota Joaquina, irmã do rei Fernando VII da Espanha. Além disso,
boa parte da prata andina era escoada pelo estuário do Rio da Prata, o que, para além dos interesses econômicos, seria uma solução
para fortalecer autoridade do imperador Dom Pedro I.
13. Contudo, os enormes prejuízos financeiros e a economia brasileira acabaram por enfraquecer ainda mais sua imagem. Por fim, nem
o Império do Brasil ou as Províncias Unidas do Rio da Prata ficaram com a posse da Província da Cisplatina, uma vez que este território
se tornou independente no final do conflito, formando a Província Oriental del Río de la Plata, atual Uruguai.
14. A Inglaterra, que tinha interesses econômicos na região, atuou como mediadora.
15. Porque o Uruguai se tornou independente.
16. Ao período anterior à independência do Uruguai
17. O desfecho desfavorável ao Brasil agravou a crise política no país. A perda da província foi um motivo a mais para a insatisfação dos
brasileiros com o Imperador, que acabou renunciado em 1831.
18. Porque o Uruguai seria um Estado do Brasil e não um país independente.

Infoescola
A Guerra da Cisplatina ocorreu de 1825 a 1828, entre Brasil e Argentina, pela posse da Província de Cisplatina, atual Uruguai. Localizada
numa área estratégica, a região sempre foi disputada pela Coroa Portuguesa e Espanhola.
Portugal foi o fundador da Colônia do Sacramento (primeiro nome dado à Cisplatina), em 1680. Mas o território passou a pertencer à
Espanha em 1777, sendo então colonizado nos moldes espanhóis. Na época em que a coroa Portuguesa se transferiu para o Brasil, Dom
João VI incorporou novamente a região. Em 1816, por razões políticas e econômicas, ele enviou tropas a Montevidéu, ocupando o território
e nomeando-o como Província da Cisplatina.
No Reinado de Dom Pedro I, em 1825, surgiu um movimento de libertação da província. Os habitantes da Cisplatina não aceitavam
pertencer ao Brasil, pois tinham idiomas e costumes diferentes. Liderados por João Antonio Lavalleja, eles se organizaram para declarar
a independência da região.
A Argentina apoiou o movimento, oferecendo força política e suprimentos (alimentos, armas, etc). Porém, na realidade, os argentinos
pretendiam anexar a Cisplatina, logo que esta se libertasse do Brasil.
Reagindo à revolta, o governo brasileiro declarou guerra à Argentina e aos colonos descontentes. Ocorreram vários combates, que
obrigaram Dom Pedro I a gastar muito dinheiro público. - Guerra impopular - Os brasileiros não apoiaram este conflito, pois sabiam que o
governo aumentaria os impostos para financiar a guerra. Este episódio desgastou ainda mais a imagem de Dom Pedro I. Este dinheiro
gasto nos combates desequilibrou a economia brasileira, já desfalcada com o valor gasto para o reconhecimento da independência do
país. Se o Brasil ainda saísse vitorioso, valeria a pena todo investimento. Mas isto não aconteceu. A Inglaterra, que tinha interesses
econômicos na região, atuou como mediadora. Em 1828, propôs um acordo entre Brasil e Argentina, o qual estabeleceu que a Província
da Cisplatina não pertenceria a nem dos dois, mas seria independente. Nascia aí a República Oriental do Uruguai.
O desfecho desfavorável ao Brasil agravou a crise política no país. A perda da província foi um motivo a mais para a insatisfação dos
brasileiros com o Imperador, que acabou renunciado em 1831.
Principais Causas e Consequências - Oficialmente, Dom Pedro I alegava que aqueles territórios pertenciam a sua mãe, Carlota Joaquina,
irmã do rei Fernando VII da Espanha. Contudo, os habitantes locais contestavam esta pretensão. Além disso, boa parte da prata andina
era escoada pelo estuário do Rio da Prata, o que, para além dos interesses econômicos, seria uma solução para fortalecer autoridade do
imperador Dom Pedro I. Contudo, os enormes prejuízos financeiros e a economia brasileira acabaram por enfraquecer ainda mais sua
imagem. Por fim, nem o Império do Brasil ou as Províncias Unidas do Rio da Prata ficaram com a posse da Província da Cisplatina, uma
vez que este território se tornou independente no final do conflito, formando a Província Oriental del Río de la Plata, atual Uruguai.
Enquanto isso, a província de Cisplatina (anexada por D.
João VI após 4anos de sangrentos combates) liberta-se do
1. O que foi a Guerra da Cisplatina? Brasil e cai nos Braços da Argentina, que por pressão dos
2. Qual é o nome da província de Cisplatina hoje? ingleses desiste da posse do território. A Guerra é
3. Por que a região de Cisplatina sempre foi disputada pela Coroa Portuguesa desastrosa para D. Pedro que, vencido, vê surgir, em
e Espanhola? agosto de 1828, mais uma nação americana, a República
4. Qual foi o primeiro nome dado à Cisplatina? Oriental do Uruguai.
5. Qual é a história da fundação da região de Cisplatina?
6. Qual é a história da retomada da região de Cisplatina e sua nomeação
como Província Cisplatina?
7. No Reinado de Dom Pedro I, em 1825, surgiu um movimento de libertação
da província. Os habitantes da Cisplatina não aceitavam pertencer ao Brasil.
Por que habitantes da Cisplatina não aceitavam pertencer ao Brasil?
8. Quando a província Cisplatina quis se libertar do Brasil, a Argentina apoiou
o movimento, oferecendo força política e suprimentos (alimentos, armas, etc).
Mas qual era sua verdadeira intenção?
9. Por que a Guerra da Cisplatina foi chamada de Guerra impopular?
10. Qual foi a consequência dos altos custos da Guerra da Cisplatina para o
Brasil?
11. Que acordo foi proposta pela Inglaterra para Argentina e Brasil?
12. Por que, Dom Pedro I teimava em ficar com a região de Cisplatina?
13. Qual foi a consequência da guerra da Cisplatina para Uruguai, Argentina e 18. A charge diz que... Se tivessemos vencido a Guerra
Brasil? não teriamos sido derrotados de novo. Por que?

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15. Se o Brasil ainda
14. Copie a frase, do saísse vitorioso, valeria a
texto, que legenda o pena todo investimento. 16. A que período o meme
meme acima. Mas isto não aconteceu. acima se refere?
Por quê? 17. Por que a Guerra de Cisplatina foi
ruim para o primeiro império?

PLANO DE AULA - 8
ESCOLA ESTADUAL __________________________________ Ano: ________
Ano de escolaridade: 8° ANO
Período: ( ) 1 aula ( ) 2 aulas ( X ) 3 aulas
Área de Conhecimento: Humanas Componente Curricular: História
Habilidade(s)/ Código(s) Alfanumérico(s): (EF08HI17) Relacionar as transformações territoriais, em razão de questões de
fronteiras, com as tensões e conflitos durante o Império.
Atividades de Introdução Atividades de Sistematização Atividades de Atividades de Retomada
Consolidação Avaliação
Introdução do tema e sondagem. - Identificar as mudanças na configuração - Discussão de questões atuais de Como o Brasil -
geográfica por que passou o Brasil ao longo do brasileiros que atravessam fronteiras adquiriu sua atual
O Brasil no século XIX Brasil: Primeiro século XIX, incorporando e perdendo territórios para trabalhar em países vizinhos configuração? Que
Reinado (Guiana Francesa e Província Cisplatina) e (Argentina e Paraguai, em especial) grupos sociais
O Período Regencial e as contestações ao disputando com os países vizinhos (questões - Como o Brasil adquiriu sua atual (colonizadores,
poder central platinas, o caso do Acre etc.). configuração? Que grupos sociais aventureiros,
O Brasil do Segundo Reinado: política e - O Brasil não “nasceu pronto”, mas foi (colonizadores, aventureiros, escravizados,
economia adquirindo, pouco a pouco, a atual configuração escravizados, indígenas, imigrantes indígenas, imigrantes
• A Lei de Terras e seus desdobramentos geográfica e, ainda, a expansão territorial não foi etc.) interferiram nesse processo? etc.) interferiram
na política do Segundo Reinado um movimento planejado pelo Estado, mas o Abordar questões atuais como a nesse processo?
• Territórios e fronteiras: a Guerra do resultado de deslocamentos populacionais para imigração dos venezuelanos..
Paraguai além das fronteiras.

1ª aula – Estudo de texto –- Fronteiras do Brasil


2ª aula – - Como o Brasil adquiriu sua atual configuração? Que grupos sociais (colonizadores,
aventureiros, escravizados, indígenas, imigrantes etc.) interferiram nesse processo?
3ª aula – Correção
1. Nossas fronteiras foram definidas com base nas características naturais da paisagem, como rios e lagos, ou em acidentes topográficos, como montanhas,
serras e picos elevados. Somente nos lugares em que não havia possibilidade de se a plicar esse recurso demarcatório é que foram utilizadas as linhas
geodésicas.
2. Linhas traçadas no terreno tendo como referências as coordenadas geográficas: paralelos e meridianos.
3. A determinação dos nossos limites territoriais é definida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) desde 1944.
4. A partir de 1991, com a modernização da tecnologia, os limites passaram a ser determinados por satélites, com a criação do Sistema de Posicionamento
Global (GPS).
5. Tratado de Tordesilhas 1492- Tratado de Utrecht - Tratado de Madri – 1750 - Tratado de El Pardo – 1761 - - Tratado de Santo Idelfonso – 1777 - -
Tratado de Badajos -1801 - - O Tratado de Petrópolis – 1903 -
6. A primeira delimitação ocorreu antes mesmo dos portugueses chegarem ao Novo Mundo. O Tratado de Tordesilhas que dividiu a América em dois
domínios, o português e o espanhol.
7. Iniciou-se, no litoral nordestino.
8. Modelo de Capitanias Hereditárias.
9. Forma de administração territorial da América portuguesa, pela qual a Coroa delegou a tarefa de colonização e exploração de determinadas áreas a
donatários que realizavam, por conta própria, serviços governamentais, em troca dos quais cobravam impostos dos colonos e repassavam parte do dinheiro
para o rei
10. Instalou o Governo Geral em 1548.
11. A União Ibérica. Aproveitando a união dos dois Impérios, os colonos portugueses ultrapassaram o limite do Tratado de Tordesilhas, de norte a sul.
12. Período em que o Rei da Espanha também ocupou o trono de Portugal.
13. A corrida pelo ouro e a busca de mão-de-obra escrava impulsionaram o surgimento de vilas e cidades brasileiras no interior do país e o estabelecimento
dos primeiros acordos de limites com a América Espanhola.
14. As Bandeiras, como ficaram conhecidas, foram responsáveis pelo início do processo de colonização nas regiões Norte, Centro-Oeste e Sudeste.
15. Por ser uma rota comercial estratégica de saída para o mar. Por este motivo, foi objeto de vários acordos e conflitos entre Brasil, Argentina e Paraguai.
16. Brasil perdeu a província da Cisplatina, que se tornou o atual Uruguai.
17. A compra do Acre, pertencente à Bolívia, foi o desfecho de uma longa negociação.
18. O conflito foi decorrente da disputa pelos seringais da Região, levando bolivianos e brasileiros à luta armada.

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19. Mesmo com os EUA apoiando a Bolívia, em 1901, o acirramento da guerrilha armada provocou uma nova negociação, resultando na aquisição do
território pelo Brasil, em 1903.
20. O preço pago à Bolívia foi 2,5 milhões de libras e o compromisso de construção de uma estrada de ferro ligando os dois países, a Madeira-Mamoré.
21- Tratado de Tordesilhas ficou acertado que Portugal ficaria com todas as terras a leste dessa linha.
22. A União Ibérica fez com que portugueses e espanhóis se tornassem súditos do mesmo rei, o que fez com que os colonos portugueses da América
desrespeitassem o limite da Linha de Tordesilhas. Os séculos se passavam e os luso-brasileiros continuaram a ultrapassar a linha imaginaria de
Tordesilhas, ocupando territórios pertencentes a Espanha.
23. Eles foram nas direções norte, sul e leste e por onde passavam formaram povoados.
24. A pecuária motivou os brasileiros a saírem da faixa litorânea e a descoberta de metais preciosos no interior do Brasil levou muitos colonos a se
arriscarem mata a dentro na esperança de encontrar riquezas.
25. Tratado firmado entre França e Portugal.
26. Guiana Francesa.
27. Baseado no princípio romano de Uti Possidetis (direito de posse), a Espanha reconheceu o domínio de Portugal sobre as terras ocupadas pelos luso-
brasileiros. Firmou o compromisso do Brasil de entregar a Colônia de Sacramento a Espanha e em troca receberia os Sete Povos das Missões, região
oeste do Rio Grande do Sul.
28. Devido as investidas de colonos espanhóis sobre as áreas luso-espanholas no Sul do Brasil, Portugal iniciou uma campanha militar que culminaria novamente com a
ocupação da Colônia de Sacramento.
29. Tinha o objetivo de por fim a disputa entre portugueses e espanhóis pela Colônia de Sacramento.
30. Pelo Tratado de Santo Idelfonso, a então Rainha de Portugal, Dona Maria, reconheceu a soberania da Espanha sobre a Colôni a de Sacramento.
31. Mostrar que, no início da colonização, apenas o litoral do Brasil pertencia a Portugal e que atualmente o território é muito maior do que o decidido pelo tratado de Tordesilhas.
32. Pelo referido tratado, ficou acertado que os portugueses abandonariam a Colônia de Sacramento, acarretando a paz entre os dois países.
33. O Tratado de Petrópolis – 1903
34. Foi um tratado de paz assinado entre Brasil e Bolívia.
35. Através deste tratado, a Bolívia entregou a região do Acre ao Brasil mediante ao pagamento de uma indenização em dinheiro . O Governo brasileiro também se comprometeu
em construir a estrada de Ferro Madeira-Mamoré que escoaria os produtos bolivianos ao Oceano Atlântico.

atlas.fgv
A formação do atual território do Brasil remonta ao século 14, início da chamada Era dos Descobrimentos. Nossas fronteiras foram
definidas com base nas características naturais da paisagem, como rios e lagos, ou em acidentes topográficos, como montanhas,
serras e picos elevados. Somente nos lugares em que não havia possibilidade de se aplicar esse recurso demarcatório é que foram
utilizadas as linhas geodésicas, que correspondem às linhas traçadas no terreno tendo como referências as coordenadas
geográficas: paralelos e meridianos. A determinação dos nossos limites territoriais é definida pelo Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística (IBGE) desde 1944. A partir de 1991, com a modernização da tecnologia, os limites passaram a ser determinados por
satélites, com a criação do Sistema de Posicionamento Global (GPS).
A demarcação territorial brasileira foi objeto de diversos tratados e acordos internacionais. Os contornos atuais do país foram
definidos ao longo dos séculos. A primeira delimitação ocorreu antes mesmo dos portugueses chegarem ao Novo Mundo. O Tratado
de Tordesilhas que dividiu a América em dois domínios, o português e o espanhol. Iniciou-se, no litoral nordestino, o processo de
exploração baseado no modelo de Capitanias Hereditárias (forma de administração territorial da América portuguesa, pela qual a
Coroa delegou a tarefa de colonização e exploração de determinadas áreas a donatários que realizavam, por conta própria, serviços
governamentais, em troca dos quais cobravam impostos dos colonos e repassavam parte do dinheiro para o rei ). Esse sistema
particular não apresentou o resultado esperado e o rei português optou pelo controle estatal, instalando o Governo Geral em 1548.
De 1580 a 1640, o território da colônia portuguesa foi ampliado em decorrência da União Ibérica, período em que o Rei da Espanha
também ocupou o trono de Portugal. Aproveitando a união dos dois Impérios, os colonos portugueses ultrapassaram o limite do
Tratado de Tordesilhas, de norte a sul.
A interiorização do país - No Século XVIII, a corrida pelo ouro e a busca de mão-de-obra escrava impulsionaram o surgimento de
vilas e cidades brasileiras no interior do país e o estabelecimento dos primeiros acordos de limites com a América Espanhola. As
Bandeiras, como ficaram conhecidas as expedições ao interior do Brasil, foram responsáveis pelo início do processo de colonização
nas regiões Norte, Centro-Oeste e Sudeste.
A questão do Rio da Prata - A região do Rio da Prata, no sul, tornou-se foco importante das atenções do Governo, por ser uma
rota comercial estratégica de saída para o mar. Por este motivo, foi objeto de vários acordos e conflitos entre Brasil, Argentina e
Paraguai. O Brasil perdeu a província da Cisplatina, que se tornou o atual Uruguai.
A compra do Acre No início do Século XX aconteceu o último grande conflito por demarcação de terras no Brasil. A compra do
Acre, pertencente à Bolívia, foi o desfecho de uma longa negociação. O conflito foi decorrente da disputa pelos seringais da Região,
levando bolivianos e brasileiros à luta armada. Mesmo com os EUA apoiando a Bolívia, em 1901, o acirramento da guerrilha armada
provocou uma nova negociação, resultando na aquisição do território pelo Brasil, em 1903. O preço pago à Bolívia foi 2,5 milhões
de libras e o compromisso de construção de uma estrada de ferro ligando os dois países, a Madeira-Mamoré. De maneira pacífica,
até 1910 foram assinados outros tratados com países que fazem fronteiras com o Brasil. A defesa dessas fronteiras foi reforçada
na década de 70, com a demarcação de terras indígenas, a fim de evitar a invasão de contrabandistas e fugitivos.
TRATADOS TERRITÓRIOS DO BRASIL
- Tratado de Tordesilhas ficou acertado que Portugal ficaria com todas as terras a leste dessa linha. O território brasileiro
aumentaria de tamanho com a concretização de outros acordos assinados pelos diplomatas luso-brasileiros. Em 1580, a União
Ibérica fez com que portugueses e espanhóis se tornassem súditos do mesmo rei, o que fez com que os colonos portugueses da
América desrespeitassem o limite da Linha de Tordesilhas. Os séculos se passavam e os luso-brasileiros continuaram a ultrapassar
a linha imaginaria de Tordesilhas, ocupando territórios pertencentes a Espanha.
O Bandeirismo e as Missões Jesuíticas foram nas direções norte, sul e leste. Por onde passavam eles formaram povoados.
Com o declínio da cana de açúcar no nordeste, muitos colonos procuraram exercer uma nova atividade econômica. Foi ai que
atividade da pecuária se encaixou perfeitamente. Não foi só a pecuária que motivou os brasileiros a saírem da faixa litorânea. A
descoberta de metais preciosos no interior do Brasil levou muitos colonos a se arriscarem mata a dentro na esperança de encontrar
riquezas. Os territórios ocupados pelos brasileiros gerou uma serie de atritos com os espanhóis que passaram a hostilizá-los. O
território do Brasil atual foi consolidado a partir da concretização de tais acordos diplomáticos, são eles:
- Tratado de Utrecht – 1715 - Tratado firmado entre França e Portugal. Ficou reconhecido a soberania de Portugal sobre as terras
localizadas a margem esquerda do Rio Amazonas. A França ficou reconhecido o direito sobre as terras próximas ao Rio Oiapoque,
hoje Guiana Francesa.
- Tratado de Madri – 1750 - Baseado no princípio romano de Uti Possidetis (direito de posse), a Espanha reconheceu o domínio
de Portugal sobre as terras ocupadas pelos luso-brasileiros. Firmou o compromisso do Brasil de entregar a Colônia de Sacramento
a Espanha e em troca receberia os Sete Povos das Missões, região oeste do Rio Grande do Sul.

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- Tratado de El Pardo – 1761 - Anulou todas as decisões tomadas no Tratado de Madri. Devido as investidas de colonos espanhóis
sobre as áreas luso-espanholas no Sul do Brasil, Portugal iniciou uma campanha militar que culminaria novamente com a ocupação
da Colônia de Sacramento.
- Tratado de Santo Idelfonso – 1777 - Tinha o objetivo de por fim a disputa entre portugueses e espanhóis pela Colônia de
Sacramento. Pelo Tratado de Santo Idelfonso, a então Rainha de Portugal, Dona Maria, reconheceu a soberania da Espanha sobre
a Colônia de Sacramento.
- Tratado de Badajos -1801 - Portugal e Espanha estavam em guerra na Europa. Como forma de retaliação a Espanha, a Coroa
Portuguesa ordenou aos luso-brasileiros a investida sobre os territórios espanhóis na América. Foi ai que os portugueses invadiram
e conquistaram novamente a Colônia de Sacramento. Pelo referido tratado, ficou acertado que os portugueses abandonariam a
Colônia de Sacramento, acarretando a paz entre os dois países. Alguns anos depois de assinado o tratado, o Brasil perdeu um
importante território para os descendentes de espanhóis. Depois de lutarem contra as tropas do império brasileiro, os nativos que
viviam na província Cisplatina conseguiram se separar do Brasil o que deu origem a uma nova nação, Uruguai. Para o Império
Brasileiro restava aceitar a vitória dos rebeldes cisplatinos.
- O Tratado de Petrópolis – 1903 - O Barão do Rio Branco foi o mediador do último e mais importante dos Tratados Territoriais do
Brasil, o Tratado de Petrópolis. O Tratado de Petrópolis foi um tratado de paz assinado entre Brasil e Bolívia. Através deste tratado,
a Bolívia entregou a região do Acre ao Brasil mediante ao pagamento de uma indenização em dinheiro. O Governo brasileiro
também se comprometeu em construir a estrada de Ferro Madeira-Mamoré que escoaria os produtos bolivianos ao Oceano
Atlântico.

1. Quais as bases usadas para definir as fronteiras do Brasil?


2. O que são linhas geodésias?
3. Quem era responsável pela determinação dos limites territoriais do Brasil?
4. Atualmente, quem é responsável pela determinação dos limites territoriais do Brasil?
5. A demarcação territorial brasileira foi objeto de diversos tratados e acordos internacionais. Os contornos atuais do país
foram definidos ao longo dos séculos. Quais foram esses tratados?
6. Qual foi a primeira demarcação territorial do Brasil e quando aconteceu?
7. Onde se iniciou o processo de exploração do Brasil?
8. Qual foi o primeiro modelo de exploração usado no Brasil?
9. O que são capitanias hereditárias?
10. O sistema particular de capitanias hereditárias não apresentou o resultado esperado e o rei português optou pelo controle
estatal. Qual foi sua ação, então?
11. O que aconteceu de 1580 a 1640 que fez com que colônia portuguesa fosse ampliada?
12. O que foi a União Ibérica?
13. O que causou a interiorização do país, ou seja, os colonos começarem a entrar para o interior do Brasil?
14. Como ficaram conhecidas as expedições ao interior do Brasil e qual a sua importância?
15. Por que a região do Rio da Prata, no sul, tornou-se foco importante das atenções do Governo (Coroa Portuguesa)?
16. Que parte da região do Pio do Prata foi perdido pelo Brasil. Qual sua situação hoje?
17. No início do Século XX aconteceu o último grande conflito por demarcação de terras no Brasil. Qual? A quem pertencia?
18. Qual foi a causa do conflito pelo Acre?
19. Qual foi o desfecho da disputa pelo Acre?
20. Qual foi o preço pago à Bolívia pelo Acre? Além do valor em dinheiro, que compromisso foi firmado entre os países pelo
território do Acre?

