Reflexão filosófica por Tânia Martinho, 10º A3, sob orientação da professora Carla Sardinha.
Biblioteca da Escola Secundária Dr. Jorge Augusto Correia, Tavira
Reflexão filosófica por Tânia Martinho, 10º A3, sob orientação da professora Carla Sardinha.
Biblioteca da Escola Secundária Dr. Jorge Augusto Correia, Tavira
Reflexão filosófica por Tânia Martinho, 10º A3, sob orientação da professora Carla Sardinha.
Biblioteca da Escola Secundária Dr. Jorge Augusto Correia, Tavira
Direo de Servios da Regio do Algarve ES/3EB Dr. Jorge Augusto Correia; EB 2,3 D. Paio Peres Correia; EB1 n2 Tavira; EB1/JI Conceio; EB1 Cabanas
FILOSOFIA POLTICA: tica e Direito Princpio meritocrtico e justia social
Segundo Rawls, ainda que o princpio meritocrtico recompense aqueles que mais se empenham, este no por si s suficiente para que haja, de facto, justia social. Porqu? [Justifica fundamentadamente a tua resposta]
O princpio meritocrtico estabelece que as pessoas que mais se empenham devem ser recompensadas, ou seja, que o esforo e o trabalho devem ser motivo para que as pessoas sejam recompensadas. Segundo Rawls, este princpio, por si s, no suficiente para que haja, de facto, justia social. E porqu? Porque Rawls considera que as pessoas numa situao normal no se encontram numa situao de igualdade e que isso influenciar o esforo que ter de ser feito por cada uma delas. Logo, no seria totalmente justo recompensar as pessoas pelo seu esforo, uma vez que se encontram em situaes desiguais e tm de realizar esforos diferentes. Por exemplo, um rapaz oriundo de uma famlia abastada e que durante a sua educao sempre teve acesso a livros, a ajudas, nomeadamente, explicaes, entre outras coisas, sempre teve o desejo de entrar na Universidade de Harvard, a melhor Universidade. Um outro rapaz tambm possua o mesmo desejo, porm era oriundo de uma famlia que possua pouco dinheiro, e, por isso, durante a sua educao, no teve acesso a livros e nunca lhe foi possvel frequentar explicaes, entre outras coisas. Estes dois rapazes querem a mesma coisa, porm encontram-se numa situao de desigualdade, ou seja, partem de pontos de partida diferentes. O rapaz oriundo da famlia com menos posses monetrias parte de uma posio mais afastada, comparativamente com o outro. Perante isto, o esforo e o trabalho realizados pelo rapaz mais favorecido superior ao do rapaz menos favorecido, que parte de uma posio mais longnqua? Este exemplo ilustra bem a razo por que Rawls considera o princpio meritocrtico insuficiente para a justia social, pois, devido a situaes de desigualdade, os esforos e trabalhos realizados so tambm desiguais.
Tnia Martinho, 10 A3
Trabalho orientado pela professora Carla Sardinha. Junho 2014