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2010

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Revista
“Sábado”

[“INVESTIGAÇÃO” AO
UNIVERSO SECRETO DA
MAÇONARIA]
“INVESTIGAÇÃO” o universo secreto da maçonaria
AS LIGAÇÕES PODEROSAS DA ORGANIZAÇÃO QUE NÃO QUER APARECER

A MAÇONARIA POR DENTRO

São militantes do PS, do PSD e do CDS, são ministros, diplomatas, magistrados,


médicos, juristas e elementos dos serviços secretos.

De venda negra a cobrir os olhos, com a perna esquerda das calças arregaçada e uma parte
do peito completamente à mostra, aquele que ainda hoje é um dos homens mais influentes
de Portugal conseguia apenas distinguir sons, vozes e instruções dadas pelo venerável
mestre da loja maçónica a que estava prestes a aderir como maçon aprendiz. Na derradeira
prova antes de poder ser um membro de pleno direito do Grande Oriente Lusitano (GOL),
fizeram-no dar três voltas completas, de olhos vendados, ao templo maçónico - todas elas
com um significado simbólico. Sempre acompanhado pelo mestre de cerimónias, o homem
que se certifica de que o ritual é escrupulosamente cumprido, superou o teste. Pelo
caminho, teve de ouvir barulhos de espadas a bater no chão e mulheres a bater nas
madeiras e teve de sentir o calor do fogo e a temperatura fria da água. Já com os percursos
feitos sempre da esquerda para a direita da loja; que é como quem diz das trevas para a luz -
, mas ainda de olhos vendados, foi conduzido ao altar. Estava na altura de finalmente ser
iluminado pela figura do venerável. Ao cair da venda, veria a luz.

Viu mais do que isso: um conjunto de homens com aventais de cores e disposições
variadas, alinhados como numa parada militar. À sua frente, o líder da loja levantou uma
espada que atravessava o testamento maçónico que escrevera antes de entrar na loja, numa
câmara escura e sombria, com caveiras humanas desenhadas nas paredes. Nesse pedaço de
papel registara as suas últimas reflexões profanas, que começavam agora a ser
despedaçadas pelas chamas. Jorge Coelho - um dos mais influentes militantes da história
do Partido Socialista estava a entrar num mundo desconhecido da maior parte dos
portugueses: - o universo secreto da maçonaria.

ANTES DELE - QUE CHEGOU ao GOL há pelo menos seis anos, durante o
grãomestrado de Eugénio de Oliveira (1996 / 02) -, muitas outras figuras influentes da
sociedade portuguesa passaram pelo ritual iniciático. Entre elas, Almeida Santos (ex-
presidente da Assembleia da República), António Vitorino (antigo ministro socialista da
Defesa e excomissário europeu), João Soares (ex-presidente da Câmara Municipal de
Lisboa), João Cravinho (ex-ministro das Obras Públicas e actual administrador do Banco
Europeu para a Reconstrução e Desenvolvimento), Ricardo Sá Fernandes (advogado e ex-
secretário de Estado dos Assuntos Fiscais), Maldonado Gonelha (administrador da Caixa
Geral de Depósitos e exministro da Saúde), Isaltino Morais (presidente da Câmara
Municipal de Oeiras) e António de Sousa Lara (ex-subsecretário de Estado da Cultura de
um governo de Cavaco Silva e professor, que acabou envolvido no escândalo da
Universidade Moderna). Esta é uma curta lista entre milhares de nomes, divididos por
várias obediências - as mais representativas são o Grande Oriente Lusitano (GOL),
liderado pelo ex-deputado sodalista António Reis, e a Grande Loja Regular de Portugal
(GLRP), dirigida pelo escritor Mário Martin Guia - que se movem em todos os sectores
de actividade. É a acção conjunta destes homens, que se reúnem entre as paredes discretas
dos templos maçónicos, repletos de símbolos e artefactos, que forma o designado "lóbi
maçónico".