21. A demarcação territorial brasileira foi objeto de diversos tratados e acordos internacionais. Os contornos atuais do país
foram definidos ao longo dos séculos. Que acordo está ilustrado acima. Descreva este acordo.
22. Qual foi a consequência da União Ibérica?
23. Quais foram as consequências do Bandeirismo e as Missões Jesuíticas para a formação do território brasileiro?
24. Com o declínio da cana de açúcar no nordeste, muitos colonos procuraram exercer novas atividades econômicas. Foi
ai que atividade da pecuária e a mineração se encaixaram perfeitamente. Qual foi a consequência da pecuária e mineração
para a formação do território brasileiro?

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25. Entre quais países ficou firmado o Tratado de
Utrecht – 1715?
26. Com o Tratado de Utrecht, que região ficou
pertencendo à França?
27. Qual foi a importância do Tratado de Madri – 1750?
28. Por que o Tratado de El Pardo – 1761, anulou
todas as decisões tomadas no Tratado de Madri?
29. Qual foi o objetivo do Tratado de Santo Idelfonso –
1777?
30. O que ficou decidido no tratado de Santo
Idelfonso?
31. Qual a intenção da imagem acima?
Em 1801, Portugal e Espanha estavam em guerra na Europa. Como forma de retaliação à Espanha, a Coroa Portuguesa
ordenou aos luso-brasileiros a investida sobre os territórios espanhóis na América. Foi ai que os portugueses invadiram e
conquistaram novamente a Colônia de Sacramento.
32. Quanto á informação acima, qual foi a importância do Tratado de Badajos -1801?
33. O Barão do Rio Branco foi o mediador do último e mais importante dos Tratados Territoriais do Brasil. Qual foi?
34. Entre quais países foi assinado o Tratado de Petrópolis?
35. O que ficou decidido pelo Tratado de Petrópolis?

PLANO DE AULA - 9
ESCOLA ESTADUAL __________________________________ Ano: ________
Ano de escolaridade: 8° ANO
Período: ( ) 1 aula ( ) 2 aulas ( X ) 3 aulas
Área de Conhecimento: Humanas Componente Curricular: História
Habilidade(s)/ Código(s) Alfanumérico(s): (EF08HI18) Identificar as questões internas e externas
sobre a atuação do Brasil na Guerra do Paraguai e discutir diferentes versões sobre o conflito.
Atividades de Introdução Atividades de Atividades de Consolidação Atividades de Retomada
Sistematização Avaliação
Introdução do tema e sondagem. - Guerra do Paraguai Entender a participação de –- Identificar as -
O Brasil no século XIX Brasil: - Identificar as causas que indígenas (os Terenas e os causas que
Primeiro Reinado resultaram na Guerra do Guarani) e de negros resultaram na
O Período Regencial e as contestações ao Paraguai, destacando os escravizados nos conflitos, de Guerra do Paraguai,
poder central interesses internos e externos ambos os lados, destacando os destacando os
O Brasil do Segundo Reinado: política e nesse conflito, além de anseios dessas populações e interesses internos e
economia reconhecer a participação dos seus dramas no desenrolar da externos nesse
• A Lei de Terras e seus desdobramentos escravos negros, na guerra. guerra. conflito, além de
na política do Segundo Reinado reconhecer a
• Territórios e fronteiras: a Guerra do participação dos
Paraguai escravos negros, na
guerra.

1ª aula – Estudo de texto –- Guerra do Paraguai


2ª aula –- Identificar as causas que resultaram na Guerra do Paraguai, destacando os interesses
internos e externos nesse conflito, além de reconhecer a participação dos escravos negros, na guerra.

3ª aula – Correção
1. Foi um conflito que aconteceu de dezembro de 1864 a março de 1870 e colocou o Paraguai contra Brasil, Argentina e Uruguai.
2. Foi o maior conflito armado internacional ocorrido na América do Sul e foi o resultado do choque de interesses políticos e econômicos que as nações
platinas possuíam durante a década de 1860 e foi o resultado do choque de interesses políticos e econômicos que as nações platinas possuíam durante
a década de 1860.
3. Ao longo dos anos de conflito, o grande prejudicado foi o Paraguai, que teve sua economia arrasada. Estima-se que o total de mortos de acordo com
as diferentes estatísticas seja de 130 mil a 300 mil mortos.
4. O conflito hoje é entendido como fruto da disputa de interesses entre as nações platinas naquele período do século XIX. O Paraguai, antes visto como
nação possuidora de um modelo de desenvolvimento econômico e industrial único, passou a ser enxergado, com os novos estudos, como uma nação
agrária que havia passado por uma modernização exclusivamente no exército e que era sim dependente do capital e de técnicos ingleses.
5. Era governado de maneira ditatorial por Francisco Solano López, que utilizava sua função para enriquecer sua família ilicitamente.
6. As razões para o conflito desencadearam-se a partir de 1862, quando Francisco Solano López assumiu como presidente paraguaio. O presidente e
ditador paraguaio colocou em prática uma política de aproximação com os federalistas de Urquiza – adversários do governo de Buenos Aires – e com os
blancos uruguaios – adversários dos governos argentino e brasileiro.
7. Porque garantiria uma saída para o mar.
8. Quando o governo brasileiro passou a ser pressionado pelos estancieiros gaúchos para que seus interesses no Uruguai fossem defendidos.
9. Porque havia sido convencido por seus aliados – os blancos – de que a ingerência brasileira fazia parte de um projeto de anexação do território uruguaio
e, em um futuro próximo, do Paraguai.
10. O Paraguai lançou em agosto de 1864 um ultimato para que o Brasil não interviesse no conflito uruguaio. O ultimato paragu aio foi ignorado pelo
governo brasileiro, que invadiu o Uruguai em setembro de 1864 e colocou os colorados no poder. Em represália à interferência brasileira, Francisco Solano
López autorizou o ataque ao Brasil e, em dezembro do mesmo ano, uma embarcação brasileira que navegava o Rio Paraguai foi aprisionada. Em seguida,
a província do Mato Grosso foi invadida por tropas paraguaias. A guerra teve início.

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11. Um deles caracterizado pelo predomínio das ações ofensivas por parte do Paraguai e outro marcado pelo predomínio das ações ofensivas por parte
dos membros da Tríplice Aliança (Brasil, Uruguai e Argentina).
12. A invasão da província de Corrientes foi responsável pela entrada da Argentina na guerra. A entrada dos argentinos possibilitou a formação da Tríplice
Aliança, formalizada em 1º de maio de 1865 e composta por Brasil, Argentina e Uruguai.
13. Foi obrigado a recuar de volta para seu território e posicionar-se defensivamente. Isso deu início à segunda fase do conflito, na qual os países da
Tríplice Aliança tomaram conta das grandes ações ofensivas.
14. A Marinha brasileira alcançou uma vitória importantíssima. Nessa batalha, a Marinha paraguaia foi quase inteiramente derrotada e foi imposto um
bloqueio naval ao Paraguai, que ficou impedido de receber provisões durante o restante da guerra.
15. Permitiu ao Brasil e aos seus aliados conquistarem Assunção, capital paraguaia, em 1869.
16. Ficou famosa pelo fato de o exército paraguaio que lutou nela ter sido composto por adolescentes com menos de 15 anos.
17. Batalha de Cerro Corá - A derrota final do Paraguai aconteceu na Batalha de Cerro Corá, em março de 1870, quando Francisco Solano López foi morto
por soldados brasileiros.
18. Aos homens livres eram prometidos lotes de terra, dinheiro, pensão para as viúvas. Aos escravos era oferecida a liberdade quando voltassem.
19. O Exército paraguaio construiu um canhão a partir da fundição de sinos de várias igrejas de Assunção, conhecido "canhão cristão" e apreendido pelo
Exército brasileiro durante o conflito. Atualmente, ele se encontra no Museu Histórico Nacional, no Rio de Janeiro. Em 2014, o bisneto de Solano López,
pediu ao governo brasileiro que o devolvesse.
20. Por que no fim da guerra, Solano López ordenou que as crianças acima de 12 anos participassem das batalhas usando barbas postiças. Assim, a
maioria foi assassinada pelo exército brasileiro.
21. Liberdade// liquidar// negra// embranquecimento// morreram// comissão de frente// moral único escravidão fim da escravidão..
22. O Paraguai já estava destruído e a guerra continuava.
23. Por causa da saída para o mar
24. Os aliados do Uruguai eram muito fortes.
25. Porque a Inglaterra apoiou a tríplice aliança.
26. a maioria dos mortos foi de civis?

Brasilescola
A Guerra do Paraguai foi um conflito que aconteceu de dezembro de 1864 a março de 1870 e colocou o Paraguai contra Brasil,
Argentina e Uruguai (Tríplice aliança). Foi o maior conflito armado internacional ocorrido na América do Sul e foi o resultado do
choque de interesses políticos e econômicos que as nações platinas possuíam durante a década de 1860. Ao longo dos anos de
conflito, o grande prejudicado foi o Paraguai, que teve sua economia arrasada. Estima-se que o total de mortos de acordo com as
diferentes estatísticas seja de 130 mil a 300 mil mortos. Diferentemente do que se acreditava até meados da década de 1990, a
Guerra do Paraguai não foi resultado do imperialismo inglês. Essa interpretação do conflito foi superada por novos estudos
realizados na área que levaram os historiadores a um novo entendimento. O conflito hoje é entendido como fruto da disputa de
interesses entre as nações platinas naquele período do século XIX. O Paraguai, antes visto como nação possuidora de um modelo
de desenvolvimento econômico e industrial único, passou a ser enxergado, com os novos estudos, como uma nação agrária que
havia passado por uma modernização exclusivamente no exército e que era sim dependente do capital e de técnicos ingleses. Além
disso, era governado de maneira ditatorial por Francisco Solano López, que utilizava sua função para enriquecer sua família
ilicitamente. As razões para o conflito desencadearam-se a partir de 1862, quando Francisco Solano López assumiu como
presidente paraguaio. O presidente e ditador paraguaio colocou em prática uma política de aproximação com os federalistas de
Urquiza – adversários do governo de Buenos Aires – e com os blancos uruguaios – adversários dos governos argentino e brasileiro.
A aproximação com os blancos era importante para o Paraguai porque garantiria uma saída para o mar. No entanto, internamente,
o Uruguai vivia um período de grande turbulência política por causa da disputa pelo poder travada entre blancos e colorados. Os
colorados, liderados por Venâncio Flores, lutavam contra o presidente do país, o blanco Bernardo Berro. Essa disputa política
repercutiu no Brasil quando o governo brasileiro passou a ser pressionado pelos estancieiros gaúchos para que seus interesses no
Uruguai fossem defendidos. O governo brasileiro deu seu apoio aos colorados e demonstrou interesse em intervir militarmente no
Uruguai. O interesse brasileiro não agradou ao presidente do Paraguai, que havia sido convencido por seus aliados – os blancos –
de que a ingerência brasileira fazia parte de um projeto de anexação do território uruguaio e, em um futuro próximo, do Paraguai.
O Brasil, porém, interferiu no Uruguai apenas para garantir seus interesses econômicos e não possuía interesses expansionistas.
A ação brasileira gerou uma resposta do governo paraguaio, que lançou em agosto de 1864 um ultimato para que o Brasil não
interviesse no conflito uruguaio. O ultimato paraguaio foi ignorado pelo governo brasileiro, que invadiu o Uruguai em setembro de
1864 e colocou os colorados no poder. Em represália à interferência brasileira, Francisco Solano López autorizou o ataque ao Brasil
e, em dezembro do mesmo ano, uma embarcação brasileira que navegava o Rio Paraguai foi aprisionada. Em seguida, a província
do Mato Grosso foi invadida por tropas paraguaias. A guerra teve início.
- Os partidos - Os blancos eram donos de estâncias do interior do Uruguai (liderados por Manuel Oribe), que disputavam com os
colorados - comerciantes de Montevidéu (liderados por Frutuoso Riviera), pelo poder político Uruguaio; o que gerava forte
instabilidade na região.
Após o início da Guerra do Paraguai, o conflito pode ser dividido em dois momentos distintos, sendo um deles caracterizado
pelo predomínio das ações ofensivas por parte do Paraguai. Esse período, no entanto, teve breve duração e foi logo
substituído pelo predomínio das ações ofensivas por parte dos membros da Tríplice Aliança (Brasil, Uruguai e Argentina).
Após a invasão do Mato Grosso, o exército paraguaio coordenou ofensivas militares que ocasionaram a invasão do Rio
Grande do Sul e da província argentina de Corrientes. A invasão da província de Corrientes foi responsável pela entrada da
Argentina na guerra. A entrada dos argentinos possibilitou a formação da Tríplice Aliança, formalizada em 1º de maio de
1865 e composta por Brasil, Argentina e Uruguai.
A invasão do Rio Grande do Sul e a de Corrientes foram grandes fracassos do exército paraguaio, que foi obrigado a recuar
de volta para seu território e posicionar-se defensivamente. Isso deu início à segunda fase do conflito, na qual os países da
Tríplice Aliança tomaram conta das grandes ações ofensivas.
Nesse período, destacou-se a Batalha Naval de Riachuelo (junho de 1865), na qual a Marinha brasileira alcançou uma vitória
importantíssima. Nessa batalha, a Marinha paraguaia foi quase inteiramente derrotada e foi imposto um bloqueio naval ao
Paraguai, que ficou impedido de receber provisões durante o restante da guerra.
Outro destaque pode ser feito para a Batalha de Curupaiti, caracterizada por uma grande derrota dos exércitos da Tríplice
Aliança. Estima-se que de 4 a 9 mil soldados (entre brasileiros, argentinos e uruguaios) tenham morrido nessa batalha. Uma
vitória fundamental dos exércitos da Tríplice Aliança aconteceu durante a conquista da Fortaleza de Humaitá, em 1868. A
Fortaleza de Humaitá era um ponto estratégico da defesa paraguaia, e sua conquista abriu margem para novas conquistas.
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25
O enfraquecimento das defesas paraguaias após perderem Humaitá permitiu ao Brasil e aos seus aliados conquistarem
Assunção, capital paraguaia, em 1869.
As batalhas de destaque após a conquista de Assunção foram, primeiramente, a Batalha de Acosta Ñu, famosa pelo fato de
o exército paraguaio que lutou nela ter sido composto por adolescentes com menos de 15 anos. A derrota final do Paraguai
aconteceu na Batalha de Cerro Corá, em março de 1870, quando Francisco Solano López foi morto por soldados brasileiros.
- A presença negra na guerra do Paraguai - Foram muitos os negros que lutaram junto às tropas brasileiras na expectativa
de conseguir sua liberdade. Há quem diga que a Guerra do Paraguai fora uma investida do Império para liquidar com a
presença negra no Brasil, visando um embranquecimento da população. De fato, muitos escravos morreram em combates -
digamos que eles eram a ponta de lança, a comissão de frente das tropas. A guerra criou um problema moral para o Império,
pois o Brasil era o único país no conflito que ainda mantinha a escravidão, o que foi motivo de zombaria por seus adversários
e mesmo aliados. Se isso influenciou para o fim da escravidão, para alguma coisa boa serviu a guerra.
Curiosidades sobre a Guerra do Paraguai
No fim da guerra, Solano López ordenou que as crianças acima de 12 anos participassem das batalhas usando barbas
postiças. Assim, a maioria foi assassinada pelo exército brasileiro.
A fim de aumentar o contingente de soldados, o governo brasileiro instituiu os “Voluntários da Pátria”, em 1865. Aos homens
livres eram prometidos lotes de terra, dinheiro, pensão para as viúvas. Aos escravos era oferecida a liberdade quando
voltassem. O Exército paraguaio construiu um canhão a partir da fundição de sinos de várias igrejas de Assunção, conhecido
"canhão cristão" e apreendido pelo Exército brasileiro durante o conflito. Atualmente, ele se encontra no Museu Histórico
Nacional, no Rio de Janeiro. Em 2014, o bisneto de Solano López, pediu ao governo brasileiro que o devolvesse.
21. Sobre a presença negra na guerra do Paraguai,
complete:
1. Quando aconteceu a Guerra do Paraguai? Quais eram os Foram muitos os negros que lutaram junto às tropas
oponentes? brasileiras na expectativa de conseguir sua __________.
2. O que foi a Guerra do Paraguai? Há quem diga que a Guerra do Paraguai fora uma
3. Quem foi o mais prejudicado na Guerra do Paraguai? Quais investida do Império para __________ com a presença
foram as consequências para ele? __________no Brasil, visando um ____________da
- Leia o trecho: população. De fato, muitos escravos ___________em
Diferentemente do que se acreditava até meados da década combates - digamos que eles eram a ponta de lança, a
de 1990, a Guerra do Paraguai não foi resultado do _______________ das tropas. A guerra criou um
imperialismo inglês. E o Paraguai, antes visto como nação problema ________para o Império, pois o Brasil era o
possuidora de um modelo de desenvolvimento econômico e ____________país no conflito que ainda mantinha a
industrial único Essa interpretação do conflito foi superada ___________, o que foi motivo de zombaria por seus
por novos estudos realizados na área que levaram os adversários e mesmo aliados. Se isso influenciou para o
historiadores a um novo entendimento. ____________, para alguma coisa boa serviu a guerra.
4. Como o conflito do Paraguai é entendido hoje? 22. Explique o meme abaixo.
5. Como o Paraguai era governado na época da Guerra do
Paraguai? Quem era o governador? Que mau uso ele fazia do
cargo?
6. Quais foram as razões da Guerra do Paraguai?
7. Por que a aproximação com os blancos era importante para o
Paraguai?
- Leia o trecho
Internamente, o Uruguai vivia um período de grande
turbulência política por causa da disputa pelo poder travada
entre blancos e colorados. Os colorados, liderados por
Venâncio Flores, lutavam contra o presidente do país, o
blanco Bernardo Berro.
8. Essa disputa política repercutiu no Brasil. Como?
- Leia o trecho
No Uruguai, os colorados, liderados por Venâncio Flores,
lutavam contra o presidente do país, o blanco Bernardo
Berro. O governo brasileiro deu seu apoio aos colorados
(Partido político do Uruguai)e demonstrou interesse em
intervir militarmente no Uruguai.
9. O interesse brasileiro não agradou ao presidente do Paraguai.
Por quê?
10. O Brasil interferiu no Uruguai apenas para garantir seus
interesses econômicos e não possuía interesses expansionistas.
Mas, a ação brasileira gerou uma resposta do governo paraguaio.
Qual?
11. Após o início da Guerra do Paraguai, o conflito pode ser
dividido em dois momentos distintos. Quais? 23. Qual a importância do 24. Interprete o meme.
12. Após a invasão do Mato Grosso, o exército paraguaio território em disputa na guerra
coordenou ofensivas militares que ocasionaram a invasão do Rio do Paraguai?
Grande do Sul e da província argentina de Corrientes. Qual foi a
consequência dessa última invasão?

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26
13. A invasão do Rio Grande do Sul e a de Corrientes foram 25. Por que
grandes fracassos do exército paraguaio. Quanto à isso, qual foi não foram
a ação do Paraguai e depois da tríplice aliança?
apenas três
14. Qual foi a importância da Batalha Naval de Riachuelo (junho
de 1865) na Guerra do Paraguai? contra o
15. A Fortaleza de Humaitá era um ponto estratégico da defesa Paraguai?
paraguaia, e sua conquista abriu margem para novas conquistas.
Qual foi a principal consequência do enfraquecimento das
defesas paraguaias após perderem Humaitá?
16. As batalhas de destaque após a conquista de Assunção
foram, primeiramente, a Batalha de Acosta Ñu. Por que essa
batalha ficou famosa?
17. Qual foi a última batalha da Guerra do Paraguai? Qual foi sua
consequência?
18. A fim de aumentar o contingente de soldados, o governo
brasileiro instituiu os “Voluntários da Pátria”, em 1865. Quem
eram os voluntários da Pátria?
19. O que foi o "canhão cristão"?
20. Por que o exercito brasileiro matou muitas crianças na guerra
do Paraguai?
26. Sobre o gráfico o que se pode concluir sobre os mortos
paraguaios?

PLANO DE AULA - 10
ESCOLA ESTADUAL __________________________________ Ano: ________
Ano de escolaridade: 8° ANO
Período: ( ) 1 aula ( ) 2 aulas ( X ) 3 aulas
Área de Conhecimento: Humanas Componente Curricular: História
Habilidade(s)/ Código(s) Alfanumérico(s): (EF08HI19) Formular questionamentos sobre o legado da escravidão
nas Américas, com base na seleção e consulta de fontes de diferentes naturezas. (EF08HI20) Identificar e relacionar
aspectos das estruturas sociais da atualidade com os legados da escravidão no Brasil e discutir a importância de ações
afirmativas.
Atividades de Atividades de Sistematização Atividades de Consolidação Atividades de Retomada
Introdução Avaliação
Introdução do tema e - Discutir o legado da escravidão nas Américas, Reconhecer a grande Entender o -
sondagem. questionando as “justificativas” da escravidão desigualdade que atinge as escravismo no
negra e sua existência por tempo tão demorado populações afrodescendentes nos Brasil do século
O Brasil no século XIX no Brasil e também em Cuba (1888 e 1886, países latino-americanos , por XIX: plantations e
O escravismo no respectivamente). meio de pesquisa e análise do revoltas de
Brasil do século XIX: - Lei de Terras (1850) – esta legislação tornou Índice de Desenvolvimento escravizados,
plantations e revoltas de praticamente inviável aos pobres (negros Humano (IDH). abolicionismo e
escravizados, libertos, mestiços, indígenas e quilombolas) a políticas
abolicionismo e políticas propriedade da terra, o que trouxe insegurança migratórias no
migratórias no Brasil e desamparo a essas populações. Brasil Imperial.
Imperial

- Associar a herança da escravidão ao - Identificar as marcas da escravidão na sociedade local, o que pode ser feito de várias
preconceito enraizado na sociedade maneiras: - identificar apelidos com carga negativa (“negão”, “tição” etc.): as pessoas que
brasileira, bem como perceber que a recebem esses apelidos se sentem confortáveis com esse tipo de identificação? - mapear os
consequente desigualdade e pobreza bairros com maior concentração de população negra: qual é o nível socioeconômico de seus
que assola a maioria da população moradores? Por que o negro é relacionado à periferia? - detectar a presença de negros em
nacional precisa ser compreendida em propagandas ou programas de televisão, e anúncios de revistas, comparando com a presença
sua dimensão etnorracial, daí a de brancos, em que contexto os negros aparecem como protagonistas ou coadjuvantes? -
importância das ações afirmativas. verificar, em sua cidade de vivência, como é o convívio com pessoas de religião de matriz
africana: há preconceito religioso?

