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Apostila

de
HISTÓRIA
8º ano EF
[Plano de aula com sequência didática]
(2o Bimestre) BNCC
[E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem
daqueles que amam a Deus. Romanos 8:28]

Cláudia Rodrigues
Plano de Ensino 8º ano – Ensino Fundamental. (2o Bimestre)
UNIDADES OBJETOS DE
HABILIDADES CONTEÚDO ATIVIDADES
TEMÁTICAS CONHECIMENTO
- Independência
Independência dos - Pesquisa: Qual o significado do nome “Estados Unidos da
dos Estados
Estados Unidos da América” para chamar um país? As primeiras repúblicas
Unidos da América
América formadas na América do Sul eram nações ou países? Qual era
(EF08HI06) - Independências
Independências na a configuração político-geográfica das Américas ao final do
Aplicar os na América
América espanhola processo de independência (por volta de 1825)? Que fatores
conceitos de espanhola
Os processos • A revolução dos definem que um território pertence a um país? Em 1815, o
Estado, nação, - Rever os
de escravizados em Brasil foi proclamado Reino Unido de Portugal e Algarves: isso
território, conceitos de
independênci São Domingo e tornou o Brasil um país, um Estado ou uma nação?
governo e país Estado, nação,
a nas seus múltiplos - Comparar o governo formado nos Estados Unidos pós-
para o território, governo e
Américas significados e independência com os governos inaugurados pelas ex-colônias
entendimento país (qual a
desdobramentos: o espanholas que seguiram o exemplo estadunidense.
de conflitos e diferença entre
caso do Haiti - Trabalho interdisciplinar com as habilidades (EF08GE05) e
tensões. Estado e governo,
Os caminhos até a (EF08GE08), da Geografia, no que se refere à aplicação dos
entre nação e
independência do conceitos de Estado, nação, território e país para a
país?)
Brasil compreensão da ordem internacional.
- Entender o processo de
Independência dos independência nas Américas no
(EF08HI07)
Estados Unidos da contexto da crise do Antigo - Utilizar mapas históricos de diferentes
Identificar e
América Regime, reconhecendo períodos (1800, 1825 e 1830, por exemplo)
contextualizar as
Independências na especificidades (a monarquia para comparar as mudanças nas
Os especificidades
América espanhola mexicana e as repúblicas dos conformações territoriais dos países latino-
processos dos diversos
• A revolução dos demais países, por exemplo), a americanos. É interessante destacar o caso
de processos de
escravizados em São organização da sociedade do Uruguai, anexado ao Brasil como
independê independência nas
Domingo e seus hispano-americana Província Cisplatina; da Bolívia, que tinha
ncia nas Américas, seus
múltiplos significados e (peninsulares, criollos, mestiços, uma saída para o oceano Pacífico; da
Américas aspectos
desdobramentos: o caso indígenas e, no caso do Caribe, América Central, território da Colômbia que
populacionais e
do Haiti africanos escravizados) e o foi fragmentado em pequenos países.
suas conformações
Os caminhos até a espaço histórico (vice-reinos e
territoriais.
independência do Brasil capitanias que se desmembram
em outros países).
(EF08HI08) - Especificar as ideias dos líderes das independências
Independência dos Estados
Conhecer o - Conhecer o hispano-americanas, bem como seu papel nesses
Unidos da América
ideário dos ideário dos líderes movimentos. O que pensavam líderes como José Martí,
Os Independências na América
líderes dos dos movimentos Simon Bolívar, San Martín, Manuel Hidalgo, José Maria
process espanhola
movimentos independentistas e Morellos? Suas ideias sobre liberdade incluíam a abolição
os de • A revolução dos
independentistas seu papel nas da escravidão africana e a libertação do trabalho
indepen escravizados em São
e seu papel nas revoluções que compulsório indígena? Defendiam direitos políticos
dência Domingo e seus múltiplos
revoluções que levaram à universais ou limitados? Eram monarquistas ou
nas significados e
levaram à independência das republicanos? Até que ponto o liberalismo e o modelo
América desdobramentos: o caso do
independência colônias hispano- norte-americano os influenciou e inspirou os governos dos
s Haiti
das colônias americanas. novos países independentes? No processo de
Os caminhos até a
hispano- independência, esses líderes lutaram juntos ou
independência do Brasil
americanas. isoladamente?
- O sonho de Bolivar
Independência dos Estados - Comparar pontos de vista diferentes, como,
(EF08HI0 - América para os americanos.
Unidos da América por exemplo, a Carta da Jamaica, de Simón
9) - Conhecer e diferenciar duas ideias
Os Independências na América Bolívar, e caricaturas sobre a Doutrina Monroe.
Conhecer de Pan-americanismo nascidas na
proces espanhola Ambos os pensadores defendem a liberdade
as mesma época: aquela defendida por
sos de • A revolução dos dos países latino-americanos, mas no que se
característ Simón Bolívar na Carta da Jamaica
indepe escravizados em São diferenciam? Por que a proposta de Simón
icas e os (1815) e na Conferência do Panamá
ndênci Domingo e seus múltiplos Bolívar não se realizou? Por que a Doutrina
principais (1826) e a do presidente norte-
a nas significados e Monroe se afirmou? O que isso significou para
pensadore americano James Monroe, a Doutrina
Améric desdobramentos: o caso do os países latino-americanos?
s do Pan- Monroe (1823), que acabou por
as Haiti - Trabalho interdisciplinar com Geografia, com
americani nortear, por mais de um século, a
Os caminhos até a a habilidade (EF08GE08), associada à
smo. política norte-americana na América
independência do Brasil compreensão da ordem internacional.
Latina.
(EF08HI10) - Discutir aspectos como: por que a
Independência dos
Identificar a - Destacar os múltiplos sentidos da história do Haiti é pouco conhecida?
Estados Unidos da
Revolução Revolução de São Domingo ou Revolução Que país europeu colonizou a ilha?
América
Os de São no Haiti: a primeira colônia a se tornar Qual a composição étnica da população
Independências na
process Domingo independente nas Américas depois dos haitiana? Por que os livros dedicam
América espanhola
os de como Estados Unidos, a primeira república negra mais espaço para a Revolução
• A revolução dos
indepen evento do mundo, uma das maiores rebeliões de Francesa e pouco ou nada falam sobre
escravizados em São
dência singular e escravos da história e a única vitoriosa, e o o Haiti?
Domingo e seus múltiplos
nas desdobram primeiro país americano a abolir a - Compreender a visão eurocêntrica da
significados e
América ento da escravidão. O aluno deve avaliar o impacto História ocidental, bem como o
desdobramentos: o caso
s Revolução do haitianismo na América, em especial na preconceito e o racismo ocultos pelo
do Haiti
Francesa e sociedade brasileira, que, durante todo o apagamento da memória. É possível,
Os caminhos até a
avaliar suas século XIX, foi amedrontada pelo temor da ainda, a abordagem das revoltas
independência do Brasil
implicações. “onda negra”, isto é, a repetição dos escravas no Brasil, como, por exemplo,
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1
eventos do Haiti. a de Carrancas (Minas Gerais, 1833) e a
- Revoltas escravas no Brasil, a de Revolta dos Malês (Bahia, 1835), que
Carrancas (Minas Gerais, 1833) e a Revolta fizeram os senhores temerem uma
dos Malês (Bahia, 1835. rebelião do tipo haitiana.
- Reconhecer a atuação de
(EF08HI11)
Independência dos todos os segmentos sociais e - Discutir questões como: A camada mais pobre tão
Identificar e
Estados Unidos da étnicos – camponeses, numerosa se manteve submissa e distante dos
explicar os
América africanos escravizados, acontecimentos políticos? O que pretendiam líderes
Os protagonismos
Independências na libertos, indígenas, mestiços, como o indígena Juan Santos Atahualpa (Peru,
process e a atuação de
América espanhola grandes proprietários – nos 1710-1756) e Tupac Amaru (Peru, 1780).? Qual foi o
os de diferentes
• A revolução dos movimentos pela desfecho desses movimentos? As independências
indepen grupos sociais
escravizados em São independência nas Américas beneficiaram as camadas populares? O ideal de
dência e étnicos nas
Domingo e seus (Brasil, Haiti e colônias liberdade dos heróis fundadores incluía a abolição
nas lutas de
múltiplos significados e espanholas). dos escravos e a cidadania de toda a população?
América independência
desdobramentos: o caso - Romper com a visão - Trabalho interdisciplinar com a habilidade
s no Brasil, na
do Haiti tradicional e elitista de uma (EF08GE10), da Geografia, no que se refere à
América
Os caminhos até a história construída compreensão de ações de diferentes movimentos
espanhola e no
independência do Brasil exclusivamente por heróis sociais latino-americanos, atual e historicamente.
Haiti.
fundadores.
- Pesquisar o patrimônio histórico cultural relativo
- Vinda da Família Real.
ao governo joanino: largo do Paço (atual Praça
Independência dos (EF08HI12) - Pacto Colonial.
XV de Novembro), Paço Imperial (atual Centro
Estados Unidos da Caracterizar a - Explicar como o governo
Cultural), Chafariz do Mestre Valentin, igreja e
América organização joanino no Brasil preparou o
convento do Carmo, Quinta da Boa Vista (atual
Independências na política e social caminho para a
Os Museu Nacional), Palácio Tiradentes, Biblioteca
América espanhola no Brasil desde a independência ao quebrar o
processos Nacional etc.
• A revolução dos chegada da pacto colonial e permitir o
de - Confrontar fotografias atuais com as aquarelas
escravizados em São Corte livre comércio, criar uma
independê de Debret e outros viajantes mostrando os
Domingo e seus portuguesa, em estrutura burocrática-
ncia nas mesmos locais à época de D. João VI e D. Pedro
múltiplos significados e 1808, até 1822 e administrativa de Reino Unido
Américas I.
desdobramentos: o caso seus (impressão régia, Conselho
- Analisar o quadro de Pedro Américo, “O Grito
do Haiti desdobramentos de Estado, Erário Real,
do Ipiranga”, 1888, identificando-o como uma
Os caminhos até a para a história Banco do Brasil etc.) e
representação idealizada e heroica da
independência do Brasil política brasileira. promover a urbanização da
independência, construída décadas depois do
Corte.
fato retratado.
- Formas de governo
- Comparar os processos de independência com
Independência dos adotadas nos países
(EF08HI13) relação a três aspectos: a) a presença da corte
Estados Unidos da latino=americanos
Analisar o portuguesa no Brasil e o isolamento das demais
América independentes. O caso do
processo de colônias em relação à metrópole espanhola; b) a
Independências na Brasil, o único país da
Os independênci independência do Brasil feita pelo herdeiro da coroa
América espanhola América a adotar o regime
processos a em (portanto, feita “pelo alto”) e a das colônias espanholas
• A revolução dos monárquico (sem
de diferentes feita pela população e lideradas por um criollo; c) a
escravizados em São considerar a breve
independê países latino- adoção da monarquia no Brasil, denotando uma
Domingo e seus experiência monárquica do
ncia nas americanos e continuidade política e a adoção da república nos
múltiplos significados e México), serve de
Américas comparar as demais países, indicando um rompimento com a
desdobramentos: o caso contraponto para refletir a
formas de Europa. Por que o Brasil foi o único país a manter o
do Haiti posição do Brasil frente às
governo neles regime monárquico? Quais as consequências dessa
Os caminhos até a repúblicas latino-
adotadas. particularidade em relação às outras nações latino-
independência do Brasil americanas.
americanas?
- Independência do Brasil.
- Compreender que as - Debate sobre a questão indígena, com
populações indígenas foram destaque para os estereótipos e preconceitos
(EF08HI14) Discutir a
escravizadas tanto quanto os sobre as populações indígenas. - Analisar
noção da tutela dos
negros africanos e que os criticamente o estigma do “índio preguiçoso”
grupos indígenas e a
A tutela da governos ibéricos criaram um - Discussão sobre as populações negras, em
participação dos negros
população aparato jurídico-administrativo especial sobre a escravidão africana no Brasil e
Os processos na sociedade brasileira
indígena, a que considerava as populações na América Espanhola; ao levantamento dos
de do final do período
escravidão incapazes e, portanto, mantidas contingentes populacionais negros nos países
independênci colonial, identificando
dos negros e sob a tutela do Estado. do Caribe, onde são majoritários e, em menor
a nas permanências na forma
a tutela dos - Reconhecer a participação quantidade, na Colômbia, Peru e Equador e,
Américas de preconceitos,
egressos da dos negros na sociedade ainda, à pesquisa sobre o Índice de
estereótipos e violências
escravidão brasileira Desenvolvimento Humano (IDH) das
sobre as populações
- Identificar os estigmas de populações indígenas e afrodescendentes nos
indígenas e negras no
preconceitos enraizados em países latino-americanos, para reconhecer a
Brasil e nas Américas.
torno do indígena e do negro grande desigualdade que atinge as populações
em toda a América. negras e indígenas.

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2
PLANO DE AULA - 1
ESCOLA ESTADUAL __________________________________ Ano: ________
Ano de escolaridade: 8° ANO
Período: ( ) 1 aula ( ) 2 aulas ( X ) 3 aulas
Área de Conhecimento: Humanas Componente Curricular: História
Habilidade(s)/ Código(s) Alfanumérico(s): (EF08HI06) Aplicar os conceitos de Estado, nação,
território, governo e país para o entendimento de conflitos e tensões..
Atividades de Atividades de Atividades de Atividades de Avaliação Retomada
Introdução Sistematização Consolidação
Introdução do tema e - Independência dos Estados Atividades de - Pesquisa: Qual o significado do nome -
sondagem. Unidos da América comparação : “Estados Unidos da América” para
- Independências na colônias do norte chamar um país? As primeiras
América espanhola repúblicas formadas na América do Sul
Os processos de e colônias do sul
- Rever os conceitos de eram nações ou países? Qual era a
independência nas Estado, nação, território,
- Resolver configuração político-geográfica das
Américas governo e país (qual a atividades, Américas ao final do processo de
Independênci diferença entre Estado e identificando a independência (por volta de 1825)?
a dos Estados governo, entre nação e importância da Que fatores definem que um território
Unidos da América país?) independências pertence a um país? Em 1815, o Brasil
Independências na dos EUA para os foi proclamado Reino Unido de
América espanhola ideias de Portugal e Algarves: isso tornou o
• A revolução dos liberdade na Brasil um país, um Estado ou uma
escravizados em América. nação?
- Comparar o governo formado nos
São Domingo e seus Estados Unidos pós-independência
múltiplos significados com os governos inaugurados pelas
e desdobramentos: o ex-colônias espanholas que seguiram o
caso do Haiti exemplo estadunidense.
Os caminhos até a
independência do
Brasil
- Trabalho interdisciplinar com as habilidades (EF08GE05) e (EF08GE08), da Geografia, no que se refere à
aplicação dos conceitos de Estado, nação, território e país para a compreensão da ordem internacional.
1ª aula. - Independência dos Estados Unidos da América. Estudo de
texto.
2ª aula – atividades de comparação : colônias do norte e colônias
do sul
3ª aula – resolver atividades , identificando a importância da
independências dos EUA para os ideias de liberdade na América.
1. vvvvvvvv
2. Vvvvvvv
3. Inglaterra lucros taxas e impostos, Lei intolerável.
( 1 )minifúndio(pequena propriedade) ( 1 ) trabalho escravo ( 2 ) trabalho livre
( 2 ) colonizada por protestantes ( 1 ) latifúndio(grande ( 2 ) policultura
( 2) Nova Inglaterra propriedade) ( 2 ) Norte dos EUA
( 1) Sul dos EUA e toda América Latina ( 2 )queriam prosperar o lugar ( 1 ) produção para exportação.
( 1) baseada na exploração agrícola e ( 2) produção para consumo ( 1 ) pacto colonial.
mineral interno ( 1 ) monocultura
( 2 ) baseada no comércio interno

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3
ESTADO, PAÍS OU NAÇÃO? CONCEITOS
- Um Estado é o conjunto de instituições que controlam e administram uma nação ou país e o seu ordenamento jurídico. No caso do Brasil,
isso seria um Estado que possui Constituição Federal, leis ordinárias, medidas provisórias, decretos, resoluções, portarias e toda uma
hierarquia jurídica.
- Uma nação é definida pelo conjunto de características culturais, tradições, língua, costumes, entre outros fatores, que formam uma
identidade pela qual os indivíduos se identificam e se sentem partes de um grupo. É um povo. As nações antecedem o Estado e têm caráter
mais subjetivo e humano. Um Estado pode ser formado por diversas nações, assim como uma nação pode estar dividida em diversos
Estados.
- Um país é uma designação geográfica, é o lugar onde fica a nação, mas existem estados e nações sem países. Ex: ciganos (nação sem país).
REVOLUÇÃO AMERICANA: Antes da Independência, os EUA eram formados por treze colônias controladas pela Inglaterra. Os ingleses
usavam as colônias para obter lucros e recursos minerais e vegetais que não tenham na Europa, cobravam impostos e taxas. Os ingleses
começaram a colonizar os EUA no século XVII. A colônia recebeu dois tipos de colonização:
1-As Colônias do Norte : colonizada por protestantes, que fugiam das perseguições religiosas queriam transformar a região num próspero
lugar para a habitação de suas famílias, chamaram o lugar de Nova Inglaterra e implantaram a colônia de povoamento com: mão-de-obra
livre, economia baseada no comércio, pequenas propriedades e produção para o consumo interno.2-As Colônias do Sul : sofreram colônia
de exploração. Seguiam o Pacto Colonial. Era baseada no latifúndio, mão-de-obra escrava, produção para a exportação para a metrópole
e monocultura.
Guerra dos Sete Anos- Aconteceu entre a Inglaterra e a França as duas queriam territórios na América do Norte e a Inglaterra saiu
vencedora. Mesmo assim, a metrópole resolveu cobrar os prejuízos das batalhas dos colonos do norte. Com o aumento das taxas e impostos.
Leis criadas pela Inglaterra que prejudicaram os EUA, causando as revoltas pela independência: Lei do Chá (deu o monopólio do
comércio de chá para uma companhia comercial inglesa), Lei do Selo ( todo produto deveria ter um selo vendido pelos ingleses), Lei do
Açúcar (os colonos só podiam comprar açúcar vindo das Antilhas Inglesas).
Primeiro Congresso da Filadélfia foi feito para os colonos tomarem medidas diante do que estava acontecendo, não tinha caráter
separatista, queriam o fim das medidas restritivas impostas pela metrópole e maior participação na vida política da colônia. Porém, o rei inglês
George III não aceitou as propostas do congresso, e adotou mais medidas controladoras e restritivas como as Leis Intoleráveis. Uma destas
leis, a Lei do Aquartelamento, dizia que todo colono era obrigado a fornecer moradia, alimento e transporte para os soldados ingleses. Essas
leis geraram muita revolta influenciando o processo de independência.
Segundo Congresso da Filadélfia- Em 1776, os colonos se reuniram com o objetivo de conquistar a independência. Thomas Jefferson
redigiu a Declaração de Independência dos Estados Unidos. Porém, a Inglaterra não aceitou a independência e declarou guerra. A Guerra de
Independência foi vencida pelos Estados Unidos com o apoio da França e da Espanha. George Washington se tornou o 1º presidente.
Constituição dos Estados Unidos- Em 1787, ficou pronta a Constituição dos Estados Unidos com características iluministas. Garantia a
propriedade privada, manteve a escravidão, optou pelo sistema de república federativa e defendia os direitos e garantias individuais do
cidadão.

1. Sobre Estado, Nação e país, marque V ou F: 2- Sobre o texto acima marque V ou F.


( ) Estado é o conjunto de instituições que controlam ( ) Revolução Americana foi o nome dado ao processo de independência dos EUA.
e administram uma nação ou país ( ) Os EUA foram colonizados(dominados) pela Inglaterra. (daí o idioma inglês)
( ) O Brasil é um Estado porque possui Constituição ( ) A guerra dos 7 anos aconteceu entre Inglaterra e França. Foi uma disputa por
Federal. terras dos EUA.
( ) Uma nação é definida pelo conjunto de ( ) As leis e impostos criados pela Inglaterra acabaram influenciando na perda da
características culturais, tradições, língua, etc. sua principal colônia (EUA)
( ) As nações antecedem o Estado. Nação é o povo. ( ) Durante o 2º Congresso de Filadélfia foi decidido a Independência dos EUA.
( ) Um Estado pode ser formado por diversas ( ) Thomas Jefferson redigiu a Declaração de Independência dos EUA
nações. ( ) George Washington foi o 1º presidente dos EUA.
( ) Um país é o território onde vive a nação. ( ) Os EUA se tornaram Independentes em 4 de julho de 1776.
( ) Existem estados e nações sem países. ( ) A constituição dos EUA teve ideais Iluministas de liberdade, igualdade e
( ) Antes da independência não existia um estado fraternidade, mas manteve a escravidão.
brasileiro
3. - Numere (1) para colônia de exploração e (2) para colônia de povoamento
( )minifúndio(pequena propriedade) ( ) trabalho escravo ( ) trabalho livre
( ) colonizada por protestantes ( ) latifúndio(grande propriedade) ( ) policultura
( ) Nova Inglaterra ( )queriam prosperar o lugar ( ) Norte dos EUA
( ) Sul dos EUA e toda América Latina ( ) produção para consumo interno ( ) produção para exportação.
( ) baseada na exploração agrícola e mineral ( ) baseada no comércio interno ( ) pacto colonial. ( ) monocultura
4. Complete

a. Os EUA eram formados por treze colônias controladas pela


___________________.
b. Os ingleses usavam as colônias para obter _________e
recursos minerais e vegetais que não tenham na Europa.
c. A Inglaterra e a França guerrearam por territórios na América
do Norte. A Inglaterra venceu, mas teve prejuízos, para se
recuperar economicamente aumentou as _________________e
___________ dos colonos do norte.
d. A Lei do Aquartelamento, dizia que todo colono era obrigado a
fornecer moradia, alimento e transporte para os soldados ingleses
que vieram para conter sua revolta, isso foi chamado de
___________________________

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PLANO DE AULA - 2
ESCOLA ESTADUAL __________________________________ Ano:
________
Ano de escolaridade: 8° ANO
Período: ( ) 1 aula ( ) 2 aulas ( X ) 3 aulas
Área de Conhecimento: Humanas Componente
Curricular: História
Habilidade(s)/ Código(s) Alfanumérico(s): (EF08HI06) Aplicar os conceitos de
Estado, nação, território, governo e país para o entendimento de conflitos e
tensões..
Atividades de Atividades de Atividades de Atividades de Avaliação Retomada
Introdução Sistematização Consolidação
Introdução do tema e - Independência dos Estados Atividades de - Pesquisa: Qual o significado do nome -
sondagem. Unidos da América comparação : colônias “Estados Unidos da América” para chamar
- Independências na América do norte e colônias do um país? As primeiras repúblicas formadas
Os processos de espanhola sul na América do Sul eram nações ou países?
independência nas - Rever os conceitos de Estado, - Resolver atividades, Qual era a configuração político-geográfica
Américas Independência nação, território, governo e país identificando a das Américas ao final do processo de
dos Estados Unidos da (qual a diferença entre Estado e importância da independência (por volta de 1825)? Que
América governo, entre nação e país?) independências dos fatores definem que um território pertence a
Independências na EUA para os ideias de um país? Em 1815, o Brasil foi proclamado
América espanhola liberdade na América. Reino Unido de Portugal e Algarves: isso
• A revolução dos tornou o Brasil um país, um Estado ou uma
escravizados em São nação?
Domingo e seus múltiplos - Comparar o governo formado nos Estados
significados e Unidos pós-independência com os governos
desdobramentos: o caso inaugurados pelas ex-colônias espanholas
do Haiti que seguiram o exemplo estadunidense.
Os caminhos até a
independência do Brasil
- Trabalho interdisciplinar com as habilidades (EF08GE05) e (EF08GE08), da Geografia, no que se refere à
aplicação dos conceitos de Estado, nação, território e país para a compreensão da ordem internacional.
1ª aula – - Estudo de texto - As independências na América espanhola.
2ª aula. Atividades.
3ª aula correção
1. A Independência das colônias espanholas na América ocorreu após 14. a) Em 15 de junho de 1813, Simón Bolívar assina o decreto de Guerra
quase 300 anos de domínio colonial e resultou na formação de 18 novos até a Morte a todos os espanhóis
países. b) Entre as principais lideranças está Simón Bolívar (1783-1830) cuja
2. Os movimentos de emancipação estiveram divididos em três fases campanha militar resultou na independência de Colômbia, Equador e
denominadas: - Movimentos precursores - 1780 a 1810 - Rebeliões Venezuela.
fracassadas - 1810 a 1816, -Rebeliões vitoriosas - 1817 a 1824 c) Em troca do apoio militar fornecido pelos haitianos, Bolívar se
3. O império colonial espanhol, desde o século XVIII, estava dividido em comprometeu em abolir a escravidão em todos os territórios que
quatro vice-reinados e quatro capitanias gerais: conquistasse.
4. Nova Espanha: composto pelo México e parte dos EUA. d) A independência da Argentina, Chile e Peru foi comandada por José de
5. Nova Granada: integrada pelos atuais territórios de Colômbia, Panamá e San Martín (1778-1850).
Equador, e) Ambos os líderes se encontraram em Guayaquil, em 27 de julho de 1822,
6. Rio da Prata: constituía a área equivalente a Argentina, Uruguai, a fim de combinar estratégias políticas para os novos países.
Paraguai e Bolívia. f) Quando a maioria das colônias espanholas já havia feito sua
7. -- Causas - As independências das colônias da América Espanhola independência, os Estados Unidos proclamaram a Doutrina Monroe.
ocorrem no século XVIII quando as ideias como liberalismo e autonomia 15. Com o lema "América para os Americanos".
começavam a conquistar as elites criollas. 16. A doutrina resumia-se no combate a intervenções de caráter militar dos
Além disso, podemos citar como causas: A influência da Independência dos países europeus às nações do continente americano.
EUA; O apoio financeiro da Inglaterra; 17. A doutrina Monroe resumia-se no combate a intervenções de caráter
O desejo de substituir o pacto colonial pelo livre comércio; O apoio militar militar dos países europeus às nações do continente americano.
do Haiti; A expansão do Império napoleônico que ocupou a Espanha e 19. A fragmentação ficou ainda mais evidente com a divisão da América
destituiu o rei Fernando VII. Central, que desde 1824 esteve unida ao México, nas Províncias Unidas da
8. As primeiras ações militares receberam duras repressões da metrópole. América Central.
Embora tenham ocorrido de maneira desorganizada e intempestiva, 20. -A aristocracia criolla passou a governar os Estados soberanos
ajudaram os moradores das colônias a questionarem o sistema de emancipados.
exploração e criaram as condições para as futuras guerras. - A economia continuou a se basear na exportação de matérias-primas e ser
9. Entre os mais importantes movimentos está o liderado por Tupac Amaru dependente da produção industrializada da Europa.
II, que lutou a partir de 1780 pela independência do território peruano. - Manutenção da estrutura colonial onde os brancos eram a elite e índios e
10. Por sua parte, os criollos, através dos cabildos, garantiram sua lealdade mestiços eram considerados inferiores.
ao rei Fernando VII, ao não reconhecer José Bonaparte como rei da
Espanha.
11. O movimento dos criollos, porém, passou de lealdade para o
entendimento de que podiam ser emancipados e movimentos por liberdade
se intensificaram a partir de 1810.
12.Ao contrário do que ocorreu com o Brasil, neste primeiro momento, os
movimentos de independência não contavam com o auxílio da Inglaterra.
Afinal, este país estava em luta contra o Império Napoleônico.
13. Somente em 1815, quando Napoleão foi derrotado pelas tropas
inglesas, as colônias espanholas receberam apoio para a independência
concedido pela Grã-Bretanha.

