Eleição é um tema fundamental para a compreensão do plano de redenção humana que percorre as Escrituras Sagradas do começo ao fim. Examinaremos a Bíblia de um modo geral para obter uma visão mais abrangente do assunto e, depois, voltaremos nossa atenção para o tratamento que Paulo dá a questão da eleição nos capítulos 9, 10 e 11 de Romanos.
Visão Geral
Certa vez, alguém me fez a seguinte pergunta: “Por que foi que Deus escolheu um povo em detrimento dos demais?” Respondi que Deus ao escolher Israel, não o fez em detrimento, mas, sim, em favor de todas as demais nações da terra. As raízes da formação do povo hebreu são descentralizadoras e missionárias, pois nasceu recebendo o apelo missionário de beneficiar a todos os demais povos com a mesma bênção com que foi contemplado por Deus. Abraão foi abençoado por Deus para se tornar uma bênção para todas as demais famílias da Terra (Gn 12.3). Ele não deveria represar a bênção em si mesmo ou em sua própria família. Deus é criador de todos, ama a todos e oferece graça e bênçãos a todos os povos, línguas e nações.
O livro de Gênesis mostra isto com clareza. Analisando as quatro narrativas registradas nos onze primeiros capítulos de Gênesis após a magnífica descrição da criação, a saber: 1) A queda em pecado 2) O primeiro assassinato, 3) O Dilúvio e 4) A Torre de Babel, observa-se que elas seguem um mesmo padrão narrativo, pois cada uma delas possui quatro componentes, que aparecem nesta sequência: 1) Descrição do pecado; 2) Discurso de Deus; 3) Descrição do Castigo e, por fim: 4) Uma manifestação da Graça de Deus.
Este padrão está bem explícito nas três primeiras narrativas. No entanto, no episódio de Babel, vemos a descrição do pecado, ouvimos o discurso de Deus e também percebemos o consequente castigo que culminou em distanciamento, estranhamento e inimizades entre as nações, mas, onde está o quarto elemento? Onde está um sinal da Graça de Deus? Cadê o elemento de cura para as nações? O autor de Gênesis parece mesmo estar despertando a nossa curiosidade e atenção para este importante aspecto. Não é à toa que a narrativa de Babel termine com uma lista genealógica que desemboca no personagem Abraão. Aí está a manifestação da graça divina em favor das nações! O chamado de Abraão é um chamado missionário que visa o bem-estar e a salvação de todos os povos: “Em ti serão benditas todas as famílias da terra” (Gn 12.3)!
Com Abraão se inaugura a história da salvação. Até então, o que parecia prevalecer era o pecado e a maldade humana como vistos nos episódios da Queda, de Caim, do Dilúvio e de Babel, trazendo muita maldição (3.14,17; 4.11; 5.29; 8.21; 9.25). Mas, agora, com Abraão, esboça-se um período de bênção, graça e redenção. Curioso notar que, em Gênesis, a história da desgraça humana culmina com o episódio da “Torre de Babel”, e que, de Babel, Deus escolhe Abraão para dar início a história da salvação! No episódio da Queda, Deus já prometera o advento de um descendente de mulher que pisaria a cabeça da serpente, promovendo cura para a maldição do pecado que se abateu sobre toda a humanidade. Ao escolher Abraão, Deus está escolhendo a linhagem da qual descenderá o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.
E é também interessante o contraste que podemos estabelecer entre Babel e Abraão:
Em Babel, homens pretendem alcançar os céus, de baixo para cima, por méritos próprios, enquanto que, no chamado de Abraão, é Deus quem desce até ele;
Em Babel, temos a soberba daqueles que pretendem dominar o mundo através de seu poder e conhecimento tecnológico (11.3), enquanto que, Abraão, em sua fraqueza, ousa acreditar na promessa que seria pai;
Enquanto os homens de Babel estão dizendo: “tornemos célebre o nosso nome” (11.4), no episódio de Abraão, é Deus que lhe fala: “te engrandecerei o nome” (12.2);
e, por fim, enquanto a Torre de Babel divide as nações, Deus chama a Abraão para formar uma nação cuja missão principal é tornar-se um canal de bênção para todas as demais naç
Eleição é um tema fundamental para a compreensão do plano de redenção humana que percorre as Escrituras Sagradas do começo ao fim. Examinaremos a Bíblia de um modo geral para obter uma visão mais abrangente do assunto e, depois, voltaremos nossa atenção para o tratamento que Paulo dá a questão da eleição nos capítulos 9, 10 e 11 de Romanos.
Visão Geral
Certa vez, alguém me fez a seguinte pergunta: “Por que foi que Deus escolheu um povo em detrimento dos demais?” Respondi que Deus ao escolher Israel, não o fez em detrimento, mas, sim, em favor de todas as demais nações da terra. As raízes da formação do povo hebreu são descentralizadoras e missionárias, pois nasceu recebendo o apelo missionário de beneficiar a todos os demais povos com a mesma bênção com que foi contemplado por Deus. Abraão foi abençoado por Deus para se tornar uma bênção para todas as demais famílias da Terra (Gn 12.3). Ele não deveria represar a bênção em si mesmo ou em sua própria família. Deus é criador de todos, ama a todos e oferece graça e bênçãos a todos os povos, línguas e nações.