1ª aula- Aula expositiva – O escravismo no Brasil do século XIX


2ª aula – Entender o escravismo no Brasil do século XIX: plantations e revoltas de escravizados,
abolicionismo e políticas migratórias no Brasil Imperial.
3ª aula - Correção
1. comerciantes portugueses, espanhóis e ingleses. 13. No Século do Ouro (XVIII) alguns escravos
2. Perseguiam os negros que haviam fugido no Brasil. conseguiam comprar sua liberdade após adquirirem
3. Ela vem desde os primórdios de nossa história, quando os povos vencidos em a carta de alforria. Juntando alguns “trocados”
batalhas eram escravizados por seus conquistadores. Podemos citar como exemplo durante toda a vida, conseguiam tornar-se livres.
os hebreus, que foram vendidos como escravos desde os começos da História. Porém, as poucas oportunidades e o preconceito da
4. Muitas civilizações usaram e dependeram do trabalho escravo para a execução sociedade acabavam fechando as portas para estas
de tarefas mais pesadas e rudimentares. Na Antiguidade Clássica (Grécia e Roma) pessoas.
havia um grande número de escravos; contudo, muitos de seus escravos eram bem 14. Estes eram comunidades bem organizadas,
tratados e tiveram a chance de comprar sua liberdade. onde os integrantes viviam em liberdade, através de
Cláudia Rodrigues Proibido reprodução e postagem
27
5. No Brasil, a escravidão teve início com a produção de açúcar na primeira metade uma organização comunitária aos moldes do que
do século XVI. existia na África.
6. Os portugueses traziam mulheres e homens negros africanos de suas colônias 15. Nos quilombos, podiam praticar sua cultura, falar
na África para utilizar como mão de obra escrava nos engenhos de açúcar do sua língua e exercer seus rituais religiosos. O mais
Nordeste. famoso foi o Quilombo de Palmares, comandado por
7. O transporte era feito da África para o Brasil nos porões dos navios negreiros Zumbi.
(também conhecidos como tumbeiros). 16. A partir da metade do século XIX a escravidão
8. Por que os negros eram amontoados, em condições desumanas, muitos morriam no Brasil passou a ser contestada pela Inglaterra.
antes de chegar ao Brasil, sendo que os corpos eram lançados ao mar. Interessada em ampliar seu mercado consumidor no
9. Nas fazendas de açúcar ou nas minas de ouro (a partir do século XVIII), os Brasil e no mundo.
escravos eram tratados da pior forma possível. Trabalhavam muito (de sol a sol), 17. Lei que proibia o tráfico de escravos, dando o
recebendo apenas trapos de roupa e uma alimentação de péssima qualidade. poder aos ingleses de abordarem e aprisionarem
Passavam as noites nas senzalas (galpões escuros, úmidos e com pouca higiene) navios de países que faziam esta prática.
acorrentados (para evitar fugas). Eram constantemente castigados fisicamente, 18. Acabou com o tráfico negreiro.
sendo que o açoite era a punição mais comum no Brasil Colônia. 19. A lei dava liberdade aos filhos de escravos
10. Eram proibidos de praticar sua religião de origem africana ou de realizar suas nascidos a partir daquela data.
festas e rituais africanos. Tinham que seguir a religião católica, imposta pelos 20. A lei garantia liberdade aos escravos com mais
senhores de engenho, adotar a língua portuguesa na comunicação. de 60 anos de idade.
11. Mesmo com todas as imposições e restrições, não deixaram a cultura africana 21. Lei Áurea, feita pela Princesa Isabel.
se apagar. Escondidos, realizavam seus rituais, praticavam suas festas, mantiveram 22. o comercio de negros
suas representações artísticas e até desenvolveram uma forma de luta: a capoeira. 23. A lei dos sexagenários era ineficaz porque
12. As mulheres negras também sofreram muito com a escravidão, embora os poucos negros sobreviviam até os 60 anos.
senhores de engenho utilizassem esta mão de obra, principalmente, para trabalhos 24. A lei Áurea dava liberdade a todos os negros,
domésticos. Cozinheiras, arrumadeiras e até mesmo amas de leite.
.
mas não se preocupava em inseri-los na sociedade
As mulheres negras também sofreram muito com a
escravidão, embora os senhores de engenho utilizassem
Ao falarmos em escravidão, é difícil não pensar nos comerciantes esta mão de obra, principalmente, para trabalhos
portugueses, espanhóis e ingleses que superlotavam os porões de seus domésticos. Cozinheiras, arrumadeiras e até mesmo amas
navios de negros africanos, colocando-os a venda de forma desumana e cruel de leite. No Século do Ouro (XVIII) alguns escravos
por toda a região da América. Sobre este tema, é difícil não nos lembrarmos conseguiam comprar sua liberdade após adquirirem a
dos capitães do mato que perseguiam os negros que haviam fugido no Brasil, carta de alforria. Juntando alguns "trocados" durante toda
dos Palmares, da Guerra de Secessão dos Estados Unidos, da dedicação e a vida, conseguiam tornar-se livres. Porém, as poucas
ideias defendidas pelos abolicionistas, e de muitos outros fatos ligados a este oportunidades e o preconceito da sociedade acabavam
assunto. Apesar de todas estas citações, a escravidão é bem mais antiga do fechando as portas para estas pessoas.
que o tráfico do povo africano. Ela vem desde os primórdios de nossa história, O negro também reagiu à escravidão, buscando uma vida
quando os povos vencidos em batalhas eram escravizados por seus digna. Foram comuns as revoltas nas fazendas em que
conquistadores. Podemos citar como exemplo os hebreus, que foram grupos de escravos fugiam, formando nas florestas os
vendidos como escravos desde os começos da História. Muitas civilizações famosos quilombos. Estes eram comunidades bem
usaram e dependeram do trabalho escravo para a execução de tarefas mais organizadas, onde os integrantes viviam em liberdade,
pesadas e rudimentares. Na Antiguidade Clássica (Grécia e Roma) havia um através de uma organização comunitária aos moldes do
grande número de escravos; contudo, muitos de seus escravos eram bem que existia na África. Nos quilombos, podiam praticar sua
tratados e tiveram a chance de comprar sua liberdade. No Brasil, a cultura, falar sua língua e exercer seus rituais religiosos. O
escravidão teve início com a produção de açúcar na primeira metade do mais famoso foi o Quilombo de Palmares, comandado por
século XVI. Os portugueses traziam mulheres e homens negros africanos de Zumbi. A partir da metade do século XIX a escravidão no
suas colônias na África para utilizar como mão de obra escrava nos engenhos Brasil passou a ser contestada pela Inglaterra. Interessada
de açúcar do Nordeste. Os comerciantes de escravos portugueses vendiam em ampliar seu mercado consumidor no Brasil e no
estes negros africanos como se fossem mercadorias aqui no Brasil. Os mais mundo, o Parlamento Inglês aprovou a Lei Bill Aberdeen
saudáveis chegavam a valer o dobro daqueles mais fracos ou velhos. O (1845), que proibia o tráfico de escravos, dando o poder
transporte era feito da África para o Brasil nos porões dos navios negreiros aos ingleses de abordarem e aprisionarem navios de
(também conhecidos como tumbeiros). Amontoados, em condições países que faziam esta prática. Em 1850, o Brasil cedeu
desumanas, muitos morriam antes de chegar ao Brasil, sendo que os corpos às pressões inglesas e aprovou a Lei Eusébio de Queiróz
eram lançados ao mar. Nas fazendas de açúcar ou nas minas de ouro (a partir que acabou com o tráfico negreiro. Em 28 de setembro de
do século XVIII), os escravos eram tratados da pior forma possível. 1871 era aprovada a Lei do Ventre Livre que dava
Trabalhavam muito (de sol a sol), recebendo apenas trapos de roupa e uma liberdade aos filhos de escravos nascidos a partir daquela
alimentação de péssima qualidade. Passavam as noites nas senzalas data. E no ano de 1885 era promulgada a Lei dos
(galpões escuros, úmidos e com pouca higiene) acorrentados (para evitar Sexagenários que garantia liberdade aos escravos com
fugas). Eram constantemente castigados fisicamente, sendo que o açoite era mais de 60 anos de idade. As leis abolicionistas foram
a punição mais comum no Brasil Colônia. Eram proibidos de praticar sua pouco eficazes porque poucos negros sobreviviam até aos
religião de origem africana ou de realizar suas festas e rituais africanos. 60 anos e com a lei do ventre livre as crianças nasciam
Tinham que seguir a religião católica, imposta pelos senhores de engenho, livres, mas ficavam sob tutela do dono e trabalhando para
adotar a língua portuguesa na comunicação. Mesmo com todas as eles até os 21 anos. Somente no final do século XIX é que
imposições e restrições, não deixaram a cultura africana se apagar. a escravidão foi mundialmente proibida. Aqui no Brasil, sua
Escondidos, realizavam seus rituais, praticavam festas, mantiveram suas abolição se deu em 13 de maio de 1888 com a
representações artísticas e desenvolveram uma forma de luta: a capoeira. promulgação da Lei Áurea, feita pela Princesa Isabel.

1. Quais países superlotavam os porões de seus navios de negros africanos,


colocando-os a venda de forma desumana e cruel por toda a região da América?
2. Qual era a função dos capitães do mato?
3. A escravidão é bem mais antiga do que o tráfico do povo africano. Copie o trecho
que exemplifica e deixa isso explícito?
4. Copie o trecho do texto que diz que os escravos nem sempre foram mal tratados?
5. Quando teve início a escravidão no Brasil? Qual era a economia do Brasil?
6. Quem trouxe os africanos para o Brasil e qual a primeira região a ser povoadas
por eles?
7. Como era feito o transporte dos africanos para o Brasil? 22. Que questão é tratada no meme acima?

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28
8. Por que os navios negreiros eram chamados de tumbeiros?
9. Como era a vida nos negros escravizados no Brasil, nas lavouras ou minas? Lei dos sexagenários....
10. Como era a vida dos escravizados em relação à prática da própria religião ou
idioma?
11. Copie o trecho que diz que os negros, mesmo com a imposição, não
perderam sua cultura.
12. Qual era o principal uso das mulheres negras quando escravizadas no Brasil?
13. Copie o trecho do texto que diz que mesmo com carta de alforria, os negros 23. Explique o meme acima.
não eram inseridos na sociedade.
14. O negro também reagiu à escravidão, buscando uma vida digna. Foram
comuns as revoltas nas fazendas em que grupos de escravos fugiam, formando
nas florestas os famosos quilombos. O que eram os quilombos?
15. Qual foi o quilombo mais famoso? Por que os quilombos foram tão importantes?
16. Por que a Inglaterra contestou a escravidão no Brasil?
17. Lei Bill Aberdeen (1845),
18. Em 1850, o Brasil cedeu às pressões inglesas e aprovou a Lei Eusébio de
Queiróz. Qual a atuação dessa lei?
19. Em 28/09/1871 era aprovada a Lei do Ventre Livre. Qual foi a atuação dessa
lei?
20. No ano de 1885 era promulgada a Lei dos Sexagenários. Qual foi a
atuação dessa lei? 21. Somente no final do século XIX é que a escravidão foi
mundialmente proibida. Aqui no Brasil, sua abolição se deu em 13 de maio de
1888. Como foi chamada a lei? Quem promulgou?
21. Por que as leis abolicionistas foram chamadas de Leis para inglês ver? 24. Interprete o meme acima.

PLANO DE AULA - 11
ESCOLA ESTADUAL __________________________________ Ano: ________
Ano de escolaridade: 8° ANO
Período: ( ) 1 aula ( ) 2 aulas ( X ) 3 aulas
Área de Conhecimento: Humanas Componente Curricular: História
Habilidade(s)/ Código(s) Alfanumérico(s): (EF08HI19) Formular questionamentos sobre o legado
da escravidão nas Américas, com base na seleção e consulta de fontes de diferentes naturezas.
(EF08HI20) Identificar e relacionar aspectos das estruturas sociais da atualidade com os legados
da escravidão no Brasil e discutir a importância de ações afirmativas.
Atividades de Atividades de Sistematização Atividades de Consolidação Atividades de Retomada
Introdução Avaliação
Introdução do tema e - Discutir o legado da escravidão nas Reconhecer a grande – Explicar o -
sondagem. Américas, questionando as “justificativas” desigualdade que atinge as sistema de
da escravidão negra e sua existência por populações afrodescendentes plantation.
O Brasil no século XIX tempo tão demorado no Brasil e também nos países latino-americanos ,
O escravismo em Cuba (1888 e 1886, respectivamente). por meio de pesquisa e
no Brasil do século - Lei de Terras (1850) – esta legislação análise do Índice de
XIX: plantations e tornou praticamente inviável aos pobres Desenvolvimento Humano
revoltas de (negros libertos, mestiços, indígenas e (IDH).
escravizados, quilombolas) a propriedade da terra, o que
abolicionismo e trouxe insegurança e desamparo a essas
políticas migratórias no populações.
Brasil Imperial

- Associar a herança da escravidão - Identificar as marcas da escravidão na sociedade local, o que pode ser feito de
ao preconceito enraizado na várias maneiras: - identificar apelidos com carga negativa (“negão”, “tição” etc.): as
sociedade brasileira, bem como pessoas que recebem esses apelidos se sentem confortáveis com esse tipo de
perceber que a consequente identificação? - mapear os bairros com maior concentração de população negra: qual
desigualdade e pobreza que assola é o nível socioeconômico de seus moradores? Por que o negro é relacionado à
a maioria da população nacional periferia? - detectar a presença de negros em propagandas ou programas de
precisa ser compreendida em sua televisão, e anúncios de revistas, comparando com a presença de brancos, em que
dimensão etnorracial, daí a contexto os negros aparecem como protagonistas ou coadjuvantes? - verificar, em
importância das ações afirmativas. sua cidade de vivência, como é o convívio com pessoas de religião de matriz
africana: há preconceito religioso?

1ª aula- Aula expositiva – Sistema Plantation


2ª aula – Explicar o sistema de plantation.
3ª aula - Correção
1. O sistema plantation é o nome dado a um sistema econômico agrícola que vigorou durante o Brasil colonial. Foi utilizado
também em outros países da América durante as colonizações espanhola e inglesa.
2. Esse sistema já existia na antiguidade e, no caso de Portugal, o país já dominava as técnicas uma vez que já utilizavam
as técnicas desenvolvidas em colônias da África e noutros lugares como o Arquipélago dos Açores e na Ilha da Madeira.
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29
3. Na exportação, os quais eram enviados para a metrópole, suprindo assim os mercados consumidores europeus e gerando
altos lucros.
4. O sistema plantation foi introduzido nas colônias da América posto que o solo desses locais eram férteis e o clima favorável
para a plantação de diversas espécies de vegetais.
5. A cana de açúcar, o café e o algodão.
6. A exportação dos produtos cultivados para a Europa.
7. O ciclo comercial do sistema plantation girava em comércio triangular, donde os produtos produzidos eram enviados para
a Europa em troca de outros produtos, os quais eram utilizados para a compra de escravos africanos, que eram enviados
para trabalharem nos latifúndios.
8. Monocultura, Latifúndios, Sistema Escravista e Mercado Externo
9. É a plantação de um único produto agrícola em grandes quantidades, sobretudo de produtos tropicais.
10. O uso de grandes extensões de terra para a produção em grande escala, que ficava submetido a um explorador (o
proprietário das terras).
11. Os escravos (negros e índios) eram a principal mão de obra que trabalhavam nas grandes extensões de terra. O salário
não existia e a troca era pela habitação e alimento.
12. Mercado Externo/ exportação
13. Nesse sentido, a economia interna ficava de fora e o que permanecia no país eram os produtos de baixa qualidade. Isso
impossibilitou o crescimento e o desenvolvimento do mercado interno nessa época.
14. Fornecedor de escravos
15. triangular
16. venda de escravos
17. Exportar matéria prima para a metrópole.

O sistema plantation é o nome dado a um sistema econômico agrícola que vigorou durante o Brasil colonial. Foi utilizado também
em outros países da América durante as colonizações espanhola e inglesa.
Esse sistema já existia na antiguidade e, no caso de Portugal, o país já dominava as técnicas uma vez que já utilizavam as técnicas
desenvolvidas em colônias da África e noutros lugares como o Arquipélago dos Açores e na Ilha da Madeira.
Em outras palavras, o plantation é um sistema de exploração colonial que vigorou entre os XV e XIX nos latifúndios monocultores
com foco na exportação, os quais eram enviados para a metrópole, suprindo assim os mercados consumidores europeus e gerando
altos lucros.
O sistema plantation foi introduzido nas colônias da América posto que o solo desses locais eram férteis e o clima favorável para a
plantação de diversas espécies de vegetais.
No Brasil, a cana de açúcar, o café e o algodão foram os principais produtos cultivados nesse sistema durante o período colonial.
No país, esse modelo de organização econômica foi o mais importante durante a exploração da colônia nos primeiros anos de
conquista portuguesa.
Desse modo, a exploração das terras desse lado do oceano completava o mercado interno de diversos países europeus, uma vez
que era voltado essencialmente para a exportação desses produtos cultivados. De tal modo, esses produtos eram levados e
vendidos na Europa, garantindo assim, o lucro dos países exploradores.
O ciclo comercial do sistema plantation girava em comércio triangular, donde os produtos produzidos eram enviados para a Europa
em troca de outros produtos, os quais eram utilizados para a compra de escravos africanos, que eram enviados para trabalharem
nos latifúndios.
Embora esse sistema tenha vigorado em tempos passados, é possível encontrar sistemas similares atualmente no Brasil (com a
plantação de soja, açúcar, café, laranja, algodão, tabaco, etc.) e noutros países subdesenvolvidos. Vale lembrar que esse termo no
inglês significa “plantação”.
As principais características do sistema plantation são:
- Monocultura: plantação de um único produto agrícola em grandes quantidades, sobretudo de produtos tropicais.
- Latifúndios: uso de grandes extensões de terra para a produção em grande escala, que ficava submetido a um explorador (o
proprietário das terras).
- Sistema Escravista: os escravos (negros e índios) eram a principal mão de obra que trabalhavam nas grandes extensões de terra.
O salário não existia e a troca era pela habitação e alimento.
- Mercado Externo: a produção dos produtos cultivados no sistema plantation eram voltados para enriquecer o mercado externo,
ou seja, para a exportação. Nesse sentido, a economia interna ficava de fora e o que permanecia no país eram os produtos de
baixa qualidade. Isso impossibilitou o crescimento e o desenvolvimento do mercado interno nessa época.

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30
1. O que é o sistema de plantation?
2. Copie o trecho que mostra que o sistema de plantation já era usado na
antiguidade.
3. O plantation é um sistema de exploração colonial que vigorou entre os XV e
XIX nos latifúndios monocultores. Qual era o foco desse sistema? Para onde eram
enviados?
4. O que facilitou a implantação do sistema de plantation no Brasil?
5. Quais foram os principais produtos cultivados nesse sistema durante o período
colonial?
6. O que garantia o lucro dos países exploradores, durante as explorações
coloniais?
7. Como era o comércio triangular?
8. Quais são as características do sistema plantation?
9. O que é Monocultura?
10. O que é Latifúndios?
11. Como era o Sistema Escravista?
12. Qual o destino da produção dos produtos cultivados no sistema plantation? 14. Qual era o papel da África no
13. Qual a consequência das exportações para o mercado interno? comércio triangular?

15. Que características no sistema de plantation 16. Como foi chamado o comercio que envolvia os 17. Que comércio dava mais lucro?
podem ser observadas na imagem? três continentes? 18. Qual era o papel da colônia?

PLANO DE AULA - 12
ESCOLA ESTADUAL __________________________________ Ano: ________
Ano de escolaridade: 8° ANO
Período: ( ) 1 aula ( ) 2 aulas ( X ) 3 aulas
Área de Conhecimento: Humanas Componente Curricular: História
Habilidade(s)/ Código(s) Alfanumérico(s): (EF08HI19) Formular questionamentos sobre o legado da
escravidão nas Américas, com base na seleção e consulta de fontes de diferentes naturezas. (EF08HI20)
Identificar e relacionar aspectos das estruturas sociais da atualidade com os legados da escravidão no Brasil e
discutir a importância de ações afirmativas.
Atividades de Atividades de Sistematização Atividades de Consolidação Atividades de Retomada
Introdução Avaliação
Introdução do tema e - Discutir o legado da escravidão nas Reconhecer a grande Reconhecer -
sondagem. Américas, questionando as “justificativas” desigualdade que atinge as formas de
da escravidão negra e sua existência por populações afrodescendentes resistência à
O Brasil no século XIX tempo tão demorado no Brasil e também nos países latino-americanos , escravidão
O escravismo em Cuba (1888 e 1886, respectivamente). por meio de pesquisa e
no Brasil do século - Lei de Terras (1850) – esta legislação análise do Índice de
XIX: plantations e tornou praticamente inviável aos pobres Desenvolvimento Humano
revoltas de (negros libertos, mestiços, indígenas e (IDH).
escravizados, quilombolas) a propriedade da terra, o que
abolicionismo e trouxe insegurança e desamparo a essas
políticas migratórias no populações.
Brasil Imperial

- Associar a herança da escravidão - Identificar as marcas da escravidão na sociedade local, o que pode ser feito de
ao preconceito enraizado na várias maneiras: - identificar apelidos com carga negativa (“negão”, “tição” etc.): as
sociedade brasileira, bem como pessoas que recebem esses apelidos se sentem confortáveis com esse tipo de

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perceber que a consequente identificação? - mapear os bairros com maior concentração de população negra: qual
desigualdade e pobreza que assola é o nível socioeconômico de seus moradores? Por que o negro é relacionado à
a maioria da população nacional periferia? - detectar a presença de negros em propagandas ou programas de
precisa ser compreendida em sua televisão, e anúncios de revistas, comparando com a presença de brancos, em que
dimensão etnorracial, daí a contexto os negros aparecem como protagonistas ou coadjuvantes? - verificar, em
importância das ações afirmativas. sua cidade de vivência, como é o convívio com pessoas de religião de matriz
africana: há preconceito religioso?