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5
A Independência das colônias espanholas na América Por sua parte, os criollos, através dos cabildos, garantiram sua
ocorreu após quase 300 anos de domínio colonial e resultou lealdade ao rei Fernando VII, ao não reconhecer José Bonaparte
na formação de 18 novos países. como rei da Espanha.
Os movimentos de emancipação estiveram divididos em três O movimento dos criollos, porém, passou de lealdade para o
fases denominadas: - Movimentos precursores - 1780 a entendimento de que podiam ser emancipados e movimentos por
1810 - Rebeliões fracassadas - 1810 a 1816, -Rebeliões liberdade se intensificaram a partir de 1810.
vitoriosas - 1817 a 1824 Ao contrário do que ocorreu com o Brasil, neste primeiro momento,
O império colonial espanhol, desde o século XVIII, estava os movimentos de independência não contavam com o auxílio da
dividido em quatro vice-reinados e quatro capitanias gerais: Inglaterra. Afinal, este país estava em luta contra o Império
Nova Espanha: composto pelo México e parte dos EUA. Napoleônico.
Nova Granada: integrada pelos atuais territórios de Somente em 1815, quando Napoleão foi derrotado pelas tropas
Colômbia, Panamá e Equador, inglesas, as colônias espanholas receberam apoio para a
Peru: correspondente ao Peru; independência concedido pela Grã-Bretanha.
Rio da Prata: constituía a área equivalente a Argentina, Com o interesse em novos acordos comerciais, a Inglaterra apoiou
Uruguai, Paraguai e Bolívia. os levantes que começaram em 1817 e perduraram até 1824.
Por sua parte, as capitanias-gerais equivalem territórios de - Rebeliões Vitoriosas (1817 a 1824) - Independência da América
Cuba, Guatemala, Venezuela e Chile. Espanhola
-- Causas - As independências das colônias da América Em 15 de junho de 1813, Simón Bolívar assina o decreto de Guerra
Espanhola ocorrem no século XVIII quando as ideias como até a Morte a todos os espanhóis
liberalismo e autonomia começavam a conquistar as elites Entre as principais lideranças está Simón Bolívar (1783-1830) cuja
criollas. campanha militar resultou na independência de Colômbia, Equador e
Além disso, podemos citar como causas: A influência da Venezuela.
Independência dos EUA; O apoio financeiro da Inglaterra; Em troca do apoio militar fornecido pelos haitianos, Bolívar se
O desejo de substituir o pacto colonial pelo livre comércio; O comprometeu em abolir a escravidão em todos os territórios que
apoio militar do Haiti; conquistasse.
A expansão do Império napoleônico que ocupou a Espanha A independência da Argentina, Chile e Peru foi comandada por José
e destituiu o rei Fernando VII. de San Martín (1778-1850). Ambos os líderes se encontraram em
As primeiras ações militares receberam duras repressões da Guayaquil, em 27 de julho de 1822, a fim de combinar estratégias
metrópole. Embora tenham ocorrido de maneira políticas para os novos países.
desorganizada e intempestiva, ajudaram os moradores das Quando a maioria das colônias espanholas já havia feito sua
colônias a questionarem o sistema de exploração e criaram independência, os Estados Unidos proclamaram a Doutrina Monroe.
as condições para as futuras guerras. Com o lema "América para os Americanos", a doutrina resumia-se no
Entre os mais importantes movimentos está o liderado por combate a intervenções de caráter militar dos países europeus às
Tupac Amaru II, que lutou a partir de 1780 pela nações do continente americano.
independência do território peruano. Décadas mais tarde seriam os americanos que fariam o mesmo
No primeiro levante, 60 mil índios foram mortos pelos expulsando os espanhóis de Porto Rico e Cuba.
espanhóis e Tupac Amaru foi preso e executado. A partir de - Consequências
1783, revoltas semelhantes ocorreram e foram igualmente Apesar de ser o desejo de líderes como Simón Bolívar, as colônias
reprimidas na Venezuela e no Chile. espanholas se fragmentaram em vários países após a Conferência
O principal líder venezuelano foi Francisco de Miranda do Panamá. Caracterizados politicamente pela criação de repúblicas
(1750-1816) que, em 1806, deu os primeiros passos para a presidencialistas. A fragmentação ficou ainda mais evidente com a
independência das colônias da Espanha. Miranda seguiu o divisão da América Central, que desde 1824 esteve unida ao México,
modelo norte-americano e também o haitiano, quando os nas Províncias Unidas da América Central. A partir de 1838,
escravos se libertaram da França. dividiam-se formando a Guatemala, Honduras, El Salvador,
- Rebeliões Fracassadas (1810 a 1816) - Independência da Nicarágua e Costa Rica.
América Espanhola -A aristocracia criolla passou a governar os Estados soberanos
O padre Hidalgo (ao centro, de negro) clama contra os emancipados.
espanhóis, no México, em 1810. A ascensão de José - A economia continuou a se basear na exportação de matérias-
Bonaparte (1778-1844) ao trono espanhol, em 1808, primas e ser dependente da produção industrializada da Europa.
intensificou o processo de libertação. Os espanhóis fiéis ao - Manutenção da estrutura colonial onde os brancos eram a elite e
rei se reuniram em Cádiz para resistir ao domínio francês. índios e mestiços eram considerados inferiores.

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6
1. Qual foi o resultado da independência das colônias espanholas?
2. Os movimentos de emancipação da América espanhola estiveram divididos em três fases. Quais foram
elas?
3. Como o império colonial espanhol estava dividido?
4. Que território correspondia a “Nova Espanha”?
5. Que território correspondia a “Nova Granada”?
6. Que território correspondia ao “Rio da Prata”?
7. Quais foram as causas da independência da América espanhola?
8. Qual foi a importância das primeiras ações militares na América espanhola?
9. Cite um importante movimento pro-independência da América espanhola.
10. Como os criollos garantiram sua lealdade ao rei Fernando VII?
11. Por que os movimentos por liberdade se intensificaram a partir de 1810?
12. Por que, ao contrário do que ocorreu com o Brasil, os movimentos de independência da América
espanhola não contavam com o auxílio da Inglaterra?
13. Quando a América espanhola passou a receber o apoio da Grã-Bretanha em prol da independência?
14. Complete:
a) Em 15 de junho de 1813, Simón Bolívar assina o decreto de __________________________________
b) Entre as principais lideranças está Simón Bolívar (1783-1830) cuja campanha militar resultou na
__________ de Colômbia, Equador e Venezuela.
c) Em troca do apoio militar fornecido pelos haitianos, Bolívar se comprometeu em _________________
em todos os territórios que conquistasse.
d) A independência da Argentina, Chile e Peru foi comandada por ____________________________.
e) Ambos os líderes se encontraram em Guayaquil, em 27 de julho de 1822, a fim de combinar
______________________ para os novos países.
f) Quando a maioria das colônias espanholas já havia feito sua independência, os Estados Unidos
proclamaram a _____________.
15. Qual foi o lema da Doutrina Monroe?
16. Em que consistia a Doutrina Monroe?
17. Explique a charge abaixo. 18. Observe o mapa abaixo e pinte os países
pertencentes à América espanhola.

________________________________________
________________________________________
________________________________________
________________________________________
________________________________________
________________________________________
________________________________________
19. Quando a fragmentação dos países da América espanhola ficou mais evidente?
20. Quais foram as consequências da independência da América espanhola?

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PLANO DE AULA - 3
ESCOLA ESTADUAL __________________________________ Ano:
________
Ano de escolaridade: 8° ANO
Período: ( ) 1 aula ( ) 2 aulas ( X ) 3 aulas
Área de Conhecimento: Humanas Componente Curricular:
História
Habilidade(s)/ Código(s) Alfanumérico(s): (EF08HI07) Identificar e contextualizar as
especificidades dos diversos processos de independência nas Américas, seus aspectos
populacionais e suas conformações territoriais.
Atividades de Introdução Atividades de Atividades de Consolidação Atividades de Retomada
Sistematização Avaliação
Introdução do tema e - Entender o processo de - Utilizar mapas históricos de Entender o -
sondagem. independência nas Américas diferentes períodos (1800, 1825 e processo de
Os processos de no contexto da crise do 1830, por exemplo) para comparar independência
independência nas Américas Antigo Regime, as mudanças nas conformações nas Américas no
Independência dos reconhecendo territoriais dos países latino- contexto da
Estados Unidos da América especificidades (a americanos. É interessante crise do Antigo
Independências na América monarquia mexicana e as destacar o caso do Uruguai, Regime
espanhola repúblicas dos demais anexado ao Brasil como Província
• A revolução dos países, por exemplo), a Cisplatina; da Bolívia, que tinha
escravizados em São organização da sociedade uma saída para o oceano Pacífico;
Domingo e seus múltiplos hispano-americana da América Central, território da
significados e (peninsulares, criollos, Colômbia que foi fragmentado em
desdobramentos: o caso do mestiços, indígenas e, no pequenos países.
Haiti caso do Caribe, africanos
Os caminhos até a escravizados) e o espaço
independência do Brasil histórico (vice-reinos e
capitanias que se
desmembram em outros
países).
1ª aula – - Estudo de texto – Crise do Sistema colonial na América.
2ª aula. Atividades - Entender o processo de independência nas Américas no contexto da
crise do Antigo Regime.
3ª aula correção
1. Parte importante da política mercantilista da Europa, o sistema colonial entrou 17. As aristocracias rurais.
em crise por conta de uma contradição: para explorar a colônia, a metrópole 18. Quanto mais se desenvolviam as colônias, porém, mais se aprofundavam as
precisava desenvolvê-la; quanto mais a colônia se desenvolvia, mais se medidas restritivas mercantilistas e a exploração exercida pelas metrópoles
aproximava da independência. europeias. Com isso, o pacto colonial tonou-se insuportável para as populações
2. Nos séculos XVI e XVII, o regime político dominante na Europa era o coloniais e as elites nativas americanas.
absolutismo ou Estado absolutista. 19. A Declaração de Independência dos Estados Unidos da América,
3. Um governo exercido por monarcas que tinham poderes ilimitados. fundamentada no espírito liberal-iluminista do século XVIII.
4. Com suas práticas mercantilistas fundamentadas no protecionismo e no 20. A independência dos Estados Unidos.
monopólio. 21. A partir da União Ibérica – o período do domínio espanhol (1580-1640) -, da
5. Com suas práticas mercantilistas fundamentadas no protecionismo e no luta contra a presença holandesa no território colonial e, sobretudo, do declínio da
monopólio o Estado absolutista forneceu ao capital comercial os mercados de produção do açúcar, decorrente da expulsão dos holandeses em 1654 e da
que este necessitava para sua consolidação social e econômica e a ascensão concorrência de outras zonas fornecedoras, Portugal mergulhou em uma profunda
da burguesia. crise econômico-financeira.
6. O fortalecimento da burguesia, no entanto, significou um conflito cada vez 22. O Tratado de Methuen, acordo comercial firmado entre os governos de
maior com as práticas intervencionistas que caracterizavam o absolutismo, pois Portugal e da Inglaterra. Em 1703, as partes assinaram o tratado, o qual
estas limitavam a livre-concorrência e impediam o pleno desenvolvimento do determinava que a Inglaterra poderia vender seus tecidos com isenção de
capitalismo. impostos alfandegários em Portugal, o mesmo acontecendo com o país luso ao
7. No século XVIII, a situação finalmente chegou a um impasse. Até esse vender seu vinho para os ingleses. 23. Pois o acordo determinava que a Inglaterra
período, as pessoas tinham poder se tivessem títulos de nobreza, e não apenas poderia vender seus tecidos com isenção de impostos alfandegários em Portugal,
dinheiro. o mesmo acontecendo com o país luso ao vender seu vinho para os ingleses Por
8. Esse passou a ser o desafio da burguesia: de ter não só o dinheiro, mas isso, tal arranjo também ficou conhecido como Tratado dos Panos e Vinhos.
também o poder político. 24. O Brasil não era explorado apenas por Portugal, mas também, por países
9. A Revolução Francesa e a Revolução Industrial. como a Inglaterra.
10. Representou a consolidação da supremacia da burguesia e do capitalismo. 25. Para a maioria dos historiadores, a consequência mais nefasta para Portugal
11. Com a transformação do mundo do trabalho e das relações sociais, foi o déficit na balança comercial com a Inglaterra, que levou grande parte do ouro
fundamentada na produção industrial e no trabalho assalariado daí decorrentes, produzido no Brasil para os ingleses ao longo do século XVIII. O ouro brasileiro
a produtividade cresceu: obtinham-se mais mercadorias em menos tempo de ajudou a financiar, assim, a Revolução Industrial em curso na Inglaterra daquele
trabalho. período.
12. Inglaterra. 26. O processo de independência do Brasil foi inevitável só após a volta de dom
13. O liberalismo. João a Portugal: as elites coloniais, agora em reino unido, não queriam perder o
14. Essas ideias contribuíram para uma nova orientação das práticas coloniais status nem os privilégios econômicos.
na América, auxiliando os movimentos que lutavam contra o pacto colonial. 27. A permanência de dom Pedro no Brasil configurava um acordo com uma nova
15. Por definição, a função histórica das colônias no sistema colonial era elite, que em parte defendia a união a Portugal. Poucos queriam uma separação
complementar a economia das metrópoles, subordinando-se completamente às efetiva.
necessidades e aos interesses destas. 28. O acordo de dom Pedro com as elites coloniais garantiria uma independência
16. A circulação de mercadorias praticada ao longo da Idade Moderna propiciou sem revolução (em 7 de setembro de 1822), portanto o povo não teve participação
a acumulação de capital, indispensável ao desenvolvimento do sistema neste processo, e como o Brasil colônia sempre sofreu com a exploração da
capitalista. O capital acumulado na atividade comercial permitiu o processo de Inglaterra, “independência” poderia de fato ser confundida com um produto inglês.
industrialização e a consolidação de relações capitalistas na Europa.

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8
Parte importante da política mercantilista da Europa, o sistema colonial entrou em crise por conta de uma contradição: para
explorar a colônia, a metrópole precisava desenvolvê-la; quanto mais a colônia se desenvolvia, mais se aproximava da
independência.
As metrópoles europeias - Nos séculos XVI e XVII, o regime político dominante na Europa era o absolutismo ou Estado
absolutista, governo exercido por monarcas que tinham poderes ilimitados. Com suas práticas mercantilistas fundamentadas
no protecionismo e no monopólio, o Estado absolutista forneceu ao capital comercial os mercados de que este necessitava
para sua consolidação social e econômica e a ascensão da burguesia. O fortalecimento da burguesia, no entanto, significou
um conflito cada vez maior com as práticas intervencionistas que caracterizavam o absolutismo, pois estas limitavam a livre-
concorrência e impediam o pleno desenvolvimento do capitalismo. No século XVIII, a situação finalmente chegou a um
impasse. Até esse período, as pessoas tinham poder se tivessem títulos de nobreza, e não apenas dinheiro. Esse passou a
ser o desafio da burguesia: de ter não só o dinheiro, mas também o poder político.
A partir do século XVIII, as metrópoles europeias e as colônias americanas atravessaram portanto uma verdadeira era de
revoluções burguesas, como a Revolução Francesa e a Revolução Industrial, sendo que esta última representou a
consolidação da supremacia da burguesia e do capitalismo.
Com a transformação do mundo do trabalho e das relações sociais, fundamentada na produção industrial e no trabalho
assalariado daí decorrentes, a produtividade cresceu: obtinham-se mais mercadorias em menos tempo de trabalho. Com
isso, a Inglaterra, primeiro país a se industrializar, e, posteriormente, outros países europeus passaram a disputar mercados
consumidores para suas manufaturas e mercados fornecedores de matérias-primas para suas indústrias, conflitando com os
limites mercantilistas e propondo uma nova visão econômica, política e social: o liberalismo.
Essas ideias contribuíram para uma nova orientação das práticas coloniais na América, auxiliando os movimentos que
lutavam contra o pacto colonial.
As colônias americanas - Por definição, a função histórica das colônias no sistema colonial era complementar a economia
das metrópoles, subordinando-se completamente às necessidades e aos interesses destas. Isso significava que a colônia
deveria produzir excedentes comercializáveis nas metrópoles europeias, além de consumir as manufaturas elaboradas na
metrópole. A comercialização desses excedentes na Europa fortalecia política e economicamente o Estado absolutista. Em
contrapartida, enriquecia progressivamente as respectivas burguesias mercantis, as quais, com o tempo, passaram a
questionar as limitações impostas pelo regime. A circulação de mercadorias praticada ao longo da Idade Moderna propiciou
a acumulação de capital, indispensável ao desenvolvimento do sistema capitalista. O capital acumulado na atividade
comercial permitiu o processo de industrialização e a consolidação de relações capitalistas na Europa. Até então, os Estados
absolutistas e as respectivas burguesias mercantis haviam transferido o ônus da colonização e a produção de gêneros
tropicais, como o açúcar, para o produtor colonial, preocupando-se apenas com a comercialização do produto.
Apesar disso, durante os séculos XVI e XVII houve uma relativa harmonia entre os interesses das elites coloniais (as
aristocracias rurais) e das burguesias dos Estados absolutistas da Europa. Mesmo com a política monopolista europeia e a
exploração colonial, as colônias se desenvolveram.
Quanto mais se desenvolviam as colônias, porém, mais se aprofundavam as medidas restritivas mercantilistas e a
exploração exercida pelas metrópoles europeias. Com isso, o pacto colonial tonou-se insuportável para as populações
coloniais e as elites nativas americanas.
A Declaração de Independência dos EUA inspirou revoluções - A Declaração de Independência dos Estados Unidos da
América, fundamentada no espírito liberal-iluminista do século XVIII, serviu de referência histórica para a elaboração da
Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão durante a Revolução Francesa (1789) e de inspiração para os movimentos
emancipacionistas das outras colônias americanas.
A crise portuguesa e o processo de independência do Brasil - Embora tenha acompanhado o processo europeu em linhas
gerais, Portugal apresentou algumas particularidades nos séculos XVII e XVIII. A partir da União Ibérica – o período do
domínio espanhol (1580-1640) -, da luta contra a presença holandesa no território colonial e, sobretudo, do declínio da
produção do açúcar, decorrente da expulsão dos holandeses em 1654 e da concorrência de outras zonas fornecedoras,
Portugal mergulhou em uma profunda crise econômico-financeira. O Tratado de Methuen, acordo comercial firmado entre os
governos de Portugal e da Inglaterra, foi um exemplo notório da crise e da dependência econômica que o outrora poderoso
país ibérico iria estabelecer com o governo e o capital ingleses. Em 1703, as partes assinaram o tratado, o qual determinava
que a Inglaterra poderia vender seus tecidos com isenção de impostos alfandegários em Portugal, o mesmo acontecendo
com o país luso ao vender seu vinho para os ingleses. Por isso, tal arranjo também ficou conhecido como Tratado dos Panos
e Vinhos. Para a maioria dos historiadores, a consequência mais nefasta para Portugal foi o déficit na balança comercial com
a Inglaterra, que levou grande parte do ouro produzido no Brasil para os ingleses ao longo do século XVIII. O ouro brasileiro
ajudou a financiar, assim, a Revolução Industrial em curso na Inglaterra daquele período. Portugal controlou mais as
colônias quando houve movimentos de emancipação. Até o século XIX, não havia projeto unificado de Brasil, as províncias
pensavam regionalmente quando o assunto era independência. Além disso, a palavra independência não tinha o mesmo
significado para todos. Boa parte da elite colonial não se enxergava como brasileira, mas como portuguesa, por isso havia
interesses “portugueses” conflitantes. O processo de independência do Brasil foi inevitável só após a volta de dom João a
Portugal: as elites coloniais, agora em reino unido, não queriam perder o status nem os privilégios econômicos.
E os portugueses em Portugal queriam a permanência de seus privilégios, agora com um governo mais liberal, submetido a
uma Constituição. Mais uma vez, o rei se viu sem saída; desagradaria uma das partes “portuguesas” do reino.
A permanência de dom Pedro no Brasil configurava um acordo com uma nova elite, que em parte defendia a união a
Portugal. Poucos queriam uma separação efetiva.
Assim, o acordo de dom Pedro com as elites coloniais garantiria uma independência sem revolução (em 7 de setembro de
1822) e, estranhamente, de uma colônia ainda comandada por membros da metrópole.
Por: Paulo Magno da Costa Torres

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1. Por que o sistema colonial entrou em crise?
2. Nos séculos XVI e XVII, qual era o regime político dominante na Europa?
3. O que é o absolutismo ou Estado absolutista?
4. Quais eram as bases do mercantilismo europeu?
5. Como Estado absolutista contribuiu para a ascensão da burguesia?
6. Que conflito surgiu com o fortalecimento da burguesia?
7. Até o século XVIII, como as pessoas adquiriam poder?
8. A partir do século XVIII, qual passou a ser o desafio da burguesia?
9. Quais foram as “Revoluções Burguesas”?
10. O que a Revolução Industrial representou?
11. Qual foi o resultado da transformação do mundo do trabalho e das relações sociais, fundamentada na
produção industrial e no trabalho assalariado?
12. Qual foi o primeiro país a se industrializar?
13. A Inglaterra, primeiro país a se industrializar, e, posteriormente, outros países europeus passaram a
disputar mercados consumidores para suas manufaturas e mercados fornecedores de matérias-primas
para suas indústrias, conflitando com os limites mercantilistas e propondo uma nova visão econômica,
política e social. Que novo sistema econômico surgiu a partir daí?
14. Com o que as ideias liberalistas contribuíram?
15. Por definição, qual era a função histórica das colônias no sistema colonial?
16. O que a circulação de mercadorias praticada ao longo da Idade Moderna propiciou?
17. Quais eram as elites coloniais?
18. Por que o pacto colonial tonou-se insuportável para as populações coloniais e as elites nativas
americanas?
19. Qual foi a referência histórica para a elaboração da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão
durante a Revolução Francesa?
20. Qual movimento serviu de inspiração para os movimentos emancipacionistas das colônias
americanas?
21. Por que o texto nos diz que Portugal mergulhou numa enorme crise financeira?
22. O que foi o Tratado de Methuen?
23. Por que o Tratado de Methuen ficou conhecido como Tratado dos Panos e Vinhos?
24. Qual é a crítica abrangida na tirinha abaixo?

25. Como o ouro brasileiro ajudou a financiar a Revolução Industrial?


26. Por que o processo de Independência do Brasil ficou inevitável após a volta de D. João à Portugal?
27. O que a permanencia de D. Pedro no Brasil estabelecia?
28. Explique a charge abaixo.