O último episódio demonstrativo da proximidade entre a maçonaria e o poder surgiu na


mais recente remodelação governamental. António Costa saiu para ser candidato à Câmara
Municipal de Lisboa e, para seu sucessor na pasta da Administração Interna, foi designado
Rui Pereira, que hoje é visto como um dos nomes mais fortes do GOL. Fez parte da Loja
Convergência, liderada por Luís Nunes de Almeida, o ex-presidente do Tribunal
Constitucional (TC) falecido em 2004 e em cujo funeral maçons de várias lojas e
obediências fizeram - sem o conhecimento do prior Horácio Correia, responsável pela
Basílica da Estrela – uma cadeia de união (ritual maçónico em que todos dão as mãos e
proferem as últimas palavras de homenagem ao morto). O acto decorreu discretamente na
casa mortuária, longe dos olhos de elementos não maçons, os "profanos".

Frequentador assíduo destas e de outras reuniões maçónicas, Rui Pereira dividiu


ultimamente tarefas entre a visível coordenação da Unidade de Missão para a Reforma
Penal e a presidência-sombra do Supremo Tribunal Maçónico, que acabou por
abandonar, segundo fontes do GOL, quando foi há poucos meses escolhido pelo PS para
integrar o Tribunal Constitucional. Hoje faz parte da Loja Luís Nunes de Almeida - criada
em homenagem ao jurista falecido após a cisão registada na Loja Convergência, que
continuou a ter, entre outros membros, Luís Fontoura, social-democrata e ex-secretário de
Estado da Cooperação dos governos de Balsemão, e Abel Pinheiro, administrador da Grão-
Pará e o ex-homem-forte das finanças do CDS, arguido no processo judicial Portucale.
Contactado, Abel Pinheiro assume uma ligação de mais de 20 anos à maçonaria,
considerando que esta “não tem qualquer espécie de poder”.

SE NÃO TEM PODER oficialmente, pelo menos está "representado" em vários órgãos de
poder. Rui Pereira, o actual ministro da Administração Interna, já foi director, entre 1997
e 2000, do Serviço de Informações de Segurança (SIS) e mantém desde então relações
próximas com o mundo da espionagem portuguesa. Rui Pereira - que não quis falar sobre
a sua ligação à maçonaria - é também olhado como uma ponte entre o GOL e a GLRP
[Grande Loja Regular de Portugal], através do seu grande amigo José Manuel Anes. Além
de ser hoje grão-mestre honorário da GLRP, Anes é director da revista maçónica Aprendiz
e da publicação Segurança e Defesa, lançada em Outubro de 2006 pela editora Diário de
Bordo, e onde escrevem vários elementos ligados aos serviços secretos.

Os membros da maçonaria têm marcado presença na definição das opções do País, em


especial junto de governos socialistas. Há áreas em que os maçons actuaram desde sempre,
como a administração interna e os serviços de informações, e outras em que a sua
influência é grande. Os governos de António Guterres são um exemplo claro. Jorge
Coelho, enquanto ministro da Administração Interna, teve como secretário de Estado
Armando Vara - outro maçom, que hoje é administrador da Caixa Geral de Depósitos,
nomeado pelo Governo. No exercício das suas competências, Coelho nomeou em 1997,
para dirigir o SIS, Rui Pereira, que acabou por sair três anos depois para ocupar o cargo
de secretário de Estado da Administração Interna. Jorge Coelho - que não quis falar de
maçonaria ("Nunca falei disso com ninguém, mas vou ter muito gosto em ler o artigo") - já
então tinha trocado a pasta da Administração Interna pela do Equipamento Social e Rui
Pereira ficou sob a alçada de Alberto Costa, hoje ministro da Justiça e que desmentiu
qualquer ligação à maçonaria. NESSE MESMO GOVERNO, em 2000, Fausto Correia,
outro histórico do Grande Oriente Lusitano, ocupou o cargo de secretário de Estado adjunto
do ministro de Estado, o seu amigo e "irmão" Jorge Coelho. Noutra área, a dos Assuntos
Fiscais, estava o advogado de Carlos Cruz no processo Casa Pia, Ricardo Sá Fernandes,
também ele membro do GOL. Mas a presença dos maçons no executivo de António
Guterres não pára aqui.