1ª aula- Aula expositiva – Escravidão no Brasil: formas de


resistência
2ª aula – Reconhecer formas de resistência à escravidão
3ª aula - Correção
1. A resistência dos escravos
2. A sociedade brasileira foi construída pela utilização dos trabalhadores escravos, indígenas ou africanos.
3. A escravidão no Brasil foi uma instituição vil e cruel que explorava brutalmente o trabalho de indígenas e africanos.
4. No caso dos africanos, a escravidão os removeu de sua terra nativa e os enviou a milhares de quilômetros de distância para uma terra distante, com
idioma, religião e culturas diferentes das deles. Foi nesse contexto que milhões de africanos foram sequestrados e transportados em péssimas condições
para serem escravizados no Brasil.
5. Os africanos foram utilizados em trabalhos domésticos e urbanos, mas, sobretudo, foram utilizados na lavoura, principalmente, no cultivo da cana-de-
açúcar e também nas minas, quando foram descobertos metais e pedras preciosas em Minas Gerais, Cuiabá e Goiás.
6. A resistência à escravidão por meio das revoltas – Entre as diferentes formas de resistência dos escravos podem ser mencionadas as fugas coletivas,
ou individuais, as revoltas contra feitores e seus senhores (que poderia ou não ter o assassinato desses), a recusa em trabalhar, a execução do trabalho
de maneira inadequada, criação de quilombos e mocambos- A resistência também incluía suicídios, abortos (para impedir que seus filhos fossem
escravizados) e a simples desobediência.
etc.
7. com essas revoltas dos escravos buscavam, muitas vezes, corrigir excessos de tirania dos senhores, diminuir o nível de opressão ou punir feitores
excessivamente cruéis.
8. A resistência contra a escravidão já começava no embarque dos africanos nos navios negreiros.
9. O risco de revoltas dos africanos nos navios negreiros era tão alto que os traficantes de escravos diminuíam, deliberadamente, as porções de comida
para reduzir as possibilidades de revoltas, que aconteciam, geralmente, quando o navio estava próximo da costa. As revoltas dos africanos nos navios
negreiros eram tão comuns que os traficantes tinham na tripulação do navio intérpretes que falavam os idiomas dos africanos e poderiam alertar em caso
de possibilidade de revolta dos aprisionados.
10. - As fugas eram uma outra estratégia utilizada pelos escravos e poderiam ser individuais e coletivas. As fugas individuais eram mais complicadas,
porque aquele que a realizasse só conseguiria ter sucesso caso se embrenhasse no mato e lá sobrevivesse.
11. As fugas foram uma estratégia de resistência muito comum nas décadas de 1870 e 1880, por conta do fortalecimento do movimento abolicionista. Os
escravos sentiam-se motivados a fugir e muitas vezes eram de fatos incentivados por outros escravos que haviam fugido ou por integrantes de associações
abolicionistas, que davam suporte para escravos que fugiam.
12. Mocambo significa “esconderijo”
13. quilombo era utilizado para se referir a um acampamento militarizado.
14. Quilombo dos Palmares.
15. desobediência ao feitor, rebelião contra os donos, fugas
16. Anastácia

BRASILescola
A resistência dos escravos foi uma resposta à escravidão que foi uma instituição presente na história do Brasil ao longo de
mais de 300 anos. A sociedade brasileira foi construída pela utilização dos trabalhadores escravos, indígenas ou africanos.
A escravidão no Brasil foi uma instituição vil e cruel que explorava brutalmente o trabalho de indígenas e africanos. No caso
dos africanos, a escravidão os removeu de sua terra nativa e os enviou a milhares de quilômetros de distância para uma
terra distante, com idioma, religião e culturas diferentes das deles. Foi nesse contexto que milhões de africanos foram
sequestrados e transportados em péssimas condições para serem escravizados no Brasil. Os africanos foram utilizados em
trabalhos domésticos e urbanos, mas, sobretudo, foram utilizados na lavoura, principalmente, no cultivo da cana-de-açúcar
e também nas minas, quando foram descobertos metais e pedras preciosas em Minas Gerais, Cuiabá e Goiás. Engana-se,
porém, quem acredita que os africanos foram escravizados passivamente.
A resistência à escravidão por meio das revoltas – com essas revoltas dos escravos buscavam, muitas vezes, corrigir
excessos de tirania dos senhores, diminuir o nível de opressão ou punir feitores excessivamente cruéis.
Entre as diferentes formas de resistência dos escravos podem ser mencionadas as fugas coletivas, ou individuais, as revoltas
contra feitores e seus senhores (que poderia ou não ter o assassinato desses), a recusa em trabalhar, a execução do trabalho
de maneira inadequada, criação de quilombos e mocambos etc. A resistência contra a escravidão já começava no embarque
dos africanos nos navios negreiros. O risco de revoltas dos africanos nos navios negreiros era tão alto que os traficantes de
escravos diminuíam, deliberadamente, as porções de comida para reduzir as possibilidades de revoltas, que aconteciam,
geralmente, quando o navio estava próximo da costa. As revoltas dos africanos nos navios negreiros eram tão comuns que
os traficantes tinham na tripulação do navio intérpretes que falavam os idiomas dos africanos e poderiam alertar em caso de
possibilidade de revolta dos aprisionados. As revoltas, porém, não se resumiam apenas aos navios negreiros.
- As fugas eram uma outra estratégia utilizada pelos escravos e poderiam ser individuais e coletivas. As fugas individuais
eram mais complicadas, porque aquele que a realizasse só conseguiria ter sucesso caso se embrenhasse no mato e lá
sobrevivesse. Muitos procuravam alcançar grandes quilombos estabelecidos. As fugas individuais tornaram-se uma
estratégia comum no século XIX, como as fugas dos escravos eram constantes. As fugas foram uma estratégia de resistência
muito comum nas décadas de 1870 e 1880, por conta do fortalecimento do movimento abolicionista. Os escravos sentiam-
se motivados a fugir e muitas vezes eram de fatos incentivados por outros escravos que haviam fugido ou por integrantes de
associações abolicionistas, que davam suporte para escravos que fugiam.

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32
- Outra forma de resistência dos escravos foi com a formação de quilombos e mocambos. As duas palavras têm origem em
idiomas africanos. Mocambo significa “esconderijo”, enquanto que quilombo era utilizado para se referir a um acampamento
militarizado. Essa estrutura surgiu no Brasil, em meados do século XVI, e se popularizou depois do Quilombo dos Palmares.
- A resistência também incluía suicídios, abortos (para impedir que seus filhos fossem escravizados) e a simples
desobediência.

1. O que o texto diz que foi uma resposta à escravidão que foi uma instituição
presente na história do Brasil ao longo de mais de 300 anos?
2. Segundo o texto, como a sociedade brasileira foi constituída?
3. Como a escravidão é caracterizada no texto?
4. Como a texto descreve a migração forçada dos africanos para o Brasil?
5. Quais os tipos de trabalhos que os africanos foram usados como escravos
no Brasil?
6. Engana-se quem acredita que os africanos foram escravizados
passivamente. Que meios os africanos usaram como forma de resistência à
escravidão?
7. Como era a resistência negra por meio de revoltas?
8. Quando começava a resistência dos africanos à escravidão?
9. Como os portugueses tentavam conter as revoltas dos africanos nos navios?
10. Como eram a resistência negra por meio de fuga?
11. O que motivava as fugas individuais?
12. O que significa mocambo?
13. O que significa quilombo?
14. Qual foi o quilombo mais popular do Brasil?

16. Pesquise o nome e história da


15. Quais tipos de resistências são ilistrados nas imagens acima? personagem acima.

PLANO DE AULA - 13
ESCOLA ESTADUAL __________________________________ Ano: ________
Ano de escolaridade: 8° ANO
Período: ( ) 1 aula ( ) 2 aulas ( X ) 3 aulas
Área de Conhecimento: Humanas Componente Curricular: História
Habilidade(s)/ Código(s) Alfanumérico(s): (EF08HI19) Formular questionamentos sobre o legado
da escravidão nas Américas, com base na seleção e consulta de fontes de diferentes naturezas.
(EF08HI20) Identificar e relacionar aspectos das estruturas sociais da atualidade com os legados
da escravidão no Brasil e discutir a importância de ações afirmativas.
Atividades de Atividades de Sistematização Atividades de Consolidação Atividades de Retomada
Introdução Avaliação
Introdução do tema e - Discutir o legado da escravidão nas Reconhecer a grande -
sondagem. Américas, questionando as “justificativas” desigualdade que atinge as
da escravidão negra e sua existência por populações afrodescendentes
O Brasil no século XIX tempo tão demorado no Brasil e também nos países latino-americanos ,
O escravismo em Cuba (1888 e 1886, respectivamente). por meio de pesquisa e
no Brasil do século - Lei de Terras (1850) – esta legislação análise do Índice de
XIX: plantations e tornou praticamente inviável aos pobres Desenvolvimento Humano
revoltas de (negros libertos, mestiços, indígenas e (IDH).
escravizados, quilombolas) a propriedade da terra, o que
abolicionismo e trouxe insegurança e desamparo a essas
políticas migratórias no populações.
Brasil Imperial

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- Associar a herança da escravidão - Identificar as marcas da escravidão na sociedade local, o que pode ser feito de
ao preconceito enraizado na várias maneiras: - identificar apelidos com carga negativa (“negão”, “tição” etc.): as
sociedade brasileira, bem como pessoas que recebem esses apelidos se sentem confortáveis com esse tipo de
perceber que a consequente identificação? - mapear os bairros com maior concentração de população negra: qual
desigualdade e pobreza que assola é o nível socioeconômico de seus moradores? Por que o negro é relacionado à
a maioria da população nacional periferia? - detectar a presença de negros em propagandas ou programas de
precisa ser compreendida em sua televisão, e anúncios de revistas, comparando com a presença de brancos, em que
dimensão etnorracial, daí a contexto os negros aparecem como protagonistas ou coadjuvantes? - verificar, em
importância das ações afirmativas. sua cidade de vivência, como é o convívio com pessoas de religião de matriz
africana: há preconceito religioso?

1ª aula- Aula expositiva –Sobre as leis abolicionistas


2ª aula – Estudar o texto para o Bingo
3ª aula ––– Bingo, para fechamento de conteúdo.
Objetivos: Estimular a aprendizagem, valorizar o estudo e a atenção, estimular o raciocínio rápido e
autoconfiança, segurança. Despertar também o espírito de vencedor, conquistador.
Procedimento:
1- O professor fará quantas afirmativas quiser (50) afirmativas.
2- Falar as afirmativas, duas vezes e o número sorteado. (não repetir mais que duas vezes),
3-Se o aluno concordar com a afirmativa, marca no nº correspondente V se não concordar marca no
mesmo nº F
4- só fazer à caneta, não olhar para os lados.
5- Quem acertar mais questões faz BINGO e além da nota ganha um brinde que o prof
decidir. (eu dobro a nota-fica, como nota extra)
Competências: resolução de problemas inéditos - analisar, deduzir, antecipar, explicar, avaliar,
generalizar, aplicar, inferir, abstrair, resolver, criticar, prognosticar, concluir.

Texto 1:
Histórico da legislação abolicionista
- Em 1825, a Inglaterra reconheceu oficialmente a independência do Brasil. O então embaixador inglês no Rio de Janeiro
encarregou-se de iniciar conversações relativas aos interesses britânicos. Estas negociações terminaram ratificadas em março
de 1827. Além da renovação dos Tratados de 1810, o governo brasileiro assumiu o compromisso de encerrar o tráfico negreiro
a partir de março de 1830. Este tratado irritou profundamente os proprietários agrícolas escravocratas, pela cláusula da abolição
do comércio negreiro. Já em pleno período regencial, a Regência Trina Permanente promulgou a lei de novembro de1831, que
proibia o tráfico de escravos. Legalmente o tráfico foi abolido nesse momento, mas os africanos continuaram a entrar aos
milhares. Apoiados pelos fazendeiros, os traficantes resistiram à medida.
Mas a lei deu aos ingleses o direito de visita aos navios suspeitos de tráfico de escravos. Os traficantes adotaram então a prática
de jogar os africanos no mar, quando percebiam que estavam para ser abordados.
Em 1845 expirou o prazo que os ingleses haviam ganho de visita e busca, com a lei de 1831. Nesse momento o parlamento
inglês votou unilateralmente o Bill Aberdeen, que declarava legal os ingleses poderem apreender qualquer navio suspeito de
tráfico de escravos. Houve casos em que os ingleses apresaram navios em mar territorial brasileiros. O Bill Aberdeen gerou
efeitos contrários aos esperados pela Inglaterra porque se teve os números de africanos entrados no Brasil, a partir de 1845,
cresceu enormemente.
Pouco depois da aprovação da lei que extinguiu o tráfico, era chefe de polícia da cidade do Rio de Janeiro, Eusébio de Queiroz
Mattoso, tendo ocupado o cargo até 1844. Ele era o encarregado, dentre outras funções, pela fiscalização dos portos. Em 1850,
Eusébio de Queiroz foi o autor do projeto de lei antitráfico que entrou em vigor em 4 de setembro de 1850.
(ALENCAR, Chico e alli. História da sociedade brasileira. 13º ed. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1996)

Texto 2:
Desde 1850, com a promulgação da Lei Eusébio de Queirós, o tráfico atlântico de escravos ficou proibido no país. Em 1853,
no entanto, foram encontrados negros recém-chegados da África nas terras de Manoel de Aguiar Vallim, um dos homens mais
ricos de seu tempo. Em meados do século XIX ele possuía mais de 650 escravos e era dono no município de Bananal, São

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Paulo, da suntuosa fazenda Resgate. Os africanos encontrados nas terras de Vallim faziam parte de um grande carregamento
desembarcado clandestinamente no porto de Bracuhy, em Angra dos Reis, na província do Rio de Janeiro. Vallim e outro
poderoso cafeicultor, o coronel Joaquim José de Souza Breves, foram acusados de burlar a lei. Ao que tudo indica, comerciavam
escravos havia muito, ainda quando o tráfico era permitido, prática que dera origem a parte de suas fortunas. Aparentemente
não acreditaram que a Lei de 1850 e, através de alguns expedientes e de grande influência, os dois acusados conseguiram que
a queixa contra eles fosse retirada.FARIA, Sheila de Castro. Os barões do Brasil. In: Revista de História da Biblioteca Nacional. Ano 1, nº 2,

Texto 3:
A partir de meados do século XIX, os ingleses começaram a pressionar o Brasil para que fosse abolida a escravidão em nosso
país. Embora os britânicos alegassem propósitos humanitários, os interesses econômicos estavam presentes e evidentes. Para
os ingleses, o fim da escravidão ampliaria o mercado consumidor no Brasil, uma vez que os ex-escravos teriam renda para o
consumo dos produtos britânicos.
As pressões internas também eram grandes a favor da abolição da escravatura. A partir de 1880, várias manifestações
populares ocorreram em diversas regiões do Brasil. Intelectuais e integrantes da classe média urbana eram os principais grupos
que, através de manifestações, exigiam o fim da escravidão.
Além do mais, ocorriam fugas e revoltas de escravos, principalmente na região Sudeste do Brasil.
Foi neste contexto histórico que os políticos brasileiros foram, aos poucos, aprovando leis que "amenizavam" os efeitos da
escravidão no Brasil.
Lei do Ventre Livre
Aprovada em 1871, foi a primeira lei abolicionista da História do Brasil. De acordo com esta lei, os filhos de escravas, nascidos
após a promulgação da lei, ganhariam a liberdade. Porém, o liberto deveria permanecer trabalhando na propriedade do senhor
até 21 anos de idade.
Foi uma lei paliativa e que recebeu muitas críticas negativas dos abolicionistas. O principal argumento era de que estes “libertos”
tinham que trabalhar para seus “donos” durante a fase mais produtiva da vida. Logo, os senhores iriam explorar ao máximo esta
mão-de-obra até ela ganhar a liberdade.
Lei dos Sexagenários
Promulgada pelo governo brasileiro em 1885, esta lei dava liberdade aos escravos com mais de 65 anos de idade.
Esta lei também recebeu muitas críticas, pois dificilmente um escravo chegava a esta idade com as péssimas condições de
trabalho que tinham durante a vida. Vale lembrar que a expectativa de vida de um escravo neste período era em torno de 40
anos de idade.
Esta lei acabava por beneficiar os proprietários de escravos, pois se livravam de trabalhadores pouco produtivos, cansados e
doentes, economizando assim em alimentação e moradia.
Lei Áurea
Promulgada em 1888 pela Princesa Isabel, esta lei aboliu definitivamente a escravidão no Brasil.
Porém, a liberdade não garantiu aos ex-escravos melhorias significativas em suas vidas. Como o governo não se preocupou
em integrá-los à sociedade, muitos enfrentaram diversas dificuldades para conseguir emprego, moradia, educação e outras
condições fundamentais de vida. Vale lembrar que muitos fazendeiros preferiram importar mão-de-obra europeia à contratar os
ex-escravos como assalariados.

Afirmativas para o BINGO


1. (V) A Inglaterra foi o 1º país a reconheceu oficialmente a independência do Brasil.
2. (V) Depois de receber o apoio da Inglaterra na questão da independência, o governo brasileiro assumiu o
compromisso de encerrar o tráfico negreiro.
3. (F) O tratado para o fim do tráfico negreiro irritou profundamente os proprietários agrícolas, mas os escravocratas
apoiaram a decisão.
4. (V) Mesmo com a lei que proibia o comercio negreiro, os escravos continuaram a ser trazidos para o Brasil.
5. (V) Apoiados pelos fazendeiros, os traficantes resistiram à medida que abolia o tráfico negreiro.
6. (V) A lei contra o tráfico Negreiro deu aos ingleses o direito de visita aos navios suspeitos de tráfico de escravos.
Os traficantes adotaram então a prática de jogar os africanos no mar, quando percebiam que estavam para ser
abordados.
7. (V) A lei Bill Aberdeen declarava legal, os ingleses poderem apreender qualquer navio suspeito de tráfico de
escravos.
8. (V) A Lei Bill Aberdeen gerou efeitos contrários aos esperados pela Inglaterra porque se teve os números de
africanos entrados no Brasil, a partir de 1845, cresceu enormemente.
9. (V) Em 1850, Eusébio de Queiroz foi o autor do projeto de lei antitráfico.
10. (F) Desde 1850, com a promulgação da Lei Eusébio de Queirós, o tráfico atlântico de escravos ficou permitido
apenas para alguns países no país.
11. (V) Mesmo com a proibição do tráfico negreiro alguns fazendeiros conseguiam burlar a lei.
12. (F) Portugal e a Inglaterra apoiaram o fim da escravidão no Brasil.
13. (V) Embora os britânicos alegassem propósitos humanitários, os interesses econômicos estavam presentes e
evidentes, porque com a libertação dos escravos eles teriam mais consumidores para seus produtos
industrializados.
14. (V) Para os ingleses, o fim da escravidão ampliaria o mercado consumidor no Brasil, uma vez que os ex-escravos
teriam renda para o consumo dos produtos britânicos.
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15. (F) A partir de 1880, várias manifestações populares ocorreram em diversas regiões do Brasil. Intelectuais e
integrantes da classe média urbana e a elite agrária eram os principais grupos que, através de manifestações,
exigiam o fim da escravidão.
16. (V) As fugas e revoltas de escravos, principalmente na região Sudeste do Brasil, eram uma forma de resistência á
escravidão.
17. (V) Diante de pressões para o fim da escravidão os políticos brasileiros foram, aos poucos, aprovando leis que
"amenizavam" os efeitos da escravidão no Brasil.
18. (V) Com a Lei do Ventre Livre os filhos de escravas, nascidos após a promulgação da lei, ganhariam a liberdade.
19. (V) De acordo com a lei do ventre livre, mesmo liberto, o negro deveria permanecer trabalhando na propriedade
do senhor até 21 anos de idade.
20. (V) A Lei do Ventre Livre foi criticada porque os “libertos” tinham que trabalhar para seus “donos” durante a fase
mais produtiva da vida.
21. (F) A Lei dos Sexagenários dava liberdade aos escravos com mais de 45 anos de idade
22. (F) Esta lei também recebeu muitas críticas, pois dificilmente um escravo chegava a idade de 45 anos, devido as
péssimas condições de trabalho que tinham durante a vida.
23. (V) A expectativa de vida de um escravo neste período era em torno de 40 anos de idade.
24. (V) A lei dos sexagenários beneficiava os proprietários de escravos, pois se livravam de trabalhadores pouco
produtivos, cansados e doentes, economizando assim em alimentação e moradia.
25. (F) Lei Áurea foi promulgada em 1500, pela Princesa Isabel.
26. (V) A lei Aurea aboliu definitivamente a escravidão no Brasil.
27. (F) A liberdade garantiu aos ex-escravos melhorias significativas em suas vidas.
28. (V) O governo não se preocupou em integrar os negros libertos à sociedade, por isso, muitos enfrentaram
diversas dificuldades para conseguir emprego, moradia, educação e outras condições fundamentais de vida.
29. (V) Muitos fazendeiros preferiram importar mão-de-obra europeia à contratar os ex-escravos como assalariados.
30. A lei Áurea foi a única lei abolicionista no Brasil.

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PLANO DE AULA - 14
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Período: ( ) 1 aula ( ) 2 aulas ( X ) 3 aulas
Área de Conhecimento: Humanas Componente Curricular: História
Habilidade(s)/ Código(s) Alfanumérico(s): (EF08HI19) Formular questionamentos sobre o legado
da escravidão nas Américas, com base na seleção e consulta de fontes de diferentes naturezas.
(EF08HI20) Identificar e relacionar aspectos das estruturas sociais da atualidade com os legados
da escravidão no Brasil e discutir a importância de ações afirmativas.
Atividades de Atividades de Sistematização Atividades de Consolidação Atividades de Retomada
Introdução Avaliação
Introdução do tema e - Discutir o legado da escravidão nas Reconhecer a grande Entender a Lei de -
sondagem. Américas, questionando as “justificativas” desigualdade que atinge as Terras (1850) –
da escravidão negra e sua existência por populações afrodescendentes esta legislação
O Brasil no século XIX tempo tão demorado no Brasil e também nos países latino-americanos , tornou
O escravismo em Cuba (1888 e 1886, respectivamente). por meio de pesquisa e praticamente
no Brasil do século - Lei de Terras (1850) – esta legislação análise do Índice de inviável aos
XIX: plantations e tornou praticamente inviável aos pobres Desenvolvimento Humano pobres (negros
revoltas de (negros libertos, mestiços, indígenas e (IDH). libertos, mestiços,
escravizados, quilombolas) a propriedade da terra, o que indígenas e
abolicionismo e trouxe insegurança e desamparo a essas quilombolas) a
políticas migratórias no populações. propriedade da
Brasil Imperial terra, o que trouxe
insegurança e
desamparo a
essas
populações.
- Associar a herança da escravidão - Identificar as marcas da escravidão na sociedade local, o que pode ser feito de
ao preconceito enraizado na várias maneiras: - identificar apelidos com carga negativa (“negão”, “tição” etc.): as
sociedade brasileira, bem como pessoas que recebem esses apelidos se sentem confortáveis com esse tipo de
perceber que a consequente identificação? - mapear os bairros com maior concentração de população negra: qual
desigualdade e pobreza que assola é o nível socioeconômico de seus moradores? Por que o negro é relacionado à
a maioria da população nacional periferia? - detectar a presença de negros em propagandas ou programas de
precisa ser compreendida em sua televisão, e anúncios de revistas, comparando com a presença de brancos, em que
dimensão etnorracial, daí a contexto os negros aparecem como protagonistas ou coadjuvantes? - verificar, em
importância das ações afirmativas. sua cidade de vivência, como é o convívio com pessoas de religião de matriz
africana: há preconceito religioso?

1ª aula – Estudo de texto –- Lei de Terras de 1850 no Brasil


2ª aula - - Entender a Lei de Terras (1850) – esta legislação tornou
praticamente inviável aos pobres (negros libertos, mestiços, indígenas e
quilombolas) a propriedade da terra, o que trouxe insegurança e desamparo a
essas populações.
3ª aula – Correção
1 Dom. Pedro II 2 segundo império, 3compra, 4impostos, 5cafe, 6.exportação, 7pobres, 8lei das terras, 9
posse, 10 latifúndios, 11 privada, 12 oligarquico, 13 renda, 14 subsistencia, 15. Economia
1. Reforma agrária
2. - Lei de Terras (1850) – esta legislação tornou praticamente inviável aos pobres (negros libertos,
mestiços, indígenas e quilombolas) a propriedade da terra, o que trouxe insegurança e desamparo a
essas populações.