O livro de Gênesis mostra isto com clareza. Analisando as quatro narrativas registradas nos onze primeiros capítulos de Gênesis após a magnífica descrição da criação, a saber: 1) A queda em pecado 2) O primeiro assassinato, 3) O Dilúvio e 4) A Torre de Babel, observa-se que elas seguem um mesmo padrão narrativo, pois cada uma delas possui quatro componentes, que aparecem nesta sequência: 1) Descrição do pecado; 2) Discurso de Deus; 3) Descrição do Castigo e, por fim: 4) Uma manifestação da Graça de Deus.
Este padrão está bem explícito nas três primeiras narrativas. No entanto, no episódio de Babel, vemos a descrição do pecado, ouvimos o discurso de Deus e também percebemos o consequente castigo que culminou em distanciamento, estranhamento e inimizades entre as nações, mas, onde está o quarto elemento? Onde está um sinal da Graça de Deus? Cadê o elemento de cura para as nações? O autor de Gênesis parece mesmo estar despertando a nossa curiosidade e atenção para este importante aspecto. Não é à toa que a narrativa de Babel termine com uma lista genealógica que desemboca no personagem Abraão. Aí está a manifestação da graça divina em favor das nações! O chamado de Abraão é um chamado missionário que visa o bem-estar e a salvação de todos os povos: “Em ti serão benditas todas as famílias da terra” (Gn 12.3)!
Com Abraão se inaugura a história da salvação. Até então, o que parecia prevalecer era o pecado e a maldade humana como vistos nos episódios da Queda, de Caim, do Dilúvio e de Babel, trazendo muita maldição (3.14,17; 4.11; 5.29; 8.21; 9.25). Mas, agora, com Abraão, esboça-se um período de bênção, graça e redenção. Curioso notar que, em Gênesis, a história da desgraça humana culmina com o episódio da “Torre de Babel”, e que, de Babel, Deus escolhe Abraão para dar início a história da salvação! No episódio da Queda, Deus já prometera o advento de um descendente de mulher que pisaria a cabeça da serpente, promovendo cura para a maldição do pecado que se abateu sobre toda a humanidade. Ao escolher Abraão, Deus está escolhendo a linhagem da qual descenderá o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.
E é também interessante o contraste que podemos estabelecer entre Babel e Abraão:
Em Babel, homens pretendem alcançar os céus, de baixo para cima, por méritos próprios, enquanto que, no chamado de Abraão, é Deus quem desce até ele;
Em Babel, temos a soberba daqueles que pretendem dominar o mundo através de seu poder e conhecimento tecnológico (11.3), enquanto que, Abraão, em sua fraqueza, ousa acreditar na promessa que seria pai;
Enquanto os homens de Babel estão dizendo: “tornemos célebre o nosso nome” (11.4), no episódio de Abraão, é Deus que lhe fala: “te engrandecerei o nome” (12.2);
e, por fim, enquanto a Torre de Babel divide as nações, Deus chama a Abraão para formar uma nação cuja missão principal é tornar-se um canal de bênção para todas as demais naç
Eleição é um tema fundamental para a compreensão do plano de redenção humana que percorre as Escrituras Sagradas do começo ao fim. Examinaremos a Bíblia de um modo geral para obter uma visão mais abrangente do assunto e, depois, voltaremos nossa atenção para o tratamento que Paulo dá a questão da eleição nos capítulos 9, 10 e 11 de Romanos.
Visão Geral
Certa vez, alguém me fez a seguinte pergunta: “Por que foi que Deus escolheu um povo em detrimento dos demais?” Respondi que Deus ao escolher Israel, não o fez em detrimento, mas, sim, em favor de todas as demais nações da terra. As raízes da formação do povo hebreu são descentralizadoras e missionárias, pois nasceu recebendo o apelo missionário de beneficiar a todos os demais povos com a mesma bênção com que foi contemplado por Deus. Abraão foi abençoado por Deus para se tornar uma bênção para todas as demais famílias da Terra (Gn 12.3). Ele não deveria represar a bênção em si mesmo ou em sua própria família. Deus é criador de todos, ama a todos e oferece graça e bênçãos a todos os povos, línguas e nações.
O livro de Gênesis mostra isto com clareza. Analisando as quatro narrativas registradas nos onze primeiros capítulos de Gênesis após a magnífica descrição da criação, a saber: 1) A queda em pecado 2) O primeiro assassinato, 3) O Dilúvio e 4) A Torre de Babel, observa-se que elas seguem um mesmo padrão narrativo, pois cada uma delas possui quatro componentes, que aparecem nesta sequência: 1) Descrição do pecado; 2) Discurso de Deus; 3) Descrição do Castigo e, por fim: 4) Uma manifestação da Graça de Deus.
Este padrão está bem explícito nas três primeiras narrativas. No entanto, no episódio de Babel, vemos a descrição do pecado, ouvimos o discurso de Deus e também percebemos o consequente castigo que culminou em distanciamento, estranhamento e inimizades entre as nações, mas, onde está o quarto elemento? Onde está um sinal da Graça de Deus? Cadê o elemento de cura para as nações? O autor de Gênesis parece mesmo estar despertando a nossa curiosidade e atenção para este importante aspecto. Não é à toa que a narrativa de Babel termine com uma lista genealógica que desemboca no personagem Abraão. Aí está a manifestação da graça divina em favor das nações! O chamado de Abraão é um chamado missionário que visa o bem-estar e a salvação de todos os povos: “Em ti serão benditas todas as famílias da terra” (Gn 12.3)!