Na área da Habitação estava Leonor Coutinho, há muito mestre na Grande Loja


Feminina de Portugal. O secretário de Estado da Saúde era José Miguel Boquinhas
(maçom e amigo de Jorge Coelho, de quem passou a ser sócio numa clínica de exames
laboratoriais, a Fisiocontrol), que chegou a candidatar-se, há cerca de três anos, a
bastonário da Ordem dos Médicos com fortes apoios de médicos (até sindicalistas) maçons.
Acabou por perder para Pedro Nunes, o actual bastonário, que por sua vez sucedeu a
Germano de Sousa, outro elemento do GOL. Também Rui Cunha, um maçom do GOL
recentemente nomeado pelo Governo para provedor da Santa Casa da Misericórdia de
Lisboa, foi secretário de Estado adjunto do ministro do Trabalho e da Solidariedade. Ainda
no mesmo Executivo, Armando Vara, depois de ter desempenhado as funções de
secretário de Estado da Administração Interna, foi nomeado ministro da Juventude e do
Desporto. Carlos Zorrinho, que era na altura secretário de Estado adjunto do ministro da
Administração Interna, entrou há pouco para o GOL.

Segunda-feira, 18h30, Janeiro de 2007. Dois homens de fato escuro e gravata saem do n.º
17 da Rua João Saraiva, em Alvalade, e atravessam apressadamente a estrada neste fim de
tarde já escuro. Dirigem-se a uma carrinha cinzenta Citroën C5. Abrem a mala, retiram
aquilo que parecem roupas dobradas e uma maleta de cabedal preto, com pequenas rodas,
que um deles arrasta pelo chão. Num instante, já estão a regressar ao edifício, mas ainda
falta cerca de meia hora para a reunião da Loja Mercúrio, talvez a mais secreta da
maçonaria regular portuguesa. À medida que o tempo vai passando, começam a chegar os
carros. Um BMW 520i segue devagar, o motorista leva-o algumas dezenas de metros
adiante, dobra a esquina e estaciona. Jorge Silva Carvalho, o chefe de gabinete que o
secretário-geral do SIRP (Serviço de Informações da República Portuguesa) requisitou ao
SIS, sai do banco traseiro, ajeita o fato azul-escuro e põe-se calmamente a caminho,
deixando para trás o carro que é propriedade da secreta militar e que, desde 2002, foi
cedido ao gabinete do director do SIRP, Júlio Pereira. Quase no mesmo instante, mas do
outro lado da rua, o motorista de um BMW propriedade da Câmara Municipal de Oeiras
estaciona e um homem sai apressado em direcção ao edifício degradado. É Isaltino
Morais, que se junta a Emanuel Martins, líder do PS de Oeiras e um dos 17 maçons
presentes na reunião de irmãos que se vai prolongar por mais de duas horas. Emanuel
Martins tem sido o principal responsável pelo facto de Isaltino Morais ainda não ter caído
da presidência da câmara: contra todas as expectativas, o líder da oposição tem vindo a
manifestar solidariedade para com o autarca e seu "irmão", acusado pelo Ministério Público
dos crimes de corrupção, branqueamento de capitais e abuso de poder. Questionado sobre o
assunto, Isaltino Morais não quis falar. Por essa altura, já outros carros topo de gama
procuram estacionamento. Alguns estão a coberto do anonimato assegurado pelos registos -
uns são Mercedes em leasing, outros são Audis registados em nome de empresas. Outros
nem tanto, como são o caso de um Citroën C5 azul guiado por Paulo Miranda, o homem
que foi vice-presidente do Conselho Nacional do CDS, ou o Opel Vectra que é propriedade
do ex-reitor da Universidade Moderna, Britaldo Rodrigues.

Hoje é dia de iniciações de aprendizes, gente que vai entrar nos segredos da maçonaria. Um
homem de cerca de 50 anos parece perdido. Olha para os edifícios em redor, agarra no
telemóvel e obtém a confirmação do número da porta. Lá dentro, no andar superior ao
corredor dos Passos Perdidos (onde são afixados os nomes de quem está em vias de ser
iniciado), José Moreno, o social-democrata subdirector do Gabinete de Planeamento do
Ministério das Finanças, e Paulo Noguês, especialista em marketing político e
institucional, estão a postos para iniciar os rituais secretos da Grande Loja Regular de
Portugal, que serão inevitavelmente seguidos de um ágape, uma espécie de convívio de
homenagem aos recém-admitidos.