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38
Consequências
- Possibilitou a manutenção da concentração de terras no
A Lei de Terras, sancionada por Dom. Pedro II em setembro de Brasil e formação dos grandes latifúndios.
1850, foi uma lei que determinou parâmetros e normas sobre a - A Lei de Terras regulamentou a propriedade privada,
posse, manutenção, uso e comercialização de terras no período principalmente na área agrícola do Brasil.
do Segundo Reinado. Ficava proibido comercializar terras - Aumentou o poder oligárquico e suas ligações políticas
devolutas [pertencentes ao Estado] com o governo imperial.
Objetivos da Lei de Terras - Dificultou o acesso de pessoas de baixa renda às terras.
- Estabelecer a compra como única forma de obtenção de terras Muitas perderam suas terras e sua fonte de subsistência.
públicas. Desta forma, inviabilizou os sistemas de posse ou Restou a estas apenas o trabalho como empregadas nas
doação para transformar uma terra em propriedade privada. grandes propriedades rurais, aumentando assim a disponibilidade
- O governo imperial pretendia arrecadar mais impostos e taxas de mão-de-obra.
com a criação da necessidade de registro e demarcação de - Aumentou os investimentos do governo imperial na política
terras. Esses recursos tinham como destino o financiamento da de estimulo à entrada de mão-de-obra estrangeira,
imigração estrangeira, voltada para a geração de mão-de-obra, principalmente europeia, no Brasil.
principalmente, para as lavouras de café. Vale lembrar que o - Favoreceu a expansão da economia cafeeira no Brasil, na
tráfico de escravos já era uma realidade que diminuía cada vez medida em que a Lei de Terras favoreceu a elite agrária
mais a disponibilidade de mão-de-obra escrava. brasileira, principalmente da região Sudeste.
- Dificultar a compra ou posse de terras por pessoas pobres, - Lei de Terras (1850) – esta legislação tornou
favorecendo o uso destas para fins de produção agrícola voltada praticamente inviável aos pobres (negros libertos,
para a exportação. Este objetivo foi alcançado pelo governo, pois mestiços, indígenas e quilombolas) a propriedade da
esta lei provocou o aumento significativo nos preços das terras terra, o que trouxe insegurança e desamparo a essas
no Brasil. populações.
- Favorecer os grandes proprietários rurais, que passavam a ser - Lei de Terras (1850) – esta legislação tornou
os únicos detentores dos meios de produção agrícola, praticamente inviável aos pobres (negros libertos,
principalmente a terra, no Brasil.
mestiços, indígenas e quilombolas) a propriedade da
- Tornar as terras um bem comercial (fonte de lucro), tirando
delas o caráter de status social derivado da simples posse.
terra, o que trouxe insegurança e desamparo a essas
populações.
Complete as lacunas e preencha a cruzadinha -
1. A Lei de Terras, sancionada por __________________em setembro
12 L de 1850
2. A Lei de Terras determinou parâmetros e normas sobre a posse,
1 E manutenção, uso e comercialização de terras no período
do____________________________.
4 I 3. A Lei de Terras estabeleceu a _____________como única forma de
obtenção de terras públicas. Desta forma, inviabilizou os sistemas de
14 S posse ou doação para transformar uma terra em propriedade privada.
4. O governo imperial pretendia arrecadar mais ______________e
13 taxas com a criação da necessidade de registro e demarcação de
terras.
2 D 5. Os imigrantes estrangeiros, como os italianos, foram mão-de-obra,
principalmente, para as lavouras de ________________
6 E 6. Dificultar a compra ou posse de terras por pessoas pobres, favoreceu
o uso das terras para fins de produção agrícola voltada para
15 7.
a_______________________.
A Lei de Terras provocou o aumento significativo nos preços das
10 T terras no Brasil, isso excluiu os __________da propriedade privada
da terra no Brasil.
9 E 8. A _____________________favoreceu os grandes proprietários
rurais, que passavam a ser os únicos detentores dos meios de
11 R 9.
produção agrícola, principalmente a terra, no Brasil.
A Lei de Terras tornou as terras um bem comercial (fonte de lucro),
3 R tirando delas o caráter de status social derivado da
simples_______________.
5 A 10. A Lei de Terras Possibilitou a concentração de terras no Brasil e
formação dos grandes______________.
7 S 11. A Lei de Terras regulamentou a propriedade_____________,
principalmente na área agrícola do Brasil.
8 12. A Lei de Terras aumentou o poder ________________e suas
ligações políticas com o governo imperial.
13. A Lei de Terras dificultou o acesso de pessoas de baixa ________às
terras.
14. Com a Lei de Terras muitas pessoas perderam suas terras e sua
fonte de_________________.
15. A Lei de Terras favoreceu a expansão da __________cafeeira no
Brasil.

16. 1. Que palavra descreve a necessidade diminuir a concentração


de terras no Brasil?
2. Quais os 2. Quais foram os mais prejudicados pela Lei das Terras?

Cláudia Rodrigues Proibido reprodução e postagem


39
PLANO DE AULA - 15
ESCOLA ESTADUAL __________________________________ Ano: ________
Ano de escolaridade: 8° ANO
Período: ( ) 1 aula ( ) 2 aulas ( X ) 3 aulas
Área de Conhecimento: Humanas Componente Curricular: História
Habilidade(s)/ Código(s) Alfanumérico(s): (EF08HI19) Formular questionamentos sobre o legado da escravidão nas
Américas, com base na seleção e consulta de fontes de diferentes naturezas. (EF08HI20) Identificar e relacionar aspectos
das estruturas sociais da atualidade com os legados da escravidão no Brasil e discutir a importância de ações afirmativas.
Atividades de Introdução Atividades de Sistematização Atividades de Consolidação Atividades de Retomada
Avaliação
Introdução do tema e - Discutir o legado da escravidão nas Américas, Reconhecer a grande Associar a -
sondagem. questionando as “justificativas” da escravidão desigualdade que atinge as herança da
O Brasil no século XIX negra e sua existência por tempo tão demorado populações afrodescendentes nos escravidão ao
O escravismo no no Brasil e também em Cuba (1888 e 1886, países latino-americanos , por preconceito
Brasil do século XIX: respectivamente). meio de pesquisa e análise do enraizado na
plantations e revoltas de - Lei de Terras (1850) – esta legislação tornou Índice de Desenvolvimento sociedade
escravizados, praticamente inviável aos pobres (negros Humano (IDH). brasileira
abolicionismo e políticas libertos, mestiços, indígenas e quilombolas) a
migratórias no Brasil propriedade da terra, o que trouxe insegurança
Imperial e desamparo a essas populações.
- Associar a herança da escravidão ao - Identificar as marcas da escravidão na sociedade local, o que pode ser feito de várias
preconceito enraizado na sociedade maneiras: - identificar apelidos com carga negativa (“negão”, “tição” etc.): as pessoas que
brasileira, bem como perceber que a recebem esses apelidos se sentem confortáveis com esse tipo de identificação? - mapear os
consequente desigualdade e pobreza bairros com maior concentração de população negra: qual é o nível socioeconômico de seus
que assola a maioria da população moradores? Por que o negro é relacionado à periferia? - detectar a presença de negros em
nacional precisa ser compreendida em propagandas ou programas de televisão, e anúncios de revistas, comparando com a presença
sua dimensão etnorracial, daí a de brancos, em que contexto os negros aparecem como protagonistas ou coadjuvantes? -
importância das ações afirmativas. verificar, em sua cidade de vivência, como é o convívio com pessoas de religião de matriz
africana: há preconceito religioso?

1ª aula – Estudo de texto –- Desigualdade como legado da escravidão no Brasil -


2ª aula - Associar a herança da escravidão ao preconceito enraizado na
sociedade brasileira
3ª aula – Correção
1.Trazidos da África desde o início do século XVI, trabalhadores escravos negros tiveram importante papel na economia do Brasil até o século XIX e
ajudaram a compor nossa cultura.
2. Diáspora Africana é a denominação dada a um fenômeno sociocultural e histórico ocorrido nos países africanos, caracterizado pela imigração forçada
da população africana a países que adotavam a mão de obra escrava.
3. Brasil
4. Por mais de trezentos anos.
5. escravistas complexas impactos, legados, cultura, identidade, etnicidade, pilares étnicos, cultural, contribuição, cultura, religiosidade,
multiculturalidade, culinária, musicalidade, dança, trabalho, açúcar, ouro, pecuária, café//, imprescindível, colônia, Imperial, escravidão, mazelas,
segregação.
6. “Os problemas de racismo historicamente ocorridos no Brasil foram cobertos por uma roupagem demagógica e hipócrita que não contribui para
enfrentá-los, a exemplo do ocorrido nos Estados Unidos ou na África do Sul. Nosso ‘apartheid’ continua invisível”.
7. O negro pós-abolição percebeu-se desprovido de terra, do acesso à educação de qualificação profissional. “Restou àqueles milhões de africanos e
afro-brasileiros ‘sem sobrenome’ buscar as periferias urbanas como local de moradia, o trabalho nas estradas de ferro, nas docas, ou permanecer junto a
seus antigos senhores em situação semelhante à escravidão.”
8. O conceito de democracia racial retira a escravidão da ótica da dominação.
9. O mestiço afro-brasileiro comprovaria a mistura entre os diferentes em nosso país, atestando, assim, que não somos racistas.
10. Pela visão idealizada de um passado de relação harmônica entre os diversos grupos étnicos.
11. Na educação, no mercado de trabalho, na política e em outras importantes esferas da sociedade brasileira, a população negra tem menos
oportunidades.
12. Naturalização da desigualdade.
13. Porque ao mesmo tempo que se dizia moderno, manteve em seus quadros legais a escravidão dos africanos.
14. Composto por meios cidadãos (os ex-escravos ou libertos) e não cidadãos (os cativos).
15. A naturalização da desigualdade social é tratada no livro, em que o autor expõe o drama histórico da sociedade brasileira: a reprodução de uma
sociedade que considera normal e aceitável ter “gente” de um lado e “subgente” de outro; uma sociedade discriminatória que classifica seres humanos
em diferentes categorias, de acordo com sua posição econômica.
16. A cerca de especificidades da situação social do negro no Brasil, ao longo de toda a vida, a população negra é a que mais sofre com o mau
atendimento do sistema de saúde e termina por viver menos.
17. Bebês negros nascem com peso inferior a bebês brancos e têm maior probabilidade de morrer antes de completarem um ano de idade.
18. São também os brasileiros negros que apresentam as mais altas taxas de repetência na escola, o que muitas vezes os leva a abandonar os estudos
em níveis educacionais inferiores aos dos brancos.
19. Jovens negros morrem de forma violenta em maior número que jovens brancos.
20. Jovens negros têm probabilidades menores de encontrar um emprego. Quando empregados, recebem menos da metade do salário pago aos
brancos, aposentam-se mais tarde e com rendimentos inferiores.
21. As tentativas de redução das desigualdades étnico-raciais em nosso país, expressas principalmente por políticas públicas afirmativas.
22. Sistema de cotas.
23. “discriminação positiva”,
24. O sistema determina, devendo ser metade das vagas nas universidades separadas para tais cotas (25% do total de vagas destinados aos
estudantes negros, pardos ou indígenas, de acordo com a proporção dessas populações em cada Estado, e 25% destinados aos estudantes que tenham
feito todo o segundo grau em escolas públicas e cujas famílias tenham renda per capita de até um salário mínimo e meio).
25. Os que não precisam delas.
26. Ainda é marginalizada.
Cláudia Rodrigues Proibido reprodução e postagem
40
Fonte: Univesp
Trazidos da África desde o início do século XVI, trabalhadores escravos negros tiveram importante papel na economia do
Brasil até o século XIX e ajudaram a compor nossa cultura. Embora os números da chamada “diáspora africana” não sejam
precisos, é consenso que nosso país foi o destino mais frequente dos milhões de homens e mulheres feitos cativos no
continente africano, por mais de trezentos anos. (Diáspora Africana é a denominação dada a um fenômeno sociocultural e
histórico ocorrido nos países africanos, caracterizado pela imigração forçada da população africana a países que adotavam
a mão de obra escrava) “As relações escravistas no Brasil foram complexas e seus impactos culturais são inúmeros”. É
preciso lançar pelo menos dois olhares sobre os legados da escravidão no Brasil. O primeiro ponto seria os aspectos
formadores da cultura, da identidade e da etnicidade brasileiras, pois o negro africano constitui um dos pilares étnicos de
nossa formação social e cultural. Sua contribuição está imbricada na cultura geral, na religiosidade, na multiculturalidade
étnica, na culinária, na musicalidade, na dança e nas demais expressões artísticas. O segundo ponto seria a presença
determinante do trabalho negro nos principais ciclos produtivos da história brasileira: açúcar, ouro, pecuária, café, entre
outros. O escravo tornou-se imprescindível ao funcionamento da colônia e, mais tarde, do Brasil Imperial. Ao mesmo tempo,
a escravidão produziu mazelas históricas em nosso país que dificilmente poderão ser reparadas. Uma dessas marcas é a
segregação étnico-racial.
- Democracia racial - Após a abolição, a segregação dos negros foi estrategicamente silenciosa. “Os problemas de racismo
historicamente ocorridos no Brasil foram cobertos por uma roupagem demagógica e hipócrita que não contribui para enfrentá-
los, a exemplo do ocorrido nos Estados Unidos ou na África do Sul. Nosso ‘apartheid’ continua invisível”. O negro pós-
abolição percebeu-se desprovido de terra, do acesso à educação de qualificação profissional. “Restou àqueles milhões de
africanos e afro-brasileiros ‘sem sobrenome’ buscar as periferias urbanas como local de moradia, o trabalho nas estradas de
ferro, nas docas, ou permanecer junto a seus antigos senhores em situação semelhante à escravidão.”
Além disso, os governos republicanos disseminaram a ideia de uma “democracia racial” em nosso país. O historiador,
sociólogo e antropólogo Gilberto Freyre, nos livros Casa Grande e Senzala e Sobrados e Mocambos, deu sua colaboração
para isso. O conceito de democracia racial retira a escravidão da ótica da dominação. O mestiço afro-brasileiro comprovaria
a mistura entre os diferentes em nosso país, atestando, assim, que não somos racistas. A partir da ideia de que vivemos
numa democracia racial, “o preconceito e o racismo foram mascarados pela visão idealizada de um passado de relação
harmônica entre os diversos grupos étnicos”.
Na educação, no mercado de trabalho, na política e em outras importantes esferas da sociedade brasileira, a população
negra tem menos oportunidades. Esse fato seria estrutural, estruturante e histórico em nosso país.
Naturalização da desigualdade - Uma herança da escravidão particularmente sentida até os dias atuais seria a
naturalização da desigualdade em nossa sociedade, explica Ricardo Alexandre Ferreira, doutor em História e professor da
Universidade Estadual Paulista (Unesp – Campus Franca). O Brasil do século XIX passou a manejar os novos ideais de
liberdade e igualdade apregoados no mundo ocidental e, ao mesmo tempo, manteve em seus quadros legais a escravidão
dos africanos. Nascia um país “moderno” que afirmava não poder se desvencilhar imediatamente do cativeiro. Nascia um
país “livre e igual”, composto por meios cidadãos (os ex-escravos ou libertos) e não cidadãos (os cativos). “Esse legado, não
menos importante do que os vinculados à arte, à culinária, à construção de edificações, à religião, enfim, ao desenvolvimento
de uma cultura mestiça, acabou por nos marcar efetivamente como um povo que tem desigualdade enraizada em sua
cultura”, pontua Ferreira. A naturalização da desigualdade social é tratada no livro A Ralé Brasileira, de Jessé Souza,
professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em que o autor expõe o drama histórico da sociedade brasileira:
a reprodução de uma sociedade que considera normal e aceitável ter “gente” de um lado e “subgente” de outro; uma
sociedade discriminatória que classifica seres humanos em diferentes categorias, de acordo com sua posição econômica.
Acontece que, no Brasil, por processos históricos ligados à escravidão, a desigualdade social está muito atrelada à questão
étnico-racial. De acordo com dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), de 1995 a 2005, acerca de
especificidades da situação social do negro no Brasil, ao longo de toda a vida, a população negra é a que mais sofre com o
mau atendimento do sistema de saúde e termina por viver menos.
Devido à situação de pobreza em que a população negra está majoritariamente inserida, bebês negros nascem com peso
inferior a bebês brancos e têm maior probabilidade de morrer antes de completarem um ano de idade, além de menor
probabilidade de frequentar uma creche. São também os brasileiros negros que apresentam as mais altas taxas de repetência
na escola, o que muitas vezes os leva a abandonar os estudos em níveis educacionais inferiores aos dos brancos. Jovens
negros morrem de forma violenta em maior número que jovens brancos e têm probabilidades menores de encontrar um
emprego. Quando empregados, recebem menos da metade do salário pago aos brancos, aposentam-se mais tarde e com
rendimentos inferiores. No que diz respeito ao quadro pós-abolição, os números ainda são implacáveis quando se trata de
estabelecer parâmetros sobre os negros e pardos no Brasil: índices de escolaridade, empregabilidade, vulnerabilidade social,
entre outros, denunciam o legado desigualdade da nossa história.
Tentativas de suprir as desigualdades étnico-raciais - Observam-se, sobretudo na última década, tentativas de redução
das desigualdades étnico-raciais em nosso país, expressas principalmente por políticas públicas afirmativas. Um exemplo
desse tipo de política, conhecido também como “discriminação positiva”, é o sistema de cotas universitárias. O sistema
determina cotas raciais e sociais nas universidades públicas federais de todo o país, devendo ser metade das vagas nas
universidades separadas para tais cotas (25% do total de vagas destinados aos estudantes negros, pardos ou indígenas, de
acordo com a proporção dessas populações em cada Estado, e 25% destinados aos estudantes que tenham feito todo o
segundo grau em escolas públicas e cujas famílias tenham renda per capita de até um salário mínimo e meio).
A criação, em 2003, da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR), órgão do Poder Executivo,
demonstra a importância dos problemas atuais envolvendo a desigualdade e o preconceito no país. Assinala, também, que
o efetivo alcance da democracia é um assunto tão complexo e difícil como a relação do negro com a História do Brasil.

Cláudia Rodrigues Proibido reprodução e postagem


41
14. No Brasil do século XIX, nascia um país “moderno”
que afirmava não poder se desvencilhar imediatamente
1. Qual foi a importância dos africanos no Brasil? do cativeiro. Nascia um país “livre e igual”. Como eram os
2. O que foi a “Diáspora africana”? cidadãos dessa época?
3. Que país foi o destino mais frequente da 15. Copie o trecho que fala do que é tratado no livro “A
migração forçada de africanos? Ralé Brasileira”, de Jessé Souza, professor da
4. Por quanto tempo os negros foram escravizados Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
no Brasil? 16. No Brasil, por processos históricos ligados à
5. Complete: escravidão, a desigualdade social está muito atrelada à
“As relações __________________no Brasil questão étnico-racial. Quanto à saúde, qual é o resultado
foram ______________e seus dos dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
___________culturais são inúmeros”. É preciso (Ipea), de 1995 a 2005?
lançar pelo menos dois olhares sobre os 17. Devido à situação de pobreza em que a população
___________da escravidão no Brasil. O primeiro negra está majoritariamente inserida, a população negra
ponto seria os aspectos formadores vive menos que a branca. Quanto à mortalidade infantil,
da____________, da ____________e da qual é o resultado dos dados do Instituto de Pesquisa
___________brasileiras, pois o negro africano Econômica Aplicada (Ipea), de 1995 a 2005?
constitui um dos __________ ___________de 18. Quanto à escolaridade, qual é o resultado dos dados
nossa formação social e ________________. Sua do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), de
________________está imbricada na 1995 a 2005?
_____________geral, na ________________, na 19. Quanto à violência, qual é o resultado dos dados do
_________________ étnica, na ___________, na Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), de 1995
____________, na _____________e nas demais a 2005?
expressões artísticas. O segundo ponto seria a 20. Quanto ao emprego, qual é o resultado dos dados do
presença determinante do ____________ negro Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), de 1995
nos principais ciclos produtivos da história a 2005?
brasileira:___________, ______________, 21. Quais são as tentativas de suprir as desigualdades
_______________, __________________, entre étnico-raciais no Brasil?
outros. 22. Que exemplo de política afirmativa é dado no texto?
O escravo tornou-se ______________________ 23. Como ficou conhecida a politica afirmativa de cotas?
ao funcionamento da _______________e, mais 24. Como deve ser a distribuição de cotas raciais e
tarde, do Brasil____________________. Ao sociais nas universidades públicas federais de todo o
mesmo tempo, a ____________________ país?
produziu __________ históricas em nosso país 25. Segundo a imagem abaixo, que tipo de pessoa é
que dificilmente poderão ser reparadas. Uma contra o sistema de cotas?
dessas marcas é a __________ étnico-racial.
6. Por que o texto diz que após a abolição, a
segregação dos negros foi estrategicamente
silenciosa. Qual foi a consequência disso?
7. Como ficou a situação do negro depois da
abolição?
- Leia o trecho:
Os governos republicanos disseminaram a ideia
de uma “democracia racial” em nosso país. O
historiador, sociólogo e antropólogo Gilberto
Freyre, nos livros Casa Grande e Senzala e
Sobrados e Mocambos, deu sua colaboração
para isso.
8. Qual é o problema da democracia racial? 26. Como a imagem apresenta a população negra depois
9. Segundo a teoria da democracia racial, o que da abolição?
atestava que o brasileiro não era racista?
10. A partir da ideia de que vivemos numa
democracia racial, o preconceito e o racismo foram
mascarados. Como?
11. O que prova que não vivemos numa
democracia racial?
12. Segundo Ricardo Alexandre Ferreira, doutor em
História e professor da Universidade Estadual
Paulista (Unesp – Campus Franca), que herança
da escravidão é particularmente sentida até os dias
atuais?

Cláudia Rodrigues Proibido reprodução e postagem


42
13. O Brasil do século XIX passou a manejar os
novos ideais de liberdade e igualdade apregoados
no mundo ocidental. Por que isso é contraditório?