Com Abraão se inaugura a história da salvação. Até então, o que parecia prevalecer era o pecado e a maldade humana como vistos nos episódios da Queda, de Caim, do Dilúvio e de Babel, trazendo muita maldição (3.14,17; 4.11; 5.29; 8.21; 9.25). Mas, agora, com Abraão, esboça-se um período de bênção, graça e redenção. Curioso notar que, em Gênesis, a história da desgraça humana culmina com o episódio da “Torre de Babel”, e que, de Babel, Deus escolhe Abraão para dar início a história da salvação! No episódio da Queda, Deus já prometera o advento de um descendente de mulher que pisaria a cabeça da serpente, promovendo cura para a maldição do pecado que se abateu sobre toda a humanidade. Ao escolher Abraão, Deus está escolhendo a linhagem da qual descenderá o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.
E é também interessante o contraste que podemos estabelecer entre Babel e Abraão:
Em Babel, homens pretendem alcançar os céus, de baixo para cima, por méritos próprios, enquanto que, no chamado de Abraão, é Deus quem desce até ele;
Em Babel, temos a soberba daqueles que pretendem dominar o mundo através de seu poder e conhecimento tecnológico (11.3), enquanto que, Abraão, em sua fraqueza, ousa acreditar na promessa que seria pai;
Enquanto os homens de Babel estão dizendo: “tornemos célebre o nosso nome” (11.4), no episódio de Abraão, é Deus que lhe fala: “te engrandecerei o nome” (12.2);
e, por fim, enquanto a Torre de Babel divide as nações, Deus chama a Abraão para formar uma nação cuja missão principal é tornar-se um canal de bênção para todas as demais naç
Eleio 1. Examinaremos as Escrituras de um modo geral para obter uma viso mais abrangente do assunto. 2. Depois, trataremos da questo da eleio em Rm 9-11 3. Paralelo entre Romanos 9 e a Parbola das Bodas Eleio Primeira Parte Panorama Bblico Eleio um tema fundamental para a compreenso do plano de redeno humana que percorre as Escrituras Sagradas do comeo ao fim. Teria Deus escolhido um povo em detrimento dos demais? Questo de um seminarista? 4 Padro das 4 narrativas de Gnesis 3-11 Pecado Original Caim Dilvio Babel Descrio do pecado Discurso Castigo Graa Eleio de Israel A escolha de Abrao: Em favor de todas as famlias da terra (no exclusivista) Deus est escolhendo a linhagem da qual descender o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo
Gnesis mostra Jos como um canal de beno para todas as naes. A eleio de Abrao no significa a eleio pessoal de cada judeu (Rm 2.28-29; 9.6) Os judeus tropearam na pedra de tropeo (Rm 9.32) Israel e Igreja O remanescente de Israel (Rm 9.27) Gentios enxertados na mesma Oliveira (Rm 11.17-24) Co-herdeiros e membros do mesmo corpo (Ef 3.6) tambm sois descendentes de Abrao, e herdeiros segundo a promessa (Gl 3.28-29). raa eleita, sacerdcio real, nao santa, povo de propriedade exclusiva de Deus (1Pe 2.4-10, ver Ex 19.5-6) De ambos os povos fez um (Ef 2.11ss) Verdadeiro israelita aquele que possui o Messias Misso do Povo Escolhido A Igreja este mistrio de Deus (Ef 5.32), que engloba todos os povos, formando um s corpo, com um s Senhor (Ef 4.4 e 5). Continuidade como povo de Deus em misso mundial (Gn 12.3) Ide, fazei discpulos de todas as naes (Mt 28.18-20), E ser-me-eis testemunhas em Jerusalm, Judia, Samaria e at nos confins da terra (At 1.8). Pentecostes e o fenmeno reverso de Babel! A Igreja triunfar! necessrio que o Evangelho seja primeiramente pregado para todas as naes, s ento vir o fim (Mt 24.14). Ns apressamos o retorno de Jesus atravs do cumprindo de nossa misso (At 1.8; Mt 28.19,20, 2 Pe 3) nao ou "naes aparece + de 20 vezes em Apocalipse. Redimidos de todas as naes adoram ao Senhor (5.9; 7.9) com o cntico Rei das naes (Ap 15.3,4). As promessas feitas a Abrao se cumprem no seu descendente que Cristo e em seu Corpo, que a Igreja! Calvinistas Arminianos Deus escolhe tambm indivduos para a salvao? Afirmam que s os escolhidos so incondicionalmente agraciados por Deus com a capacidade de crer e aceitar o Evangelho. Os demais so abandonados sua condio de perdio. Sustentam que Deus amor e deseja a