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10
PLANO DE AULA - 4
ESCOLA ESTADUAL __________________________________ Ano: ________
Ano de escolaridade: 8° ANO
Período: ( ) 1 aula ( ) 2 aulas ( X ) 3 aulas
Área de Conhecimento: Humanas Componente Curricular: História
Habilidade(s)/ Código(s) Alfanumérico(s): (EF08HI08) Conhecer o ideário dos líderes dos
movimentos independentistas e seu papel nas revoluções que levaram à independência
das colônias hispano-americanas. (EF08HI13) Analisar o processo de independência em
diferentes países latino-americanos e comparar as formas de governo neles adotadas.
Atividades de Introdução Atividades de Atividades de Consolidação Atividades de Retomada
Sistematização Avaliação
Introdução do tema e - Conhecer o ideário dos - Especificar as ideias dos líderes - Conhecer o -
sondagem. líderes dos movimentos das independências hispano- ideário dos
Os processos de independentistas e seu americanas, bem como seu papel líderes dos
independência nas Américas papel nas revoluções que nesses movimentos. O que movimentos
Independência dos levaram à independência pensavam líderes como José Martí, independentistas
Estados Unidos da América das colônias hispano- Simon Bolívar, San Martín, Manuel e seu papel nas
Independências na América americanas. Hidalgo, José Maria Morellos? Suas revoluções que
espanhola ideias sobre liberdade incluíam a levaram à
• A revolução dos abolição da escravidão africana e a independência
escravizados em São libertação do trabalho compulsório das colônias
Domingo e seus múltiplos indígena? Defendiam direitos hispano-
significados e políticos universais ou limitados? americanas.
desdobramentos: o caso do Eram monarquistas ou
Haiti republicanos? Até que ponto o
Os caminhos até a liberalismo e o modelo norte-
independência do Brasil americano os influenciou e inspirou
os governos dos novos países
independentes? No processo de
independência, esses líderes
lutaram juntos ou isoladamente?
1ª aula – - Estudo de texto - ideário dos líderes dos movimentos independentistas
2ª aula. - Conhecer o ideário dos líderes dos movimentos independentistas e seu papel nas revoluções
que levaram à independência das colônias hispano-americanas.
3ª aula correção
1. Libertadores é o termo usado para se referir aos líderes dos Movimentos 17. A independência do Chile ocorreu em 1818, sob liderança de Bernardo
de libertação da América Hispânica e do Brasil, nos séculos XVIII e XIX. O’Higgins, do general criollo José de San Martin e do britânico Lord Thomas
2. Os Libertadores eram na, sua maioria, burgueses descendentes de Cochrane.
europeus (principalmente de espanhóis e portugueses), influenciados pelo 18. O processo terminou em 1819, com auxílio de Bolívar, convertendo o
Liberalismo, pela independência dos EUA e pela Revolução Francesa e, na território do Vice Reino de Nova-Granada em uma república que ficou
maioria dos casos, com formação militar na metrópole. denominada "Grã-Colômbia".
3. Liberalismo, pela independência dos EUA e pela Revolução Frances 19. Dentre os planos de Bolívar para integrar os territórios da América
4. Dentre os Libertadores, os mais influentes foram Simón Bolívar e José Espanhola em uma grande nação, essa conquista tinha papel central por
de San Martín, que após a Conferência de Guayaquil, uniram-se contra o facilitar a entrada no território da Venezuela.
Império colonial espanhol com o objetivo de constituir uma nação única na 20. Costa Rica, Guatemala, El Salvador, Honduras e Nicarágua.
América do Sul. 21. Os territórios da América Central passaram por várias tentativas de
5. Uniram-se contra o Império colonial espanhol com o objetivo de constituir unificação por parte dos liberais centro-americanos, que acreditavam na
uma nação única na América do Sul. possibilidade de criação de uma nação moderna e enriquecida pelo comércio
6. Bolívar e San Martín, desempenharam papel crucial nos movimentos de internacional, ligando os oceanos Atlântico e Pacífico.
independência dos países sul-americanos e moldaram o primeiro projeto de 22. A declaração de independência foi redigida em 1868 por Carlos Manuel
Integração sul-americana, hoje revivido na Unasul. Bolívar atuou na de Céspedes, que libertou seus escravos e incentivou-os a se unir à luta
libertação do norte da atual Venezuela, Nova Granada e Quito, e San anticolonialista, dando início à Guerra de Dez Anos.
Martín garantiu a independência da Argentina, libertando também Chile e 23. Guerra Hispano-Americana.
Peru. 24. - A emancipação do México foi declarada em 1810, a partir da revolta do
7. Projeto de Integração sul-americana. povo mexicano contra a exploração do Reino da Espanha.
8. D. Pedro I do Brasil destoa dos demais Libertadores por ser o único de 25. Liderada pelos padres católicos Miguel Hidalgo e José Maria Morelos.
origem dinástica (da Casa de Bragança) e, portanto, um nobre ao invés de 26. Após a independência, um governo totalitário foi instaurado pelo político
burguês. José Gaspar Francia, que manteve uma política isolacionista com o objetivo
9. Enquanto o Brasil vivia o período Imperial, com um poder moderador de deter as ambições expansionistas do Brasil e da Argentina e a penetração
vindo do Rio de Janeiro e a influência de senhores de engenho que estrangeira na economia.
garantiam a união entre os Estados brasileiros. 27. Desentendimentos locais entre a elite criolla e o império espanhol
10. Enfraquecido no início do século 19 pelas guerras napoleônicas. contribuíram no processo independentista, gerando um processo de batalhas
11. Buenos Aires em 1810. contra os exércitos da Espanha que durou até 1824 e teve seu fim na
12. O território da atual Argentina, que no século 19 fazia parte do Vice- Batalha de Ayacucho, onde o Exército libertador venceu.
Reino do Rio da Prata, proclamou sua independência na cidade de Buenos 28. Iniciou seu processo de revolução em 1811, com o que ficou conhecido
Aires em 1810, no que ficou conhecida como Revolução de Maio. como Grito de Ascencio, liderada pelo General José Artigas, que culminou
13. Uma das primeiras colônias a se rebelar contra o domínio espanhol, a com a anexação do território ao Brasil.
Bolívia proclamou independência em 1809, quando Pedro Domingo Murillo 29. Declarou independência em 1811, quando o militar Francisco de
liderou uma revolta de criollos (descendentes de espanhóis nascidos na Miranda, a pedido de Simón Bolívar, assumiu o comando da nova República,
América) e mestiços. gerando um processo ditatorial que culminou em seu assassinato e a
14. Descendentes de espanhóis nascidos na América. rendição dos revolucionários ao jugo espanhol.
15. Foi nomeada em homenagem a Simón Bolívar. 30. O herói é um personagem estadunidense e Bolívar praticamente botou
16. As guerras de independência da Bolívia marcaram, junto à os EUA para correr, podendo ser considerado o verdadeiro “Capitão
independência da Argentina e do Uruguai, o desmembramento do Vice América”.
Reino do Rio da Prata.

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11
Libertadores é o termo usado para se referir aos líderes dos Movimentos de libertação da América Hispânica e do Brasil, nos
séculos XVIII e XIX. Os Libertadores eram na, sua maioria, burgueses descendentes de europeus (principalmente de
espanhóis e portugueses), influenciados pelo Liberalismo, pela independência dos EUA e pela Revolução Francesa e, na
maioria dos casos, com formação militar na metrópole. Dentre os Libertadores, os mais influentes foram Simón Bolívar e José
de San Martín, que após a Conferência de Guayaquil, uniram-se contra o Império colonial espanhol com o objetivo de
constituir uma nação única na América do Sul. Bolívar e San Martín, desempenharam papel crucial nos movimentos de
independência dos países sul-americanos e moldaram o primeiro projeto de Integração sul-americana, hoje revivido na
Unasul. Bolívar atuou na libertação do norte da atual Venezuela, Nova Granada e Quito, e San Martín garantiu a
independência da Argentina, libertando também Chile e Peru.
D. Pedro I do Brasil destoa dos demais Libertadores por ser o único de origem dinástica (da Casa de Bragança) e, portanto,
um nobre ao invés de burguês. Contudo, igualmente ao demais, D. Pedro I foi influenciado por ideias maçônicas de Liberdade.
COMO SE DEU A INDEPENDÊNCIA DE 14 PAÍSES NA AMÉRICA ESPANHOLA?
Enquanto o Brasil vivia o período Imperial, com um poder moderador vindo do Rio de Janeiro e a influência de senhores de
engenho que garantiam a união entre os Estados brasileiros, seus vizinhos da América Espanhola fervilhavam em guerras de
independência contra o Império Espanhol, enfraquecido no início do século 19 pelas guerras napoleônicas. Os processos de
independência tiveram participação de liberais e conservadores, e também a presença de líderes independentistas como José
de San Martí e Simón Bolívar, que atuaram com objetivo de criar territórios independentes política e economicamente.
Argentina - O território da atual Argentina, que no século 19 fazia parte do Vice-Reino do Rio da Prata, proclamou sua
independência na cidade de Buenos Aires em 1810, no que ficou conhecida como Revolução de Maio. O processo de
independência durou 15 anos, mas só foi reconhecido pelo império Espanhol em 1859.
Bolívia - Uma das primeiras colônias a se rebelar contra o domínio espanhol, a Bolívia proclamou independência em 1809,
quando Pedro Domingo Murillo liderou uma revolta de criollos (descendentes de espanhóis nascidos na América) e mestiços.
Seguiram-se anos de luta até o estabelecimento da república, em 1825, que foi nomeada em homenagem a Simón Bolívar. As
guerras de independência da Bolívia marcaram, junto à independência da Argentina e do Uruguai, o desmembramento do
Vice Reino do Rio da Prata.
Chile - A independência do Chile ocorreu em 1818, sob liderança de Bernardo O’Higgins, do general criollo José de San
Martin e do britânico Lord Thomas Cochrane. O processo teve apoio da Igreja Católica e, diferente de outras independências
da América Espanhola, esta deixou o país à mercê do imperialismo inglês, que preservou privilégios da elite criolla sobre a
população como a continuidade do sistema latifundiário.
Colômbia - O processo de independência teve início em 1810 sob a liderança de Antônio Nariño e Camilo Torres. O processo
terminou em 1819, com auxílio de Bolívar, convertendo o território do Vice Reino de Nova-Granada em uma república que
ficou denominada "Grã-Colômbia". Dentre os planos de Bolívar para integrar os territórios da América Espanhola em uma
grande nação, essa conquista tinha papel central por facilitar a entrada no território da Venezuela.
Costa Rica - Localizado na América Central, o território se libertou do domínio Espanhol em 1821, passando a incorporar a
chamada República Federal Centro-americana junto aos atuais Guatemala, El Salvador, Honduras e Nicarágua. Os territórios
da América Central passaram por várias tentativas de unificação por parte dos liberais centro-americanos, que acreditavam na
possibilidade de criação de uma nação moderna e enriquecida pelo comércio internacional, ligando os oceanos Atlântico e
Pacífico. A República Centro-americana foi dissolvida em 1838.
Cuba - A declaração de independência foi redigida em 1868 por Carlos Manuel de Céspedes, que libertou seus escravos e
incentivou-os a se unir à luta anticolonialista, dando início à Guerra de Dez Anos. Com o tempo, os conflitos deram origem à
Guerra Hispano-Americana (1895 - 1898), que teve intervenção dos EUA e terminou com a assinatura do Tratado de Paris, no
qual a Espanha concedia o controle de Cuba aos Estados Unidos.
Equador - A emancipação do Equador do domínio espanhol ocorreu entre 1809 e 1822, dirigida pelo general Sucre com apoio
de Simón Bolívar. Após essa data o território fez parte da Grã Colômbia, dirigida por Bolívar.
Guatemala - A Guatemala fazia parte da República Federal Centro-americana. Sua independência em relação ao domínio
Espanhol se deu em 1821.
Honduras - Também fazendo parte da República Centro-americana, Honduras proclamou-se um estado soberano e
independente em 1838.
México - A emancipação do México foi declarada em 1810, a partir da revolta do povo mexicano contra a exploração do Reino
da Espanha. Liderada pelos padres católicos Miguel Hidalgo e José Maria Morelos e com forte influência da Revolução
Francesa, a guerra durou de 1810 a 1821 quando, sob o comando do general Agustín Itúrbide, os colonos mexicanos
conquistaram a independência.
Paraguai - O país alcançou sua emancipação em 1811 quando, liderados pelos militares Fulgencio Yegros e Pedro Juan
Caballero, os paraguaios depuseram o governador espanhol. Após a independência, um governo totalitário foi instaurado pelo
político José Gaspar Francia, que manteve uma política isolacionista com o objetivo de deter as ambições expansionistas do
Brasil e da Argentina e a penetração estrangeira na economia.
Peru - A independência foi proclamada em 1821 pelo general argentino José de San Martín, que estava no comando de
campanhas libertadoras no Peru, Argentina e Chile. Desentendimentos locais entre a elite criolla e o império espanhol
contribuíram no processo independentista, gerando um processo de batalhas contra os exércitos da Espanha que durou até
1824 e teve seu fim na Batalha de Ayacucho, onde o Exército libertador venceu.
Uruguai - Iniciou seu processo de revolução em 1811, com o que ficou conhecido como Grito de Ascencio, liderada pelo
General José Artigas, que culminou com a anexação do território ao Brasil. Apenas em 1835 o líder político Juan Antonio
Lavalleja, com a ajuda de tropas argentinas, expulsou os brasileiros do Uruguai.
Venezuela - Declarou independência em 1811, quando o militar Francisco de Miranda, a pedido de Simón Bolívar, assumiu o
comando da nova República, gerando um processo ditatorial que culminou em seu assassinato e a rendição dos
revolucionários ao jugo espanhol. Em 1813 Bolívar volta ao país e, com a ajuda da população, resgata a capital Caracas do
domínio Espanhol e se nomeia Presidente da Venezuela, aclamado pelo povo como “El Libertador”.
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12
1. O termo “Libertadores” se referia a quem?
2. Quem eram os Libertadores?
3. Quais eram as influências dos Libertadores?
4. Quais foram os Libertadores mais influentes?
5. Com que objetivo Simón Bolívar e José de San Martín se uniram contra o Império colonial espanhol?
6. Qual foi a importância de Simón de Bolívar e José de San Martín para a América Espanhola?
7. O que é a Unasul?
8. Por que D. Pedro I se diferencia dos demais Libertadores?
9. No período Imperial, o que garantia a união entre os Estados brasileiros?
10. Por que o Império espanhol foi enfraquecido no início do século 19?
11. Onde foi proclamada a Independência da Argentina?
12. Que evento ficou conhecido como “Revolução de Maio”?
13. Quando a Bolívia declarou sua Independência?
14. Quem eram os criollos?
15. Qual é a origem do nome “Bolívia”?
16. Quais acontecimentos marcaram o desmembramento do Vice Reino do Rio da Prata?
17. Quais foram os líderes responsáveis pela Independência do Chile?
18. Como o processo de Independência da Colômbia foi encerrado?
19. Qual foi o objetivo de Bolívar com a Independência da Colômbia?
20. Que países compunham a chamada República Federal Centro-americana?
21. Por que os territórios da América Central passaram por várias tentativas de unificação por parte dos
liberais centro-americanos?
22. O que deu início à Guerra de Dez anos?
23. Que acontecimento é ilustrado nas imagens abaixo?

24. O que deu origem ao processo de Emancipação do México?


25. Quem liderou a Independência Mexicana?
26. Após a independência, um governo totalitário foi instaurado pelo político José Gaspar Francia, com
que motivo José Gaspar manteve uma política isolacionista?
27. Que eventos contribuíram com o processo de Independência do Peru?
28. O que foi o “Grito de Ascencio”?
29. Que acontecimento gerou um processo ditatorial e a rendição dos revolucionários ao jugo espanhol?
30. Comente a charge abaixo.

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PLANO DE AULA - 5
ESCOLA ESTADUAL __________________________________ Ano: ________
Ano de escolaridade: 8° ANO
Período: ( ) 1 aula ( ) 2 aulas ( X ) 3 aulas
Área de Conhecimento: Humanas Componente Curricular: História
Habilidade(s)/ Código(s) Alfanumérico(s): (EF08HI09) Conhecer as características e os
principais pensadores do Pan-americanismo. (EF08HI13) Analisar o processo de
independência em diferentes países latino-americanos e comparar as formas de governo
neles adotadas.
Atividades de Introdução Atividades de Atividades de Consolidação Atividades de Retomada
Sistematização Avaliação
Introdução do tema e - O sonho de Bolivar - Comparar pontos de vista -
sondagem. - América para os diferentes, como, por exemplo, a
Os processos de americanos. Carta da Jamaica, de Simón
independência nas - Conhecer e diferenciar Bolívar, e caricaturas sobre a
Américas duas ideias de Pan- Doutrina Monroe. Ambos os
Independência dos americanismo nascidas na pensadores defendem a liberdade
Estados Unidos da América mesma época: aquela dos países latino-americanos,
Independências na defendida por Simón mas no que se diferenciam? Por
Bolívar na Carta da que a proposta de Simón Bolívar
América espanhola
Jamaica (1815) e na não se realizou? Por que a
• A revolução dos
Conferência do Panamá Doutrina Monroe se afirmou? O
escravizados em São (1826) e a do presidente que isso significou para os países
Domingo e seus múltiplos norte-americano James latino-americanos?
significados e Monroe, a Doutrina Monroe
desdobramentos: o caso do (1823), que acabou por
Haiti nortear, por mais de um
Os caminhos até a século, a política norte-
independência do Brasil americana na América
Latina.
- Trabalho interdisciplinar com Geografia, com a habilidade (EF08GE08), associada à compreensão da ordem
internacional.
1ª aula – - Estudo de texto - O sonho de Bolivar
2ª aula. – - Conhecer e diferenciar duas ideias de Pan-americanismo nascidas na mesma
época: aquela defendida por Simón Bolívar na Carta da Jamaica (1815) e na Conferência do
Panamá (1826) e a do presidente norte-americano James Monroe, a Doutrina Monroe
(1823), que acabou por nortear, por mais de um século, a política norte-americana na
América Latina.
3ª aula correção

1. O pan-americanismo ou hispano-americananismo foi um movimento que visava unificar todos os territórios da América espanhola, formando
um só Estado.
2. Os projetos de Bolívar e San Martín Túlio Vilela era a América Independente.
3. Embora concordassem que as colônias deveriam se tornar independentes da Espanha, os dois "libertadores" tinham planos diferentes para
os países da América Espanhola. San Martín acreditava que o melhor era que as ex-colônias se tornassem monarquias, cujos chefes de
Estado seriam príncipes europeus convidados para governá-las. Para Bolívar, as ex-colônias deveriam se organizar numa única grande
república federativa, unidas sob um mesmo governo, mais ou menos nos moldes dos Estados Unidos. Fim do domínio espanhol .
4. Na visão de San Martín, essa seria uma forma de evitar guerras civis e facilitar o reconhecimento da independência das ex-colônias por parte
das potências estrangeiras, especialmente as da Europa.
5. Sucre proclamou República da Bolívia, cujo território até então fazia parte do Peru. O nome do novo país era uma homenagem a Bolívar.
6. A primeira constituição boliviana foi elaborada pelo próprio Bolívar e refletia as influências do Iluminismo e no pensamento político do
Libertador.
7. Bolívar encontrou dificuldades para manter o controle sobre o vasto território da Grã-Colômbia. A unidade do novo país estava sendo
ameaçada por divisões internas e movimentos separatistas. Assim, o sonho de Bolívar de uma nova república federalista, nos mo ldes dos
Estados Unidos, foi gradualmente sucumbindo aos interesses particulares de grupos que tinham pouco ou nenhum respeito pelos princ ípios
liberais defendidos pelo principal líder da independência dos países hispano-americanos.
8. Para evitar a dissolução da Grã-Colômbia, Bolívar implantou um modelo de governo mais centralista, isto é, em que o governo central exerce
um poder maior sobre as demais áreas, tirando parte da autonomia das administrações regionais 9. Com o intuito de garantir qu e a Grã-
Colômbia permanecesse unida, no dia 27 de agosto de 1828 Bolívar se autoproclamou presidente vitalício (ditador) e aboliu a vice-presidência.
Quase um mês depois, escapou de um atentado, uma tentativa de assassinato, que se tornou conhecida pelo nome de "conspiração
Setembrina”.
10. Os últimos dias Apesar de sobreviver ao atentado, Bolívar foi fortemente afetado pela experiência. Os problemas políticos persistiram e sua
saúde piorou em decorrência de uma tuberculose. Esses fatores contribuíram para ele renunciar à presidê ncia.
11. A Grã-Colômbia acabou se dividindo e dando origem a três países: Colômbia, Venezuela e Equador.
12. Bolívar foi responsável por todos esses feitos.

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O pan-americanismo ou hispano-americananismo foi um movimento que visava unificar todos os territórios da América
espanhola, formando um só Estado.
Os projetos de Bolívar e San Martín Túlio Vilela era a América Independente - Simón Bolívar foi personagem principal. Em
1822, em Guayaquil (no atual Equador), Bolívar reúne-se com o argentino José de San Martín, que havia liderado os
movimentos de independência na Argentina (1816) e no Chile (1819). Ambos estavam lá para discutir a estratégia para
tornar o então Vice-Reino do Peru independente da Espanha, o que acabou se concretizando em 1824. Embora
concordassem que as colônias deveriam se tornar independentes da Espanha, os dois "libertadores" tinham planos
diferentes para os países da América Espanhola. San Martín acreditava que o melhor era que as ex-colônias se tornassem
monarquias, cujos chefes de Estado seriam príncipes europeus convidados para governá-las. Na visão de San Martín, essa
seria uma forma de evitar guerras civis e facilitar o reconhecimento da independência das ex-colônias por parte das
potências estrangeiras, especialmente as da Europa. Para Bolívar, as ex-colônias deveriam se organizar numa única grande
república federativa, unidas sob um mesmo governo, mais ou menos nos moldes dos Estados Unidos. Fim do domínio
espanhol. Como não chegaram a um acordo, os dois "libertadores" seguiram caminhos diferentes: San Martín voltou para a
Argentina, enquanto Bolívar se preparava para lutar pela independência peruana.
Em 1823, Bolívar e o venezuelano Antônio José de Sucre, acompanhados de um grande exército, ocuparam a cidade de
Lima, que ainda era um forte reduto espanhol. Derrotaram juntos o exército espanhol, na Batalha de Junín. No dia 9 de
dezembro daquele mesmo ano, Sucre, com a ajuda de tropas enviadas por Bolívar em Lima, derrotou os espanhóis na
Batalha de Ayacucho. Era o último reduto espanhol na América do Sul. Sucre proclamou República da Bolívia, cujo território
até então fazia parte do Peru. O nome do novo país era uma homenagem a Bolívar. A primeira constituição boliviana foi
elaborada pelo próprio Bolívar e refletia as influências do Iluminismo e no pensamento político do Libertador.
O sonho de Bolivar fracassou - Bolívar encontrou dificuldades para manter o controle sobre o vasto território da Grã-
Colômbia. A unidade do novo país estava sendo ameaçada por divisões internas e movimentos separatistas. Assim, o sonho
de Bolívar de uma nova república federalista, nos moldes dos Estados Unidos, foi gradualmente sucumbindo aos interesses
particulares de grupos que tinham pouco ou nenhum respeito pelos princípios liberais defendidos pelo principal líder da
independência dos países hispano-americanos. Para evitar a dissolução da Grã-Colômbia, Bolívar implantou um modelo de
governo mais centralista, isto é, em que o governo central exerce um poder maior sobre as demais áreas, tirando parte da
autonomia das administrações regionais (exemplo: um país onde Estados e municípios tenham muito pouca autonomia em
relação ao governo federal, que exerce um controle muito maior). Com o intuito de garantir que a Grã-Colômbia
permanecesse unida, no dia 27 de agosto de 1828 Bolívar se autoproclamou presidente vitalício (ditador) e aboliu a vice-
presidência. Quase um mês depois, escapou de um atentado, uma tentativa de assassinato, que se tornou conhecida pelo
nome de "conspiração Setembrina”. Os últimos dias Apesar de sobreviver ao atentado, Bolívar foi fortemente afetado pela
experiência. Os problemas políticos persistiram e sua saúde piorou em decorrência de uma tuberculose. Esses fatores
contribuíram para ele renunciar à presidência. Bolívar pretendia deixar o país. No entanto, acabou morrendo, vitimado pela
tuberculose. No seu leito de morte, Bolívar pediu a seu ajudante, o general Daniel Florêncio O'Leary que queimasse todas as
suas cartas, discursos e demais escritos. O' Leary não obedeceu e os escritos de Bolívar sobreviveram. Esses escritos
mostram ideias e opiniões de Bolívar bastante avançadas para a época. Neles, ficamos sabendo que Bolívar se considerava
um liberal, defendia o livre comércio, a liberdade de crença religiosa, o direito de propriedade e o Estado de Direito ou
Estado constitucional, ou seja, que o Estado seja regido pelas leis e não pela arbitrariedade dos governantes.
Embora o sonho de Bolívar de uma América espanhola unida sob um mesmo governo não tenha se realizado e novas
divisões tenham surgido (a Grã-Colômbia acabou se dividindo e dando origem a três países: Colômbia, Venezuela e
Equador), várias de suas ideias, especialmente aquelas mais ligadas aos princípios democráticos, permanecem atuais.