OS NOVOS “IRMÃOS” terão aí a oportunidade de, pela primeira vez, tomar contacto
com a linguagem codificada da instituição: obedecendo às instruções dos mestres (o grau
máximo que se pode atingir numa loja maçónica), pegam num "canhão" (copo), "carregam-
no" (enchem-no) de "pólvora forte branca" (vinho branco) ou, em alternativa, de "pólvora
forte vermelha"ite (vinho tinto) ou de "pólvora explosiva" (champanhe); "alinham"
(colocam os copos em linha) e "fazem fogo" (bebem). A bebida é frequentemente
acompanhada de "materiais" (comida). Há quem opte por colocá-los na "telha" (prato),
agarrando na "trolha" (colher) ou no "tridente" (garfo), para de seguida "demolir os
materiais" (mastigar). Para que o ambiente permaneça descontraído, é possível
experimentar "pólvora do Líbano" (tabaco) ou "fazer fogo" com "pólvora fulminante"
(licor). Normalmente este ritual tem lugar na sede da própria obediência, mas o edifício
degradado em que funciona a maçonaria regular, situado em Alvalade, não é propício a
grandes convívios. Resultado: os "irmãos" preferem carregar a simbologia para o
restaurante mais próximo, onde discretamente convivem ao jantar. Como aconteceu nessa
noite.

A GLRP é uma verdadeira salada de frutas de políticos. Reúne socialistas e monárquicas,


sociais-democratas e centristas. Todos se dizem homens bons à procura do
aperfeiçoamento individual e da humanidade, mas poucos se questionam sobre alguns dos
episódios polémicos daquela obediência em Portugal, como o da estratégia montada
durante largos meses pela direcção da Grande Loja para conseguir uma nova sede - um
palacete situado em pleno Príncipe Real, em Lisboa - cedida pelo ex-presidente da Câmara
de Lisboa, Carmona Rodrigues. Para "seduzir" o agora recandidato, a GLRP até lhe
atribuiu uma importante condecoração maçónica, a grã-cruz da Ordem Honorífica Gomes
Freire de Andrade. A divulgação do caso em Abril, levou o vereador do Bloco de
Esquerda, José Sá Fernandes, a fazer um requerimento para saber exactamente o que tinha
sido acordado. Nunca obteve resposta, mas, ao que tudo indica, o palacete vai mesmo
chegar às mãos da GLRP. De resto, o universo da autarquia lisboeta é um autêntico
caldeirão maçónico. Sabe-se que o antigo chefe de gabinete de Carmona Rodrigues, Cal
Gonçalves, é maçom. O mesmo sucede com vários membros da oposição no PS Lisboa,
como Rui Paulo Figueiredo, que pertence à Loja Mercúrio, ou Miguel Coelho, líder da
distrital do partido, Dias Baptista, líder do PS na autarquia, ou ainda Rosa do Egipto
(recém-nomeado administrador da EPUL), Arnaldo João (advogado e ex-EPUL) e
Gonçalo Velho (PS de Carnide). Em declarações, José Manuel Anes afirma que ainda não
acredita que o negócio em causa estivesse em marcha: "Estou profundamente triste pelo
que li na vossa revista. Fiquei de boca aberta. A minha sensibilidade maçónica ficou
ofendida". Nandim de Carvalho, ex-grão-mestre da GLRP, não percebe Anes: "Isso não
tem ponta por onde se lhe pegue. É uma declaração ininteligível." E Nandim de Carvalho
não fica incomodado com o secretismo com que toda a operação estava a ser planeada.