PLANO DE AULA - 16
ESCOLA ESTADUAL __________________________________ Ano: ________
Ano de escolaridade: 8° ANO
Período: ( ) 1 aula ( ) 2 aulas ( X ) 3 aulas
Área de Conhecimento: Humanas Componente Curricular: História
Habilidade(s)/ Código(s) Alfanumérico(s): (EF08HI19) Formular questionamentos sobre o legado da escravidão
nas Américas, com base na seleção e consulta de fontes de diferentes naturezas.
(EF08HI20) Identificar e relacionar aspectos das estruturas sociais da atualidade com os legados da escravidão
no Brasil e discutir a importância de ações afirmativas.
Atividades de Atividades de Sistematização Atividades de Consolidação Atividades de Retomada
Introdução Avaliação
Introdução do tema e - Discutir o legado da escravidão nas Américas, Reconhecer a grande Formular -
sondagem. questionando as “justificativas” da escravidão desigualdade que atinge as questionamentos
O Brasil no século XIX negra e sua existência por tempo tão demorado populações afrodescendentes nos sobre o legado da
O escravismo no no Brasil e também em Cuba (1888 e 1886, países latino-americanos , por escravidão nas
Brasil do século XIX: respectivamente). meio de pesquisa e análise do Américas, com
plantations e revoltas de - Lei de Terras (1850) – esta legislação tornou Índice de Desenvolvimento base na seleção e
escravizados, praticamente inviável aos pobres (negros Humano (IDH). consulta de fontes
abolicionismo e políticas libertos, mestiços, indígenas e quilombolas) a de diferentes
migratórias no Brasil propriedade da terra, o que trouxe insegurança naturezas.
Imperial e desamparo a essas populações.
- Associar a herança da escravidão ao - Identificar as marcas da escravidão na sociedade local, o que pode ser feito de várias
preconceito enraizado na sociedade maneiras: - identificar apelidos com carga negativa (“negão”, “tição” etc.): as pessoas que
brasileira, bem como perceber que a recebem esses apelidos se sentem confortáveis com esse tipo de identificação? - mapear os
consequente desigualdade e pobreza bairros com maior concentração de população negra: qual é o nível socioeconômico de seus
que assola a maioria da população moradores? Por que o negro é relacionado à periferia? - detectar a presença de negros em
nacional precisa ser compreendida em propagandas ou programas de televisão, e anúncios de revistas, comparando com a presença
sua dimensão etnorracial, daí a de brancos, em que contexto os negros aparecem como protagonistas ou coadjuvantes? -
importância das ações afirmativas. verificar, em sua cidade de vivência, como é o convívio com pessoas de religião de matriz
africana: há preconceito religioso?

1ª aula – Estudo de texto - As políticas de branqueamento -


2ª aula - Formular questionamentos sobre o legado da escravidão nas Américas, com base na seleção e
consulta de fontes de diferentes naturezas.
3ª aula – Correção
1. Esse fato se evidencia quando nos deparamos com alguns números que escancaram o abismo que existe entre negros e não negros, distanciando o país da possibilidade de
ser uma democracia racial.
2. (Pesquisa Nacional por Amostra a Domicílio)
3. (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
4. Os autodeclarados pretos e pardos.
5. Esse grupo constitui 54,9% da população brasileira, de acordo com os números mais recentes (8,2% de pretos e 46,7% de pardos 2 ).
6. mostra que há forte desigualdade na renda média do trabalho: R$ 1.570 para negros, R$ 1.606 para pardos e R$ 2.814 para brancos.
7. O desemprego também é fator de desigualdade: entre pardos (13,8%) e pretos (14,6%) do que na média da população (11,9%).
8. A taxa de analfabetismo é mais que o dobro entre pretos e pardos (9,9%) do que entre brancos (4,2%). No ensino superior a porcentagem de brancos com 25 anos ou mais
que tem ensino superior completo é de 22,9%, mais que o dobro da porcentagem de pretos e pardos com diploma: 9,3%.
9. Em elação à Violência, pesquisa produzida pelo Ipea demonstra que uma das principais facetas da desigualdade racial no Brasil é a concentração de hom icídios entre a
população negra, o número de negros assassinados no país foi de 40,2 para cada 100 mil habitantes, enquanto o número de não negros (brancos, amarelos e indígenas)
assassinados no mesmo período foi de 16,0 para cada 100 mil habitantes.
10. Todos esses números não deixam dúvida: as extremas desigualdades existentes no Brasil possuem uma dimensão racial.
11. Sem dúvida, uma das razões para o racismo estrutural brasileiro se trata dos séculos de exploração da mão-de-obra de africanos escravizados e de seus descendentes.
12. Porque não procurou estabelecer um projeto de inserção social e econômica aos egressos do cativeiro na nova ordem que se estabeleceu após 13 de maio de 1888.
13. O pensamento racialista em vigência entre o final do século XIX e as primeiras décadas do século XX.
14. Esse pensamento justificou, entre outras políticas, o incentivo à imigração europeia por parte das elites econômicas e do próprio Estado, enquanto, ao mesmo tempo,
defendia a ideia de que os não-brancos, principalmente os negros, representavam um fator de atraso para a nação brasileira e, portanto, não era interessante promover sua
integração.
15. Pois através desse abandono, estimava-se que o país iria se livrar dos negros.
16. A partir da década de 1870, um intenso debate sobre a modernização do Brasil e a construção de sua identidade nacional ocorria entre as elites políticas e intelectuais do
país. Um dos assuntos centrais que pautavam esse debate era a questão racial. Essa discussão ocorria à luz de teorias então c onsideradas científicas, que defendiam a
superioridade do homem branco, além de afirmarem que a miscigenação entre diferentes raças humanas causava degeneração.
17. Pois assim seria possível legitimar e naturalizar as hierarquias sociais existentes no Brasil, mesmo após o final da escravidão.
18. Por outro lado, aceitar o racismo científico significaria admitir que a nação brasileira, em sua maioria, era composta po r uma população racialmente inferior.
19. A tese de branqueamento se constitui num processo de eugenia (significa 'bem nascido'. “surgiu para validar a segregação hierárquica”), no qual a população brasileira iria
“europeizar-se”.
20. influxo de imigrantes europeus para o Brasil; estimulo à miscigenação; abandono da população negra, egressa da escravidão .
21. De acordo com as visões dos, em cerca de um século, os negros já teriam desaparecido do Brasil, enquanto os brancos seriam a maioria da pop ulação.
22. Devido à mentalidade da época, os estrangeiros ocupavam os espaços mais dinâmicos da economia, como indústria e comér cio, enquanto que para os nacionais pobres,
sobretudo os negros, restavam serviços intermitentes, de menor remuneração e considerados de menor status: carroceiros, varre dores de rua, limpadores de trilho, etc.
23. Essa exclusão dos negros em relação às ocupações mais dinâmicas não se dava por uma questão de falta de preparo dos mesmos em relação aos imigrantes. Devido aos
dados do censo de 1872, sabe-se que negros escravizados exerciam diversas ocupações que exigiam um alto nível de responsabilidade e prepa ro técnico: há registros de
escravos exercendo a profissão de médicos, professores, caixeiros viajantes, lojistas, etc.
24. É resultado do pensamento eugenista, e das políticas amparadas por uma teoria pseudocientífica que tinha como objetivo promover a extinção dos negros do Brasil.
25. Quando emergiu um novo modelo interpretativo, que buscava representar o Brasil como uma democracia racial, um lugar no qu al não existiam “barreiras de cor”.
26. Pois, de modo geral, perpetuou a noção de que não havia necessidade de se pensar em políticas efetivas para a superação das desigualdades raciais, além da construção
de uma mentalidade racista, que se faz presente até os dias atuais.

Cláudia Rodrigues Proibido reprodução e postagem


43
27. Porque a desconstrução da raça biológica não apaga a evidência da raça simbólica.
28. O pensamento racista brasileiro
29. Porque mostra o branqueamento da população através da miscigenação

pordentrodaafrica.com
Embora o Brasil tenha uma população miscigenada e transmita ao mundo uma imagem de sociedade tolerante e acolhedora,
diversas situações de preconceito e discriminação racial insistem em ocorrer no país. O racismo no Brasil se constitui como um
fenômeno estruturante de sua sociedade. Esse fato se evidencia quando nos deparamos com alguns números que escancaram
o abismo que existe entre negros e não negros, distanciando o país da possibilidade de ser uma democracia racial. Os números
apresentados a seguir são resultados das pesquisas PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra a Domicílio), realizadas pelo IBGE
(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). É importante mencionar que, de acordo com os critérios do IBGE, são
considerados negros os autodeclarados pretos e pardos. Esse grupo constitui 54,9% da população brasileira, de acordo com os
números mais recentes (8,2% de pretos e 46,7% de pardos 2 ).
- Trabalho e renda - A PNAD Contínua de 2017 mostra que há forte desigualdade na renda média do trabalho: R$ 1.570 para
negros, R$ 1.606 para pardos e R$ 2.814 para brancos. O desemprego também é fator de desigualdade: entre pardos (13,8%)
e pretos (14,6%) do que na média da população (11,9%). Educação - a taxa de analfabetismo é mais que o dobro entre pretos
e pardos (9,9%) do que entre brancos (4,2%). No ensino superior a porcentagem de brancos com 25 anos ou mais que tem
ensino superior completo é de 22,9%, mais que o dobro da porcentagem de pretos e pardos com diploma: 9,3%. Em elação à
Violência, pesquisa produzida pelo Ipea demonstra que uma das principais facetas da desigualdade racial no Brasil é a
concentração de homicídios entre a população negra, o número de negros assassinados no país foi de 40,2 para cada 100 mil
habitantes, enquanto o número de não negros (brancos, amarelos e indígenas) assassinados no mesmo período foi de 16,0
para cada 100 mil habitantes. Todos esses números não deixam dúvida: as extremas desigualdades existentes no Brasil
possuem uma dimensão racial. E por que esse fenômeno ocorre? Sem dúvida, uma das razões para o racismo estrutural
brasileiro se trata dos séculos de exploração da mão-de-obra de africanos escravizados e de seus descendentes. No Brasil, o
sistema escravista foi superado através de um incompleto processo de abolição, que não procurou estabelecer um projeto de
inserção social e econômica aos egressos do cativeiro na nova ordem que se estabeleceu após 13 de maio de 1888. E uma das
razões centrais para esse abandono dos negros após a superação da escravidão foi o pensamento racialista em vigência entre
o final do século XIX e as primeiras décadas do século XX. Esse pensamento justificou, entre outras políticas, o incentivo à
imigração europeia por parte das elites econômicas e do próprio Estado, enquanto, ao mesmo tempo, defendia a ideia de que
os não-brancos, principalmente os negros, representavam um fator de atraso para a nação brasileira e, portanto, não era
interessante promover sua integração. Podemos afirmar que o abandono das populações egressas da escravidão, bem como
de seus descendentes, foi uma ferramenta do projeto de branqueamento do Brasil, pois através desse abandono, estimava-se
que o país iria se livrar dos negros. O pensamento racialista brasileiro legitimou o incompleto processo de abolição e as políticas
de branqueamento.
- Brasil e a modernização à europeia - A partir da década de 1870, um intenso debate sobre a modernização do Brasil e a
construção de sua identidade nacional ocorria entre as elites políticas e intelectuais do país. Um dos assuntos centrais que
pautavam esse debate era a questão racial. Essa discussão ocorria à luz de teorias então consideradas científicas, que
defendiam a superioridade do homem branco, além de afirmarem que a miscigenação entre diferentes raças humanas causava
degeneração. Em regra, os intelectuais brasileiros assimilavam essas ideias sem qualquer contestação e questionavam
apreensivos como o Brasil se desenvolveria, uma vez que o país era constituído em sua maioria por uma população não branca
– negros, indígenas e mestiços. Acreditar nas teorias racistas, formuladas na Europa e nos Estados Unidos, era conveniente
para as elites brasileiras, pois assim seria possível legitimar e naturalizar as hierarquias sociais existentes no Brasil, mesmo
após o final da escravidão. Por outro lado, aceitar o racismo científico significaria admitir que a nação brasileira, em sua maioria,
era composta por uma população racialmente inferior. Para superar esse obstáculo, foi formulada no Brasil uma reinterpretação
endógena dessas teorias estrangeiras: a tese de branqueamento. A tese de branqueamento se constitui num processo de
eugenia(significa 'bem nascido'. “surgiu para validar a segregação hierárquica”), no qual a população brasileira iria “europeizar-
se” a partir de três fatores: influxo de imigrantes europeus para o Brasil; estimulo à miscigenação; abandono da população
negra, egressa da escravidão. De acordo com as visões dos maiores entusiastas dessa tese, em cerca de um século, os negros
já teriam desaparecido do Brasil, enquanto os brancos seriam a maioria da população. Devido à mentalidade da época, os
estrangeiros ocupavam os espaços mais dinâmicos da economia, como indústria e comércio, enquanto que para os nacionais
pobres, sobretudo os negros, restavam serviços intermitentes, de menor remuneração e considerados de menor status:
carroceiros, varredores de rua, limpadores de trilho, etc. Essa exclusão dos negros em relação às ocupações mais dinâmicas
não se dava por uma questão de falta de preparo dos mesmos em relação aos imigrantes. Devido aos dados do censo de 1872,
sabe-se que negros escravizados exerciam diversas ocupações que exigiam um alto nível de responsabilidade e preparo
técnico: há registros de escravos exercendo a profissão de médicos, professores, caixeiros viajantes, lojistas, etc.
- Podemos concluir, portanto, que a marginalização dos negros no período pós-abolição não foi produto da falta de preparo
negros para o mercado de trabalho, tampouco foi fruto de inabilidade ou negligência por parte das elites políticas e econômicas
em relação a essas massas. Na verdade, essa marginalização é resultado do pensamento eugenista, e das políticas amparadas
por uma teoria pseudocientífica que tinha como objetivo promover a extinção dos negros do Brasil. A ideologia abertamente
racista das teses de branqueamento foi superada, sobretudo a partir da década de 1930, quando emergiu um novo modelo
interpretativo, que buscava representar o Brasil como uma democracia racial, um lugar no qual não existiam “barreiras de cor”.
Por outro lado, tanto os séculos de escravidão quanto as políticas amparadas pela tese de branqueamento contribuíram para o
atual quadro de racismo institucional presente no Brasil. E mesmo a disseminação da ideia de democracia racial foi prejudicial
à população negra pois, de modo geral, perpetuou a noção de que não havia necessidade de se pensar em políticas efetivas
para a superação das desigualdades raciais, além da construção de uma mentalidade racista, que se faz presente até os dias
atuais. Anteriormente o conceito de raça era carregado de um sentido biológico, que buscava definir diferenças objetivas entre
as raças humanas. Os avanços de áreas como a genética a partir da segunda metade do século XX trouxeram evidências de

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que não existem diferenças biológicas entre as populações humanas que autorizem dividi-las em “raças”. Porém, a
desconstrução da raça biológica não apaga a evidência da raça simbólica.
21. Qual era a esperança dos maiores entusiastas da
tese do branqueamento?
22. Por causa da mentalidade racista da época, qual
era a situação de estrangeiros e negros na sociedade,
- Leia o trecho: quanto ao mercado de trabalho?
Embora o Brasil tenha uma população miscigenada 23. Copie do texto, o trecho que mostra que os negros
e transmita ao mundo uma imagem de sociedade não tinham falta de preparo para ocupar os melhores
tolerante e acolhedora, diversas situações de cargos no mercado de trabalho.
preconceito e discriminação racial insistem em - Leia o trecho:
ocorrer no país. O racismo no Brasil se constitui Podemos concluir, portanto, que a
como um fenômeno estruturante de sua sociedade. marginalização dos negros no período pós-
1. O que evidencia esse fato? abolição não foi produto da falta de preparo
2. O que significa a sigla PNAD? negros para o mercado de trabalho, tampouco
3. O que significa a sigla IBGE? foi fruto de inabilidade ou negligência por parte
4. De acordo com os critérios do IBGE, quem são das elites políticas e econômicas em relação a
considerados negros? essas massas.
5. De acordo com os critérios do IBGE , que 24. Qual é a causa dessa marginalização
porcentagem da população brasileira, é considerada 25. A ideologia abertamente racista das teses de
negra? branqueamento foi superada, sobretudo a partir da
6. Quanto ao trabalho e renda, qual é a conclusão da PNAD década de 1930. Como?
sobre a população brasileira? - Leia o trecho:
7. Quanto ao desemprego, qual é a conclusão da PNAD Tanto os séculos de escravidão quanto as
sobre a população brasileira?
8. Quanto á educação, qual é a conclusão da PNAD sobre a
políticas amparadas pela tese de
população brasileira? branqueamento contribuíram para o atual
9. Quanto à violência, qual é a conclusão da PNAD sobre a quadro de racismo institucional presente no
população brasileira? Brasil. E mesmo a disseminação da ideia de
10. Quanto ao trabalho e renda, desemprego, educação e democracia racial foi prejudicial à população
violência, qual foi a conclusão geral da PNAD sobre a negra.
população brasileira? 26. Por que a disseminação da ideia de democracia
11. Por que o fenômeno da desigualdade social racial foi prejudicial à população negra?
acontece? - Leia o trecho:
12. No Brasil, por que se diz que o sistema escravista Anteriormente o conceito de raça era
foi superado através de um incompleto processo de carregado de um sentido biológico, que
abolição? buscava definir diferenças objetivas entre as
13. Segundo o texto, existem razões centrais para o raças humanas. Os avanços de áreas como a
abandono dos negros após a superação da escravidão. genética a partir da segunda metade do século
Qual é citada? XX trouxeram evidências de que não existem
14. Qual a consequência do pensamento racista em diferenças biológicas entre as populações
vigência entre o final do século XIX e as primeiras humanas que autorizem dividi-las em “raças”.
décadas do século XX? 27. Então, por que continua se usando o termo raça?
15. Podemos afirmar que o abandono das populações 28. Segundo o texto, o que legitimou o incompleto
egressas da escravidão, bem como de seus processo de abolição e as políticas de
descendentes, foi uma ferramenta do projeto de branqueamento?
branqueamento do Brasil, por quê? - Observe a imagem:
- Leia o trecho:
Em regra, os intelectuais brasileiros assimilavam
essas ideias sem qualquer contestação e
questionavam apreensivos como o Brasil se
desenvolveria, uma vez que o país era constituído
em sua maioria por uma população não branca –
negros, indígenas e mestiços.
16. A que “ideias o trecho acima se refere?”
17. Acreditar nas teorias racistas, formuladas na Europa
e nos Estados Unidos, era conveniente para as elites
brasileiras. Por quê?
18. Acreditar nas teorias racistas, formuladas na Europa
e nos Estados Unidos, poderia ser inconveniente. Por
quê? A tela 'A Redenção de Cam'. E a tese do
19. O que foi a tese de branqueamento? branqueamento no Brasil. De Modesto Brocos (1852-1936)

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20. Segundo a teoria do Branqueamento a população 29. Por que a tela acima representa a teoria do
brasileira iria “europeizar-se a partir de três fatores. branqueamento?
Quais?

PLANO DE AULA - 17
ESCOLA ESTADUAL __________________________________ Ano: ________
Ano de escolaridade: 8° ANO
Período: ( ) 1 aula ( ) 2 aulas ( X ) 3 aulas
Área de Conhecimento: Humanas Componente Curricular: História
Habilidade(s)/ Código(s) Alfanumérico(s): (EF08HI19) Formular questionamentos sobre o legado
da escravidão nas Américas, com base na seleção e consulta de fontes de diferentes naturezas.
(EF08HI20) Identificar e relacionar aspectos das estruturas sociais da atualidade com os legados
da escravidão no Brasil e discutir a importância de ações afirmativas.
Atividades de Atividades de Sistematização Atividades de Consolidação Atividades de Retomada
Introdução Avaliação
Introdução do tema e - Discutir o legado da escravidão nas Américas, Reconhecer a grande - Associar a herança -
sondagem. questionando as “justificativas” da escravidão desigualdade que atinge as da escravidão ao
negra e sua existência por tempo tão demorado populações afrodescendentes nos preconceito enraizado
O Brasil no século XIX no Brasil e também em Cuba (1888 e 1886, países latino-americanos , por na sociedade
O escravismo no respectivamente). meio de pesquisa e análise do brasileira, bem como
Brasil do século XIX: - Lei de Terras (1850) – esta legislação tornou Índice de Desenvolvimento perceber que a
plantations e revoltas de praticamente inviável aos pobres (negros Humano (IDH). consequente
escravizados, libertos, mestiços, indígenas e quilombolas) a desigualdade e
abolicionismo e políticas propriedade da terra, o que trouxe insegurança pobreza que assola a
migratórias no Brasil e desamparo a essas populações. maioria da população
Imperial nacional precisa ser
compreendida em sua
dimensão etnorracial,
daí a importância das
ações afirmativas.
- Associar a herança da escravidão ao - Identificar as marcas da escravidão na sociedade local, o que pode ser feito de várias
preconceito enraizado na sociedade maneiras: - identificar apelidos com carga negativa (“negão”, “tição” etc.): as pessoas que
brasileira, bem como perceber que a recebem esses apelidos se sentem confortáveis com esse tipo de identificação? - mapear os
consequente desigualdade e pobreza bairros com maior concentração de população negra: qual é o nível socioeconômico de seus
que assola a maioria da população moradores? Por que o negro é relacionado à periferia? - detectar a presença de negros em
nacional precisa ser compreendida em propagandas ou programas de televisão, e anúncios de revistas, comparando com a presença
sua dimensão etnorracial, daí a de brancos, em que contexto os negros aparecem como protagonistas ou coadjuvantes? -
importância das ações afirmativas. verificar, em sua cidade de vivência, como é o convívio com pessoas de religião de matriz
africana: há preconceito religioso?

1ª aula – Estudo de texto –- Desigualdade como legado da


escravidão – Acesso à educação
2ª aula - - Associar a herança da escravidão ao preconceito enraizado na sociedade brasileira, bem como perceber que a
consequente desigualdade e pobreza que assola a maioria da população nacional precisa ser compreendida em sua dimensão
etnorracial, daí a importância das ações afirmativas.

3ª aula – Correção
1.Desigualdade
2. “Enquanto 76% dos jovens brancos entre 15 e 17 anos estão matriculados no Ensino Médio, esse número cai para 62% entre a população preta - uma
diferença de 14 pontos percentuais (p.p.). Ou seja, uma proporção maior de negros está em situação de atraso escolar (matriculado na série inadequada
para sua idade) ou fora da escola.
3. Essa determinação excluía os escravizados, já de partida, do acesso aos estabelecimentos oficiais de ensino, mas possibilitava que a população negra
liberta frequentasse essas instituições.
4. Em 15 de outubro de 1827 foi publicada a primeira Lei nacional sobre instrução pública, que vigeria até 1946; no entanto, ela não fazia qualquer menção
à educação escolar de negros (SAVIANI, 1999). Por cerca de dez anos após a aprovação da Constituição de 1824, nenhuma nova legislação apresentou
determinações relevantes para compreender a questão da escolarização da população negra.”
5. Último a libertar os escravos
6. Porque o Brasil é um País “lanterninha” na abolição da escravatura enquanto prática social legalizada.
7. “Se não houver reconhecimento de que ainda há racismo e que suas nuances produzem desigualdades nas mais diferentes esferas da vida brasileira,
não será possível ter igualdade com acesso a oportunidades para todos”.
8. Os negros vivem menos anos, têm menor escolaridade e menor renda.
9. A taxa de matrícula, mesmo entre os negros com maior renda, embora com menos intensidade. Mesmo entre os 25% mais ricos (quartil de renda 4), a
população negra permanece atrás na proporção de matrículas na etapa adequada.
10. 1.7%
11. 12.1%
12. Negros
13. O menor acesso à Educação combinado à falta de apoio de outras áreas
14. Hoje, eles são 64% da população carcerária, 76% dos mais pobres e também a grande maioria das vítimas de homicídio.
15. A herança da escravidão é o preconceito enraizado na sociedade brasileira, bem como a consequente desigualdade e pobreza que assola a maioria
da população nacional. Isso precisa ser compreendido em sua dimensão etnorracial, daí a importância das ações afirmativas.