salvao de todos os homens (1Tm 2.4; 2 Pe 3.9) Deus capacita todos os homens a responderem positivamente, mas no os obriga a isto. F e arrependimento so as condies para a salvao. Graa Preveniente "E eu, quando for levantado da terra, atrairei todos a mim" (Jo 12:32) Tal atrao no do tipo irresistvel e fatal possvel resistir a graa e ao do Esprito Santo de convencer o homem do pecado, da justia e do juzo Homens de dura cerviz, e incircuncisos de corao e ouvido, vs sempre resistis ao Esprito Santo; assim vs sois como vossos pais (At 7.51). se, hoje, ouvirdes a sua voz, no endureais o vosso corao (Hb 3.15) Eleio Condicional os que creem tornam-se os indivduos eleitos, sob a condio de permanecerem firmes nesta f "Portanto, irmos, empenhem-se ainda mais para consolidar o chamado e a eleio de vocs, pois se agirem dessa forma, jamais tropearo" (2Pe 1:10; ver tambm: 1Co 9:27). " perseverando que vocs obtero a vida" (Lc 21:19; Mt 24.13). "pois passamos a ser participantes de Cristo, desde que, de fato, nos apeguemos at o fim confiana que tivemos no princpio" (Hb 3:14). Deus nos escolheu em Cristo Ef 1.3 diz respeito a eleio corporativa da Igreja em Cristo. A Igreja foi escolhida em Cristo antes mesmo da fundao do mundo, predestinada a santidade. A Igreja estava inclusa na escolha de Abrao: "Em ti sero benditas todas as famlias da terra" (Gn 12.3). A promessa foi feita a Abrao e ao seu descendente que Cristo, O Eleito por excelncia, do qual toda a eleio derivada e dependente. Cristo o Messias de Israel, os que so de Cristo pertencem ao verdadeiro Israel. O Destino da Igreja e dos membros O destino da Igreja certo "as portas do inferno no prevalecero contra a ela" (Mt 16.18) viso Apocalptica de Joo (7.9-17; 14.1-5) "como igreja gloriosa, sem mancha nem ruga ou coisa semelhante, mas santa e inculpvel" (Ef 5.27) Mas o destino dos indivduos no est definido: "Mas agora ele os reconciliou pelo corpo fsico de Cristo, mediante a morte, para apresent-los diante dele santos, inculpveis e livres de qualquer acusao, desde que continuem alicerados e firmes na f, sem se afastarem da esperana do evangelho" (Cl 1.22-23). Concluso A eleio de indivduos para a salvao est condicionada a sua associao e permanncia no Corpo Eleito de Cristo que a Igreja. Deus conhece os que iro crer e perseverar em sua f. Neste pr-conhecimento que se baseia a predestinao individual. "porquanto aos que de antemo conheceu, tambm os predestinou para serem conformes imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primognito entre muitos irmos" (8.29) Eleitos segundo a prescincia de Deus Pai (1Pe 1.2). Eleio como o navio... A eleio corporativa como um navio (Igreja) a caminho do seu destino final (a santificao e a Nova Jerusalm). Cristo escolhido para ser o comandante deste navio. Todos so chamados, mas escolhidos so apenas aqueles que perseveram em confiar no Comandante. A eleio s experimentada na unio com o Comandante Predestinao tem a ver com o porto de destino deste navio e com o destino final que Deus tem preparado para aqueles que permanecem nele. Todos so convidados e ningum precisa ficar de fora! Eleio Segunda Parte Romanos 9-11 Romanos 9-11 - Intruduo Justificao pela f continua em destaque (9.30-31; 10.11-17) Evangelho = poder para salvao de judeus e gentios (1.16) Deus no faz acepo de pessoas (2.11) Ele Deus no somente de judeus, mas tambm de gentios (3.29) Abrao era um gentio incircunciso quando foi chamado, tendo sido justificado por f (4.11). Os herdeiros da promessa no so os da lei, nem os filhos naturais, mas, sim, os espirituais (4.11-17). Ningum ser justificado por obras (3.20), mas por meio da f (3.22). Ineficcia da Lei e da circunciso Paulo havia demonstrado a ineficcia de tudo aquilo que era motivo de orgulho para os judeus: ser filho natural de Abrao a circunciso e a lei Considerou refugo para ganhar a Cristo (Fp 3.8). "A circunciso no tm efeito algum, mas sim a f que atua pelo amor" (Gl 5:6). Os judeus acusam Paulo Acusaes: renegar o seu prprio povo ensinar que as promessas de Deus feitas a Israel no eram confiveis.