SEGUNDO DOCUMENTOS a que teve acesso, também já houve comendas atribuídas


aos presidentes das Câmaras de Setúbal e Palmela, respectivamente, Carlos Sousa e Ana
Teresa Vicente. As autarquias são outro dos sectores onde a maçonaria também tenta
ter uma presença forte. Em Maio e Junho de 2001, o GOL organizou a exposição
Maçonaria na Figueira, realizada no museu camarário. Em documentos internos da
organização que se consultou, é destacado o "empenho e o profissionalismo" de diversas
pessoas. Entre elas, o então vereador social-democrata Miguel Almeida. Melhor, o
"irmão" Miguel Almeida, que seria braço-direito de Santana Lopes na Câmara de Lisboa,
e que por diversas vezes o aconselhou a visitar o GOL e a subsidiar vários eventos da
instituição. O actual deputado sublinha que não lhe repugna que os membros da instituição
procurem ajudá-la. "Se for para defender os valores da casa, não acho mal, pelo contrário",
afirma. Será apenas coincidência, mas os maçons estão sempre a encontrar-se nas
autarquias. Ainda nas últimas eleições, depois de Manuel Maria Carrilho ter feito uma
manobra de antecipação, anunciando a disponibilidade para ser candidato do PS a Lisboa,
João Soares, expresidente da Câmara, resignou-se ao facto de ter de se candidatar à
liderança de outra cidade. Acabou por conseguir ser a aposta do PS a Sintra. O coordenador
autárquico do partido era o seu "irmão" Jorge Coelho. Uma curiosidade: João Soares é um
maçom sui generis. Na sua loja recusa-se terminantemente a usar o tradicional avental, por
considerar que é "abichanado". Em declarações, João Soares confirma: "Uso avental em
casa, não sou pessoa de grandes rituais. Estou lá pelo espírito republicano e laico da
organização". Um espírito que é defendido intransigentemente pelo grão-mestre António
Reis. "Não telecomandamos pessoas ou grupos. Faço uma distinção total entre a
espiritualidade ética e laica e os grupos de pressão que não somos", diz. Vítor Ramalho,
deputado do PS e maçom assumido, tem mais dúvidas. "Vejo com grande criticismo a
entrada de certas pessoas e houve um período em que a maçonaria abriu as portas de forma
menos avisada", refere.

Resumindo: todos terão a consciência de que para manter o espírito puro é necessário muito
esforço interno. Se não, veja-se a declaração de princípios da lista encabeçada em 2002 por
António Arnaut, na qual se mencionava a corrupção e o compadrio nos partidos políticos,
defendendo-se até a existência de um "novo tipo de prática maçónica" que levasse os
"irmãos" para longe das disputas partidárias, tanto mais que os partidos, "que deviam ser
intérpretes do interesse nacional e escolas de civismo", se transformaram em "máquinas de
conquista de poder e agendas de emprego". O diagnóstico era, portanto, desanimador. "A
corrupção alastra, o compadrio substitui o mérito, o interesse material oblitera o dever de
servir a comunidade", dizia o documento, apontando outros potenciais culpados: "São as
multinacionais que inspiram certas leis e são os canais de televisão que ditam as regras,
criam factos políticos e impõem a obscenidade."

EM 1998, Fernando Negrão, o actual candidato do PSD à Câmara de Lisboa, que era então
director da Polícia Judiciária, afirmou ao jornal Expresso que a maçonaria "com certeza
democratizará a sua visibilidade". Inquirido pelo mesmo jornal, Jorge Coelho, que era
ministro da Administração Interna, disse que não faria sentido uma investigação sobre
quem é quem na maçonaria portuguesa porque a época das perseguições já passara. O
ponto de vista do exdirigente socialista parece ter vingado: na discussão que decorreu no
ano passado no Parlamento, os deputados esclareceram muito bem quais seriam as novas
regras do registo público de interesses a vigorar a partir de 2009. De fora ficaram, por
proposta do PS e com a abstenção de toda a oposição, as ligações à maçonaria.