1. O que foi o pan-americanismo? 10. Que fatores contribuíram para que Bolívar renunciasse
2. Quais eram os projetos de Bolívar e San Martín? a presidência da Grã- Colômbia?
3. Embora concordassem que as colônias deveriam 11. Quais países se originaram da Grã-Colômbia?
se tornar independentes da Espanha, os dois 12. Explique o meme abaixo.
"libertadores" (Bolívar e San Martín) tinham planos
diferentes para os países da América Espanhola.
Quais eram os planos de cada um deles?
4. Por que o desejo de San Martín era que as ex-
colônias se tornassem monarquias, cujos chefes de
Estado seriam príncipes europeus convidados para
governá-las?
5. Quem foi o proclamador da República na Bolívia?
6. Quais eram as ideias da primeira constituição
boliviana?
7. Por que o texto nos diz que o sonho de Bolívar
falhou?
8. O que Bolívar fez para impedir a dissolução da
Grã-Colômbia?
9. O que foi a conspiração Setembrina?
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PLANO DE AULA - 6
ESCOLA ESTADUAL __________________________________ Ano: ________
Ano de escolaridade: 8° ANO
Período: ( ) 1 aula ( ) 2 aulas ( X ) 3 aulas
Área de Conhecimento: Humanas Componente Curricular: História
Habilidade(s)/ Código(s) Alfanumérico(s): (EF08HI09) Conhecer as características e os principais
pensadores do Pan-americanismo. (EF08HI13) Analisar o processo de independência em
diferentes países latino-americanos e comparar as formas de governo neles adotadas.
Atividades de Introdução Atividades de Sistematização Atividades de Consolidação Atividades de Retomada
Avaliação
Introdução do tema e - O sonho de Bolivar - Comparar pontos de vista -
sondagem. - América para os americanos. diferentes, como, por exemplo, a
Os processos de - Conhecer e diferenciar duas Carta da Jamaica, de Simón
independência nas Américas ideias de Pan-americanismo Bolívar, e caricaturas sobre a
Independência dos nascidas na mesma época: Doutrina Monroe. Ambos os
Estados Unidos da América aquela defendida por Simón pensadores defendem a liberdade
Independências na América Bolívar na Carta da Jamaica dos países latino-americanos,
espanhola (1815) e na Conferência do mas no que se diferenciam? Por
• A revolução dos Panamá (1826) e a do que a proposta de Simón Bolívar
escravizados em São presidente norte-americano não se realizou? Por que a
Domingo e seus múltiplos James Monroe, a Doutrina Doutrina Monroe se afirmou? O
significados e Monroe (1823), que acabou que isso significou para os países
desdobramentos: o caso do por nortear, por mais de um latino-americanos?
Haiti século, a política norte-
Os caminhos até a americana na América Latina.
independência do Brasil
- Trabalho interdisciplinar com Geografia, com a habilidade (EF08GE08), associada à compreensão da ordem
internacional.
1ª aula – - Estudo de texto - Doutrina Monroe - - América para os americanos.
2ª aula. – - Conhecer e diferenciar duas ideias de Pan-americanismo nascidas na mesma
época: aquela defendida por Simón Bolívar na Carta da Jamaica (1815) e na Conferência do
Panamá (1826) e a do presidente norte-americano James Monroe, a Doutrina Monroe
(1823), que acabou por nortear, por mais de um século, a política norte-americana na
América Latina.
3ª aula correção

1. Na segunda metade do século XVIII, os Estados Unidos tornaram-se independentes do domínio dos ingleses e formaram sua própria estrutura
política pelo sistema Republicano.
2. George Washington (1789-1797) assumiu o cargo de Primeiro Presidente do país.
3. Embrenhou-se em uma política isolacionista com o intuito de distanciar-se dos interesses europeus.
4. Alguns anos depois, com a proclamação da independência de países latino-americanos outrora colonizados pelos europeus, os Estados Unidos
fizeram questão de reconhecer a hegemonia de cada nação, no sentido de livrar o continente das intervenções europeias.
5. Os principais países que queriam invadir novamente o território americano faziam parte da Santa Aliança (como Áustria, Rús sia e França).
6. Áustria, Rússia, França, etc.
7. O texto afirmava que os Estados Unidos não podiam intervir na Europa quando ocorresse conflitos regionais, do mesmo modo que os interesses
americanos não poderiam ter interferência alguma de um país europeu.
8. Ao impedir a interferência da Europa, os norte-americanos estavam selando sua hegemonia na região, algo que alguns estudiosos denominam
de pan-americanismo.
9. Com a criação da Doutrina Monroe, os Estados Unidos, livres de qualquer interesse de países europeias, iniciaram uma polít ica expansionista
de larga escala.
10. Varreram inúmeras tribos indígenas do mapa e tornaram-se cada vez mais potentes.
L A Ç N A I L A A T N A S E
P A S E O C R S X
A T U S A O E O P
N I S E E Ç N G D A
A N E P L A F I I N
M O T G Z L O N S
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M D O U T R I N A M O N R O N
O N A C I L B U P E R A M E T S I S
12. Com a criação da Doutrina Monroe, os Estados Unidos, livres de qualquer interesse de países europeias, iniciaram uma política expans ionista
de larga escala, varrendo inúmeras tribos indígenas do mapa para tornar-se cada vez mais potentes.

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16
Por Tiago Ferreira da Silva
Na segunda metade do século XVIII, os Estados Unidos tornaram-se independentes do domínio dos ingleses
e formaram sua própria estrutura política pelo sistema Republicano. Quando George Washington (1789-1797)
assumiu o cargo de Primeiro Presidente do país, embrenhou-se em uma política isolacionista com o intuito de
distanciar-se dos interesses europeus.
Alguns anos depois, com a proclamação da independência de países latino-americanos outrora colonizados
pelos europeus, os Estados Unidos fizeram questão de reconhecer a hegemonia de cada nação, no sentido de
livrar o continente das intervenções europeias.
Em dezembro de 1823, o então presidente norte-americano James Monroe (1817-1825) fez um pronunciamento
no Congresso de seu país para exigir o distanciamento dos europeus que pretendiam retomar o processo de
colonização. Os principais países que queriam invadir novamente o território americano faziam parte da Santa
Aliança (como Áustria, Rússia e França).
Segundo a Doutrina Monroe, “os continentes americanos, em virtude da condição livre e independente que
adquiriram e conservam, não podem mais ser considerados, no futuro, como suscetíveis de colonização por
nenhuma potência europeia”.
O texto afirmava que os Estados Unidos não podiam intervir na Europa quando ocorresse conflitos regionais,
do mesmo modo que os interesses americanos não poderiam ter interferência alguma de um país europeu.
Apesar da Doutrina Monroe contribuir bastante para a independência do continente americano como um todo, os
Estados Unidos também preservavam seus interesses na região. Ao impedir a interferência da Europa, os norte-
americanos estavam selando sua hegemonia na região, algo que alguns estudiosos denominam de pan-
americanismo.
Com a criação da Doutrina Monroe, os Estados Unidos, livres de qualquer interesse de países europeias,
iniciaram uma política expansionista de larga escala, varrendo inúmeras tribos indígenas do mapa para tornar-
se cada vez mais potentes.

1. Após a independência do domínio dos ingleses, que sistema 6. Que países faziam parte da Santa
político foi adotado pelos Estados Unidos? Aliança?
2. Quem foi o primeiro presidente dos Estados Unidos? 7. O que foi definido pela Doutrina de
3. Com que objetivo George Washington embrenhou-se em uma Monroe?
política isolacionista? 8. O que foi o pan-americanismo?
4. Com a proclamação da independência de países latino- 9. Com a criação da Doutrina Monroe, livres
americanos outrora colonizados pelos europeus, por que os de qualquer interesse de países europeias,
Estados Unidos fizeram questão de reconhecer a hegemonia de que política foi iniciada pelos
cada nação? estadunidenses?
5. Quais países queriam invadir novamente o território 10. Quais foram os resultados do chamado
americano? pan-americanismo?
11. Encontre as palavras grifadas no texto no caça-palavras abaixo. 12. Explique o meme abaixo:
L N A Ç N A I L A A T N A S Ç M E E
P A N J B A N V G S G S E O C R S X
A B T E A Ç R T U A L S K A O E O P
N V E I S L E E J S E M Ç Ç N G D A
A Ç E A N E P C I L O N I A F I I N
M W R G R O T R G I N B O Z L O N S
E Ç C O R L A N O E G I A I I N U I
R L I U S A I M E R T P B N T A S O
I P E K L I O Ç E D O M A O O I O N
C K E T E A U I B R N S N L S S D I
A A E D I S O Ç U C I E A O L I A S
N N A G B O L E M E Ç C P C Z U T T
I E E S I N O M E G E H A E O P S A
S R Ç L Y H E A T F G A D N D Ç E E
M D O U T R I N A M O N R O N D F
O N A C I L B U P E R A M E T S I S

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PLANO DE AULA - 7
ESCOLA ESTADUAL __________________________________ Ano: ________
Ano de escolaridade: 8° ANO
Período: ( ) 1 aula ( ) 2 aulas ( X ) 3 aulas
Área de Conhecimento: Humanas Componente Curricular: História
Habilidade(s)/ Código(s) Alfanumérico(s): (EF08HI09) Conhecer as características e os
principais pensadores do Pan-americanismo.
(EF08HI13) Analisar o processo de independência em diferentes países latino-americanos e
comparar as formas de governo neles adotadas.
Atividades de Introdução Atividades de Atividades de Consolidação Atividades de Retomada
Sistematização Avaliação
Introdução do tema e - O sonho de Bolivar - Comparar pontos de vista - Conhecer e diferenciar -
sondagem. - América para os diferentes, como, por exemplo, a duas ideias de Pan-
Os processos de americanos. Carta da Jamaica, de Simón americanismo nascidas na
independência nas Américas - Conhecer e diferenciar Bolívar, e caricaturas sobre a mesma época: aquela
Independência dos duas ideias de Pan- Doutrina Monroe. Ambos os defendida por Simón
Estados Unidos da América americanismo nascidas na pensadores defendem a liberdade Bolívar na Carta da Jamaica
Independências na América mesma época: aquela dos países latino-americanos, mas (1815) e na Conferência do
espanhola defendida por Simón Bolívar no que se diferenciam? Por que a
Panamá (1826) e a do
• A revolução dos na Carta da Jamaica (1815) proposta de Simón Bolívar não se
presidente norte-
escravizados em São e na Conferência do realizou? Por que a Doutrina
Domingo e seus múltiplos Panamá (1826) e a do Monroe se afirmou? O que isso americano James Monroe,
significados e presidente norte-americano significou para os países latino- a Doutrina Monroe (1823),
desdobramentos: o caso do James Monroe, a Doutrina americanos? que acabou por nortear,
Haiti Monroe (1823), que acabou por mais de um século, a
Os caminhos até a por nortear, por mais de um política norte-americana na
independência do Brasil século, a política norte- América Latina.
americana na América
Latina.
- Trabalho interdisciplinar com Geografia, com a habilidade (EF08GE08), associada à compreensão da ordem
internacional.
1ª aula – - Estudo de texto - Doutrina Monroe - - Pan-americanismo.
2ª aula. – - Conhecer e diferenciar duas ideias de Pan-americanismo nascidas na mesma
época: aquela defendida por Simón Bolívar na Carta da Jamaica (1815) e na Conferência do
Panamá (1826) e a do presidente norte-americano James Monroe, a Doutrina Monroe
(1823), que acabou por nortear, por mais de um século, a política norte-americana na
América Latina.
3ª aula correção
1. O pan-americanismo ou hispano-americananismo foi um movimento que visava unificar todos os territórios da América
espanhola, formando um só Estado.
2. Seu principal ideólogo foi Simón Bolívar, depois de ter lutado juntamente com o governador da Intendência de Cuyo, José de
San Martín, contra o domínio e a exploração espanhola, e de ter feito a independência de vários territórios da América espanhola.
3. O Congresso do Panamá, convocado por Simón Bolívar, ocorreu entre 22 de junho e 5 de julho de 1826 com o propósito de
articular a criação de uma confederação de países hispano-americanos independentes.
4. Participaram do encontro a Grande Colômbia, o México, o Peru, a Bolívia e a Guatemala.
5. Porém, a tentativa de unificação fracassou em razão da rivalidade entre os países e da oposição dos Estados Unidos à
formação de uma confederação de estados na América do Sul.
6. Esse ideal de ampla integração do espaço colonial ficou conhecido como pan-americanismo.
7. Teve suas primeiras manifestações já nos finais do século XVIII, quando o peruano Pablo Olavide organizou uma sociedade
secreta em que defendia a autonomia do Novo Mundo por meio de uma ação conjunta das nações sul-americanas.
8. No ano de 1826, o Congresso do Panamá reuniu representantes do México, Peru, Grã-Colômbia, das Províncias Unidas de
Centro-América e Estados Unidos. Na reunião, pretendia-se concretizar o ideal de unidade política entre os povos hispano-
americanos com o estabelecimento de uma força militar comum e o fim da escravidão em toda a extensão continental.
9. Contudo, o ideal pan-americanista de Simon Bolívar foi refutado por três importantes nações da época: o Brasil, Os Estados
Unidos e a Inglaterra.
10. O recém-formado Império Brasileiro não tinha interesse em apoiar os ideais liberais e republicanos oferecidos por Simon
Bolívar. Ao mesmo tempo, não tinha interesse em dar fim à escravidão no país, tendo em vista o interesse central que os
latifundiários brasileiros tinham na manutenção da ordem escravocrata.
11. O fim da escravidão era um ponto que desagradava os interesses políticos norte-americanos, que ainda dependiam
maciçamente desse tipo de mão-de-obra para desenvolver sua economia, principalmente na porção sul. Somado a tal fator, os
Estados Unidos não tinham bons olhos ao ideal pan-americanista na medida em que ainda pretendia expandir seus domínios
territoriais.
12. Doutrina Monroe.
13. Os Estados Unidos planejavam dominar o território da América do Sul através da Doutrina Monroe.

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18
O pan-americanismo ou hispano-americananismo foi um movimento que visava unificar todos os territórios da América
espanhola, formando um só Estado. Seu principal ideólogo foi Simón Bolívar, depois de ter lutado juntamente com o
governador da Intendência de Cuyo, José de San Martín, contra o domínio e a exploração espanhola, e de ter feito a
independência de vários territórios da América espanhola.
O Congresso do Panamá, convocado por Simón Bolívar, ocorreu entre 22 de junho e 5 de julho de 1826 com o propósito de
articular a criação de uma confederação de países hispano-americanos independentes. Participaram do encontro a Grande
Colômbia, o México, o Peru, a Bolívia e a Guatemala.
Porém, a tentativa de unificação fracassou em razão da rivalidade entre os países e da oposição dos Estados Unidos à
formação de uma confederação de estados na América do Sul.
Congresso do Panamá
A luta pela independência da América Espanhola contou com uma variedade de projetos que visavam dar fim ao processo
de dominação perpetuado pelas monarquias do Velho Mundo. Enxergavam a necessidade de se formar um Estado amplo,
capaz de assegurar as liberdades conquistadas e, ao mesmo tempo, promover a construção de nações prósperas.
Esse ideal de ampla integração do espaço colonial ficou conhecido como pan-americanismo e tem suas primeiras
manifestações já nos finais do século XVIII, quando o peruano Pablo Olavide organizou uma sociedade secreta em que
defendia a autonomia do Novo Mundo por meio de uma ação conjunta das nações sul-americanas.
Com o início das independências, esse projeto foi reavivado em diferentes projetos de integração. Juan Martínez de Rosas,
um dos líderes do processo de independência do Chile, defendeu a ampla cooperação entre os povos americanos contra a
reação das metrópoles europeias à prevenção de conflitos entre os povos americanos.
No ano de 1826, o Congresso do Panamá reuniu representantes do México, Peru, Grã-Colômbia, das Províncias Unidas de
Centro-América e Estados Unidos. Na reunião, pretendia-se concretizar o ideal de unidade política entre os povos hispano-
americanos com o estabelecimento de uma força militar comum e o fim da escravidão em toda a extensão continental. A
proposta foi encabeçada por Simon Bolívar, um dos mais atuantes líderes da independência da América Espanhola.
Contudo, o ideal pan-americanista de Simon Bolívar foi refutado por três importantes nações da época: o Brasil, Os Estados
Unidos e a Inglaterra. O recém-formado Império Brasileiro não tinha interesse em apoiar os ideais liberais e republicanos
oferecidos por Simon Bolívar. Ao mesmo tempo, não tinha interesse em dar fim à escravidão no país, tendo em vista o
interesse central que os latifundiários brasileiros tinham na manutenção da ordem escravocrata. O Brasil foi o único país da
América que começou uma monarquia depois do processo de independência.
O fim da escravidão era um ponto que desagradava os interesses políticos norte-americanos, que ainda dependiam
maciçamente desse tipo de mão-de-obra para desenvolver sua economia, principalmente na porção sul. Somado a tal fator,
os Estados Unidos não tinham bons olhos ao ideal pan-americanista na medida em que ainda pretendia expandir seus
domínios territoriais. No caso inglês, a integração americana ameaçava o projeto de hegemonia econômica a ser implantado
no continente – Doutrina Monroe.
Dessa maneira, a proposta pan-americana oficializada durante o Congresso do Panamá acabou sendo abafada pela
oposição das nações citadas. Com o passar do tempo, observou-se que a questão linguística ou o passado colonial em
comum não serviram de sustentáculo para a implementação do ideal defendido por Simon Bolívar. Com isso, a possibilidade
lançada nessa importante reunião interamericana não conseguiu sair do papel. Por Rainer Sousa

1. O que é o pan-americanismo? 13. Explique a charge a seguir.


2. Quem foi o principal ideólogo do pan-americanismo?
3. Qual foi o objetivo do Congresso do Panamá?
4. Quais países participaram do Congresso do
Panamá?
5. Por que a tentativa de unificação dos países da
América do Sul fracassou?
6. Como ficou conhecido o ideal de ampla integração
do espaço colonial?
7. Quando o pan-americanismo teve suas primeiras
manifestações?
8. Qual foi o assunto debatido no Congresso do
Panamá realizado em 1826?
9. Quais nações refutaram o ideal do pan-
americanismo?
10. Por que o Império Brasileiro não apoiou o pan-
americanismo?
11. Por que os Estados Unidos foram contra o pan-
americanismo?
12. Qual projeto estadunidense seria ameaçado se a
integração americana fosse implantada?

Cláudia Rodrigues Proibido reprodução e postagem


19
PLANO DE AULA - 8
ESCOLA ESTADUAL __________________________________ Ano: ________
Ano de escolaridade: 8° ANO
Período: ( ) 1 aula ( ) 2 aulas ( X ) 3 aulas
Área de Conhecimento: Humanas Componente Curricular: História
Habilidade(s)/ Código(s) Alfanumérico(s): (EF08HI10) Identificar a Revolução de São
Domingo como evento singular e desdobramento da Revolução Francesa e avaliar suas
implicações.
Atividades de Atividades de Sistematização Atividades de Consolidação Atividades de Retomada
Introdução Avaliação
Introdução do tema e - Destacar os múltiplos sentidos - Discutir aspectos como: por que a -
sondagem. da Revolução de São Domingo história do Haiti é pouco conhecida?
Os processos de ou Revolução no Haiti: a Que país europeu colonizou a ilha?
independência nas primeira colônia a se tornar Qual a composição étnica da
Américas independente nas Américas população haitiana? Por que os
Independência depois dos Estados Unidos, a livros dedicam mais espaço para a
dos Estados Unidos da primeira república negra do Revolução Francesa e pouco ou
América mundo, uma das maiores nada falam sobre o Haiti?
Independências na rebeliões de escravos da - Compreender a visão eurocêntrica
América espanhola história e a única vitoriosa, e o da História ocidental, bem como o
• A revolução dos primeiro país americano a abolir preconceito e o racismo ocultos
escravizados em São a escravidão. O aluno deve pelo apagamento da memória. É
Domingo e seus múltiplos avaliar o impacto do haitianismo possível, ainda, a abordagem das
significados e na América, em especial na revoltas escravas no Brasil, como,
desdobramentos: o caso sociedade brasileira, que, por exemplo, a de Carrancas
do Haiti durante todo o século XIX, foi (Minas Gerais, 1833) e a Revolta
Os caminhos até a amedrontada pelo temor da dos Malês (Bahia, 1835), que
independência do Brasil “onda negra”, isto é, a repetição fizeram os senhores temerem uma
dos eventos do Haiti. rebelião do tipo haitiana.
- Revoltas escravas no Brasil, a
de Carrancas (Minas Gerais,
1833) e a Revolta dos Malês
(Bahia, 1835.

1ª aula – Estudo de texto - Relacionar a independência do


Haiti com o medo da “haitinização” do Brasil.
2ª aula – - Reconhecer a atuação de todos os segmentos sociais e étnicos –
camponeses, africanos escravizados, libertos, indígenas, mestiços, grandes
proprietários – nos movimentos pelas independências
3ª aula- correção
1igualdade, liberdade e fraternidade
2EUA
3A Revolução Haitiana, também conhecida por Revolta de São Domingos (1791-1804) foi um período de conflito brutal na colônia
de Saint-Domingue, levando à eliminação da escravidão e a independência do Haiti como a primeira república governada por
pessoas de ascendência africana.
4França
5era o maior produtor de açúcar do mundo e o principal exportador de café para a Europa.
6população era constituída de cerca de 500 mil habitantes: 35 mil brancos, 30 mil mulatos livres e mais de 430 mil escravos
negros oriundos da África Ocidental.
7.“a terra das montanhas”.
8 Como fazer a independência sem haitinizar o país? Como dar liberdade aos negros de modo que não saíssem queimando tudo
e degolando os brancos?
9 Porque os países que mantinham relações comerciais com a ilha ficaram com medo de que esse ato de rebelião se expandisse
para as colônias americanas e acabaram fechando todos os pactos comerciais selados.
10.Brasil
11. As coisas saíram do controle, houve massacres indiscriminados e destruição de propriedades - justamente os engenhos de
açúcar que, por um lado, simbolizavam a escravidão mas, por outro, representavam a riqueza do Haiti. Além de ter de pagar uma
quantia grotesca de indenização para a França, o país mergulhou no caos e na pobreza e, hoje, duzentos anos depois, continua
pobre e instável. Mas livre.

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20
Após a eclosão da Revolução Francesa em 1789, diversos movimentos de independência se inspiraram nos ideais de
igualdade, liberdade e fraternidade propagados pelos iluministas. O continente americano passava por um processo de
transformações políticas que iriam culminar na hegemonia dos Estados Unidos como nação soberana, além da independência
de países outrora colonizados pela Europa. A Revolução Haitiana, também conhecida por Revolta de São Domingos (1791-
1804) foi um período de conflito brutal na colônia de Saint-Domingue, levando à eliminação da escravidão e a independência
do Haiti como a primeira república governada por pessoas de ascendência africana.
O Haiti foi o primeiro país latino-americano a se tornar independente da França, por meio da Revolução Haitiana. Denominada
de colônia Saint Domingue, o país era o maior produtor de açúcar do mundo e o principal exportador de café para a Europa.
Sua população era constituída de cerca de 500 mil habitantes: 35 mil brancos, 30 mil mulatos livres e mais de 430 mil
escravos negros oriundos da África Ocidental.
Percebendo que estavam em maioria, os escravos negros formaram uma rebelião liderada por Toussaint L’Overture e pelo
líder religioso Dutty Boukman para se livrar do domínio da França.
Em 1791, L’Overture instigou os escravos a dizimarem a população mandatária branca, que cada vez mais restringia a
liberdade de seus vassalos com políticas racistas. As tropas francesas continuaram resistindo por um bom tempo, mas logo
foram derrotadas pelos escravos, que receberam apoio de exércitos ingleses e espanhóis.
L’Overture chegou a assumir o governo de Saint Domingue em 1801, mas acabou sendo aprisionado pelas tropas de
Napoleão Bonaparte. Morreu em péssimas condições dois anos depois, em Paris.
Porém, os escravos continuaram demonstrando força e resistência perante os franceses. Em 1804, o ex-escravo Jean-
Jacques Dessalines formou uma nova frente de negros escravos e assumiu o Império da ilha, que passou a se chamar Haiti –
nome dado pelas primeiras populações indígenas de São Domingos, que significa “a terra das montanhas”.
A Revolução Haitiana foi um dos acontecimentos mais decisivos e marcantes da história mundial, mudou tudo no curso da
história política e econômica das Américas.
Como fazer a independência sem haitinizar o país? Como dar liberdade aos negros de modo que não saíssem queimando
tudo e degolando os brancos? Na dúvida, melhor ser conservador, fazer a coisa aos poucos. É bom não facilitar. Esse era o
pensamento da elite da época, o medo que acontecesse no resto da América, o que aconteceu no Haiti.
Apesar da longa batalha, as consequências da independência do Haiti foram muito negativas porque os países que
mantinham relações comerciais com a ilha ficaram com medo de que esse ato de rebelião se expandisse para as colônias
americanas e acabaram fechando todos os pactos comerciais selados.
A política brasileira fez com que o Brasil fosse a última nação livre do Ocidente a abolir a escravidão, isso é consequência
direta do medo que nossa elite tinha do Haiti. O Haiti foi a segunda nação do hemisfério ocidental a se tornar independente.
Toussaint de L'Ouverture, chefe da revolução foi morto à traição, pois não conseguiam derrotá-lo no campo de batalha.
Infelizmente, depois de sua morte, as coisas saíram do controle, houve massacres indiscriminados e destruição de
propriedades - justamente os engenhos de açúcar que, por um lado, simbolizavam a escravidão mas, por outro,
representavam a riqueza do Haiti.
Além de ter de pagar uma quantia grotesca de indenização para a França, o país mergulhou no caos e na pobreza e, hoje,
duzentos anos depois, continua pobre e instável. Mas livre.

1. Que ideais, propagados pelos iluministas, inspiraram a Revolução Francesa e diversos movimentos de
independência?
2. Qual foi o primeiro país da América a se libertar da colonização europeia?
3. O que foi a Revolução Haitiana?
4. Que país colonizou o Haiti?
5. Como era a economia haitiana na época da revolução?
6. Como era a população haitiana na época da revolução?
7. Qual é o significado de Haiti?
8. Quais medos os outros países da América tinham em relação ao Haiti?
9. Por que as consequências da independência do Haiti foram muito negativas?
10. Qual foi o último país da América a abolir a escravidão?
11. O que aconteceu com o Haiti depois da morte do líder da revolução e fim do conflito?
12. Coloque V ou F
( ) O Haiti foi o primeiro país latino-americano a se tornar independente.
( ) O Haiti foi o primeiro país da América a acabar com a escravidão.
( ) O Haiti foi o primeiro país da América a ser uma república governada por pessoas de ascendência africana.
( ) Os escravos negros do Haiti formaram uma rebelião para se livrar do domínio da França.
( ) Os escravos foram orientados, durante a revolução haitiana a dizimarem a população mandatária branca.
( ) As políticas racistas do Haiti restringia a liberdade dos negros.
( ) O líder da Revolução Haitiana chegou a assumir o governo de Saint Domingue, mas acabou sendo
aprisionado pelas tropas de Napoleão Bonaparte.
( ) O ex-escravo Jean-Jacques Dessalines assumiu o Império da ilha, que passou a se chamar Haiti.
( ) A elite da época tinha medo que acontecesse no resto da América, o que aconteceu no Haiti.
( ) O Haiti foi a segunda nação do hemisfério ocidental a se tornar independente.
( ) O chefe da revolução Haitiana foi morto à traição, pois não conseguiam derrotá-lo no campo de batalha.