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16. Homens brancos
17. 15% é negro//6% dos brancos
18. A maioria dos cargos de chefia é ocupada dos Brancos

Pesquisa do IBGE aponta desigualdade racial no acesso à educação - “Enquanto 76% dos jovens brancos entre 15 e 17 anos estão
matriculados no Ensino Médio, esse número cai para 62% entre a população preta - uma diferença de 14 pontos percentuais (p.p.). Ou
seja, uma proporção maior de negros está em situação de atraso escolar (matriculado na série inadequada para sua idade) ou fora da
escola. O levantamento é do Todos Pela Educação, com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE ).” Obstáculos
no caminho - Desigualdade racial na educação brasileira. Pricilla Kesley, Acesso em: 23 jan. de 2019.
“A Constituição Imperial de 1824 previu a educação primária gratuita a todos os cidadãos. Essa determinação excluía os escravizados, já
de partida, do acesso aos estabelecimentos oficiais de ensino, mas possibilitava que a população negra liberta frequentasse essas
instituições. (...) Em 15 de outubro de 1827 foi publicada a primeira Lei nacional sobre instrução pública, que vigeria até 1946; no entanto,
ela não fazia qualquer menção à educação escolar de negros (SAVIANI, 1999). Por cerca de dez anos após a aprovação da Constituição
de 1824, nenhuma nova legislação apresentou determinações relevantes para compreender a questão da escolarização da população
negra.” ALMEIDA MAB, SANCHEZ L. Os negros na legislação educacional e educação formal no Brasil. Revista Eletrônica de Educação, v. 10, n. 2, p. 234-246, 2016.
Brancos chegam em maior proporção ao final da trajetória escolar na idade certa - O levantamento é do Todos Pela Educação, com
base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse é um dos vários indicadores educacionais que revelam a
desigualdade racial ainda presente na sociedade brasileira. Em um País “lanterninha” na abolição da escravatura enquanto prática social
legalizada, o quadro não é uma surpresa e indica que, apesar dos muitos avanços nas políticas afirmativas, há um longo caminho a ser
percorrido para que a igualdade de oportunidades entre negros e brancos seja atingida. “Se não houver reconhecimento de que ainda há
racismo e que suas nuances produzem desigualdades nas mais diferentes esferas da vida brasileira, não será possível ter igualdade com
acesso a oportunidades para todos”, critica José Vicente, doutor em Educação e reitor da Faculdade Zumbi dos Palmares.
Ainda segundo o levantamento, a desigualdade racial na Educação resiste mesmo entre os negros com maior renda, embora com menos
intensidade. Mesmo entre os 25% mais ricos (quartil de renda 4), a população negra permanece atrás na proporção de matrículas na etapa
adequada. O menor acesso à Educação combinado à falta de apoio de outras áreas contribui para os graves índices de vulnerabilidade
entre a população negra. Hoje, eles são 64% da população carcerária, 76% dos mais pobres e também a grande maioria das vítimas de
homicídio. Os reflexos da desigualdade racial na educação brasileira ainda são gritantes. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio
(PNAD), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aponta que o analfabetismo na população negra é mais do que o dobro
do registrado entre os brancos. No que se refere à média de anos de estudo para quem tem mais de 25 anos, enquanto os brancos
possuem 10,1 anos, os negros ficam com 8,2, uma diferença de quase dois anos. Outro ponto discrepante na análise entre os dois grupos
se refere à frequência escolar líquida no ensino superior. Enquanto os brancos apresentam taxa de 32,9%, nos negros o índice cai para
16,7%.
- Conclusão – A herança da escravidão é o preconceito enraizado na sociedade brasileira, bem como a consequente desigualdade e
pobreza que assola a maioria da população nacional. Isso precisa ser compreendido em sua dimensão etnorracial, daí a importância das
ações afirmativas.

1. Qual foi o principal legado da escravidão?


2. Segundo a educação, que comparação é feita entre jovens negros e
brancos?
3. “A Constituição Imperial de 1824 previu a educação primária gratuita a todos
os cidadãos”. Mas que exclusão está inserida nessa lei?
4. Segundo o texto, qual o problema da primeira Lei nacional sobre instrução
pública de 15/10/1827?
5. O que significa a expressão “País “lanterninha” na abolição da escravatura”?
6. Por que o texto diz que não é uma surpresa que o Brasil tenha uma grande
desigualdade racial?
7. Segundo José Vicente, doutor em Educação e reitor da Faculdade Zumbi
dos Palmares só será possível ter igualdade com acesso a oportunidades para
todos mediante que acontecimento? 8. Interprete.
9. Qual é a conclusão sobre a tabela abaixo? Observe a tabela abaixo e responda:
10. Qual é a porcentagem de jovens ricos que não frequentam a escola?
11. Qual é a porcentagem de jovens pobres que não frequentam a escola?
12. Qual a cor dos jovens que menos frequentam a escola?

13. Segundo o texto, o que contribui para os graves índices de vulnerabilidade entre a população negra?
14. Além da desigualdade na educação, quais outros índices evidenciam a exclusão dos negros?
15. Qual é a conclusão sobre a herança colonial no Brasil aliada à dificuldade de acesso do negro à educação?

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16. Quem tem os maiores salários? 17. Quais parcelas da população ganham menos de 1/5 salário mínimo? 18. Interprete.

PLANO DE AULA - 18
ESCOLA ESTADUAL __________________________________ Ano: ________
Ano de escolaridade: 8° ANO
Período: ( ) 1 aula ( ) 2 aulas ( X ) 3 aulas
Área de Conhecimento: Humanas Componente Curricular: História
Habilidade(s)/ Código(s) Alfanumérico(s): (EF08HI21) Identificar e analisar as políticas oficiais
com relação ao indígena durante o Império.
Atividades de Atividades de Atividades de Consolidação Atividades de Retomada
Introdução Sistematização Avaliação
Introdução do tema e - Analisar o decreto - Pesquisar aspectos indígenas como: Onde -
sondagem. imperial de 1845, estão as populações indígenas do Brasil? Índio
praticamente o único tem história?
O Brasil no século XIX documento indigenista do - Constatar o desconhecimento e os
Políticas de Império, reconhecendo estereótipos sobre os povos indígenas, como,
extermínio do indígena que ele não representou por exemplo, eles estão “desaparecendo”, são
durante o Império uma ruptura profunda em “preguiçosos” ou não existem mais “índios
relação às legislações do puros”.
período colonial, mas - Destacar que a cultura indígena, como outras
trouxe algumas culturas, não é estática e imutável, mas está
mudanças significativas, sujeita a transformações, e que elas vêm
entre elas, a política de acontecendo desde os primeiros contatos com
“assimilação”, com o os colonizadores.. É a diversidade da sociedade
objetivo de integrar o brasileira que deve ser reconhecida e
índio na sociedade respeitada, sobretudo a dos povos indígenas,
brasileira, desde que ele que apresentam diferenças culturais
deixasse de ser indígena. significativas entre si.

1ª aula – Estudo de texto –- Política indigenista: do século XVI ao


século XX
2ª aula - - Analisar o decreto imperial de 1845
3ª aula – Correção
1. Chamamos de política indigenista as iniciativas formuladas pelas diferentes esferas do Estado brasileiro a respeito das populações
indígenas.
2. Conjunto de princípios estabelecidos a partir do contato dos povos indígenas com a sociedade nacional.
3. históricas/ Indigenista/ México/ princípios e metas/ americano
4. legais índios direito domínio terras direito território legislações
5. - das guerras justas, escravização de índios e esbulho de terras às ações missionárias nos Sete Povos das Missões.
6. O decreto imperial de 1845, foi praticamente o único documento indigenista do Império.
7. Ele não representou uma ruptura profunda em relação às legislações do período colonial, mas trouxe algumas mudanças significativas,
entre elas, a política de “assimilação”, com o objetivo de integrar o índio na sociedade brasileira, desde que ele deixasse de ser indígena.
8. Serviço de Proteção aos Índios
9. A prevenção de qualquer coerção ou violência aos índios, o respeito às instituições e valores indígenas e a garantia à posse de suas terras.
10. As políticas indigenistas estavam , então, voltadas ao estímulo ao trabalho e ao desenvolvimento de atividades produtivas, através da educação e
treinamento dos índios e de seus filhos.
11. O SPI acabou sendo extinto, nos anos 60, por problemas de corrupção, esbulhos de terras indígenas, etc.
12. Em substituição ao SPI, pela Lei nº 5371, de 5 de dezembro de 1967, foi instituída a Fundação Nacional do Índio (FUNAI).
13. O Estatuto do Índio, que regula a situação jurídica dos índios.
14. A constituição suprimiu essa diretriz, reconhecendo aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições e os direitos originários
sobre as terras que tradicionalmente ocupam.
15. É a preservação das culturas indígenas, através da garantia de suas terras e o desenvolvimento de atividades educacionais e sanitárias.
16. O cativeiro indígena somente com a chegada dos jesuítas, em 1549, e a implantação do processo de aldeamento.
17. Esta lei só permitia a escravização dos indígenas com a alegação de "guerra justa" (Se o índio atacasse ou se negasse a trabalhar)18. Importante lei
que tentou garantir novamente a liberdade dos índios, ameaçada pelos interesses dos colonos
19. Estabeleceu a base de regulamentação do trabalho missionário e do fornecimento de mão-de-obra indígena no Estado do Maranhão e Grão-Pará
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20. Proibia definitivamente a escravidão indígena
21. Renova o objetivo do Directorio, e visava, portanto, à "completa assimilação dos índios" A sociedade assimilaria o indígena que teria sua cultura
desaparecida.
22. Criação do Serviço de Proteção aos Índios - SPI
23. Objetivo era criar uma área de proteção aos indígenas
24. Fundação Nacional do Índio –
25. FoiPrimeira tentativa de defesa da cultura indígena, importante para a consagração dos direitos dos índios na Constituição de 1988
26. Luta pela posse da terra//2. O fato de a FUNAI não exercer o seu papel que é de proteger os indígenais

museudoindio
Chamamos de política indigenista as iniciativas formuladas pelas diferentes esferas do Estado brasileiro a respeito das
populações indígenas. A política indigenista é orientada pelo indigenismo, conjunto de princípios estabelecidos a partir
do contato dos povos indígenas com a sociedade nacional. Política indigenista e indigenismo são categorias históricas,
noções empregadas essencialmente no século 20. A categoria indigenismo deve ser referida, preferencialmente, às
diretrizes vitoriosas no 1º Congresso Indigenista Interamericano, realizado, no México, em 1940. Aí foram formulados
os princípios e metas transformados em práticas - ou políticas indigenistas - pelos países do continente americano.
No Brasil, desde o século 16, existem instrumentos legais que definem e propõem uma política para os índios,
fundamentados na discussão da legitimidade do direito dos índios ao domínio e soberania de suas terras. Esse direito
- ou não - dos índios ao território que habitam está registrado em diferentes legislações portuguesas
No período colonial, a política para os índios envolveu extremos - das guerras justas, escravização de índios e esbulho
de terras às ações missionárias nos Sete Povos das Missões. Já a legislação imperial não é benéfica aos índios, seja
pelo Regulamento das Missões de 1845, a lei de terras de 1850 ou as decisões contrárias aos índios de várias
Assembleias Provinciais. O decreto imperial de 1845, foi praticamente o único documento indigenista do Império, ele
não representou uma ruptura profunda em relação às legislações do período colonial, mas trouxe algumas mudanças
significativas, entre elas, a política de “assimilação”, com o objetivo de integrar o índio na sociedade brasileira, desde
que ele deixasse de ser indígena.
Com o advento da República e a criação do Serviço de Proteção aos Índios (SPI), foram estabelecidos ou reforçados alguns
princípios indigenistas, voltados para a prevenção de qualquer coerção ou violência aos índios, o respeito às instituições e
valores indígenas e a garantia à posse de suas terras. Esses princípios foram transformados em políticas indigenistas através
da proteção leiga aos índios pelo Estado. As políticas indigenistas estavam , então, voltadas ao estímulo ao trabalho e ao
desenvolvimento de atividades produtivas, através da educação e treinamento dos índios e de seus filhos. Entretanto, a uma
determinada política indigenista nem sempre correspondia uma consequente ação indigenista, e o SPI acabou sendo extinto,
nos anos 60, por problemas de corrupção, esbulhos de terras indígenas, etc. Em substituição ao SPI, pela Lei nº 5371, de 5
de dezembro de 1967, foi instituída a Fundação Nacional do Índio (FUNAI). A partir de então, a política indigenista se baseou
nos seguintes princípios: Pela Lei 6001, de 19/12/73, foi sancionado o Estatuto do Índio, que regula a situação jurídica dos
índios. Até 1988 a política indigenista brasileira estava centrada nas atividades voltadas à incorporação dos índios à
comunhão nacional. A Constituição de 1988 suprimiu essa diretriz, reconhecendo aos índios sua organização social,
costumes, línguas, crenças e tradições e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam. Os índios
também ampliaram sua cidadania, já são partes legítimas para ingressar em juízo em defesa de seus direitos e interesses.
Assim, o principal objetivo da política indigenista hoje é a preservação das culturas indígenas, através da garantia de suas
terras e o desenvolvimento de atividades educacionais e sanitárias. As barreiras à escravização dos índios datam do início
da colonização, 1530, mas o cativeiro indígena foi mais tenazmente combatido somente com a chegada dos jesuítas, em
1549, através da implantação do processo de aldeamento. Neste combate os jesuítas contaram com o apoio da Coroa. No
Quadro abaixo podem ser acompanhadas, a partir do século XVI, as principais medidas de proteção aos índios e, no século
XX, a evolução do processo de conquista de direitos.
A cultura indígena, como outras culturas, não é estática e imutável, mas está sujeita a transformações, essa mudanças
vêm acontecendo desde os primeiros contatos com os colonizadores. A diversidade da sociedade brasileira que deve
ser reconhecida e respeitada, sobretudo a dos indígenas, que apresentam diferenças culturais significativas entre si.
1570 Primeira lei contra o cativeiro indígena Esta lei só permitia a escravização dos indígenas com a alegação de
"guerra justa" (Se o índio atacasse ou se negasse a trabalhar)
1609 Lei que reafirmou a liberdade dos índios Importante lei que tentou garantir novamente a liberdade dos índios,
do Brasil ameaçada pelos interesses dos colonos
1686 Decretação do "Regimento das Missões" Estabeleceu a base de regulamentação do trabalho missionário e do
fornecimento de mão-de-obra indígena no Estado do Maranhão e
Grão-Pará
1755 Aprovado o Directorio, que visava, através de Proibia definitivamente a escravidão indígena
medidas específicas, à integração do índio na vida
da colônia.
1758 Fim da escravidão indígena: Directorio foi Secularização da administração dos aldeamentos indígenas: abolida a
estendido a toda a América Portuguesa. escravidão, a tutela das ordens religiosas das aldeias e
proclamados os nativos vassalos da Coroa.
1798 Abolido o Directorio O espírito "integrador" desse Directorio conservaria a sua força na legislação do
Império Brasileiro

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49
1845 Aprovado o Regulamento das Missões Renova o objetivo do Directorio, e visava, portanto, à "completa
assimilação dos índios" A sociedade assimilaria o indígena que teria sua
cultura desaparecida.
1910 Criação do Serviço de Proteção aos Índios O Estado republicano tutelou os indígenas
- SPI
1952 Rondon criou o projeto do Parque Nacional do Objetivo era criar uma área de proteção aos indígenas
Xingu
1967 Criação da Fundação Nacional do Índio - Substituiu o extinto SPI na administração das questões indígenas
FUNAI
1979 Criação da União das Nações Indígenas Primeira tentativa de defesa da cultura indígena, importante para a
consagração dos direitos dos índios na Constituição de 1988

1. O que é a política indigenista?


2. O que é o indigenismo?
3. Complete 1:
Política indigenista e indigenismo são categorias ___________, noções empregadas essencialmente no século
20. A categoria indigenismo deve ser referida, preferencialmente, às diretrizes vitoriosas no 1º Congresso
__________ Interamericano, realizado, no ___________, em 1940. Aí foram formulados os
_________________transformados em práticas - ou políticas indigenistas - pelos países do
continente____________.
4. Complete 2
No Brasil, desde o século 16, existem instrumentos __________que definem e propõem uma política para
os________, fundamentados na discussão da legitimidade do ____________dos índios ao ____________e
soberania de suas ____________. Esse ________________ - ou não - dos índios ao ______________que
habitam está registrado em diferentes ______________portuguesas.
5. No período colonial, a política para os índios envolveu extremos. Que extremos são esses?
6. A legislação imperial não é benéfica aos índios, seja pelo Regulamento das Missões de 1845, a lei de terras
de 1850 ou as decisões contrárias aos índios de várias Assembleias Provinciais. Qual foi o único documento
indigenista do Império?
7. Qual foi a importância do decreto imperial de 1845?
8. O que significa a sigla SPI?
9. Com o advento da República e a criação do Serviço de Proteção aos Índios (SPI), foram estabelecidos ou
reforçados alguns princípios indigenistas. Quais eram os objetivos desses princípios?
10. Quais eram as atuações das políticas indigenistas?
11. Por que o SPI foi extinto?
12. Que órgão substituiu o SPI?
13. Qual era o objetivo do Estatuto do Índio?
14. Até 1988 a política indigenista brasileira estava centrada nas atividades voltadas à incorporação dos índios à
comunhão nacional. A Constituição de 1988 mudou isso. Como?
15. Qual é o principal objetivo da política indigenista hoje?
16. As barreiras à escravização dos índios datam do início da colonização, 1530, mas quando o cativeiro
indígena foi mais tenazmente combatido? Como?
17. Como era a primeira lei contra o cativeiro indígena, 1570?
18. Qual a importância de dei de 1609?
19. O que foi a Decretação do "Regimento das Missões"?
20. Em 1755, foi aprovado o Directorio, que visava, através de medidas específicas, à integração do índio na
vida da colônia. Qual era a proibição imposta por essa lei?
21. A política indigenista de 1845, aprova o Regulamento das Missões. O que propunha?
22. Em 1910, o índio ficou sob tutela do Estado republicano. A criação de qual política indigenista garantiu
isso?
23. Rondon criou o projeto do Parque Nacional do Xingu. Com qual objetivo?
24. O que significa a sigla FUNAI?
25. Qual foi a importância da Criação da União das Nações Indígenas?
26. Observe as imagens abaixo e resonda:

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50
1 2
1. Qual é o objetivo da manifestação ilustrada na imagem 1?
2. Qual a crítica apresentada na imagem 2?

PLANO DE AULA - 19
ESCOLA ESTADUAL __________________________________ Ano: ________
Ano de escolaridade: 8° ANO
Período: ( ) 1 aula ( ) 2 aulas ( X ) 3 aulas
Área de Conhecimento: Humanas Componente Curricular: História
Habilidade(s)/ Código(s) Alfanumérico(s): (EF08HI22) Discutir o papel das culturas letradas, não
letradas e das artes na produção das identidades no Brasil do século XIX.
Atividades de Atividades de Atividades de Consolidação Atividades de Retomada
Introdução Sistematização Avaliação
Introdução do tema e - Debater sobre a - Compreender as diferentes formas de - Debater sobre -
sondagem. diversificada produção manifestações artísticas brasileiras: uma a diversificada
cultural do período acadêmica, tendo como fonte de referência o produção
O Brasil no século XIX imperial no bojo da modelo europeu adaptado ao arquétipo nacional cultural do
A produção do formação do e outra popular, negra e mestiça, que circulava período imperial
imaginário nacional nacionalismo e das fora dos salões da Corte. no bojo da
brasileiro: cultura identidades brasileiras. - Pesquisar festejos populares da região – formação do
popular, Estende-se às obras e Congada, Reisado, Boi Bumbá, Festa de Reis, nacionalismo e
representações visuais, festejos populares que Entrudos, Festa do Divino, Cavalhadas etc. –, das identidades
letras e o Romantismo traziam em si conjuntos buscando identificar suas origens e acréscimos brasileiras.
no Brasil de valores negros, de elementos negros e indígenas.
indígenas e portugueses.
- Trabalho interdisciplinar com Língua Portuguesa para o estudo de obras clássicas românticas.