O desejo de secretismo sobre os membros da instituição vem de longe e mantém-se até


hoje. Até para se reconhecerem em público os maçons utilizam códigos. Um exemplo: dois
"irmãos" estão a falar em público sobre um qualquer assunto da loja a que pertencem. Um
deles percebe que há um "profano" que se aproxima. Para avisar o interlocutor, diz a
seguinte frase: "Está a chover." Outro ainda: um membro desconfia, mas não tem a certeza,
de que uma pessoa que se prepara para conhecer é maçom. Para o confirmar, ao
cumprimentá-la dá-lhe três toques com o polegar. Se houver resposta igual, é um "irmão".
Outra forma de se reconhecerem: num jantar de grupo, um maçom pensa estar frente a
outro maçom, embora não esteja certo disso. Para o saber, olha para ele enquanto coloca a
pala da mão aberta sobre o próprio pescoço. Se a resposta for semelhante, o mistério está
desfeito. ANTÓNIO ARNAUT - que, em 1978, enquanto ministro dos Assuntos Sociais,
protagonizou um dos episódios mais sintomáticos da influência da maçonaria na sociedade
civil, ao colocar em discussão o projecto de lei que criaria o Serviço Nacional de Saúde
primeiro na sua loja maçónica e só depois no Parlamento - desempenhou um papel
importante na relativa abertura da instituição. Ao contrário do que sucedeu com o seu
antecessor - o coronel Eugénio de Oliveira, que usava o nome simbólico de Gandhi na
Loja O Futuro, onde Afonso Costa (chefe de alguns Governos durante a I República)
também esteve - o grão-mestre defendeu maior divulgação da natureza e dos princípios do
GOL. Foi por isso que abriu as portas do palacete situado no Bairro Alto, em Lisboa, a
personalidades como Jorge Sampaio, D. Duarte, Pedro Santana Lopes ou Jaime Gama, que
na altura declarou que era o primeiro presidente da Assembleia da República não maçom
de Portugal. Não era. O seu antecessor, Mota Amaral, pertence, de facto, a uma
organização igualmente discreta, mas com outro nome - a católica Opus Dei. Em diversos
documentos do GOL e da GLRP a que se teve acesso são feitas referências a encontros com
o poder político e económico, muitos deles secretos: "Há que destacar também a recepção
pelo grão-mestre do GOL de dirigentes de partidos políticos, embaixadores creditados em
Portugal (...)", pode ler-se numa comunicação interna do GOL, que, ao contrário do que
acontece com a GLRP, não revela nomes "profanos" nos seus documentos, optando, por
uma questão de segurança, pela utilização de nomes simbólicos (todos os maçons têm um)
ou, no caso de se tratar de representantes institucionais exteriores ao GOL, pela inscrição
das iniciais dos seus nomes.

A maçonaria está por todo o lado. Para intervir activamente na sociedade civil, cria as
chamadas instituições para-maçónicas. Entidades como a Academia das Ciências de
Lisboa, a Universidade Livre, os Pupilos do Exército, a Voz do Operário, a editora Hugin
ou o Montepio Geral foram pensadas primeiro em lojas maçónicas e só depois lançadas na
sociedade civil, normalmente com maçons na sua direcção. Foi isso que aconteceu também
com a Universidade Moderna. Um professor maçom que esteve ligado ao projecto desde o
início garante que a ideia foi desenvolvida na maçonaria. "O José Júlio Gonçalves e o
Oliveira Marques [historiador que morreu recentemente] estavam em conflito porque os
dois queriam ser reitores", afirma. "Nessa altura, a ideia era chamar-lhe Europa, mas um dia
o José Júlio, que era quem tinha arranjado forma de viabilizar o projecto, perdeu a
paciência e disse ao Oliveira Marques para fazer a sua própria universidade. Foi quando
criou a Moderna." A versão é contestada por Nandim de Carvalho, fundador e primeiro
presidente da Assembleia Geral da Universidade, que garante que Oliveira Marques "não
teve participação" na ideia. O projecto acabaria por dar origem a um dos maiores
escândalos políticos dos últimos 20 anos, prejudicando a imagem da maçonaria, sobretudo
da GLRP. E também a de alguns políticos, como Paulo Portas, que foi o primeiro gestor da
empresa de sondagens da universidade, a Amostra, e que conduzia um Jaguar da Moderna,
ou Santana Lopes, que também geriu a Amostra e que tinha ao serviço um Mercedes Classe
A - carros disponibilizados por José Braga Gonçalves, administrador da universidade,
filho de José Júlio Gonçalves e membro da maçonaria da Casa do Sino.
“OS PERSONAGENAGENS”
AS LIGAÇÕES PODEROSAS DA ORGANIZAÇÃO QUE NÃO QUER APARECER