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21
PLANO DE AULA - 9
ESCOLA ESTADUAL __________________________________ Ano: ________
Ano de escolaridade: 8° ANO
Período: ( ) 1 aula ( ) 2 aulas ( X ) 3 aulas
Área de Conhecimento: Humanas Componente Curricular: História
Habilidade(s)/ Código(s) Alfanumérico(s): (EF08HI11) Identificar e explicar os protagonismos
e a atuação de diferentes grupos sociais e étnicos nas lutas de independência no Brasil, na
América espanhola e no Haiti.
Atividades de Introdução Atividades de Atividades de Consolidação Atividades de Retomada
Sistematização Avaliação
Introdução do tema e - Reconhecer a atuação de - Discutir questões como: A camada - Romper com a -
sondagem. todos os segmentos sociais mais pobre tão numerosa se visão tradicional
Os processos de e étnicos – camponeses, manteve submissa e distante dos e elitista de uma
independência nas africanos escravizados, acontecimentos políticos? O que história
libertos, indígenas, mestiços, pretendiam líderes como o indígena construída
Américas grandes proprietários – nos Juan Santos Atahualpa (Peru, exclusivamente
Independência dos movimentos pela 1710-1756) e Tupac Amaru (Peru, por heróis
Estados Unidos da América independência nas Américas 1780).? Qual foi o desfecho desses fundadores.
Independências na (Brasil, Haiti e colônias movimentos? As independências
América espanhola espanholas). beneficiaram as camadas
• A revolução dos - Romper com a visão populares? O ideal de liberdade dos
escravizados em São tradicional e elitista de uma heróis fundadores incluía a abolição
Domingo e seus múltiplos história construída dos escravos e a cidadania de toda
significados e exclusivamente por heróis a população?
fundadores.
desdobramentos: o caso do
Haiti
Os caminhos até a
independência do Brasil
1ª aula – Estudo de texto - Atuação dos segmentos sociais e étnicos na
independência da América Latina.
2ª aula – - Romper com a visão tradicional e elitista de uma história
construída exclusivamente por heróis fundadores.
3ª aula- correção
1.Este mapa apresenta os países da América Latina e o ano em que ocorreu sua independência.
2. Haiti foi o primeiro país a tornar-se independente, em 1804 enquanto o Panamá conquistou sua independência apenas em 1903
3. Quase um século depois. Houve um longo processo emancipatório na América Latina.
1.Na escultura está representando a luta contra a opressão e o sofrimento presente na História da América Latina.
2. América Latina
3. O sangue escorrendo tem o formato da América Latina, representando vidas de sofrimento e resistência em diferentes
momentos: desde a colonização e o genocídio das populações nativas, passando pelos seus processos independentistas (violento
em diversos países), a escravidão, as ditaduras até chegar à situação de pobreza e exploração na atualidade.
4.A mão espalmada e o sangue representam os diversos povos do subcontinente e a participação de tal população nestes
contextos, como os processos de Independência.

1.(escravos, mestiços e indígenas, liberais, despossuídos, proprietários e comerciantes)


2. Para os escravizados, liberdade seria acabar com a escravidão; para mestiços e indígenas indicava o fim da divisão e da
desigualdade social; para os liberais significava o fim dos laços com a metrópole; para os despossuídos liberdade seria ter acesso
à posse da terra, enquanto os proprietários e os comerciantes desejavam liberdade para produzir e comerciar.
3. O da elite
4.Os novos governos nacionais consideraram que os índios precisavam se adaptar às novas condições do país e contribuir para a
modernização da economia e da sociedade. Em alguns países tiveram que pagar tributos, e a posse coletiva da terra foi
ameaçada. Em outros, os índios foram expulsos de seus domínios.
5. Os novos Estados independentes, porém, ávidos por promover a modernização social e econômica, cancelaram o princípio da
posse comunitária da terra. A meta era transformar os índios em pequenos proprietários capazes de abastecer o mercado, em
lugar de produzir essencialmente para sua subsistência.”
6. as mulheres, muitas vezes com filhos, acompanhavam seus maridos-soldados; além disso, como não havia abastecimento
regular das tropas, muitas trabalhavam - cozinhando, lavando ou costurando - em troca de algum dinheiro [...]. Expostas à dureza
das campanhas e aos perigos das batalhas, enfrentavam corajosamente os azares das guerras [...]. [Havia ainda] a presença não
apenas de mulheres que seguiam ao lado de seus companheiros, mas de várias mulheres-soldados que pegaram em armas para
conseguir a libertação das colônias. [...] Há variadas narrativas sobre outro tipo de participação das mulheres, por exemplo, as que
trabalhavam como mensageiras, levando informações para os insurgentes
7. Sua condição de mulheres supostamente levantava menos suspeitas; entretanto, várias delas acabavam descobertas, presas e
algumas condenadas à morte.”

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22
Existe uma visão diferente para cada grupo social sobre o que seria “liberdade” dentro do processo de Independência. Para os
escravizados, liberdade seria acabar com a escravidão; para mestiços e indígenas indicava o fim da divisão e da desigualdade
social; para os liberais significava o fim dos laços com a metrópole; para os despossuídos liberdade seria ter acesso à posse da
terra, enquanto os proprietários e os comerciantes desejavam liberdade para produzir e comerciar. As elites se beneficiaram com a
independência. As elites que assumiram o poder após as independências ansiaram por “transformar os índios em pequenos
proprietários capazes de abastecer o mercado, em vez de produzir essencialmente para sua subsistência”, o que foi bastante
negativo para os indígenas. A participação das populações indígenas no processo emancipatório não representou a conquista de
maior liberdade para os indígenas, pois eles tiveram de se adaptar às novas condições do país, pagar novos tributos, tiveram sua
posse coletiva da terra ameaçada e muitos foram expulsos de seus domínios.
Os novos governos nacionais consideraram que os índios precisavam se adaptar às novas condições do país e contribuir para a
modernização da economia e da sociedade. Os novos Estados independentes, porém, ávidos por promover a modernização social
e econômica, cancelaram o princípio da posse comunitária da terra.
Quando se fala em exército, nesse período, imaginamos sempre homens marchando a pé ou a cavalo, lutando. Esquecemo-nos de
que as mulheres, muitas vezes com filhos, acompanhavam seus maridos-soldados; além disso, como não havia abastecimento
regular das tropas, muitas trabalhavam - cozinhando, lavando ou costurando - em troca de algum dinheiro [...]. Expostas à dureza
das campanhas e aos perigos das batalhas, enfrentavam corajosamente os azares das guerras [...]. [Havia ainda] a presença não
apenas de mulheres que seguiam ao lado de seus companheiros, mas de várias mulheres-soldados que pegaram em armas para
conseguir a libertação das colônias. [...] Há variadas narrativas sobre outro tipo de participação das mulheres, por exemplo, as que
trabalhavam como mensageiras, levando informações para os insurgentes. Sua condição de mulheres supostamente levantava
menos suspeitas; entretanto, várias delas acabavam descobertas, presas e algumas condenadas à morte.” Mesmo com a
participação desses grupos sociais no processo de independência houve a continuidade da marginalização de alguns grupos sociais
mesmo após a Independência, seguindo parcialmente excluídos até a atualidade. Fonte: PRADO, Maria Lígia Coelho.
Mapa da Independência da América Latina Memorial da América Latina
A escultura representa a luta contra a
opressão e o sofrimento presente na História
da América Latina. O sangue escorrendo tem
o formato da América Latina, representando
vidas de sofrimento e resistência em
diferentes momentos: desde a colonização e o
genocídio das populações nativas, passando
pelos seus processos de independência que
foi violento em diversos países, a escravidão,
as ditaduras até chegar à situação de pobreza
e exploração na atualidade.
A mão espalmada e o sangue representam os
diversos povos do subcontinente e a
participação de tais populações nos contextos,
como os processos de Independências.

Escultura Mão, de Oscar Niemeyer, é uma das obras


do Memorial da América Latina, na capital paulista.

Sobre a escultura, RESPONDA


1. O que o artista quis representar com esta
escultura?
Sobre o mapa, responda 2. Que mapa está representado na obra?
1. O que o mapa está representando? 3. A América Latina está com sangue
2. Qual foi o primeiro país latino-americano a se tornar independente? E escorrendo. O que isso pode indicar?
qual foi o último? 4. De quem é este sangue?
3. Quantos anos há de diferença entre o primeiro e o último país O que a escultura da mão quer representar?
independente? O que isso representa?
1. Quais grupos sociais são citados no texto?
2. Qual o significado de liberdade para cada grupo social citado no texto?
3. Qual desses projetos foi vitorioso com a independência?
4. Por que a independência não representou a conquista de maior liberdade para os indígenas?
5. Qual a meta para o indígena dentro do projeto político vencedor do processo emancipatório?
6. Qual a participação das mulheres nas lutas pela independência?
7. Ser mulher na guerra poderia trazer algum diferencial para o conflito?
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PLANO DE AULA - 10
ESCOLA ESTADUAL __________________________________ Ano: ________
Ano de escolaridade: 8° ANO
Período: ( ) 1 aula ( ) 2 aulas ( X ) 3 aulas
Área de Conhecimento: Humanas Componente Curricular: História
Habilidade(s)/ Código(s) Alfanumérico(s): (EF08HI12) Caracterizar a organização política e
social no Brasil desde a chegada da Corte portuguesa, em 1808, até 1822 e seus
desdobramentos para a história política brasileira.
Atividades de Introdução Atividades de Atividades de Consolidação Atividades de Retomada
Sistematização Avaliação
Introdução do tema e - Vinda da Família Real. - Pesquisar o patrimônio histórico -
sondagem. - Pacto Colonial. cultural relativo ao governo joanino:
Os processos de - Explicar como o governo largo do Paço (atual Praça XV de
independência nas joanino no Brasil preparou o Novembro), Paço Imperial (atual
caminho para a Centro Cultural), Chafariz do Mestre
Américas independência ao quebrar o Valentin, igreja e convento do
Independência dos pacto colonial e permitir o Carmo, Quinta da Boa Vista (atual
Estados Unidos da América livre comércio, criar uma Museu Nacional), Palácio
Independências na estrutura burocrática- Tiradentes, Biblioteca Nacional etc.
América espanhola administrativa de Reino - Confrontar fotografias atuais com
• A revolução dos Unido (impressão régia, as aquarelas de Debret e outros
escravizados em São Conselho de Estado, Erário viajantes mostrando os mesmos
Domingo e seus múltiplos Real, Banco do Brasil etc.) e locais à época de D. João VI e D.
significados e promover a urbanização da Pedro I.
Corte. - Analisar o quadro de Pedro
desdobramentos: o caso do Américo, “O Grito do Ipiranga”,
Haiti 1888, identificando-o como uma
Os caminhos até a representação idealizada e heroica
independência do Brasil da independência, construída
décadas depois do fato retratado.
1ª aula - Estudo de texto - Vinda da Família Real. - Pacto Colonial.
2ª aula – - Explicar como o governo joanino no Brasil preparou o
caminho para a independência ao quebrar o pacto colonial.
3ª aula- Correção
1Dom João.
2comandada pela burguesia comercial da cidade do Porto, que foi um movimento que tinha características liberais para Portugal, mas para o
Brasil, significava uma recolonização e os rebeldes exigiram a volta de dom João.
3. começou com a chegada da família real no Brasil e acabou em 1822 quando Dom Pedro proclamou a Independência, se separando assim de
Portugal.
4. Para enfrentar a Inglaterra, Napoleão proibiu todos os países europeus de comercializar com os ingleses, isso foi o Bloqueio continental.
5. Portugal era um antigo aliado da Inglaterra,: se fizesse o que Napoleão queria, os ingleses invadiriam o Brasil, pois estavam muito interessados
no comércio brasileiro; se não o fizesse, os franceses invadiriam Portugal.
6. A solução que Dom João encontrou, com a ajuda dos aliados ingleses, foi transferir a corte portuguesa para o Brasil.
7. Em novembro de 1807 Dom João com toda a sua família e sua corte partiram para o Brasil sob a escolta da esquadra inglesa. 15 mil pessoas
vieram para o Brasil em quatorze navios trazendo suas riquezas, documentos, bibliotecas, coleções de arte e tudo que puderam trazer.
8. só encontrou um reino abandonado e pobre, porque a elite tinha ido toda para o Brasil.
9. Abriu os portos do Brasil as nações amigas, principalmente à Inglaterra, permitindo que navios estrangeiros comerciassem livremente nos
portos brasileiros.
10. Rio de Janeiro.
11. A invasão francesa.
12. Com a família Real no Brasil, o Brasil deixou de ser uma simples colônia de Portugal e 1815 o Brasil foi elevado a reino e as capitanias
passaram a chamarem-se províncias.
13.a abertura dos portos e a permissão de montar indústrias que haviam sido proibidas por Portugal anteriormente.
14. O açúcar e do algodão, o café.
15. dom João voltou em 26 de abril de 1821. Deixou, contudo, seu filho dom Pedro como regente do Brasil. Logo a independência do Brasil
aconteceria.
16. Para enfrentar a Inglaterra, Napoleão proibiu todos os países europeus de comercializar com os ingleses. Foi o chamado Bloqueio Continental.

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24
Historicamente, o processo da Independência do Brasil ocupou as três primeiras décadas do século XIX e foi
marcado pela vinda da família real ao Brasil em 1808 e pelas medidas tomadas no período de Dom João. A vinda
da família real fez a autonomia brasileira ter mais o aspecto de transição.
O processo da independência foi bastante acelerado pelo que ocorreu em Portugal em 1820. A Revolução do
Porto comandada pela burguesia comercial da cidade do Porto, que foi um movimento que tinha características
liberais para Portugal, mas para o Brasil, significava uma recolonização, os rebeldes exigiram a volta de dom João.
O processo de nossa independência acabou em 1822, quando Dom Pedro proclamou a Independência, se
separando assim de Portugal.
As causas da vinda da família real para o Brasil
No início do século XIX Napoleão Bonaparte era imperador da França. Ele queria conquistar toda a Europa e para
tanto derrotou os exércitos de vários países. Mas não conseguiu vencer a marinha inglesa.
Para enfrentar a Inglaterra, Napoleão proibiu todos os países europeus de comercializar com os ingleses. Foi o
chamado Bloqueio Continental.
Nessa época, Portugal era governado pelo príncipe regente Dom João. Como Portugal era um antigo aliado da
Inglaterra, Dom João ficou numa situação muito difícil: se fizesse o que Napoleão queria, os ingleses invadiriam o
Brasil, pois estavam muito interessados no comércio brasileiro; se não o fizesse, os franceses invadiriam
Portugal.
A solução que Dom João encontrou, com a ajuda dos aliados ingleses, foi transferir a corte portuguesa para o
Brasil.
Em novembro de 1807 Dom João com toda a sua família e sua corte partiram para o Brasil sob a escolta da
esquadra inglesa. 15 mil pessoas vieram para o Brasil em quatorze navios trazendo suas riquezas, documentos,
bibliotecas, coleções de arte e tudo que puderam trazer.
Quando o exército de Napoleão chegou em Lisboa, só encontrou um reino abandonado e pobre.
O príncipe regente desembarcou em Salvador em 22 de janeiro de 1808. Ainda em Salvador Dom João abriu os
portos do Brasil às nações amigas, principalmente à Inglaterra, permitindo que navios estrangeiros
comerciassem livremente nos portos brasileiros. Essa medida foi de grande importância para a economia
brasileira, pondo fim ao pacto colonial.
De Salvador, a comitiva partiu para o Rio de Janeiro, aonde chegou em 08 de março de 1808. O Rio de Janeiro
tornou-se a sede da corte Portuguesa.
Além das mudanças comerciais, a chegada da família real ao Brasil também causou um reboliço cultural e
educacional. Nessa época, foram criadas escolas como a Academia Real Militar, a Academia da Marinha, a
Escola de Comércio, a Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios, a Academia de belas-artes e dois Colégios de
Medicina e Cirurgia, um no Rio de Janeiro e outro em Salvador. Foram fundados o Museu Nacional, o
Observatório Astronômico e a Biblioteca Real, cujo acervo era composto por muitos livros e documentos trazidos
de Portugal. Também foi inaugurado o Real Teatro de São João e o Jardim Botânico. Uma atitude muito
importante de dom João foi a criação da Imprensa Régia. Ela editou obras de vários escritores e traduções de
obras científicas. Foi um período de grande progresso e desenvolvimento.
Com a instalação da corte no Brasil, o Rio de Janeiro tornou-se a sede do império português e Dom João teve de
organizar toda a administração brasileira. Criou três ministérios: o da Guerra e Estrangeiros, o da Marinha e o da
Fazenda e Interior; instalou também os serviços auxiliares e indispensáveis ao funcionamento do governo, entre os
quais o Banco do Brasil, a Casa da Moeda, a Junta Geral do Comércio e a Casa da Suplicação ( Supremo Tribunal).
Com a família Real no Brasil, o Brasil deixou de ser uma simples colônia de Portugal e 1815 o Brasil foi elevado a
reino e as capitanias passaram a chamar-se províncias.
Em 1818 com a morte da rainha D. Maria I – a Louca, a quem Dom João substituía, deu-se no Rio de Janeiro a
proclamação e a coroação do Príncipe Regente, que recebeu o título de Dom João VI.
Depois da chegada da família real duas medidas de Dom João deram rápido impulso à economia brasileira: a
abertura dos portos e a permissão de montar indústrias que haviam sido proibidas por Portugal anteriormente.
Abriram-se fábricas, manufaturas de tecidos começaram a surgir, mas não progrediram por causa da
concorrência dos tecidos ingleses.
A produção agrícola voltou a crescer. O açúcar e do algodão, passaram a ser primeiro e segundo lugar nas
exportações, no início do século XIX. Neste período surgiu o café, novo produto, que logo passou do terceiro
lugar para o primeiro lugar nas exportações brasileiras.
No Rio de Janeiro a corte tratou de reorganizar o Estado, com a nomeação dos ministros. Assim, foram sendo
recriados todos os órgãos do Estado português:
Os portugueses estavam insatisfeitos com o fato de a família real ter se fixado no Brasil e, em 1820, estourou a
Revolução Liberal do Porto, cidade ao norte de Portugal. Os rebeldes exigiram a volta de dom João. Queriam
também que o comércio do Brasil voltasse a ser feito exclusivamente pelos comerciantes portugueses. Cedendo
às pressões de Portugal, dom João voltou em 26 de abril de 1821. Deixou, contudo, seu filho dom Pedro como
regente do Brasil. Logo a independência do Brasil aconteceria.
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25
1. Quem trouxe a família real para o Brasil?
R:_________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________
2. O que foi a Revolução do Porto?
R:_________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________
3. Quando começou e quando acabou o processo de independência do Brasil?
R:_________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________
4. O que foi o chamado Bloqueio Continental?
R:_________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________
5. Por que Dom João ficou numa situação muito difícil com o bloqueio continental decretado por Napoleão?
R:_________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________
6. Qual foi a solução encontrada por D. João para escapar da invasão francesa?
R:_________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________
7. Como foi a partida da corte para o Brasil?
R:_________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________
8. Como o exército de Napoleão encontrou em Portugal quando invadiu Lisboa?
R:_________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________
9. Qual foi a primeira ação de Dom João no Brasil?
R:_________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________ __
10. Onde foi a sede da corte no Brasil?
R:_________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________
11. Qual foi a causa imediata da vinda da família real para o Brasil?
R:_________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________
12. Copie do texto a parte que fala que o Brasil deixou de ser colônia de Portugal?
R:_________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________
13. Depois da chegada da família real que duas medidas de Dom João deram rápido impulso à economia
brasileira?
R:_________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________
14. Quais eram os principais produtos agrícolas para a exportação?
R:_________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________
15. Quais foram as consequências da Revolta do Porto?
R:_________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________

16. Copie do texto o trecho que pode ser ilustrado pelo mapa ao lado.

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26
PLANO DE AULA - 11
ESCOLA ESTADUAL __________________________________ Ano: ________
Ano de escolaridade: 8° ANO
Período: ( ) 1 aula ( ) 2 aulas ( X ) 3 aulas
Área de Conhecimento: Humanas Componente Curricular: História
Habilidade(s)/ Código(s) Alfanumérico(s): (EF08HI12) Caracterizar a organização política e
social no Brasil desde a chegada da Corte portuguesa, em 1808, até 1822 e seus
desdobramentos para a história política brasileira.
Atividades de Introdução Atividades de Atividades de Consolidação Atividades de Retomada
Sistematização Avaliação
Introdução do tema e - Vinda da Família Real. - Pesquisar o patrimônio histórico -
sondagem. - Pacto Colonial. cultural relativo ao governo joanino:
Os processos de - Explicar como o governo largo do Paço (atual Praça XV de
independência nas joanino no Brasil preparou o Novembro), Paço Imperial (atual
caminho para a Centro Cultural), Chafariz do Mestre
Américas independência ao quebrar o Valentin, igreja e convento do
Independência dos pacto colonial e permitir o Carmo, Quinta da Boa Vista (atual
Estados Unidos da América livre comércio, criar uma Museu Nacional), Palácio
Independências na estrutura burocrática- Tiradentes, Biblioteca Nacional etc.
América espanhola administrativa de Reino - Confrontar fotografias atuais com
• A revolução dos Unido (impressão régia, as aquarelas de Debret e outros
escravizados em São Conselho de Estado, Erário viajantes mostrando os mesmos
Domingo e seus múltiplos Real, Banco do Brasil etc.) e locais à época de D. João VI e D.
significados e promover a urbanização da Pedro I.
Corte. - Analisar o quadro de Pedro
desdobramentos: o caso do Américo, “O Grito do Ipiranga”,
Haiti 1888, identificando-o como uma
Os caminhos até a representação idealizada e heroica
independência do Brasil da independência, construída
décadas depois do fato retratado.

1ª aula –Identificar as decorrências da instalação da corte no Rio


de Janeiro: centralização administrativa na Colônia, constituição de
grupos de interesse no Sudeste brasileiro em torno da monarquia (a
chamada “interiorização da metrópole”). Estudo de texto
2ª aula – Atividades caça palavras e interpretação de
imagens
3ª aula- Correção

Invasão francesa
Independência do Brasil

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27
Contexto histórico
Em novembro de 1807, as tropas francesas napoleônicas invadiram Portugal. O rei português (D. João VI) e sua
corte fugiram para o Brasil. Em 22 de janeiro de 1808, a família real chegou ao Brasil, dando início ao Período
Joanino. O governo português, instalado no Rio de Janeiro, durou de 1808 a 1821.
Realizações do governo Joanino
- Em 1808, D. João VI decretou uma lei que estabeleceu a abertura dos portos brasileiros às nações amigas. A
Inglaterra foi a principal beneficiada desta lei, pois mantinha estreitos laços comerciais com Portugal.
- Em 1808, D. João VI cancelou a lei que proibia o estabelecimento de indústrias no Brasil.
- Assinatura de tratados comerciais com a Inglaterra, favorecendo a entrada e comercialização de produtos
manufaturados ingleses no Brasil. Entre esses tratados, assinados em 1810, podemos citar o Tratado de
Comércio e Navegação e o tratado de Aliança e Amizade.
- Instalação de sistemas administrativos e jurídicos no Rio de Janeiro, com a criação de tribunais e ministérios.
- Estruturação econômica, com a fundação do Banco do Brasil e da Casa da Moeda.
- Investimentos nas áreas de educação e cultura. Nestas duas áreas, podemos destacar a criação de escolas de
Medicina, do Jardim Botânico, da Biblioteca Real, da Academia Real de Belas Artes e da Imprensa Real.
- Elevação do Brasil, em 1815, a Reino Unido de Portugal e Algarves. Desta forma, o Brasil deixou de ser
(oficialmente) uma colônia.
- Investimentos voltados para o desenvolvimento industrial do Brasil. Neste sentido, podemos destacar a
instalação de indústria de ferro em Minas Gerais e São Paulo.
Fim do Período Joanino
Após a expulsão dos franceses e, na sequência, a Revolução Liberal do Porto, as Cortes de Portugal (compostas
por 205 deputados), passaram a exigir o retorno de D. João VI. Em abril de 1821, com receio de perder a Coroa,
D. João VI retornou para Portugal. Seu filho D. Pedro ficou no Brasil como príncipe-regente.
Governo Joanino e a Independência do Brasil
Com o retorno de D. João VI (fim do governo joanino), as Cortes de Portugal pretendiam recolonizar o Brasil,
porém D. Pedro I e seus partidários brasileiros emancipacionistas não desejam mais o domínio português. Foi
então que se formou o Partido Brasileiro, grupo composto basicamente por integrantes da elite, que
pressionaram D. Pedro I a lutar pela Independência do Brasil. Fato que ocorreu em 7 de setembro de 1822.
Podemos dizer que as mudanças modernizadoras patrocinadas por D. João VI no Brasil favoreceram o
desenvolvimento de um forte sentimento de identidade nacional no Brasil, além de desarticular as estruturas
coloniais estabelecidas pela metrópole desde o início da colonização. Estes dois elementos foram de
fundamental importância no processo de independência do Brasil.
Conclusão
O Período Joanino foi uma época de avanços no Brasil, principalmente nas áreas de educação, cultura e
administração pública. Por outro lado, o Brasil sofreu forte influência e interferência da Inglaterra na área
econômica.
Vale destacar também que muitas medidas tomadas, por D.João VI no Brasil, criou condições para o surgimento
do processo de Independência do Brasil.
Curiosidades:
- Junto com a família real portuguesa e sua corte chegaram ao Brasil, em janeiro de 1808, cerca de quinze mil
portugueses. Eram na maioria funcionários públicos, militares, marinheiros, amigos e prestadores de serviços da
corte.
- A fuga da família real foi feita numa noite e as pressas (sem planejamento). De acordo com historiadores, as
pessoas pegaram tudo o que podiam e levaram para as embarcações rapidamente.