1ª aula – Estudo de texto –- - formação do nacionalismo e das


identidades brasileiras
2ª aula - - Debater sobre a diversificada produção cultural do período imperial
no bojo da formação do nacionalismo e das identidades brasileiras .
3ª aula – Correção
Trabalho extraclasse - - Pesquisar festejos populares da região – Congada, Reisado,
Boi Bumbá, Festa de Reis, Entrudos, Festa do Divino, Cavalhadas etc. –, buscando
identificar suas origens e acréscimos de elementos negros e indígenas.
1. O nacionalismo é uma ideologia política, uma corrente de pensamento que valoriza todas as características de uma nação.
2. Uma das formas pelas quais o nacionalismo se expressa é por meio do patriotismo.
3. Envolve a utilização dos símbolos nacionais, da bandeira, de cantar o hino nacional, etc.
4. Provém desse sentimento de pertencimento à cultura de um país e de identificação com a pátria.
5. Diferente do patriotismo, que cultua questões mais palpáveis relativas ao Estado – os símbolos, o hino, a bandeira –, o nacionalismo tem um quê mais
político.
6. Um dos ideais nacionalistas é a preservação da nação, na defesa de territórios e fronteiras, assim como na manutenção do idioma, nas manifestações
culturais, opondo-se a todos os processos que possam destruir essa identidade ou transformá-la.
7. Existem formas mais extremas - o ultranacionalismo e/ou o ufanismo.
8. Atitude de quem se orgulha de alguma coisa com exagero - orgulho exacerbado pelo país em que nasceu; patriotismo excessivo.
9. ideologia de extrema-direita, de teor populista e chauvinista (patriota exaltado) tem sentimento de amor à nação ufanizada

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51
10. à medida que passam a se sentir parte de uma nação e de um Estado.
11. Fatores como religião, língua e cultura.
12. cavaleiros medievais
13. os índios eram os heróis
14. O índio no romantismo era sempre descrito como um forte guerreiro.
15. José de Alencar foi um dos principais autores indianistas
16. Suas obras servem como um bom exemplo de como os autores desse período enxergavam os índios.
17. No romance “O Guarani”, de José de Alencar, o índio Peri é descrito como um bom selvagem, corajoso, um forte guerreiro e um líder.
18. A índia Iracema é descrita nas seguintes palavras: “Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asa da graúna, e
mais longos que seu talhe de palmeira. O favo da jati não era doce como seu sorriso; nem a baunilha recendia no bosque como seu hálito perfumado.”
19. Esse período serviu para influenciar a visão que a sociedade possuía dos indígenas e também se criou um misticismo em torno deles. Nesse
período, pós-independência, também se buscava criar uma cultura propriamente brasileira e deixar de lado a cultura colonial portuguesa.
20 “Geração Indianista”.
21. O Indianismo trará a tona o tema do índio idealizado, baseada no binômio “nacionalismo-indianismo”.
22. índio/ bom selvagem /inocência /pureza/ identidade nacional /herói nacional
23. É um conceito das áreas da sociologia e antropologia, que indica a cultura em que o indivíduo está inserido. Ou seja, a que ele compartilha com
outros membros do grupo, seja tradições, crenças, preferências, dentre outros.
24. a história, o local, a raça, a etnia, o idioma e a crença religiosa.
25. (A maioria dos alunos não se identifica – porque não são indígenas) Porque os indígenas foram os primeiros habitantes do nosso território, mas que
hoje estão marginalizados.
26. Por que só acontece o patriotismo de 4 em 4 anos

- NACIONALISMO - O nacionalismo é uma ideologia política, uma corrente de pensamento que valoriza todas as características de uma
nação. Uma das formas pelas quais o nacionalismo se expressa é por meio do patriotismo, que envolve a utilização dos símbolos nacionais,
da bandeira, de cantar o hino nacional, etc. A ideologia do nacionalismo provém desse sentimento de pertencimento à cultura de um país
e de identificação com a pátria. Diferente do patriotismo, que cultua questões mais palpáveis relativas ao Estado – os símbolos, o hino, a
bandeira –, o nacionalismo tem um quê mais político. Um dos ideais nacionalistas é a preservação da nação, na defesa de territórios e
fronteiras, assim como na manutenção do idioma, nas manifestações culturais, opondo-se a todos os processos que possam destruir essa
identidade ou transformá-la. Existem formas mais extremas de demonstrar esse sentimento nacionalista, que é o ultranacionalismo
(ideologia de extrema-direita, de teor populista e chauvinista (patriota exaltado) tem sentimento de amor à nação ufanizada) e/ou o ufanismo
(atitude de quem se orgulha de alguma coisa com exagero - orgulho exacerbado pelo país em que nasceu; patriotismo excessivo).
“A construção da cidadania tem a ver com a relação das pessoas com o Estado e com a nação. As pessoas se tornam cidadãs à medida
que passam a se sentir parte de uma nação e de um Estado. A identidade nacional se deve a fatores como religião, língua, cultura.
O Índio Romantizado - Enquanto na Europa os heróis nacionais eram os cavaleiros medievais,
no Brasil, como não houve idade média, os índios eram os heróis. O índio no romantismo era
sempre descrito como um forte guerreiro. José de Alencar foi um dos principais autores
indianistas e suas obras servem como um bom exemplo de como os autores desse período
enxergavam os índios. No romance “O Guarani”, de José de Alencar, o índio Peri é descrito
como um bom selvagem, corajoso, um forte guerreiro e um líder. Em outro romance, do mesmo
autor, a índia Iracema é descrita nas seguintes palavras: “Iracema, a virgem dos lábios de mel,
que tinha os cabelos mais negros que a asa da graúna, e mais longos que seu talhe de palmeira.
O favo da jati não era doce como seu sorriso; nem a baunilha recendia no bosque como seu
hálito perfumado.” Esse período serviu para influenciar a visão que a sociedade possuía dos
indígenas e também se criou um misticismo em torno deles. Nesse período, pós-independência,
também se buscava criar uma cultura propriamente brasileira e deixar de lado a cultura colonial
portuguesa.
José de Alencar constitui um dos principais escritores da fase do Romantismo
chamada de “Geração Indianista”. Entretanto, foi na primeira geração romântica (1836
a 1852), que o Indianismo trará a tona o tema do índio idealizado, baseada no binômio
“nacionalismo-indianismo”. O nome dessa tendência remete a figura escolhida para
exaltar aspectos nacionais: o índio, considerado o “bom selvagem”, símbolo da
inocência e pureza. Isso foi essencial para resgatar uma identidade nacional, que
ficasse mais próxima do contexto nacional. José de Alencar foi um dos mais
representativos escritores brasileiros que explorou a mitificação do índio como herói
nacional.
- Identidade Cultural é um conceito das áreas da sociologia e antropologia, que indica
a cultura em que o indivíduo está inserido. Ou seja, a que ele compartilha com outros
membros do grupo, seja tradições, crenças, preferências, dentre outros.
Além disso, determinados fatores de identidade são decisivos para que um grupo faça
parte de tal cultura, por exemplo, a história, o local, a raça, a etnia, o idioma e a crença
Meme. Disponível em: https://twitter.com/artes_depressao/ Acesso em: 15 jan. de 2019.
religiosa.
22. Complete:
A figura escolhida para exaltar aspectos nacionais foi
o________, considerado o “______________”, símbolo
1. O que é nacionalismo? da____________ e ____________. Isso foi essencial para
2. Segundo o texto, como o nacionalismo se expressa? resgatar uma __________________, que ficasse mais
3. Como o patriotismo se expressa? próxima do contexto nacional. José de Alencar foi um dos
4. O que forma a ideologia do nacionalismo? mais representativos escritores brasileiros que explorou a
5. Qual é a diferença entre patriotismo e nacionalismo? mitificação do índio como ___________________.
6. Que ideal nacionalista é citado no texto? 23. O que é Identidade Cultural?
7. Que formas extremistas de demonstrar o sentimento 24. Quais fatores de identidade são decisivos para que um
nacionalista são citadas no texto? grupo faça parte de tal cultura?
8. O que é ufanismo?
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52
9. O que é ultranacionalismo? 25. Você se identifica com a imagem do meme (no texto)?
10. A construção da cidadania tem a ver com a relação das Por que os indígenas representam a identidade brasileira?
pessoas com o Estado e com a nação. Sendo assim, como 26. Observe a charge abaixo, por que se diz que o
as pessoas se tornam cidadãs? brasileiro não é patriota?
11. Que fatores identificam a identidade nacional?
12. Quem eram os heróis nacionais na Europa?
13. Quem eram os heróis nacionais no Brasil?
14. Como era descrito o Índio Romantizado?
15. Que autor indianista é citado no texto?
16. Qual é a importância das obras de José de Alencar?
17. Como o índio é descrito no romance “O Guarani”, de
José de Alencar?
18. Como a índia é descrita na obra de José de Alencar?
19. Por que esse período indigenista foi importante?
20. José de Alencar. Ele constitui um dos principais
escritores da fase do Romantismo, como foi chamada essa
fase?
21. Que tema o movimento indigenista trouxe à tona?

PLANO DE AULA - 20
ESCOLA ESTADUAL __________________________________ Ano: ________
Ano de escolaridade: 8° ANO
Período: ( ) 1 aula ( ) 2 aulas ( X ) 3 aulas
Área de Conhecimento: Humanas Componente Curricular: História
Habilidade(s)/ Código(s) Alfanumérico(s): ((EF08HI15) (EF08HI16) (EF08HI17) (EF08HI18)
(EF08HI19) (EF08HI20) (EF08HI21) (EF08HI22)
Atividades de Atividades de Atividades de Consolidação Atividades Retomada
Introdução Sistematização de Avaliação
Avaliação. Correção e
intervenção
nas
questões
mais
erradas

1ª aula – Revisão para a prova


2ª aula – Avaliação.
3ª aula - Correção e intervenção nas questões mais erradas

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53
SECRETARIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO NOTA:
_________________________
E.E.” ______________________________________________”

AVALIAÇÃO BIMESTRAL DE HISTÓRIA


PROFESSOR (A): Série: 8o TURMA: DATA:

ALUNO (A) NÚMERO:


______________________foi resultado do processo de independência do Brasil, que teve como ponto de partida a
transferência da Corte portuguesa para o Rio de Janeiro em 1808. Quando isso aconteceu, uma série de
transformações aconteceu no Brasil: a cidade do Rio de Janeiro cresceu e desenvolveu-se, os portos foram abertos
e o comércio prosperou. Dessa forma, o Brasil deixou de ser colônia, tornando-se parte do Reino de Portugal. Os
ânimos do Brasil estavam sob controle até 1820, quando eclodiu a Revolução do Porto, em Portugal. Essa revolução
exigia o retorno do rei português para Lisboa e a revogação das medidas que haviam sido implantadas no Brasil. As
elites econômicas do Brasil encararam essa revolta como uma tentativa de recolonizar o país. Assim, surgiu um
movimento pela independência.
A alternativa que completa corretamente o espaço acima é
a. Proclamação da Emancipação do Brasil b. Primeiro Reinado
c. Segundo Reinado d. Proclamação da República
2. Sobre o meme ao lado, pode-se concluir que:
a. Com a independência, os idealizadores optaram por
instaurar a monarquia como forma de governo. Era um
caso único na América do Sul, já que as antigas colônias
espanholas nessa parte do continente tinham se tornado
repúblicas.
b. Com a independência, o Brasil e a maioria dos países
da América se tornaram monarquias absolutistas.
c. Com a independência, o Brasil e a maioria dos países
da América do Sul se tornaram repúblicas
presidencialistas.
d. O Brasil foi o único país da América do Sul que não
passou pelo processo de formação de uma monarquia

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54
3. Qual é a crítica apresentada no meme acima?
R:__________________________________________________________________________________
Durante o 1º Reinado, após a definição da autonomia política
brasileira, era preciso criar os símbolos nacionais, as
instituições e os órgãos administrativos, além de leis para o
novo estado. Diante disso, uma das primeiras atitudes
tomada por D. Pedro I, foi a criação de uma assembleia
Constituinte para implementar a Constituição do Brasil
Império. Em 1824, D. Pedro I outorgou a 1ª Constituição do
Brasil. Características do documento: • Escravidão mantida;
• Mulheres sem direito a voto; • O Catolicismo como religião
oficial; • Estado dividido em quatro poderes: Moderador,
Executivo, Legislativo e Judiciário; • Regras para o sistema
eleitoral, definindo as eleições como censitários.

4. Sobre as charges e o texto, responda:


a. D. Pedro disse que a constituição é para quase todos. Quem são os excluídos?
b. O que dava ao imperador poderes ilimitados?

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55
O BRASIL APÓS A INDEPENDÊNCIA BRASIL ATUAL

5. Com base nos mapas, é correto afirmar: Marque as alternativas verdadeiras.


a. ( ) Depois da independência do Brasil (1822) aconteceu separação da província de Cisplatina, que posteriormente se
tornaria o Uruguai.
b. ( ) Os conflitos registrados no Grão-Pará, Maranhão, Piauí e Bahia pretendiam a independência.
c) ( ) A província de Pernambuco perdeu parte de seu território, logo após o final da Confederação do Equador.
d) ( ) A província de Cisplatina deixou de fazer parte do Brasil..

6. Sobre a imagem ao lado e seus conhecimentos,


marque as alternativas verdadeiras:

a. ( ) O golpe da maioridade, 1840 elevou D. Pedro II a


imperador do Brasil antes da idade permitida.
b. ( ) O golpe da maioridade foi uma estratégia para
manter a unidade nacional, abalada pelas sucessivas
rebeliões provinciais;
c. ( ) O golpe da maioridade foi o único caminho para
que o país alcançasse a independência em relação a
Portugal;
d. ( ) O golpe da maioridade foi a forma mais viável para
o governo aceitar a proclamação da República e a
abolição da escravatura.
Um dos maiores focos de resistência popular à ordem imperial foi a Para enfrentar os movimentos e revoltas populares, o
cabanagem, que surge no Pará, 1835. Os rebeldes (cabanos) governo conta com a guarda nacional, Criada pelo
chegaram a tomar Belém e declarar a independência da província. 5 Padre Feijó. A Guarda Nacional era uma tropa de elite
anos e 35 mil mortos depois, uma poderosa força militar acaba com formada pelos proprietários rurais e seus seguidores,
a rebelião reduzindo à metade a população da província. que recebem patentes militares.

7. a. As informações apresentadas acima referem-se a que período?


a. Regência b. Primeiro Império c. Segundo Império d. República

7. b. Qual foi a principal consequência da Cabanagem?


Leia
Texto 1 - Ação afirmativa ou discriminação positiva, trata-se de Texto 2 - São reservas de vagas em vestibulares, provas e
conjunto de mecanismos de integração social de políticas concursos públicos destinadas a pessoas de origem negra,
públicas, que visa a concretização da igualdade material, ou parda ou indígena. As cotas visam a acabar com a
seja, assegura a pessoas pertencentes a grupos desigualdade racial e o racismo estrutural resultantes de
particularmente excluídos e desfavorecidos, se colocarem em anos de escravidão no Brasil, que ainda excluem pessoas
uma posição idêntica à dos outros membros da sociedade, negras e indígenas da universidade, do mercado de
proporcionando igualdade no exercício dos direitos. trabalho e dos espaços públicos.
8. Qual o tema central tratado nos textos acima?
a. Cotas raciais b. desigualdade racial
c. consequência da escravidão d. Legado da escravidão no Brasil

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56
“A Guerra chegara ao fim. As cidades, as vilas, as
aldeias estavam despovoadas. Sobrevivera um
quarto da população – cerca de duzentas mil
pessoas – noventa por cento do sexo feminino. Dos
vinte mil homens ainda com vida, setenta e cinco
por cento eram velhos acima de sessenta anos ou
garotos menores de dez anos. Os próprios aliados
ficaram abismados com a enormidade da
catástrofe, a maior sucedida num país americano”
– Mânlio Gancogni e Ivan Boris.

9.a. O texto e as imagens referem-se ao conflito externo em que se envolveu o Império Brasileiro, conhecido como:
a. da Cisplatina. b. do Chaco c. de Canudos. d. do Paraguai.
9.b. Que país apoiou a tríplice aliança na guerra contra Solano Lopes.
a. Argentina b. Uruguai c. Brasil d. Inglaterra

11. Em se tratado do problema da escravidão no Império do Brasil,


pode-se dizer que, de 1845 a 1850, o governo de Dom Pedro II
começou a ter grandes problemas com os ingleses por conta de
uma lei promulgada na Inglaterra. Essa lei conduziu o Brasil a
aprovar também uma lei, em 1850, que resolvesse parcialmente o
problema relacionado com o sistema escravista. Essas leis, a
inglesa e a brasileira, eram, respectivamente:
a) Lei do açúcar e Lei do Ventre Livre.
b) Lei Áurea e Lei dos sexagenários
c) Lei do chá e Lei Áurea.
d) Bill Aberdeen e Lei Eusébio de Queiroz
10. Interprete o meme acima.
R:_____________________________________
Texto 2- Após a abolição, a segregação dos negros foi
Texto 1- estrategicamente silenciosa. Os problemas de racismo foram cobertos
por uma roupagem demagógica e hipócrita que não contribui para
enfrentá-los. O negro pós-abolição percebeu-se desprovido de terra,
educação. “Restou àqueles milhões de africanos e afro-brasileiros
‘sem sobrenome’ buscar as periferias urbanas como local de moradia,
o trabalho nas estradas de ferro, nas docas, ou permanecer junto a
seus antigos senhores em situação semelhante à escravidão.” A partir
da ideia de que vivemos numa democracia racial, “o preconceito e o
racismo foram mascarados pela visão idealizada de um passado de
relação harmônica entre os diversos grupos étnicos”.
12. Qual o tema central tratado nos textos acima?
a. Cotas raciais b. desigualdade racial c. Causas da escravidão no Brasil d. Legado da escravidão no Brasil
1845 Aprovado o Regulamento das Missões - visava, "completa assimilação dos índios" A sociedade assimilaria o indígena
que teria sua cultura desaparecida.
1910 Criação do Serviço de Proteção aos Índios – SPI - O Estado republicano tutelou os indígenas
1952 Rondon criou o projeto do Parque Nacional do Xingu- Objetivo era criar uma área de proteção aos indígenas
1967 Criação da Fundação Nacional do Índio – FUNAI - Substituiu o extinto SPI na administração das questões indígenas
1979 Criação da União das Nações Indígenas - Primeira tentativa de defesa da cultura indígena, importante para a
consagração dos direitos dos índios na Constituição de 1988.
13. As políticas acima ficaram conhecidas como
a. políticas indigenistas b. políticas afirmativas c. políticas colonizadoras d. políticas expansionistas
O Índio Romantizado - Enquanto na Europa os heróis nacionais eram os cavaleiros medievais, no Brasil, como não houve idade média,
os índios eram os heróis. O índio no romantismo era sempre descrito como um forte guerreiro. José de Alencar foi um dos principais
autores indianistas e suas obras servem como um bom exemplo de como os autores desse período enxergavam os índios. No romance
“O Guarani”, de José de Alencar, o índio Peri é descrito como um bom selvagem, corajoso, um forte guerreiro e um líder. Em outro romance,
do mesmo autor, a índia Iracema é descrita nas seguintes palavras: “Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros
que a asa da graúna, e mais longos que seu talhe de palmeira.” Esse período serviu para influenciar a visão que a sociedade possuía dos
indígenas e também se criou um misticismo em torno deles. Nesse período, pós-independência, também se buscava criar uma cultura
propriamente brasileira e deixar de lado a cultura colonial portuguesa.
14. Sobre o texto, marque as alternativas verdadeiras:
a. ( ) O índio foi chamado de herói nacional
b. ( ) José de Alencar foi um dos principais autores indianistas
c. ( ) O indigenismo ajudou a criar uma cultura propriamente brasileira e deixar de lado a cultura colonial portuguesa.
d. ( ) No romance “O Guarani”, de José de Alencar, o índio é descrito como um bom selvagem.
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57
PROGRAMA DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA - PIP
SRE: Município:
Escola Estadual
Diretora
Especialista
Analistas/ Equipe Regional
Gabarito

MATRIZ DE REFERÊNCIA DA AVALIAÇÃO 3° Bimestre 8° ano/INTERNA


Atividad

Unidade Temática Habilidade


e

1 b O Brasil no século XIX Brasil: Primeiro Reinado (EF08HI15) Identificar e analisar o equilíbrio das forças e os
O Período Regencial e as contestações ao poder central sujeitos envolvidos nas disputas políticas durante o Primeiro e
O Brasil do Segundo Reinado: política e economia o Segundo Reinado.
• A Lei de Terras e seus desdobramentos na política do
Segundo Reinado
• Territórios e fronteiras: a Guerra do Paraguai
2 a O Brasil no século XIX Brasil: Primeiro Reinado (EF08HI15) Identificar e analisar o equilíbrio das forças e os
O Período Regencial e as contestações ao poder central sujeitos envolvidos nas disputas políticas durante o Primeiro e
O Brasil do Segundo Reinado: política e economia o Segundo Reinado.
• A Lei de Terras e seus desdobramentos na política do
Segundo Reinado
• Territórios e fronteiras: a Guerra do Paraguai
3 Falha na Lei das O Brasil no século XIX Brasil: Primeiro Reinado (EF08HI15) Identificar e analisar o equilíbrio das forças e os
terras que O Período Regencial e as contestações ao poder central sujeitos envolvidos nas disputas políticas durante o Primeiro e
prometia terra O Brasil do Segundo Reinado: política e economia o Segundo Reinado.
para todas, mas
excluía grupos • A Lei de Terras e seus desdobramentos na política do
marginalizados e Segundo Reinado
escravizados. • Territórios e fronteiras: a Guerra do Paraguai
4 Mulheres, O Brasil no século XIX Brasil: Primeiro Reinado (EF08HI15) Identificar e analisar o equilíbrio das forças e os
pobres e O Período Regencial e as contestações ao poder central sujeitos envolvidos nas disputas políticas durante o Primeiro e
negros///b. O Brasil do Segundo Reinado: política e economia o Segundo Reinado.
poder • A Lei de Terras e seus desdobramentos na política do
moderador Segundo Reinado
• Territórios e fronteiras: a Guerra do Paraguai
5 vvvv O Brasil no século XIX Brasil: Primeiro Reinado (EF08HI17) Relacionar as transformações territoriais, em
O Período Regencial e as contestações ao poder central razão de questões de fronteiras, com as tensões e conflitos
O Brasil do Segundo Reinado: política e economia durante o Império.
• A Lei de Terras e seus desdobramentos na política do
Segundo Reinado
• Territórios e fronteiras: a Guerra do Paraguai
6 a/b O Brasil no século XIX Brasil: Primeiro Reinado (EF08HI16) Identificar, comparar e analisar a diversidade
O Período Regencial e as contestações ao poder central política, social e regional nas rebeliões e nos movimentos
O Brasil do Segundo Reinado: política e economia contestatórios ao poder centralizado.
• A Lei de Terras e seus desdobramentos na política do
Segundo Reinado
• Territórios e fronteiras: a Guerra do Paraguai
7 A. a O Brasil no século XIX Brasil: Primeiro Reinado (EF08HI16) Identificar, comparar e analisar a diversidade
O Período Regencial e as contestações ao poder central política, social e regional nas rebeliões e nos movimentos
b. Muitas O Brasil do Segundo Reinado: política e economia contestatórios ao poder centralizado.
mortes • A Lei de Terras e seus desdobramentos na política do
Segundo Reinado
• Territórios e fronteiras: a Guerra do Paraguai
8 a O Brasil no século XIX O escravismo no Brasil do (EF08HI20) Identificar e relacionar aspectos das estruturas
século XIX: plantations e revoltas de escravizados, sociais da atualidade com os legados da escravidão no Brasil
abolicionismo e políticas migratórias no Brasil Imperial e discutir a importância de ações afirmativas.

9 d/d O Brasil no século XIX Brasil: Primeiro Reinado (EF08HI18) Identificar as questões internas e externas sobre a
O Período Regencial e as contestações ao poder central atuação do Brasil na Guerra do Paraguai e discutir diferentes
O Brasil do Segundo Reinado: política e economia versões sobre o conflito.
• A Lei de Terras e seus desdobramentos na política do
Segundo Reinado
• Territórios e fronteiras: a Guerra do Paraguai
10 A lei dos sexagenários era O Brasil no século XIX O escravismo no Brasil do (EF08HI19) Formular questionamentos sobre o legado da escravidão
ineficaz, já que a grande maioria século XIX: plantations e revoltas de escravizados, nas Américas, com base na seleção e consulta de fontes de diferentes
dos escravizados não chegavam abolicionismo e políticas migratórias no Brasil Imperial naturezas.
aos 60 anos

11 d O Brasil no século XIX O escravismo no Brasil do século XIX: (EF08HI19) Formular questionamentos sobre o legado da escravidão
plantations e revoltas de escravizados, abolicionismo e políticas nas Américas, com base na seleção e consulta de fontes de diferentes
migratórias no Brasil Imperial naturezas.

12 d O Brasil no século XIX O escravismo no Brasil do século XIX: (EF08HI19) Formular questionamentos sobre o legado da escravidão
plantations e revoltas de escravizados, abolicionismo e políticas nas Américas, com base na seleção e consulta de fontes de diferentes
migratórias no Brasil Imperial naturezas.
13 a O Brasil no século XIX Políticas de extermínio do indígena durante o (EF08HI21) Identificar e analisar as políticas oficiais com relação ao
Império indígena durante o Império.

14 O Brasil no século XIX A produção do imaginário nacional brasileiro: (EF08HI22) Discutir o papel das culturas letradas, não letradas e das
cultura popular, representações visuais, letras e o Romantismo no artes na produção das identidades no Brasil do século XIX.
Brasil

Cláudia Rodrigues Proibido reprodução e postagem


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