Questes: Teria Deus se esquecido de suas promessas feitas a Israel? Tais promessas no deveriam necessariamente terem de se cumprir no Israel nacional? Paulo inicia sua defesa manifestando sua tristeza em ver a grande maioria de seus compatriotas rejeitando o Messias, e, tambm demonstra um amor sacrificial por seu povo (v. 3), Reconhecendo Israel como povo escolhido por Deus, que teve o privilgio de receber a glria, as alianas, a lei, o culto e as promessas, sendo a raiz da qual descende o Cristo! As promessas feitas a Israel no iro se cumprir? (9.6-13) E no pensemos que a palavra de Deus haja falhado, porque nem todos os de Israel so, de fato, israelitas (v.6) Abrao teve 2 filhos, mas apenas Isaque herdou a promessa (9.7) Isaque teve 2 filhos, mas apenas Jac foi escolhido para ser o patriarca do povo de Israel (9.11-13) A maioria dos filhos de Israel pereceu no deserto (Hb 3.11s) Apenas 7 mil no se dobraram a Baal (11.4; 1Rs 19.18). o remanescente que ser salvo (9:27). Eleio Corporativa O povo foi eleito, mas no os judeus individualmente (9.6). A salvao no se d por descendncia natural de Abrao (9.7) e nem tampouco atravs da lei (9.31,32 e 10.3,4). Os judeus devem crer no Messias para serem salvos, tornando-se parte do remanescente de Israel (Gl 6.16) A Igreja a Continuidade do Israel de Deus a continuidade daquele povo de propriedade exclusiva de Deus (1Pe 2.9, 10) congregando, em um s Corpo, judeus e gentios crentes em Cristo (9.25-26; Ef 2.11-22) H um s Deus, um s Senhor, e um s rebanho (Jo 10.16) uma s Oliveira (Rm 11.17-24) As promessas feitas a Israel esto se cumprindo em Cristo e em sua Igreja! Amei a Jac, porm me aborreci de Esa (9.13) Os calvinistas interpretam este texto como se Deus realmente tivesse odiado a Esa e a todos os no eleitos de modo totalmente arbitrrio. Tal concluso entra em choque direto com os textos que declaram que Deus amor e entra tambm em flagrante conflito com o carter de Deus revelado em Jesus Cristo. Significado de aborreci (9.13) um repdio relativo: "Se algum vem a mim e no aborrece a seu pai, e me, e mulher, e filhos, e irmos, e irms e ainda a sua prpria vida, no pode ser meu discpulo" (Lc 14.26). Foi o prprio Esa quem desprezou o seu direito de primogenitura, perdendo assim o privilgio de ser o pai da linhagem da qual nasceria o Salvador do Mundo. No se trata aqui de salvao No se trata aqui de salvao ou perdio pessoal ou dos descendentes. Mais tarde, observamos que Esa foi misericordioso para com o seu irmo. Seria isto um sinal da graa de Deus sobre sua vida? Em todo caso, no podemos afirmar que tenha perdido a sua alma. Muitos ou alguns de seus descendentes podem ter exercido f em Deus a semelhana do Pai Abrao. E, quanto a Israel, muitos de seus filhos se desviaram aps outros deuses. Prescincia de Deus como base da eleio e reprovao Atravs do profeta Obadias, Deus esclareceu o real motivo de sua ira contra os Edomitas: "Por causa da violncia feita a teu irmo Jac, cobrir-te- a vergonha, e sers exterminado para sempre tu no devias ter olhado com prazer para o dia de teu irmo, o dia da sua calamidade; nem ter-te alegrado sobre os filhos de Jud, no dia da sua runa; nem ter falado de boca cheia, no dia da sua angstia no devias ter parado nas encruzilhadas, para exterminares os que escapassem; nem ter entregado os que lhe restassem no dia da angstia." (Ob 1.10-14). Prescincia de Deus como base da eleio e reprovao "porquanto aos que de antemo conheceu, tambm os predestinou para serem conformes imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primognito entre muitos irmos" (8.29) Eleitos segundo a prescincia de Deus Pai (1Pe 1.2). Jac e Esa representam Israel e Edom O indivduo Esa jamais serviu ao indivduo Jac (9.12). O que Paulo quer demonstrar aqui que a rejeio atual de boa parte dos descendentes de Abrao no apenas possvel, como j havia ocorrido no passado, como se v no caso de Esa e seus descendentes. No basta ser descendente fsico de Abrao, preciso ser descendente espiritual. Raabe e Rute tornaram-se filhas da promessa pela f. Terei misericrdia de quem me aprouver ter misericrdia (9.15) Calvinistas afirmam que Deus ama e tem misericrdia apenas dos eleitos. Mas Paulo afirmou que Deus tem misericrdia de todos (11.32). Misericrdia para com todos os que o invocam (10.11). O Senhor bom para todos, e as suas misericrdias esto sobre todas as suas obras (Sl 145.9) Deus livre para estabelecer a f como a condio para a salvao de judeus e gentios. "No depende de quem quer ou de quem corre, mas de usar Deus a sua misericrdia (9.16) a concluso dos calvinistas de que Deus usa de misericrdia apenas para aqueles que ele escolheu de antemo salvar. Tal interpretao contradiz os textos que afirmam que Deus no faz acepo de pessoas (At 10.34 e Rm 2.11) Deus ama a todos (Jo 3.16) Todos podem ser salvos! Jesus a propiciao pelos pecados de todo o mundo (1Jo 2:2). Porque: a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus; a saber: aos