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28
Encontre no diagrama as palavras chave do tópico.
R E I N O U N I D O D E P O R T U G A L E A L G A R V E S C J S
G I A S E D R F T G Y H U N J M K L Ç O I R D C A S E L R V A D
T N E S C O L A S D E M E D I C I N A R T E C O L O N I A B R F
Y D A Z S X D C F V G V B H N J B G H F Y V F R H C D S F G D D
U E N A P O L E Ã O B O N A P A R T E G G O T T G L X A R H I F
N P S X D F C V G F D C X D D F G H G S H L G E V I S R D N M G
H E V I N D A D A F A M Í L I A R E I U U H T G S X B C J B H
B N S E D R F D F Y H G H T Y Y G B G A J Ç J G B A Z O V N O J
N D 7 D E S E T E M B R O G D P E D I I Ã S A R B N B B T N
S Ê D F R G T H Y U J I K J K J T V F C K O Ç I F B S A H G Â B
O N R I O D E J A N E I R O H H F C G R O D L V C O X I N L N V
T C M C D V N H B G V C C C D S V A V E L O K O X R A R J I I C
R Q R F T G Y H U J I K O L P G S B M P P J Ã D A Z T K S C Z
O I D E N T I D A D E N A C I O N A L O A O N O S Z E S L A O X
P Q E S D T G Y H U J H J H B N X D F C Z R H J Z I R U P R Ç S
S G O V E R N O P O R T U G U Ê S A G S S T B D S N D D Ç B L A
O Q E D S E A W S E F D F D R F S M V O X O G E X O F N I O K G
D P R I N C I P E R E G E N T E X O B D D F F D F L T I K A J I
A M N H B G Y U I O P Ç T R E D D E H A X I V O R O G A J R H M
R N O N I N A O J O D O I R E P C D N T A N X N D C G I U A N A
U E S D R F T G Y H U J I K J K X A B A W V D R E E Y B H P B S
T T R O P A S F R A N C E S A S C G N R E A S O S R H I Y A L E
R A A S E D R F T G Y H G H G H X B B T R S Z T H Y J O G G A Õ
E E X P U L S Ã O D O S F R A N C E S E S Ã A E G H H R F U G Ç
B A S E S D E A Z X C V B B N G F D S D E O X R B U J P C F U A
A C D F V C V V S E T R A S A L E B E D A I M E D A C A B T N
B I B L I O T E C A R E A L V B G H N J M K L Ç U J I H J H R B
A S E D R F E T G F G F R D D B A N C O D O B R A S I L G F O G
I N G L A T E R R A R E M A N C I P A Ç Ã O D F T G F G F G P G
ACADEMIA DE BELAS ARTES COLÔNIA JARDIM BOTÂNICO TRATADOS COMERCIAIS
ABERTURA DOS PORTOS CORTE NAÇÕES AMIGAS TROPAS FRANCESAS
EXPULSÃO DOS FRANCESES D. PEDRO 7 DE SETEMBRO PERÍODO JOANINO
PROIBIA INDÚSTRIAS NO ELITE RIO DE JANEIRO PRÍNCIPE-REGENTE.
BRASIL. BRASIL BANCO DO BRASIL GOVERNO PORTUGUÊS
RECOLONIZAR O BRASIL INGLATERRA BIBLIOTECA REAL IDENTIDADE NACIONAL
REINO UNIDO DE PORTUGAL E PORTUGAL. CASA DA MOEDA. ESCOLAS DE MEDICINA
ALGARVES EMANCIPAÇÃO INDEPENDÊNCIA NAPOLEÃO BONAPARTE
RETORNO DE D. JOÃO VI INVASÃO FUGA PARA O BRASIL
REVOLUÇÃO DO PORTO VINDA DA FAMÍLIA REAL
Interprete

O quadrinho faz uma referência a qual contexto histórico descrito


no texto acima? O quadrinho faz uma referência a qual contexto histórico
R:__________________________________________________ descrito no texto acima?
____________________________________________________ R:___________________________________________

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29
PLANO DE AULA - 12
ESCOLA ESTADUAL __________________________________ Ano: ________
Ano de escolaridade: 8° ANO
Período: ( ) 1 aula ( ) 2 aulas ( X ) 3 aulas
Área de Conhecimento: Humanas Componente Curricular: História
Habilidade(s)/ Código(s) Alfanumérico(s): (EF08HI12) Caracterizar a organização política e
social no Brasil desde a chegada da Corte portuguesa, em 1808, até 1822 e seus
desdobramentos para a história política brasileira.
Atividades de Introdução Atividades de Atividades de Consolidação Atividades de Retomada
Sistematização Avaliação
Introdução do tema e - Vinda da Família Real. - Pesquisar o patrimônio histórico -
sondagem. - Pacto Colonial. cultural relativo ao governo joanino:
Os processos de - Explicar como o governo largo do Paço (atual Praça XV de
independência nas joanino no Brasil preparou o Novembro), Paço Imperial (atual
caminho para a Centro Cultural), Chafariz do Mestre
Américas independência ao quebrar o Valentin, igreja e convento do
Independência dos pacto colonial e permitir o Carmo, Quinta da Boa Vista (atual
Estados Unidos da América livre comércio, criar uma Museu Nacional), Palácio
Independências na estrutura burocrática- Tiradentes, Biblioteca Nacional etc.
América espanhola administrativa de Reino - Confrontar fotografias atuais com
• A revolução dos Unido (impressão régia, as aquarelas de Debret e outros
escravizados em São Conselho de Estado, Erário viajantes mostrando os mesmos
Domingo e seus múltiplos Real, Banco do Brasil etc.) e locais à época de D. João VI e D.
significados e promover a urbanização da Pedro I.
Corte. - Analisar o quadro de Pedro
desdobramentos: o caso do Américo, “O Grito do Ipiranga”,
Haiti 1888, identificando-o como uma
Os caminhos até a representação idealizada e heroica
independência do Brasil da independência, construída
décadas depois do fato retratado.

1ª aula – 15.4. Analisar os impactos da transferência da corte


portuguesa sobre o universo da vida cotidiana e cultural brasileira
e, especificamente, sobre a cidade do Rio de Janeiro. Interpretação
do texto da aula 12
2ª aula – Atividades de interpretação
3ª aula- correção
1.tropas francesas napoleônicas invadiram Portugal..
2.a chegada da família real ao Brasil
3expulsão dos franceses e, na sequência, a Revolução Liberal do Porto
4com receio de perder a Coroa, D. João VI retornou para Portugal. Seu filho D. Pedro ficou no Brasil como príncipe-
regente.
5retorno de D. João VI a Portugal
6Porque os portugueses pretendiam recolonizar o Brasil brasileiros emancipacionistas não desejam mais o domínio
português.
7..7 de setembro de 1822.
8Porque favoreceram o desenvolvimento de um forte sentimento de identidade nacional no Brasil, além de
desarticular as estruturas coloniais estabelecidas pela metrópole desde o início da colonização. Estes dois elementos
foram de fundamental importância no processo de independência do Brasil.
9.Marque (X) nas Realizações do governo Joanino
( ) Abertura dos portos brasileiros às nações amigas
( ) Cancelou a lei que proibia o estabelecimento de indústrias no Brasil.
( ) Favoreceu a entrada e comercialização de produtos manufaturados ingleses no Brasil.
( ) Criação do sambódromo
( ) Fundação do Banco do Brasil e da Casa da Moeda.
( ) Criação de escolas de Medicina
( ) Criação do Jardim Botânico
( ) Criação do Estádio do Maracanã
( ) Criação da Biblioteca Real
( ) Criação da Academia Real de Belas Artes
( ) Criação da Imprensa Real
( ) Elevação do Brasil a Reino Unido de Portugal e Algarves.
( ) Proclamou a Independência do Brasil
10...2221
11....1Napoleão Bonaparte 2 trouxe a Família Real 3Brasil 4colônia 5família real 6Rio de Janeiro 7despejados 8abrir
o comércio 9derrotar 10Revolução do Porto, 11 D. Pedro

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30
Responda
1. O que fez com que a corte portuguesa fugisse para o Brasil?
R:________________________________________________________________________________
2. O que deu início ao Período Joanino?
R:________________________________________________________________________________
3. Que acontecimento fez com que os portugueses passassem a exigir o retorno de D. João VI?
R:________________________________________________________________________________
4. Qual foi a ação de D. Joao VI diante á Revolta do Porto?
R:________________________________________________________________________________
5. O que marcou o fim do período joanino?
R:________________________________________________________________________________
6. Por que a elite pressionou D. Pedro I a lutar Independência do Brasil?
R:________________________________________________________________________________
7. Quando aconteceu a Independência do Brasil?
R:________________________________________________________________________________
8. Por que as mudanças modernizadoras patrocinadas por D. João VI no Brasil foram importantes?
R:________________________________________________________________________________
9. Marque (X) nas Realizações do governo Joanino 10.Sobre o Período Joanino marque (1) para
( ) Abertura dos portos brasileiros às nações amigas causas do início desse período e (2) para
( ) Cancelou a lei que proibia o estabelecimento de consequências desse período
indústrias no Brasil. ( ) Teve avanços nas áreas de educação, cultura
( ) Favoreceu a entrada e comercialização de produtos e administração pública.
manufaturados ingleses no Brasil. ( ) O Brasil sofreu forte influência e interferência
( ) Criação do sambódromo da Inglaterra na área econômica.
( ) Fundação do Banco do Brasil e da Casa da Moeda. ( ) As medidas tomadas, por D.João VI no Brasil,
( ) Criação de escolas de Medicina favoreceram o surgimento do processo de
( ) Criação do Jardim Botânico Independência do Brasil.
( ) Criação do Estádio do Maracanã ( ) Invasão francesa
( ) Criação da Biblioteca Real
( ) Criação da Academia Real de Belas Artes
( ) Criação da Imprensa Real
( ) Elevação do Brasil a Reino Unido de Portugal e Algarves.
( ) Proclamou a Independência do Brasil
LEIA
Em janeiro de 1808, Portugal estava preste a ser invadido pelas tropas francesas comandadas por Napoleão Bonaparte. Sem
condições militares para enfrentar os franceses, o príncipe regente de Portugal, D. João, resolveu transferir a corte portuguesa
para sua mais importante colônia, o Brasil. Contou, neste empreendimento, com a ajuda dos aliados ingleses.
Nos quatorze navios, além da família real, vieram centenas de funcionários, criados, assessores e pessoas ligadas à corte
portuguesa. Trouxeram também muito dinheiro, obras de arte, documentos, livros, bens pessoais e outros objetos de valor.
Em março de 1808, a corte portuguesa foi instalada no Rio de Janeiro. Muitos moradores, sob ordem de D. João, foram
despejados para que os imóveis fossem usados pelos funcionários do governo. Foi pregada nas portas uma placa com as
iniciais (PR) de Príncipe Regente. Este fato gerou muita insatisfação e transtorno na população da capital brasileira.
Uma das principais medidas de D. João foi abrir o comércio brasileiro às nações amigas de Portugal (Inglaterra). O exército
inglês conseguiu derrotar as tropas de Napoleão. Em 1820, ocorreu a Revolução do Porto, os revolucionários vitoriosos exigiam
o retorno de D. João VI para Portugal e a aprovação de uma Constituição. Pressionado pelos portugueses, D. João VI resolveu
voltar. Deixou em seu lugar, no Brasil, o filho D. Pedro como príncipe regente. Pouco tempo depois, D. Pedro tornou-se
imperador, após o processo de Independência do Brasil (7 de setembro de 1822).
11. COMPLETE AS LACUNAS DE ACORDO COM O TEXTO ACIMA
1.Em janeiro de 1808, Portugal estava preste a ser invadido pelas tropas francesas comandadas por ______________.
2. Sem condições militares para enfrentar os franceses, o príncipe regente de Portugal, D. João ______________para o Brasil.
3. Os ingleses ajudaram a família Real a vir para o_______________.
4. Brasil era a mais importante ___________________de Portugal.
5. Vieram para o Brasil, além da_________________, funcionários, criados, assessores e pessoas ligadas à corte portuguesa.
6. A corte portuguesa chegou ao Brasil em 1808 e foi instalada no_________________________.
7. Muitos moradores, sob ordem de D. João, foram __________________para que os imóveis fossem usados pelos
funcionários do governo.
8. Uma das principais medidas de D. João foi _____________________brasileiro às nações amigas de Portugal (Inglaterra).
9. O exército inglês conseguiu _________________as tropas de Napoleão.
10. Em 1820, ocorreu a_____________________, os revolucionários vitoriosos exigiam o retorno de D. João VI para Portugal.
11. Pressionado, D. João VI resolveu voltar e deixou em seu lugar, no Brasil, o filho ______________como príncipe regente.
12. D. Pedro proclamou a Independência e tornou-se o 1º imperador do Brasil.
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31
PLANO DE AULA - 13
ESCOLA ESTADUAL __________________________________ Ano: ________
Ano de escolaridade: 8° ANO
Período: ( ) 1 aula ( ) 2 aulas ( X ) 3 aulas
Área de Conhecimento: Humanas Componente Curricular: História
Habilidade(s)/ Código(s) Alfanumérico(s): (EF08HI12) Caracterizar a organização política e
social no Brasil desde a chegada da Corte portuguesa, em 1808, até 1822 e seus
desdobramentos para a história política brasileira.
Atividades de Introdução Atividades de Atividades de Consolidação Atividades de Retomada
Sistematização Avaliação
Introdução do tema e - Vinda da Família Real. - Pesquisar o patrimônio histórico -
sondagem. - Pacto Colonial. cultural relativo ao governo joanino:
Os processos de - Explicar como o governo largo do Paço (atual Praça XV de
independência nas joanino no Brasil preparou o Novembro), Paço Imperial (atual
caminho para a Centro Cultural), Chafariz do Mestre
Américas independência ao quebrar o Valentin, igreja e convento do
Independência dos pacto colonial e permitir o Carmo, Quinta da Boa Vista (atual
Estados Unidos da América livre comércio, criar uma Museu Nacional), Palácio
Independências na estrutura burocrática- Tiradentes, Biblioteca Nacional etc.
América espanhola administrativa de Reino - Confrontar fotografias atuais com
• A revolução dos Unido (impressão régia, as aquarelas de Debret e outros
escravizados em São Conselho de Estado, Erário viajantes mostrando os mesmos
Domingo e seus múltiplos Real, Banco do Brasil etc.) e locais à época de D. João VI e D.
significados e promover a urbanização da Pedro I.
Corte. - Analisar o quadro de Pedro
desdobramentos: o caso do Américo, “O Grito do Ipiranga”,
Haiti 1888, identificando-o como uma
Os caminhos até a representação idealizada e heroica
independência do Brasil da independência, construída
décadas depois do fato retratado.

1ª aula – - Explicar como o governo joanino no Brasil preparou o caminho para a


independência ao quebrar o pacto colonial e permitir o livre comércio, criar uma estrutura
burocrática-administrativa de Reino Unido (impressão régia, Conselho de Estado, Erário
Real, Banco do Brasil etc.) e promover a urbanização da Corte .
2ª aula – Cruzadinha- Brasil Joanino
3ª aula- correção

1independência 2emancipação, 3 Brasil, 4 Portugal, 5 interiorização, 6Periodo Joanino, 7elite, 8


interiorização, 9. Investimentos, 10 elite, 11casamentos, 12 recursos, 13 corte, 14 Revolta do Porto, 15
insatisfeita, 16.independencia, 17 comercializar, 18 pacto colonial, 19 Rio de Janeiro, 20 Brasil, 21 colônias,
22 Portugal, 23 enraizamento, 24 melhorias, 25 colônia, 26 Reino Unido

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32
O processo de transição do Brasil colonial para Império, sem dúvida alguma, foi importantíssimo na história do
nosso país. O processo de independência, tem início com a vinda da corte para o Brasil,
O processo de emancipação política do Brasil ainda hoje é visto por muitas pessoas como uma luta travada pela
colônia contra a metrópole. Tem-se em mente a imagem do colono brasileiro quebrando o jugo de Portugal. A
Independência, ou seja, a separação política de Portugal é estudada, em muitos casos, como fruto da formação de
uma consciência nacional, o que de fato não aconteceu nesse período. O processo de interiorização da metrópole
e o enraizamento de seus interesses nas terras americanas foram importantes para esse processo. Para se
entender a independência do Brasil sob essa nova perspectiva e sem os vícios de interpretação tão comuns a esse
assunto, torna-se imprescindível o estudo da vinda da corte para o Brasil e do período Joanino.
A vinda e o estabelecimento da Corte Portuguesa no Brasil acabou gerando sérias divergências entre os
portugueses do reino e os portugueses da nova corte no Brasil. Para entendermos essas desavenças precisamos
pensar um pouco sobre a situação de cada um desses grupos da elite portuguesa após a vinda da corte.
Em Portugal, a devastação e a miséria provocadas pela guerra ganhavam tonalidades mais fortes com os novos
tratados que estavam sendo firmados, como os de 1810. Esses retiravam qualquer esperança de se fazer valer
novamente o antigo comércio intermediário de produtos coloniais que era exercido pelos comerciantes
portugueses. A fome generalizada, a carência de gêneros alimentícios, a desorganização da produção de vinho e
azeite, a paralisia dos portos, dentre outros aspectos, compunham o cenário de Portugal. O reino, marcado pela
miséria, observava distante a relativa prosperidade e otimismo de perspectivas no Brasil.
Como se sabe, a elite que veio de Portugal não estava a passeio. Não se sabia quanto tempo iriam permanecer no
Brasil. Dessa forma, trataram logo de se adaptar a vida nos trópicos e, diga-se de passagem, adaptar-se bem. O
que chamamos de interiorização e enraizamento dos interesses da metrópole é justamente esse processo no qual
a corte foi criando raízes, vínculos fortes e refazendo sua vida no Brasil. Os principais homens de negócio da corte
faziam enormes investimentos locais, o que demonstrava suas intenções de permanecerem na América
Portuguesa. O processo de enraizamento da metrópole se deu principalmente através da organização do comércio
de abastecimento do Rio de Janeiro. A elite vinda do Reino passou a investir grandes somas de dinheiro em
compras de terras, em obras públicas e privadas, no comércio, etc. Além disso, os casamentos entre famílias
vindas do reino e do Brasil serviram para estreitar ainda mais os laços que ligavam esses portugueses ao Brasil.
Depois de tanto tempo em terras americanas, não se percebia uma vontade efetiva de volta de boa parcela dos
que aqui se estabeleceram.
O confronto dessas duas realidades – de Portugal e do Brasil – após a vinda da corte levou os portugueses do
reino a reivindicarem a utilização de recursos brasileiros para a reconstrução e retomada de Portugal. No entanto,
essa atitude iria ferir os interesses dos portugueses que já estavam enraizados no Brasil. Travou-se, então uma
luta: de um lado os interesses e as reivindicações do Reino, de outro, os interesses da corte que permanecia no
Brasil. D. João optou por não utilizar os recursos brasileiros e propôs uma reforma modernizadora na estrutura de
Portugal que iria ferir antigos privilégios de setores mais conservadores. Esses estavam interessados em uma
política protecionista, no esforço para a industrialização de Portugal e na reconquista de privilégios mercantilistas
do comércio com o Reino Unido. Estava-se formada o cenário político que favoreceu a independência.
A transmigração da corte, o enraizamento de novos capitais e interesses portugueses associados às classes
dominantes nativas em confronto com a explosão da revolta portuguesa na forma da Revolução do Porto são
elementos importantíssimos para se entender a independência brasileira. Junte-se a isso o fato de boa parcela da
população do Brasil, principalmente das províncias do norte, estar insatisfeita com sua condição marginal no
cenário político e econômico e, também, as constantes manifestações de insubordinação das classes menos
favorecidas, o que gerava uma luta da elite do centro-sul pela afirmação de um poder executivo central fortalecido
no Brasil.
O pacto colonial era uma relação onde a colônia só podia comercializar com a metrópole, a metrópole mandava na
colônia que não possuía liberdade política. Contudo com a chegada da família real portuguesa isso mudou o pacto
colonial foi derrubado. A interiorização da metrópole explica isso, pois a vinda da família real em 1808 significou a
mudança nas relações entre Brasil e Portugal. A vinda da família real portuguesa para o Rio de Janeiro foi o ponto
chave de iniciação da ruptura da ligação política entre os dois, o principal responsável é a transferência das
responsabilidades políticas de Portugal para o Brasil, pois a família real estava no Brasil e precisava governar
Portugal, Brasil e outras colônias, ela começou a instalar as decisões políticas aqui, ou seja, a lugar de onde saiam
às ordens não era mais Portugal, mas sim o Brasil. Por isso percebemos o enraizamento (fixação) de um estado
português dentro do Brasil. Para isso foram feitas melhorias na cidade do Rio de Janeiro com a intenção de tornar
a cidade mais estruturada para governar.
Houve a interiorizar, isto é, a metrópole que antes estava em Portugal, vai se interiorizar, vai para dentro (no caso
para a colônia).
Além disso, a elevação do Brasil a Reino Unido, tira a submissão (dependência política) dele em relação a
Portugal, já que agora um é igual politicamente ao outro e Portugal não pode mais mandar no Brasil. É dentro
desse contexto que a emancipação política do Brasil toma forma.

Cláudia Rodrigues Proibido reprodução e postagem


33
Complete as lacunas e preencha a cruzadinha
1. O processo de ____________tem início com a vinda da corte para
o Brasil.
2. O processo de ______________política do Brasil é visto por
22 P
muitas pessoas como uma luta travada pela colônia contra a 7 E
metrópole. 3 R
3. A colônia era o _________________.
4. A metrópole era ________________. 26 I
5. O processo de ______________da metrópole foi importante para 4 O
o processo de Independência do Brasil.
6. Com a vinda da família Real para o Brasil teve início o 1 D
Período_________. 5 O
7. A que veio de Portugal não estava a passeio, se fixou no Brasil.
8. O que chamamos de _____________e enraizamento dos
25
interesses da metrópole é o processo no qual a corte foi criando 19 J
raízes, vínculos fortes e refazendo sua vida no Brasil. 13 O
9. Os negociantes da corte faziam ______________no Brasil, o que
demonstrava suas intenções de permanecerem na América 11 A
Portuguesa. 2 N
10. A _________vinda do Reino passou a investir grandes somas de
dinheiro em compras de terras, em obras públicas e privadas, no 15 I
Brasil. 21 N
11. Os ____________entre famílias vindas do reino e do Brasil
serviram para estreitar os laços que ligavam esses portugueses ao
6 O
Brasil. 10
12. Os portugueses do reino utilizaram ________brasileiros para a 16 N
reconstrução e retomada de Portugal.
13. A transmigração da _________portuguesa para o Brasil, deu 8 O
início ao processo de independência do Brasil. 18
14. A _______________ foi uma revolta portuguesa que exigia a
volta da Família Real, que estava no Brasil, para Portugal, e foi um 20 B
fato importante para a independência do Brasil. 12 R
15. Boa parcela da população do Brasil, principalmente das
províncias do norte, estava ___________com a situação política e
14 A
econômica do Brasil e isso contribuiu para o processo de 9 S
Independência do Brasil. 17 I
16. Emancipação é o mesmo que _________________
17. O pacto colonial era uma relação onde a colônia só podia 24 L
___________________com a metrópole. 23
18. Com a chegada da família real portuguesa o __________foi
derrubado.
19. A vinda da família real portuguesa para o ____________foi o
ponto chave de iniciação da ruptura da ligação política entre os dois.
20. O processo de independência teve início por causa da
transferência das responsabilidades políticas de Portugal para
o____________.
21. A família Real passou a governar do Brasil, o próprio Brasil,
Portugal e outras_____________.
22. Com a Família Real no Brasil, o lugar de onde saiam às ordens
não era mais_____________, mas sim o Brasil.
23. Com a Família Real no Brasil, houve um
______________(fixação) de um estado português dentro do Brasil.
24. Para receber a Família Real no Brasil foram feitas
____________na cidade do Rio de Janeiro com a intenção de tornar
a cidade mais estruturada para governar.
25. A metrópole que antes estava em Portugal, se interioriza, vai
para dentro do Brasil (_______________).
26. Com a elevação do Brasil a__________________, tira a
submissão (dependência política) dele em relação a Portugal.
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34
PLANO DE AULA - 14
ESCOLA ESTADUAL __________________________________ Ano: ________
Ano de escolaridade: 8° ANO
Período: ( ) 1 aula ( ) 2 aulas ( X ) 3 aulas
Área de Conhecimento: Humanas Componente Curricular: História
Habilidade(s)/ Código(s) Alfanumérico(s): (EF08HI12) Caracterizar a organização política e
social no Brasil desde a chegada da Corte portuguesa, em 1808, até 1822 e seus
desdobramentos para a história política brasileira.
Atividades de Introdução Atividades de Atividades de Consolidação Atividades de Retomada
Sistematização Avaliação
Introdução do tema e - Vinda da Família Real. - Pesquisar o patrimônio histórico - Analisar o -
sondagem. - Pacto Colonial. cultural relativo ao governo joanino: quadro de
Os processos de - Explicar como o governo largo do Paço (atual Praça XV de Pedro
independência nas joanino no Brasil preparou o Novembro), Paço Imperial (atual Américo, “O
caminho para a Centro Cultural), Chafariz do Mestre
Américas independência ao quebrar o Valentin, igreja e convento do
Grito do
Independência dos pacto colonial e permitir o Carmo, Quinta da Boa Vista (atual Ipiranga”,
Estados Unidos da América livre comércio, criar uma Museu Nacional), Palácio 1888,
Independências na estrutura burocrática- Tiradentes, Biblioteca Nacional etc. identificando-o
América espanhola administrativa de Reino - Confrontar fotografias atuais com como uma
• A revolução dos Unido (impressão régia, as aquarelas de Debret e outros representação
escravizados em São Conselho de Estado, Erário viajantes mostrando os mesmos idealizada e
Domingo e seus múltiplos Real, Banco do Brasil etc.) e locais à época de D. João VI e D. heroica da
significados e promover a urbanização da Pedro I. independência,
Corte. - Analisar o quadro de Pedro
desdobramentos: o caso do Américo, “O Grito do Ipiranga”,
construída
Haiti 1888, identificando-o como uma décadas
Os caminhos até a representação idealizada e heroica depois do fato
independência do Brasil da independência, construída retratado.
décadas depois do fato retratado.
1ª aula – - Pesquisar o patrimônio histórico cultural relativo ao governo joanino: largo do
Paço (atual Praça XV de Novembro), Paço Imperial (atual Centro Cultural), Chafariz do
Mestre Valentin, igreja e convento do Carmo, Quinta da Boa Vista (atual Museu Nacional),
Palácio.
2ª aula - Analisar o quadro de Pedro Américo, “O Grito do Ipiranga”, 1888, identificando-o como
uma representação idealizada e heroica da independência, construída décadas depois do fato
retratado.
3ª aula- Correção.
L A N O I C A N U E S U M O A E 1. Pedro Américo, na Itália, em 1888
S E E C C S
E S S I A C
2. um estilo artístico que vigorou na Europa em meados do
A B T C C M D O séc XIX e que teve, entre suas características, a exaltação ao
C I R O O Ô E L nacionalismo. Os temas históricos que glorificavam o passado
A O B A L L N M A
nacional tornaram-se populares.
D Ã L S A A O A I D
E O I A D R R N A E 3. Usando, de figuras e composição de cena nem sempre fiéis
M J O L E E T I D O C à história.
I O T E A A S C A C A O
4. D. Pedro e seus acompanhantes não estavam montando
A Ã E B R L A I M I I M
R S C E T D O D A N G E L cavalos; na época, em viagens longas, se utilizavam jumentos
E E A D E E I E R Â E R I e mulas, mais resistentes.
A D R A S C R M I T R C S 5. D. Pedro I e sua comitiva não viajaram com uniformes de
L O E I E I Ó E N O A I A
M R A M O Ê T D H B S O R gala que, aliás, sequer existiam na época
I T L E F N A A A M N B 6. Pedro Américo sequer tinha nascido quando aconteceu a
L A D I C V L I E O independência, portanto, não foi testemunha do fato.
I E A C I R O D R D
T T C I E C R P O 7. Pedro Américo não se preocupou em fazer um retrato fiel
A C A S A D A M O E D A S S A M C do fato. A arte não tem compromisso de ser um retrato
R S B E J I N fidedigno da História . Trata-se de imagem idealizada que faz
J U N T G E R A L D O C O M É R C I O A
B uma representação heroica do passado e exalta a monarquia
O Ã Ç A C I L P U S A D A S A C (naquele momento, em franco declínio, às vésperas da
proclamação da República).
9-Os soldados
10. O grito do Ipiranga (1888) levantou muita polêmica pois a
obra foi acusada de plágio da tela 1807, Friedland, de Ernest
Meissonier, pintada em 1875.
11-É um painel enorme, com 7,60 m x 4,51 m (sem contar a
moldura), que foi chumbado na parede do museu.