que creem no seu nome (Jo 1.12). Porque: todo aquele que invocar o nome do Senhor ser salvo (Rm 10:13). Todos so convidados! Porque Jesus, "o Unignito do Pai, cheio de graa e de verdade", estendeu este sincero convite as multides: Se algum quiser vir aps mim, negue-se a si mesmo, e tome a sua cruz e siga-me" (Mc 8:34) "Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei" (Mt 11.28). Porquanto a graa de Deus se manifestou salvadora a todos os homens, educando-nos para que, renegadas a impiedade e as paixes mundanas, vivamos no presente sculo, sensata, justa e piedosamente (Tt 2.11-12). Expiao Universal Porque Deus no tem prazer na morte do mpio, pois seu desejo que se converta e viva (Ez 18.23). Porque Deus deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade (1Tm 2.4) "o qual a si mesmo se deu em resgate por todos" (1Tm 2.6). no quer que ningum se perca, seno que todos venham a arrepender-se (2Pe 3.9). Jesus "provou a morte por todos" (Hb 2.9). No faas perecer por causa da tua comida aquele por quem Cristo morreu (Rm 14.15). O corao endurecido de Fara (9.17,18) Paulo usa a figura de fara para retratar Israel. Assim como fara, atravs da dureza de seu corao, serviu como um instrumento para o xodo milagroso do povo de Israel, produzindo a glria de Deus por toda a terra, assim tambm a dureza de corao de Israel propiciou a redeno dos gentios (11.11). O corao endurecido de Fara (9.17,18) No dito que Deus endureceu o corao de Fara desde a eternidade. Tal endurecimento melhor compreendido como a entrega da pessoa a si mesma: "Por isso tambm Deus os entregou s concupiscncias de seus coraes" (Rm 1:24a). Lembremos que antes do relato do xodo dizer que Deus endureceu o corao de fara, por 5 vezes dito que foi o prprio fara quem foi endurecendo o seu prprio corao de maneira gradativa (Ex 7.13; 7.22; 8.15; 8.32; 9.7). O corao endurecido de Fara (9.17,18) Paulo sabe que os judeus aceitam com facilidade o fato do endurecimento do corao de fara, mas que no reconhecem que a mesma incredulidade que levou a rejeio de fara tambm est levando a rejeio dos judeus. O povo uma vez favorecido e liberto das garras de fara, deixa de ser favorecido quando se desvia da f de Abrao e segue o erro, a obstinao e a incredulidade de fara. Deus endurece a quem quer. E Ele quer endurecer aqueles que endurecem a si mesmos. O corao endurecido de Fara (9.17,18) Portanto, se, hoje, ouvirdes a sua voz, no endureais o vosso corao (Hb 3.15). bom observar que a citao do endurecimento de Fara tem a ver com o seu papel histrico como lder da nao Egpcia no conflito com a nao de Israel e no diz respeito a sua salvao pessoal. Vasos de ira e vasos de misericrdia Dupla predestinao? No final do captulo 11, Paulo fala sobre a possibilidade de salvao dos rejeitados e de perdio dos que se encontram salvos, em decorrncia da atitude de f e no de uma prvia eleio. por isto que Paulo enfatiza a relevncia da pregao do Evangelho para a salvao de todos os que creem: "Pois no h distino entre judeu e grego, uma vez que o mesmo o Senhor de todos, rico para com todos os que o invocam. Porque: Todo aquele que invocar o nome do Senhor ser salvo. Como, porm, invocaro aquele em quem no creram? E como crero naquele de quem nada ouviram? E como ouviro, se no h quem pregue?" (10.12-15). Vasos de ira Paulo no usa a expresso "vasos de ira" para discorrer sobre predestinao, mas para falar da rejeio temporria de Israel por conta de sua incredulidade, o que, de certa forma, favoreceu a salvao dos gentios, contribuindo assim para os propsitos divinos. Deus no nos destinou para a ira (1Ts 5.9). Deus no criou ningum para a perdio, nem ns, nem o povo de Israel e nem mesmo os ninivitas (Jn 4.11). Vasos de ira "Ou desprezas a riqueza da sua bondade, e tolerncia, e longanimidade, ignorando que a bondade de Deus que te conduz ao arrependimento? Mas, segundo a tua dureza e corao impenitente, acumulas contra ti mesmo ira para o dia da ira e da revelao do justo juzo de Deus, que retribuir a cada um segundo o seu procedimento: a vida eterna aos que perseverando em fazer o bem procuram glria, honra e incorruptibilidade; mas ira e indignao aos facciosos, que desobedecem verdade e obedecem injustia. Tribulao e angstia viro sobre a alma de qualquer homem que faz o mal, ao judeu primeiro e tambm ao grego; glria, porm, e honra, e paz a todo aquele que pratica o bem, ao judeu primeiro e tambm ao grego. Porque para com Deus no h acepo de pessoas." (Rm 2.4-11). Vasos de ira podem ser transformados em vasos de honra Gentios crentes so adotados como filhos da promessa, enquanto os filhos da carne so rejeitados por conta da sua incredulidade (9.8 cf 11.17). Agora, tal rejeio no , de maneira alguma, determinista, fatalista ou definitiva, mas apenas contingencial Paulo fala da esperana que tem na converso de judeus, pelo menos de alguns mais (11.14) Eles tambm, se no permanecerem na incredulidade, sero enxertados; pois Deus poderoso para os enxertar