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35
Encontre no diagrama as benfeitorias de D. João no Brasil
Academia Real Militar L A N O I C A N U E S U M O E S A W R R E N
Academia da Marinha Q D A Q C D S Q E G E G E C R D C E F D S B
Escola de Comércio A E Q A D X E W S J S T D I D E A D T F C N
Escola Real de A W A W B F T E C H C F R M F R D S G C O J
Ciências C S W S I C R R O N O R F Ô T F E D Y V L N
Escola de Artes e A A O E B G A A L N L F T N G G M S H C A H
Ofícios D Ç Ã D L V S S A H A V G O Y A I D U G D B
E L O R I B A D D B R D Y R H N A X J B E G
Academia de belas-
M K J F O H L Z E G E E H T U I D O I H C F
artes
I M O T T N E X A F A R U S J C A C K A O V
Escola de Medicina
A J Ã G E J B C R V L F J A U I M I O I M C
Museu Nacional R N S Y C M E F T C D D I O J D A N L G E L
Observatório E H E T A K D V E X E F K I I E R Â P E R I
Astronômico A B D G R L A G S C C D O R K M I T Ç R C S
Biblioteca Real L G O Y E Ç I T E X I F L Ó O E N O M A I A
Teatro de São João M V R H A Q M Y O D Ê Q P T L D H B N S O R
Jardim Botânico I F T T L W E H F E N A Ç A P A A M B N J B
Imprensa Régia. L D A G D A D B I S C W M V Ç L C I V E N O
Banco do Brasil I C E R C S A N C A I S N R Q O V D C R H D
Casa da Moeda T X T R X R C T I C E B E A C F R X P B O
Junta Geral do A C A S A D A M O E D A V S W S C A Z M G C
Comércio R E D R F T G Y S G H G C B S E D J A I F N
Casa da Suplicação J U N T G G E R A L D O C O M É R C I O V A
Z X C F D S D F D F D F Z X E A S E D S A B
Z X C V B V O Ã Ç A C I L P U S A D A S A C
- Elementos que não correspondem ao momento retratado Cavalos: D.
Pedro e seus acompanhantes não estavam montando cavalos; na
época, em viagens longas, se utilizavam jumentos e mulas, mais
resistentes. Número de acompanhantes: a comitiva de D. Pedro era
formada por poucos integrantes e não quarenta pessoas. Trajes: D.
Pedro I e sua comitiva não viajaram com uniformes de gala que, aliás,
sequer existiam na época;. Postura de D. Pedro: é improvável pelo
cansaço da longa viagem. Casa do Grito: não existia na época; o
casebre retratado no quadro foi construído por volta de 1884 e o fato
aconteceu em 1822. Pedro Américo sequer tinha nascido quando
aconteceu a independência, portanto, não foi testemunha do fato. O
quadro é uma fraude? Não, exatamente. Pedro Américo não se
preocupou em fazer um retrato fiel do fato. A arte não tem
compromisso de ser um retrato fidedigno da História . Trata-se de
imagem idealizada que faz uma representação heroica do passado e
O quadro O grito do Ipiranga ou Independência ou morte, de exalta a monarquia (naquele momento, em franco declínio, às vésperas
Pedro Américo é uma das mais emblemáticas imagens da da proclamação da República).
História do Brasil. A obra foi feita por encomenda do governo de fonte: https://ensinarhistoriajoelza.com.br/o-grito-do-ipiranga-uma-fraude/ - Blog:
São Paulo. Pedro Américo a executou, na Itália, em 1888. É um Ensinar História - Joelza Ester Domingues
painel enorme, com 7,60 m x 4,51 m (sem contar a moldura), Batalha de Friedland. Obra de Ernest Meissonie 1. Quem Pintou o quadro “O
que foi chumbado na parede do museu. A pintura faz parte da grito do Ipiranga”? Onde?
escola romântica, um estilo artístico que vigorou na Europa em Quando?
meados do séc XIX e que teve, entre suas características, a 2. O que o texto explica
exaltação ao nacionalismo (os temas históricos que glorificavam sobre a “escola romântica”?
o passado nacional tornaram-se populares). O grito do Ipiranga 3. Como o grito do Ipiranga
(1888) levantou muita polêmica pois a obra foi acusada de glorifica e idealiza o
plágio da tela 1807, Friedland, de Ernest Meissonier, pintada em passado?
1875. O grito do Ipiranga glorifica e idealiza o passado usando, 4. Por que o cavalo é um
de figuras e composição de cena nem sempre fiéis à história. O elemento que não
que O grito do Ipiranga mostra. No centro, está D. Pedro, corresponde ao momento
príncipe regente, montado a cavalo, com uniforme de gala e 10. Copie do texto, o trecho que se retratado?
erguendo a espada. A comitiva, à direita, é formada por dez refere à obra acima. 5. Por que os trajes das
homens que erguem os chapéus. A frente, trinta soldados, os pessoas retratadas não
Dragões da Independência, formam um semicírculo e erguem correspondem ao momento
suas espadas. Os soldados, foram pegos de surpresa pelo retratado?
gesto de D. Pedro, o que se percebe pelo movimento dos 6. Copiei o trecho que fala
animais e pelo quinto soldado. Próximo a eles, há um civil da impossibilidade de Pedro
usando cartola que ergue um guarda-chuva; segundo alguns Américo ter conhecido os
estudiosos, seria Pedro Américo que se autorretratou no fatos na realidade.
quadro. À esquerda, três figuras populares: um homem 8. Por que o quadro não é
conduzindo um carro de boi e que olha a cena assustado (ou uma fraude?
curioso?); atrás, um outro montado a cavalo e mais ao fundo, 9. Quem foram os Dragões
um negro conduzindo um jumento. O riacho do Ipiranga está em 11. Copie do texto, o trecho que se da Independência
primeiro plano. refere à obra acima.
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36
PLANO DE AULA - 15
ESCOLA ESTADUAL __________________________________ Ano: ________
Ano de escolaridade: 8° ANO
Período: ( ) 1 aula ( ) 2 aulas ( X ) 3 aulas
Área de Conhecimento: Humanas Componente Curricular: História
Habilidade(s)/ Código(s) Alfanumérico(s): (EF08HI12) Caracterizar a organização política e
social no Brasil desde a chegada da Corte portuguesa, em 1808, até 1822 e seus
desdobramentos para a história política brasileira.
Atividades de Introdução Atividades de Atividades de Consolidação Atividades de Retomada
Sistematização Avaliação
Introdução do tema e - Vinda da Família Real. - Pesquisar o patrimônio histórico Bingo -
sondagem. - Pacto Colonial. cultural relativo ao governo joanino:
Os processos de - Explicar como o governo largo do Paço (atual Praça XV de
independência nas joanino no Brasil preparou o Novembro), Paço Imperial (atual
caminho para a Centro Cultural), Chafariz do Mestre
Américas independência ao quebrar o Valentin, igreja e convento do
Independência dos pacto colonial e permitir o Carmo, Quinta da Boa Vista (atual
Estados Unidos da América livre comércio, criar uma Museu Nacional), Palácio
Independências na estrutura burocrática- Tiradentes, Biblioteca Nacional etc.
América espanhola administrativa de Reino - Confrontar fotografias atuais com
• A revolução dos Unido (impressão régia, as aquarelas de Debret e outros
escravizados em São Conselho de Estado, Erário viajantes mostrando os mesmos
Domingo e seus múltiplos Real, Banco do Brasil etc.) e locais à época de D. João VI e D.
significados e promover a urbanização da Pedro I.
Corte. - Analisar o quadro de Pedro
desdobramentos: o caso do Américo, “O Grito do Ipiranga”,
Haiti 1888, identificando-o como uma
Os caminhos até a representação idealizada e heroica
independência do Brasil da independência, construída
décadas depois do fato retratado.

1ª aula – Estudo de texto - independência do Brasil


2ª aula – Bingo – Coloque algumas questões falsas.
3ª aula- Correção
BINGO: Objetivos: Estimular a aprendizagem, valorizar o
estudo e a atenção, estimular o raciocínio rápido e
autoconfiança, segurança. Despertar também o
espírito de vencedor, conquistador.

Procedimento:
1- O professor fará 50 afirmativas.
2- Falar as afirmativas, duas vezes e o número
sorteado. (não repetir mais que duas vezes),
3-Se o aluno concordar com a afirmativa, marca no nº
correspondente CC( com certeza) se não concordar
marca no mesmo nº FS (fala sério)
4- Marcar só com caneta.
5- Trocar as cartelas e cada um corrige a do colega.
(não aceitar rasuras)

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37
Independência do Brasil A Independência do Brasil, comemorada em 7 de setembro, foi um dos acontecimentos que
mudou os rumos de nossa nação.
Vários eventos desencadearam a necessidade de ficar independente de Portugal, portanto é importante entender a
história desde o começo:
A Família Real chega ao Brasil
Com a chegada da Família Real ao Brasil, começa a se delinear uma nova condição econômica, pois, em 1808 com a
abertura dos portos, o Brasil deixava de ser colônia e se torna Reino Unido a Portugal e Algarve, atendendo assim aos
interesses da elite agrária brasileira. Apesar de ainda ser um momento inicial da história, esse episódio, que marca a
política de D. João VI no Brasil, é considerada a primeira medida formal em direção à independência.
Revolução Constitucionalista e Revolução Liberal do Porto
É claro que os aristocratas portugueses não gostaram nada dessa situação, pois perdiam cada vez mais espaço no
cenário político, assim, passam a alimentar um movimento de mudanças que culminou em uma revolução
constitucionalista em Portugal.
A Revolução Liberal do Porto foi outro movimento marcante da época que tinha como objetivo reestruturar a
soberania política portuguesa por meio de uma reforma liberal que limitaria os poderes do rei e reconduziria o Brasil
novamente à condição de colônia.
Decorrente desse movimento os revolucionários lusitanos formaram uma espécie de Assembleia Nacional que ganhou o
nome de “Cortes” que tem como protagonistas as principais figuras políticas lusitanas exigindo que o rei Dom João VI
retornasse à terra natal para e legitimasse as transformações políticas em andamento. Temendo perder sua autoridade
real, D. João saiu do Brasil em 1821 e nomeou seu filho, Dom Pedro I, como príncipe regente do Brasil.
Príncipe Regente e novas diretrizes - Durante um tempo, D.Pedro seguiu ordens da corte portuguesa, mas acabou
percebendo que as leis vindas de Portugal pretendiam transformar o Brasil novamente em uma simples colônia.
Então pouco depois que assumiu, Dom Pedro I passou a tomar medidas em favor da população e começou a ganhar
prestígio. Suas primeiras medidas foram baixar os impostos e equiparar as autoridades militares nacionais às lusitanas.
Inicia-se um dos momentos mais conturbados desse período, pois essas ações desagradaram muito as Cortes de
Portugal que exigiram que o príncipe retornasse para Portugal e entregasse o Brasil ao controle de uma junta
administrativa formada pelas Cortes. No Brasil, os defensores da independência iniciaram uma campanha pedindo que
o príncipe regente permanecesse em nossa terra.
A pressão portuguesa despertou a elite econômica brasileira para o risco que de um novo domínio e o retorno ao estado
de colônia. Assim, os grandes fazendeiros e comerciantes passaram a defender a ascensão política de Dom Pedro I e
incentivá-lo a ser líder da independência brasileira.
No final de 1821, quando as pressões das Cortes atingiram seu auge, os defensores da independência organizaram um
grande abaixo-assinado solicitando a permanência e Dom Pedro no Brasil. Neste contexto e atendendo a demonstração
de apoio, no dia 9 de janeiro de 1822, D. Pedro recebeu um abaixo-assinado pedindo-lhe que ficasse. Ele atendeu ao
desejo do povo declarando: "Como é para o bem de todos e felicidade geral da nação diga ao povo que fico". Dom
Pedro I reafirmou sua permanência no cenário político brasileiro e atendeu aos interesses dos ricos fazendeiros
brasileiros e esse dia passou a ser conhecido em nossa história como o Dia do Fico.
Dom Pedro I logo teve a iniciativa de incorporar figuras políticas brasileiras que eram a favor da independência aos
quadros administrativos de seu governo. Ele também decretou que nenhuma ordem vinda de Portugal poderia ser
adotada sem sua autorização prévia.
Foi justamente essa medida que tornou sua relação política com as Cortes praticamente insustentável e, em uma última
tentativa, a assembleia lusitana enviou um novo documento para o Brasil exigindo o retorno do príncipe para Portugal
sob a ameaça de invasão militar, caso a exigência não fosse imediatamente cumprida.
Ao tomar conhecimento do documento, Dom Pedro I fez uma declaração oficial afirmando assim seu acordo com os
brasileiros. Declarou a independência do país no dia 7 de setembro de 1822, às margens do rio Ipiranga, São Paulo.
Nos meses seguintes, os brasileiros venceram facilmente o ataque das tropas portuguesas, com apoio inglês. Em pouco
tempo, vários países da América, que já haviam se libertado do domínio europeu, apoiaram oficialmente nossa
independência. D.Pedro tornou-se o primeiro imperador do Brasil, com o título de D.Pedro I.
O Brasil passou a ser uma monarquia, uma forma de governo em que os poderes são exercidos pelo imperador ou rei.
Um dos primeiros a reconhecer o Brasil como uma nação foram os Estados Unidos. O reconhecimento de Portugal só
veio em 1825, em troca de uma indenização de 2 milhões de libras.
Mais será que o Brasil conseguiu realmente a sua independência? Acho que a resposta é sim e não ao mesmo tempo.
Porque o Brasil atualmente tem seu governo, formado por brasileiros, e não é mais uma colônia de outro país. Mas por
outro lado ele ainda continua dependendo dos outros países, possuindo uma dívida externa muito alta. Os estrangeiros
continuam invadindo o nosso país montando empresas estrangeiras em nosso país, e com isso as nossas riquezas
acabam indo para fora enquanto isso nosso país continua tento desemprego, pessoas miseráveis, baixo salários, etc, e
os países que aqui se estalam quase não pagam impostos e enviam grandes remessas de dinheiro para seu país de
origem deixando ele cada vez mais rico à custa de nosso país.
Por tudo isso, ainda falta muita coisa para conseguirmos nossa total independência, e para isso acontecer muita coisa
precisa ser mudada em nosso país. As riquezas produzidas com o trabalho do brasileiro devem contribuir para elevar o
nível de vida da nossa população, a vida dos brasileiros deve ser mais respeitada e protegida e para isso ainda temos
que lutar muito para que possamos conseguir realmente a nossa total independência.
Cláudia Rodrigues Proibido reprodução e postagem
38
1. [V ] A Independência do Brasil é comemorada no dia 7 de setembro.
2. [V ] Com a chegada da Família Real ao Brasil começa uma nova condição econômica, pois, D. João
abriu os portos do Brasil para o comércio com outros países, principalmente a Inglaterra.
3. [V ] Com a chegada da Família Real ao Brasil, começa o processo de Independência do Brasil.
4. [V ] Com a chegada da Família Real o Brasil deixava de ser colônia e se torna Reino Unido a Portugal e
Algarve.
5. [V ] A pressão portuguesa para D. Pedro voltasse para Portugal, despertou a elite econômica brasileira
para o risco que de um novo domínio e o retorno ao estado de colônia.
6. [V ] As ações de D. Pedro desagradaram as Cortes de Portugal que exigiram que o príncipe retornasse
para Portugal e entregasse o Brasil ao controle de uma junta administrativa formada pelas Cortes.
7. [V ] As primeiras medidas de D. João como príncipe Regente no Brasil, foram baixar os impostos e
equiparar as autoridades militares nacionais às lusitanas.
8. [V ] Com a Revolução Liberal do Porto os revolucionários lusitanos exigiram que o rei Dom João VI
retornasse à terra natal para e legitimasse as transformações políticas em andamento.
9. [V ] Com medo que o Brasil voltasse a ser colônia de Portugal, os grandes fazendeiros e comerciantes
passaram a defender a ascensão política de Dom Pedro I e incentivá-lo a ser líder da independência
brasileira.
10. [V ] D. Pedro decretou que nenhuma ordem vinda de Portugal poderia ser adotada sem sua autorização
prévia e isso tornou sua relação política com as Cortes praticamente insustentável.
11. [V ] D. Pedro I declarou a independência do Brasil às margens do rio Ipiranga, em São Paulo.
12. [V ] D. Pedro I declarou a independência do Brasil no dia 7 de setembro de 1822.
13. [V ] D.Pedro seguiu ordens da corte portuguesa, até que acabou percebendo que as leis vindas de
Portugal pretendiam transformar o Brasil novamente em uma simples colônia.
14. [V ] D.Pedro tornou-se o primeiro imperador do Brasil, com o título de D.Pedro I.
15. [V ] Diante da ameaça de Portugal, Dom Pedro I fez uma declaração oficial afirmando assim seu acordo
com os brasileiros e declarou.
16. [V ] Diante da exigência para que D. Pedro voltasse para Portugal, os defensores da independência
iniciaram uma campanha pedindo que o príncipe regente permanecesse no Brasil.
17. [V ] Dom Pedro I atendeu aos interesses dos ricos fazendeiros brasileiros e o dia que recebeu o abaixo
assinado 09 de janeiro, passou a ser conhecido em nossa história como o Dia do Fico.
18. [V ] Dom Pedro I passou a tomar medidas em favor da população e começou a ganhar prestígio.
19. [V ] O Brasil passou a ser uma monarquia, uma forma de governo em que os poderes são exercidos pelo
imperador ou rei.
20. [V ] Os brasileiros venceram facilmente o ataque das tropas portuguesas, com apoio inglês.
21. [V ] Portugal enviou um documento para o Brasil exigindo o retorno do príncipe para Portugal sob a
ameaça de invasão militar, caso a exigência não fosse imediatamente cumprida.
22. [V ] Quando as pressões das Cortes atingiram seu auge, exigindo a volta de D. Pedro, os defensores da
independência organizaram um grande abaixo-assinado solicitando a permanência e Dom Pedro no
Brasil.
23. [V ] Quando D. Pedro recebeu um abaixo-assinado pedindo-lhe que ficasse. Ele atendeu ao desejo do
povo declarando: "Como é para o bem de todos e felicidade geral da nação diga ao povo que fico".
24. [V ] Temendo perder sua autoridade real, D. João voltou para Portugal em 1821 e nomeou seu filho, Dom
Pedro I, como príncipe regente do Brasil.
25. [V ] Um dos primeiros a reconhecer o Brasil como uma nação independente foram os Estados Unidos. [V ]
[V ] Portugal só reconheceu a independência do Brasil em 1825, em troca de uma indenização de 2
milhões de libras.
26. [V ] Vários países da América, que já haviam se libertado do domínio europeu, apoiaram oficialmente a
independência do Brasil.
27. [V] A Revolução Liberal do Porto tinha como objetivo reestruturar a soberania política português, limitar os poderes
do rei e reconduzir o Brasil novamente à condição de colônia.
28. [V ] Dom Pedro filho do rei de Portugal Dom João VI proclamou a independência do Brasil.
29. [V ] Porque o Brasil atualmente tem seu governo, formado por brasileiros, e não é mais uma colônia de outro país.
30. [V ] Ainda hoje o Brasil continua dependendo dos outros países, possuindo uma dívida externa muito alta.
31. [V ] Os estrangeiros continuam invadindo o Brasil montando empresas estrangeiras em nosso país, e com isso as
nossas riquezas acabam indo para fora enquanto isso nosso país continua tento desemprego, pessoas miseráveis,
baixo salários, etc
32. [V ] Os países que aqui se estalam quase não pagam impostos e enviam grandes remessas de dinheiro para seu
país de origem deixando ele cada vez mais rico à custa de nosso país.
33. [V ] Para o Brasil conseguir total independência as riquezas produzidas com o trabalho do brasileiro devem contribuir
para elevar o nível de vida da nossa população, a vida dos brasileiros deve ser mais respeitada e protegida

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39
Cláudia Rodrigues Proibido reprodução e postagem
40
PLANO DE AULA - 16
ESCOLA ESTADUAL _________________________________ Ano: ________
Ano de escolaridade: 8° ANO
Período: ( ) 1 aula ( ) 2 aulas ( X ) 3 aulas
Área de Conhecimento: Humanas Componente Curricular: História
Habilidade(s)/ Código(s) Alfanumérico(s): (EF08HI14) Discutir a noção da tutela dos
grupos indígenas e a participação dos negros na sociedade brasileira do final do
período colonial, identificando permanências na forma de preconceitos, estereótipos
e violências sobre as populações indígenas e negras no Brasil e nas Américas.
Atividades de Introdução Atividades de Atividades de Consolidação Atividades Retomada
Sistematização de Avaliação
Introdução do tema e - Compreender que as - Debate sobre a questão indígena, com Entender a -
sondagem. populações indígenas foram destaque para os estereótipos e tutela da
Os processos de escravizadas tanto quanto preconceitos sobre as populações população
independência nas Américas os negros africanos e que os indígenas. - Analisar criticamente o indígena, a
A tutela da população governos ibéricos criaram estigma do “índio preguiçoso” escravidão
indígena, a escravidão dos um aparato jurídico- - Discussão sobre as populações negras, dos negros e
negros e a tutela dos egressos administrativo que em especial sobre a escravidão africana a tutela dos
da escravidão considerava as populações no Brasil e na América Espanhola; ao egressos da
incapazes e, portanto, levantamento dos contingentes escravidão
mantidas sob a tutela do populacionais negros nos países do
Estado. Caribe, onde são majoritários e, em menor
- Reconhecer a participação quantidade, na Colômbia, Peru e Equador
dos negros na sociedade e, ainda, à pesquisa sobre o Índice de
brasileira Desenvolvimento Humano (IDH) das
- Identificar os estigmas de populações indígenas e afrodescendentes
preconceitos enraizados em nos países latino-americanos, para
torno do indígena e do negro reconhecer a grande desigualdade que
em toda a América. atinge as populações negras e indígenas.
1ª aula – Estudo de texto - A tutela da população indígena, a escravidão dos negros e a
tutela dos egressos da escravidão.
2ª aula – - Identificar os estigmas de preconceitos enraizados em torno do indígena e do
negro em toda a América.
3ª aula- Correção
1. A escravidão foi implantada no Brasil durante a década de 1530 quando 10. A pressão dos jesuítas para que a Coroa portuguesa proibisse a
os portugueses iniciaram a ocupação sistemática da América Portuguesa, escravização indígena resultou em leis que determinaram a proibição da
por meio da ocupação das Capitanias Hereditárias, e, durante grande parte escravização indígena em 1570, 1587, 1595 e 1609.
da colonização, a escravidão indígena e a africana coexistiram em quase 11. Essas leis defendiam que somente em caso de “guerra justa” é que os
toda a colônia. indígenas poderiam ser escravizados.
2. A escravidão se estendeu até o final do século XIX, quando a Lei Áurea, 12. A "guerra justa" era o modo como os colonos portugueses se referiam
de 1888, proibiu o trabalho escravo. aos confrontos com os povos nativos que representassem uma "ameaça" ou
3. A princípio, no dito Período Pré-Colonial, a relação de trabalho existente um "obstáculo" para a colonização. Por exemplo, se desejassem expandir os
foi a do escambo, em que os indígenas trabalhavam com a exploração do seus pastos para uma terra ocupada pelos povos nativos e estes se
pau-brasil. recusassem a se mudar ou a se integrar à colônia, era estabelecida uma
4. Com a ocupação sistemática do território e a implantação de um sistema "guerra justa" para obrigá-los a fazê-lo, situação na qual era legítimo que se
econômico que necessitava de grande número de trabalhadores braçais, os escravizassem os nativos.
portugueses viram a necessidade de adquirir trabalhadores escravos. 13. Apesar das leis que proibiam a escravidão indígena, eles foram
5. A escravização dos indígenas era mais barata, mas uma série de fatores escravizados em grande quantidade. Isso porque muitos lugares não tinham
tornavam-na mais complicada de sustentar-se. Primeiro, havia uma economias para adquirirem escravos africanos em grande número, e, assim,
questão cultural, pois os indígenas não estavam acostumados com uma o sequestro de índios para escravizá-los foi comum.
rotina de trabalho que visasse a produção de excedentes, já que sua 14. Em 1757, durante o período Pombalino, foi proibida definitivamente a
cultura de trabalho era a de subsistência. Além disso, há o fato de que o escravização de indígenas.
trabalho na lavoura, na visão dos grupos indígenas, era um trabalho 15. O tráfico negreiro era a atividade que obtinha africanos escravizados em
realizados pelas mulheres. Outro complicador relacionava-se com a regiões litorâneas da África e transportava-os para a América, a fim revendê-
questão demográfica. los.
6. A população de indígenas, sobretudo no litoral, reduziu-se sensivelmente 16. A substituição do indígena pelo africano está diretamente relacionada
na medida em que avançava a colonização portuguesa. Isso se explica com a necessidade contínua por trabalhadores escravizados e com a
pelo fator biológico, pois doenças trazidas pelos portugueses eram diminuição da disponibilidade dos indígenas.
fulminantes para os nativos, mas também pelos conflitos com os 17. Os horrores da escravidão motivavam a resistência dos escravos, que se
portugueses e pela escravização, os quais resultavam na morte de revoltavam contra seus senhores e feitores, fugiam, formavam quilombos,
indígenas aos milhares. continuavam praticando sua religião e cultura às escondidas etc.
7. A população de indígenas, sobretudo no litoral, reduziu-se sensivelmente 1. apresenta informações acerca da escravidão indígena durante o período
na medida em que avançava a colonização portuguesa. Isso se explica colonial sinalizando as principais áreas de caça ao índio, as direções que
pelo fator biológico, pois doenças trazidas pelos portugueses eram seguia o tráfico e as guerras de resistência indígena.
fulminantes para os nativos, mas também pelos conflitos com os 2. A área habitada pelos guaicurus corresponde a partes dos atuais estados
portugueses e pela escravização, os quais resultavam na morte de de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul além de parte do Paraguai e da
indígenas aos milhares. Bolívia, ou seja, áreas de disputa entre Portugal e Espanha.
8. Os jesuítas criavam suas missões no interior da América Portuguesa, 3. O símbolo mais escuro corresponde a uma área de forte resistência até o
iniciavam o processo de catequização dos indígenas e exploravam a mão século XIX.
de obra desses na produção de itens agrícolas.
9. A concentração de indígenas nas missões jesuíticas mostrou-se nefasta
porque favoreceu a proliferação de epidemias.