de novo! (11.23). Vasos de ira podem ser transformados em vasos de honra: Se algum se purificar dessas coisas, ser vaso para honra, santificado, til para o Senhor e preparado para toda boa obra (2Tm 2.21). Gentios eram filhos da ira, mas... Os gentios crentes que, anteriormente, eram filhos da ira, se tornaram filhos da promessa (Ef 2.3-6). Advertncia aos vasos de honra Aos que Paulo chamou de "vasos de misericrdia" preparados de antemo para a glria (9.23, 24), ele adverte: Considerai, pois, a bondade e a severidade de Deus: para com os que caram, severidade; mas, para contigo, a bondade de Deus, se nela permaneceres; doutra sorte, tambm tu sers cortado (Rm 11.22). "Mas esmurro o meu corpo e fao dele meu escravo, para que, depois de ter pregado aos outros, eu mesmo no venha a ser reprovado" (1Co 9:27). Tal esforo de Paulo para no ser reprovado no faria o menor sentido se ele acreditasse que sua alma j estivesse predestinada para a salvao. Advertncia aos vasos de honra Portanto, para Paulo, o destino das pessoas no est traado. Enquanto o destino do Povo de Deus est definido "todo o Israel ser salvo", o destino dos indivduos est condicionado a f no Messias que lhes permite fazer parte deste Israel de Deus. Sendo portanto, necessrio estar em Cristo pela f, e nele permanecer fiel at o fim (Jo 15.1-6; Mt 24.13 e Ap 2.26). A f vem pela pregao e no pela eleio incondicional (10.17) Ainda que Paulo afirme que os judeus "tropearam na pedra de tropeo" (9.32), Ele ainda trabalhava e orava para ver a salvao de mais judeus (10.1; 11.14, cf 1Co 9.20-27), O endurecimento de Israel no definitivo (11.25). Os ramos cortados podem voltar a ser enxertados caso abandonem a incredulidade (11.20-24). E por isto tambm que Paulo ensina que "a f vem pela pregao" e no pela eleio incondicional (10.17). A f vem pela pregao e no pela eleio incondicional (10.17) De outra sorte, toda pregao seria v, pois seria desnecessria para aqueles que so eleitos, e intil para os destinados a perdio. E a exortao para salvar e arrebatar as almas que esto caminho do fogo da perdio (Jd 1.23) seria totalmente descabida, pois, segundo o calvinismo, as almas dos eleitos jamais estariam sujeitas ao risco do fogo do inferno e a dos no eleitos jamais poderiam ser salvas e arrebatadas do fogo para o qual esto inexoravelmente destinadas. Eleio Condicional dos indivduos A eleio individual est condicionada a f em Cristo. Quando Paulo discorre sobre como a salvao se processa na vida dos indivduos, ele sempre diz que se d por intermdio da f (Rm 9.30-31 cp. 10.11-17). No existem indivduos definitivamente eleitos para salvao, a no ser da perspectiva da prescincia divina (Rm 8.29). Os ramos naturais, que foram cortados por sua incredulidade, podem voltar a ser enxertados se vierem a crer, e os que, atualmente, creem podem vir a ser cortados se derem lugar a incredulidade (11.20-24). Eleio Condicional dos indivduos Enquanto garantido que a Igreja ser apresentada santa e inculpvel diante de Deus (Ef 5.27), os membros precisam continuar alicerados e firmes, sem se afastarem da esperana do evangelho, para poderem garantir sua participao no destino glorioso da Igreja (Cl 1.22-23). Em 1 Corntios 10, Paulo usa o exemplo histrico de Israel como exemplo para a Igreja. Ele diz que, embora todos os israelitas tenham experimentado a graa libertadora de Deus, a maioria apostatou-se da f e pereceu no deserto. "Aquele que est em p, cuide para que no caia" (1Co 10.12, compare com Rm 11.22). "Todo o Israel ser salvo" (11.26) Tal esperana tem a ver com a salvao de "alguns" mais at que se complete a plenitude do nmero de judeus que sero salvos, do mesmo modo como ele aqui tambm fala da plenitude dos gentios "... veio endurecimento em parte a Israel, at que haja entrado a plenitude dos gentios. E, assim, todo o Israel ser salvo" (11.25b, 26a). "Todo o Israel ser salvo" (11.26) todo Israel = "todo o remanescente de Israel" Apenas um remanescente fiel de Israel ser salvo (9:27 cf Is 10.22). Todo o Israel significa a plenitude da Igreja que composta por judeus e gentios que sero salvos em Cristo (Ef 2.11-22) Pois a Igreja o Israel espiritual de Deus (Gl 6.16) e povo de propriedade exclusiva de Deus (1Pe 2.9), O salo do grande banquete estar cheio (Mt 22.10)! Eleio para uma misso Saul e Salomo foram eleitos para serem reis de Israel, mas, tudo indica, que acabaram apostatando-se da f. Jesus escolheu 12 para a funo de apstolos, mas o Iscariotes... Os judeus foram escolhidos para desempenhar um papel histrico. No incio de Romanos 9, Paulo reconhece o valor do papel de Israel no projeto de Deus, mas sem que isto implicasse em eleio ou predestinao para a salvao, pois mais adiante dito que foram cortados por sua incredulidade. Observe que a eleio para misso a que Paulo est destacando quando escreve: Deles a adoo de filhos; deles a glria divina, as alianas, a concesso da lei, a adorao no templo e as promessas. Deles so os patriarcas, e a partir deles se traa a linhagem humana de Cristo, que Deus acima de tudo, bendito para sempre! Amm.(Rm 9.4-5) Indivduos so escolhidos para colaborarem com o plano de Deus para Israel: Os patriarcas so escolhidos para darem incio a este povo (Ne 9.7; Rm 9.7, 13). Moiss escolhido para ser um veculo de libertao e de formao e organizao de Israel (Sl 106.23), Governantes gentios foram escolhidos para cumprir o plano divino na vida da nao de Israel, como Fara (Rm 9.17) e Ciro (Is 45.1). Eleio Terceira Parte Paralelo entre Romanos 9 e a Parbola das Bodas (Mt 22) Romanos 9 e a Parbola das Bodas A Parbola das Bodas (Mt 22.1-14) tambm fala da rejeio de Israel no por conta de predestinao, mas por pura incredulidade. O rei no predestinou quem iria participar definitivamente da festa. Os convidados originais deixaram de participar por no cumprirem a condio de aceitarem o convite, por desprezo e, em alguns casos, at por dio e maldade (22.3,5 e 6). Romanos 9 e a Parbola das Bodas O convite foi insistente, mesmo aps a recusa inicial: "E enviou ainda outros servos" (v. 4). "Jerusalm, Jerusalm, que matas os profetas, e apedrejas os que te foram enviados! Quantas vezes quis eu reunir os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das asas, e vs no o quiseste!" (Mt 23.37). Romanos 9 e a Parbola das Bodas Ento, o convite foi estendido a todos, sem exceo, "bons e maus" (v. 10), pois um convite da graa (Is 55.1; Mt 11.28 e Rm 5.8) . A Sala do Banquete ficou repleta de convidados! Algo comparvel aquela tal plenitude de salvos de que Paulo tambm fala em Romanos 11.25,26 e que vemos tambm futuramente realizada na viso de Apocalipse 7.9. As vestes nupciais As vestes aqui simbolizam a justia divina no apenas imputada como tambm comunicada. Ou seja, no apenas a justificao, mas tambm a santificao sem a qual ningum ver o Senhor (Hb 12.14). Por exemplo, o Pai abraa ao Filho Prdigo, que se encontra em farrapos, sujo e arruinado, mas graciosamente lhe oferece um bom banho, roupas novas, sandlias para os ps e um anel de filho! O filho deve receber o banho, as roupas e tudo o mais que o pai lhe oferece para andar de modo digno e apropriado. Alm do perdo, Deus est oferecendo a todos um novo corao (Ez 36.26) e a graa de se tornarem participantes da natureza divina (2Pe 1.4), para serem feitos filhos de Deus (Jo 1.12). O convidado deve despir-se de sua velha e surrada vestimenta (Cl 3.8), para vestir a nova que lhe oferecida: "mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo e nada disponhais para a carne no tocante s suas concupiscncias" (Rm 13.14). Romanos 9 e a Parbola das Bodas As Palavras de Paulo aos judeus que rejeitaram o Evangelho esto em perfeita sintonia com o tema que estamos tratando: "Ento Paulo e Barnab lhes responderam corajosamente: 'Era necessrio anunciar primeiro a vocs a palavra de Deus; uma vez que a rejeitam e no se julgam dignos da vida eterna, agora nos voltamos para os gentios'" (At 13:46). Romanos 9 e a Parbola das Bodas Todos foram chamados, mas, escolhidos foram apenas os que receberam o convite com f. Estes no exerceram f porque foram previamente escolhidos, mas foram escolhidos por terem exercido f a ponto de atenderem apropriadamente ao convite nos termos estabelecidos pelo Rei. Romanos 9 e a Parbola das Bodas Ambos os textos falam da rejeio de Israel (Mt 22.3-6; Rm 9.31 e 32; 11.20). Ambos apontam a incredulidade como causa de tal rejeio (Mt 22.3,5,6; Rm 9.31,32; 10.3,4,16,17,21 e 11.20). Ambos os textos tratam do tema da eleio, estabelecendo a f como a condio para estar e permanecer na comunidade escolhida para as Bodas do Filho (Mt 22.3-6,11; Rm 9.30-31 cp. 10.11-17). Tanto em um texto como em outro, vemos que a f de cada indivduo no uma deciso falsa onde tudo j teria sido decidido de antemo pelo ser supremo (Mt 22.3; Rm 9.33; 10.4,8,11,16-21). Romanos 9 e a Parbola das Bodas Em ambos, o destino dos convidados no est previamente definido (Mt 22.3,5, 11 e 14; Rm 11.20-23). Ambos os textos falam da bondade e tambm da severidade de Deus (Rm 11.22; Mt 22.4,7,9,13). O convite foi feito a todos (Mt 22.9; Rm 10.18) Deus usou de misericrdia para com todos (Mt 22.3,4,9 e 14; Rm 11.32); "Pois no h distino entre judeu e grego, uma vez que o mesmo o Senhor de todos, rico para com todos os que o invocam" (Rm 10.12; Mt 22.9 e 14). Romanos 9 e a Parbola das Bodas A Parbola conta que aqueles que recusaram o convite receberam mais que uma oportunidade (Mt 22.4; Rm 10.21), e Paulo ensina que se os judeus "no permanecerem na incredulidade, sero enxertados; pois Deus poderoso para os enxertar de novo" (Rm 11.23, cp. Rm 10.1). Ambos os texto falam que "nem todos obedeceram ao Evangelho" (Mt 22.3-6; Rm 10.16), tal recusa no foi por predestinao, falta de oportunidade ou incapacidade, mas, simplesmente, porque "no quiseram" (Mt 22.3; Rm 11.21). Ambos os textos tambm falam do severo juzo de Deus sobre os incrdulos que desprezam a sua graa (Mt 22.7,13; Rm 11.10, 20-22).