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41
A escravidão foi implantada no Brasil durante a década de 1530 quando os portugueses iniciaram a ocupação
sistemática da América Portuguesa, por meio da ocupação das Capitanias Hereditárias, e, durante grande parte da
colonização, a escravidão indígena e a africana coexistiram em quase toda a colônia. A escravidão se estendeu até o
final do século XIX, quando a Lei Áurea, de 1888, proibiu o trabalho escravo. Ao longo da história colonial e imperial do
Brasil, os grupos escravizados foram, primeiramente, os indígenas e, depois, os africanos. A princípio, no dito Período
Pré-Colonial, a relação de trabalho existente foi a do escambo, em que os indígenas trabalhavam com a exploração do
pau-brasil.
Com a ocupação sistemática do território e a implantação de um sistema econômico que necessitava de grande número
de trabalhadores braçais, os portugueses viram a necessidade de adquirir trabalhadores escravos. O primeiro grupo
disponível para isso foram os indígenas, e a escravização indígena foi utilizada, em alta escala, em todo o continente
americano, não somente na América Portuguesa. Aos poucos, essa mão de obra foi sendo gradativamente substituída
pela dos escravos africanos, mas essa foi uma transição lenta e que não aconteceu de maneira uniforme. A
escravização dos indígenas era mais barata, mas uma série de fatores tornavam-na mais complicada de sustentar-se.
Primeiro, havia uma questão cultural, pois os indígenas não estavam acostumados com uma rotina de trabalho que
visasse a produção de excedentes, já que sua cultura de trabalho era a de subsistência. Além disso, há o fato de que o
trabalho na lavoura, na visão dos grupos indígenas, era um trabalho realizados pelas mulheres. Outro complicador
relacionava-se com a questão demográfica. A população de indígenas, sobretudo no litoral, reduziu-se sensivelmente na
medida em que avançava a colonização portuguesa. Isso se explica pelo fator biológico, pois doenças trazidas pelos
portugueses eram fulminantes para os nativos, mas também pelos conflitos com os portugueses e pela escravização, os
quais resultavam na morte de indígenas aos milhares. As fugas também eram uma questão relevante, pois os
indígenas, que possuíam amplo conhecimento do território, conseguiam fugir e dificilmente eram recapturados. Por
último, há a questão dos jesuítas, que criavam dificuldades para a escravização dos indígenas.
Os jesuítas criavam suas missões no interior da América Portuguesa, iniciavam o processo de catequização dos
indígenas e exploravam a mão de obra desses na produção de itens agrícolas. A concentração de indígenas nas
missões jesuíticas mostrou-se nefasta porque favoreceu a proliferação de epidemias.
A atuação dos jesuítas contra a escravização dos indígenas criou diversos conflitos com colonos interessados nessa
atividade. A pressão dos jesuítas para que a Coroa portuguesa proibisse a escravização indígena resultou em leis que
determinaram a proibição da escravização indígena em 1570, 1587, 1595 e 1609. Essas leis defendiam que somente
em caso de “guerra justa” é que os indígenas poderiam ser escravizados. (A "guerra justa" era o modo como os colonos
portugueses se referiam aos confrontos com os povos nativos que representassem uma "ameaça" ou um "obstáculo"
para a colonização. Por exemplo, se desejassem expandir os seus pastos para uma terra ocupada pelos povos nativos
e estes se recusassem a se mudar ou a se integrar à colônia, era estabelecida uma "guerra justa" para obrigá-los a
fazê-lo, situação na qual era legítimo que se escravizassem os nativos). Apesar das leis que proibiam a escravidão
indígena, eles foram escravizados em grande quantidade. Isso porque muitos lugares não tinham economias para
adquirirem escravos africanos em grande número, e, assim, o sequestro de índios para escravizá-los foi comum.
Os bandeirantes paulistas abasteceram partes importantes do país com índios escravizados. Esses eram utilizados para
trabalharem na lavoura e em atividades relacionadas à produção do açúcar, assim como existem evidências de que, até
a década de 1710, existiam índios trabalhando em zonas de mineração em Minas Gerais. Em 1757, durante o período
Pombalino, foi proibida definitivamente a escravização de indígenas.
A substituição da mão de obra dos indígenas pela dos africanos foi uma tendência que aconteceu em toda a América. A
migração para a mão de obra escrava de africanos deu-se com o crescimento de um comércio que atravessou séculos:
o tráfico negreiro. O tráfico negreiro era a atividade que obtinha africanos escravizados em regiões litorâneas da África e
transportava-os para a América, a fim revendê-los. A substituição do indígena pelo africano está diretamente
relacionada com a necessidade contínua por trabalhadores escravizados e com a diminuição da disponibilidade dos
indígenas. Além dessa necessidade, a alta lucratividade desse comércio fez com que o tráfico negreiro tomasse
proporções gigantescas na América Portuguesa e fosse responsável pelo desembarque de quase 5 milhões de
africanos aqui. O preço de um escravo africano, por sua vez, era um impeditivo, pois era cerca de duas ou três vezes
mais caro que um indígena. Durante todo o século XVI, os africanos eram escravizados em menor número que os
indígenas na América Portuguesa e somente se tornaram a maioria nas primeiras décadas do século XVII. A
alimentação dos escravos era muito ruim, e por isso esses faziam o complemento dela com base em uma plantação de
subsistência, embora nem todos os escravos tivessem esse direito. O trabalho era exaustivo, podendo chegar a 20
horas por dia, e as violências eram rotineiras. Esses escravos eram transportados para a América em condições
degradantes e, no dia a dia, eram violentados de todas as formas. Essa rotina desumana fazia com que alguns deles
optassem por cometer o suicídio. Entre as formas de punição, os escravos poderiam ser açoitados até a morte,
enforcados, queimados vivos, marcados com ferro etc. Os horrores da escravidão motivavam a resistência dos
escravos, que se revoltavam contra seus senhores e feitores, fugiam, formavam quilombos, continuavam praticando sua
religião e cultura às escondidas etc. A escravidão negra continuou em nosso país, mesmo depois de conquistada a
Independência, e só teve fim em 1888, quando foi aprovada a Lei Áurea. A abolição da escravidão foi resultado do
engajamento popular, que pressionou e forçou o império a extinguir a atividade.

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42
1. Como os portugueses iniciaram a ocupação sistemática da América Portuguesa?
2. Qual a lei que proibiu o trabalho escravo?
3. Qual foi a primeira relação de trabalho existente no Período Pré-colonial?
4. Como os portugueses viram a necessidade de adquirir trabalhadores escravos?
5. A escravização dos indígenas era mais barata, mas uma série de fatores tornavam-na mais complicada
de sustentar-se. Quais são eles?
6. Por que a população de indígenas, sobretudo no litoral, reduziu-se sensivelmente na medida em que
avançava a colonização portuguesa?
7. Que trecho do texto explica o meme abaixo?

8. Como os jesuítas criavam dificuldades para a escravização dos indígenas?


9. Por que a concentração de indígenas nas missões jesuítas mostrou-se nefasta?
10. Qual foi o resultado da pressão dos jesuítas para que a coroa portuguesa proibisse a escravização
indígena?
11. De acordo com a lei portuguesa, em que caso a escravização indígena seria permitida?
12. O que foi a “Guerra Justa”?
13. Por que mesmo com as leis que proibiam a escravidão indígena, eles foram escravizados em grande
quantidade?
14. Quando a escravização de indígenas foi proibida definitivamente?
15. O que foi o tráfico negreiro?
16. Com o que a substituição do indígena pelo africano foi relacionada?
17. O que motivava a resistência dos escravos africanos?
18.

1. O que está sendo mostrado no mapa?


2. Os guaicurus habitavam a área sinalizada em roxo. Que parte da América este grupo indígena
habitava?
3. O que o símbolo apresentado nesta área está representando?
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43
PLANO DE AULA - 17
ESCOLA ESTADUAL __________________________________ Ano: ________
Ano de escolaridade: 8° ANO
Período: ( ) 1 aula ( ) 2 aulas ( X ) 3 aulas
Área de Conhecimento: Humanas Componente Curricular: História
Habilidade(s)/ Código(s) Alfanumérico(s): (EF08HI06) (EF08HI07) (EF08HI08) (EF08HI09)
(EF08HI10) (EF08HI11) (EF08HI12) (EF08HI13) (EF08HI14)
Atividades de Introdução Atividades de Atividades de Consolidação Atividades de Retomada
Sistematização Avaliação
Correção e -
Avaliação
Bimestral
intervenção
nas
questões
mais
erradas
1ª aula – Revisão para a Avaliação Bimestral
2ª aula – Avaliação Bimestral
3ª aula- Correção e intervenção nas questões mais erradas

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44
SECRETARIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO NOTA:
_________________________
E.E.” ______________________________________________”

AVALIAÇÃO BIMESTRAL DE HISTÓRIA

PROFESSOR (A): Série: 8 TURMA: DATA:

ALUNO (A) NÚMERO:

1. (FGV) A conquista colonial inglesa resultou no estabelecimento de três áreas com características diversas na
América do Norte.
Com relação às chamadas “colônias do sul” é correto afirmar:
a) Baseava-se, sobretudo, na economia familiar e desenvolveu uma ampla rede de relações comerciais
com as colônias do Norte e com o Caribe.
b) Baseava-se numa forma de servidão temporária que submetia os colonos pobres a um conjunto de
obrigações em relação aos grandes proprietários de terras.
c) Baseava-se numa economia escravista voltada principalmente para o mercado externo de produtos,
como o tabaco e o algodão.
d) Consolidou-se como o primeiro grande polo industrial da América com a transferência de diversos
produtores de tecidos vindos da região de Manchester.

2. (ENEM) Em 4 de julho de 1776, as treze colônias que vieram inicialmente a constituir os Estados Unidos da América
(EUA) declaravam sua independência e justificavam a ruptura do Pacto Colonial. Em palavras profundamente subversivas
para a época, afirmavam a igualdade dos homens e apregoavam como seus direitos inalienáveis: o direito à vida, à liberdade
e à busca da felicidade. Afirmavam que o poder dos governantes, aos quais cabia a defesa daqueles direitos, derivava dos
governados. Esses conceitos revolucionários que ecoavam o Iluminismo foram retomados com maior vigor e amplitude
treze anos serviram de base para a independência de muitos países.. Emília Viotti da Costa. Apresentação da coleção. In: Wladimir Pomar.
“Revolução Chinesa”. São Paulo: UNESP, 2003 (com adaptações).
Considerando o texto acima, acerca da independência dos EUA e da Revolução Francesa, assinale a opção correta.
a) A independência dos EUA e a Revolução Francesa integravam o mesmo contexto histórico, mas se baseavam em
princípios e ideais opostos.
b) Ao romper o Pacto Colonial, se fechou o caminho para as independências das colônias ibéricas situadas na
América.
c) Tanto nos EUA quanto na França, as teses iluministas sustentavam a luta pelo reconhecimento dos direitos
considerados essenciais à dignidade humana. E inspiraram lutas pela independência.
d) Por ter sido retardatária, a Revolução Francesa exerceu forte influência no desencadeamento da independência
nos países da América.

3. Assinale a opção que contém um dos objetivos de Simón Bolívar:


a) Desenvolver a industrialização no continente sob a hegemonia norte-americana para fazer frente à forte
economia inglesa.
b) Desenvolver a solidariedade continental em torno da hegemonia do Canadá, estabelecendo um intercâmbio
direto deste com todos os países latino-americanos.
c) Estabelecer uma política separatista respeitando as diferenças culturais e até linguísticas entre os países
latino-americanos.
d) Criar uma União dos Estados Americanos que eram colônias da Espanha e formar um único país independente.
4. (Unesp – 2013) É uma ideia grandiosa pretender formar de todo o Novo Mundo uma única nação com um
único vínculo que ligue as partes entre si e com o todo – Pan-americanismo. . Já que tem uma só origem, uma só
língua, mesmos costumes e uma só religião, deveria, por conseguinte, ter um só governo que confederasse os
diferentes Estados que haverão de se formar; mas tal não é possível, porque climas remotos, situações diversas,
interesses opostos e caracteres dessemelhantes dividem a América. (Simón Bolívar. Carta da Jamaica [06.09.1815]. In: Simón
Bolívar: política, 1983.)
O texto foi escrito durante as lutas de independência na América Hispânica. Podemos dizer que:
a) ao contrário do que afirma na carta, Bolívar não aceitou a diversidade americana e, em sua ação política e militar,
reagiu à iniciativa autonomista do Brasil.
b) ao contrário do que afirma na carta, Bolívar combateu as propostas de independência e unidade da América e se
empenhou na manutenção de sua condição de colônia espanhola.
c) conforme afirma na carta, Bolívar aceitou a diversidade geográfica e política do continente, mas tentou submeter o
Brasil à força militar hispano-americana.
d) conforme afirma na carta, Bolívar declarou diversas vezes seu sonho de unidade americana, mas, em sua ação
política e militar, reconheceu que as diferenças internas eram insuperáveis.
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5. A Independência do Haiti ocorreu em meio a um importante contexto de conflitos sociais que eclodiram no
continente europeu, sendo que seus ideais influenciaram intensamente os caminhos tomados pelos
revolucionários haitianos.
Qual foi o fato que ocorreu na Europa e que influenciou o processo de independência haitiano?
a. Revolução industrial.
b. Revolução Francesa.
c. Unificação Alemã.
d. Movimento ludita.

6. (PUC-RIO) Assinale a opção correta a respeito das lutas de independência no Haiti (1791-1804) e nas
Treze Colônias Inglesas (EUA - 1776-1783).
a. Ambas promoveram a instalação de governos republicanos e a imediata abolição do trabalho
escravo.
b. Tanto no Haiti, quando nos EUA não houve participação popular nos movimentos de
independência.
c. As pressões dos grandes proprietários de terras, tanto no Haiti quanto nas Treze Colônias Inglesas,
resultaram na manutenção do trabalho escravo.
d. Diferentemente do que ocorreu nas Treze Colônias, as lutas de independência no Haiti estiveram
associadas a uma série de rebeliões escravas que conduziram à abolição da escravidão.

7. FUVEST-SP) "Neste território não poderá haver escravos. A servidão foi abolida para sempre. Todos os
homens nascem, vivem e morrem livres..."; "Todo homem, qualquer que seja sua cor, pode ser admitido em
qualquer emprego". Artigos 3 e 4 da Constituição do Haiti, assinada por Toussaint L’Ouverture, 1801.
Lendo o texto acima e associando-o ao processo de independência das Américas espanhola e francesa, é
possível concluir que:
a. como no Haiti, em todos os demais movimentos houve uma preocupação dominante com as
aspirações populares.
b. a independência do Haiti foi um caso especial nas Américas, pois foi liderada por negros e mulatos.
c. na mesma década da independência do Haiti, as demais colônias do Caribe alcançaram a
libertação e também libertaram os escravos.
d. o movimento de independência do Haiti foi inspirado pelo modelo dos Estados Unidos.

8. Uma das diferenças essenciais entre a Independência da América Espanhola e a Independência


Brasileira está no:
a) modelo político adotado, haja vista que na América Hispânica predominou o modelo republicano,
enquanto no Brasil adotou-se o modelo monárquico.
b) modelo de guerra adotado, já que no Brasil a guerrilha foi o modelo de combate adotado no processo
de independência.
c) modelo econômico, haja vista que o Brasil, ao contrário da América Espanhola, sofreu um grave
transtorno na produção agrícola, levando a política colonial ao colapso.
d) carisma do líder, já que Bolívar tinha menos impacto na consciência da população do que Dom Pedro I.

9. (UNESP/2015) Era o fim. O general Simón José Antonio de la Santísima Trinidad Bolívar y Palacios ia embora para sempre.
Tinha arrebatado ao domínio espanhol um império cinco vezes mais vasto que as Europas, tinha comandado vinte anos de
guerras para mantê-lo livre e unido, e o tinha governado com pulso firme até a semana anterior, mas na hora da partida não
levava sequer o consolo de acreditarem nele. Símon Bolívar teve participação na libertação da Venezuela, Equador,
Colômbia, e e Peru, mas não nunca administrou nenhum dos territórios libertados. O único que teve bastante lucidez para
saber que na realidade ia embora, e para onde ia, foi o diplomata inglês, que escreveu num relatório oficial a seu governo: “O
tempo que lhe resta mal dá para chegar ao túmulo.” (Gabriel García Márquez. O general em seu labirinto, 1989.)
O perfil de Simón Bolívar, apresentado no texto, acentua alguns de seus principais feitos, mas deve ser relativizado,
uma vez que Bolívar
a. foi um importante líder político, mas jamais desempenhou atividades militares no processo de independência da
América Hispânica.
b. teve papel político e militar decisivo na luta de independência da América Hispânica, mas jamais governou a
totalidade das antigas colônias espanholas.
c. defendeu a total unidade das Américas, mas jamais obteve sucesso como comandante militar nas lutas de
independência das antigas colônias espanholas. Perdeu todas as batalhas.
d. obteve sucesso na luta contra a presença britânica e norte-americana na América Hispânica, mas jamais
conseguiu derrotar os colonizadores espanhóis.

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10. (PUC-RIO 2009) Sobre os movimentos de independência ocorridos na América inglesa, em 1776, e na
América hispânica nas primeiras décadas do século XIX, estão corretas as alternativas, À EXCEÇÃO de
uma. Indique-a.
a. Nas treze colônias inglesas, os colonos americanos reagiram contra as leis impostas pelo Parlamento
britânico e organizaram-se para defender a sua autonomia político administrativa, a liberdade de comércio
e a igualdade de direitos entre os habitantes do Reino e das colônias.
b. As colônias inglesas votaram a Declaração de Independência, que defendia princípios fundamentais do
Iluminismo como a igualdade, liberdade e fraternidade.
c. A revolução de independência das treze colônias inglesas e também os ideais iluministas, tiveram uma
enorme influência nos movimentos de independência da América hispânica.
d. Assim como ocorreu com as treze colônias inglesas, todas as colônias espanholas na América
tornaram-se independentes ao mesmo tempo e se tornaram monarquias.

11. Sobre a Doutrina Monroe - Política do Big Stick, marque as alternativas verdadeiras
a. ( ) Pretendia mostrar a posição dos EUA enquanto liderança
continental capaz de garantir a soberania das nações latino-
americanas frente às potências europeias.
b. ( ) Defendia que nenhuma nação americana poderia ser
recolonizada. E pautava que a Europa não poderia interferir nos
negócios estabelecidos pelas nações da América.
c. ( ) Foi interpretada como um meio pelo qual os Estados
Unidos poderiam apoiar as nações latino-americanas com o claro
interesse de fixar seus interesses econômicos.
d. ( ) O discurso de James Monroe (onde defendia a “América
para os americanos”) parecia reafirmar uma perspectiva que
olhava positivamente para a ação intervencionista dos EUA.

12. A instalação da Corte portuguesa no Rio de Janeiro, em 1808, representou uma alternativa para um contexto
de crise política na Metrópole e a possibilidade de implementar as bases para a formação de um império luso-
brasileiro na América.
Das alternativas abaixo, assinale aquela que NÃO diz respeito ao período joanino.
a) Criação do Banco do Brasil e da casa da moeda e da Biblioteca Real. .
b) Abertura dos portos da Colônia às nações aliadas de Portugal, como a Inglaterra, dando início a uma fase de livre-
comércio.
c) Ocorreu o fim do pacto colonial entre metrópole e colônia, o Brasil podia fazer comércio com outros países.
d) Atendeu às exigências do comércio britânico, que conseguiu isenções alfandegárias, ou seja, não pagava
impostos.

13. A transferência da corte trouxe para a América portuguesa a família real e o governo da Metrópole. Trouxe
também, e sobretudo, boa parte do aparato administrativo português. Personalidades diversas e funcionários
régios continuaram embarcando para o Brasil atrás da corte, dos seus empregos e dos seus parentes após o ano
de 1808. NOVAIS, F. A.; ALENCASTRO, L. F. (Org.). História da vida privada no Brasil. São Paulo: Cia. das Letras, 1997.
Os fatos apresentados se relacionam ao processo de independência da América portuguesa por terem
a) incentivado o clamor popular por liberdade.
b) enfraquecido o pacto de dominação metropolitana.
c) motivado as revoltas escravas contra a elite colonial.
d) obtido o apoio do grupo constitucionalista português.

14. Mackenzie-SP - O processo de independência do Brasil caracterizou-se por:


a) ser conduzido pela classe dominante, que manteve o governo monárquico como garantia de seus
privilégios. Não teve participação do povo.
b) ter uma ideologia democrática e reformista, alterando o quadro social imediatamente após a
independência, inclusive libertando os escravos.
c) grande participação popular, fundamental na prolongada guerra contra as tropas metropolitanas.
d) promover um governo descentralizado e liberal através da Constituição de 1824.

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47
PROGRAMA DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA - PIP
SRE: Município:
Escola Estadual
Diretora
Especialista
Analistas/ Equipe Regional
MATRIZ DE REFERÊNCIA DA AVALIAÇÃO 2° Bimestre 8° ano/INTERNA
Atividade

Gabarito

Unidade Temática Habilidade


1 c Os processos de independência (EF08HI06) Aplicar os conceitos de Estado, nação, território,
nas Américas governo e país para o entendimento de conflitos e tensões.
2 c Os processos de independência (EF08HI07) Identificar e contextualizar as especificidades dos
nas Américas diversos processos de independência nas Américas, seus
aspectos populacionais e suas conformações territoriais.
3 d Os processos de independência (EF08HI08) Conhecer o ideário dos líderes dos movimentos
nas Américas independentistas e seu papel nas revoluções que levaram à
independência das colônias hispano-americanas.
4 d Os processos de independência (EF08HI09) Conhecer as características e os principais
nas Américas pensadores do Pan-americanismo.
5 b Os processos de independência (EF08HI10) Identificar a Revolução de São Domingo como
nas Américas evento singular e desdobramento da Revolução Francesa e
avaliar suas implicações.
6 d Os processos de independência (EF08HI11) Identificar e explicar os protagonismos e a
nas Américas atuação de diferentes grupos sociais e étnicos nas lutas de
independência no Brasil, na América espanhola e no Haiti.
7 b Os processos de independência (EF08HI11) Identificar e explicar os protagonismos e a
nas Américas atuação de diferentes grupos sociais e étnicos nas lutas de
independência no Brasil, na América espanhola e no Haiti.
8 a Os processos de independência (EF08HI13) Analisar o processo de independência em
nas Américas diferentes países latino-americanos e comparar as formas de
governo neles adotadas.
9 b Os processos de independência (EF08HI07) Identificar e contextualizar as especificidades dos
nas Américas diversos processos de independência nas Américas, seus
aspectos populacionais e suas conformações territoriais.
10 d Os processos de independência (EF08HI07) Identificar e contextualizar as especificidades dos
nas Américas diversos processos de independência nas Américas, seus
aspectos populacionais e suas conformações territoriais.
11 a,b,c,d Os processos de independência (EF08HI07) Identificar e contextualizar as especificidades dos
nas Américas diversos processos de independência nas Américas, seus
aspectos populacionais e suas conformações territoriais
12 d Os processos de independência (EF08HI12) Caracterizar a organização política e social no
nas Américas Brasil desde a chegada da Corte portuguesa, em 1808, até
1822 e seus desdobramentos para a história política brasileira.
13 b Os processos de independência (EF08HI12) Caracterizar a organização política e social no
nas Américas Brasil desde a chegada da Corte portuguesa, em 1808, até
1822 e seus desdobramentos para a história política brasileira.
14 a Os processos de independência (EF08HI12) Caracterizar a organização política e social no
nas Américas Brasil desde a chegada da Corte portuguesa, em 1808, até
1822 e seus desdobramentos para a história política brasileira.

Cláudia Rodrigues Proibido reprodução e postagem


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