“A MAÇONARIA POR DENTRO”

Estrutura dirigente da GLRP


Mário Martins Guia - Grão-mestre / Norton de Matos

José Moreno - Vice-grão-mestre / Mercúrio

Júlio Meirinhos - Vice-grão-mestre / Rigor

Paulo Noguês - Assistente de grão-mestre / Brasília

Luís Lopes - Assistente de grão-mestre / Marquês de Pombal

R. LeIé - Assistente vice-grão-mestre moreno I Mestre Afonso Domingues

A. Rente - Assistente vice-grão-mestre meirinhos / Egitânia

José Coelho Antunes - Grande secretário INorton de Matos

I. Fonseca Vice-grande secretário / Norton de Matos

Manuel Martins da Costa - Assistente de / grande secretário / Marquês de Pombal

Mário Gil Damião da Silva - Assistente de grande secretário I Norton de Matos

J. A. Ferreira - Grande correio-mor / Estrela da Manhã

Alcides Guimarães - Primeiro grande vigilante / Rei Salomão

L Homem - Segunda grande vigilante / Conímbriga

Augusto Castro - Vice-primeiro grande vigilante / Anderson

R. Cruz - Vice-segundo grande vigilante / Portus Calle

Francisco Queiroz - Grande capelão / Teixeira de Pascoaes

Benito Martinez - Vice-gronde capelão / Quinto Império

Mário Máximo - Grande orador / Nova Avalon

H. Veiga - Vice-grande orador / Bispo Alves Martins

Vítor Gabão Veiga - Grande hospitaleiro e esmoler / Soliditas

António Vicente - Grande arquivista e bibliotecário I Harmonia


Arnaldo Matos - Grande porta-estandarte / Miramar

Manuel Cabido Mota - Grande superintendente e guardião do templo / Harmonia

Luís Honrado Ramos - Grande mestre de cerimónias / Almeida Garrett

Miguel Cardina - Primeiro grande experto / Mestre Afonso Domingues

Luís Pombo - Segunda grande experto / Miramar

Esmeraldo Mateus Vivas - Segundo grande experto / Marquês de Pombal

Manuel Pinto - Grande organista / Porto do Graal

Nuno Jordão - Grande porta-espada I Nova luz

J. Ruah - Grande inspector I Mestre Afonso Domingues

João Oliveira e Silva - Grande inspector I Fernando Pessoa

Edgar Gencsi - Grande inspector I Miramar

Manuel Sacavém - Grande inspector / Lusitânia

Nuno Silva - Vice-grande inspector / Fernando Pessoa

José Fernando d’AIte - Vice-grande inspector / Almeida Garrett

G. Ribeiro - Vice-grande inspector I Aristides Sousa Mendes

Manuel Tavares Oliveira - Vice-grande inspector / Anderson

José Oliveira Costa - Assistente grande inspector / Bispo Alves Martins

Armando Anacleto - Assistente grande inspector / Egitânia

António Delfim Oliveira Marques - Assistente grande inspector / Egas Moniz

Jorge Vilela Carvalho - Assistente grande inspector I Astrolábio

Paulo Albuquerque - Assistente grande inspector / Lusitânia

Membros do governo e deputados


Nomes que são da maçonaria ou, em algum momento, foram membros:

Rui Pereira (actual ministro da Administração Interna e ex-director dos serviços secretos)

António Castro Guerra (actual secretário de Estado adjunto, da Indústria e Inovação)

António Arnaut (ex-ministro socialista)

Jorge Coelho (ex-ministro socialista)

António Vitorino (ex-rninistro socialista, entretanto expulso do GOL)


Isaltino Morais (ex-ministro social-democrata e actual presidente da Câmara de Oeiras)

Almeida Santos (ex-ministro e ex-presidente do Parlamento)

João Cravinho (ex-ministro socialista)

Armando Vara (ex-ministro PS e actual administrador da CGD)

Rui Gomes da Silva (deputado e ex-ministro do PSD)

Carlos Zorrinho (ex-secretário de Estado PS e coordenador do Plano Tecnológico)

Fausto Correia (eurodeputado e ex-secretário de Estado socialista)

Juristas, diplomatas e espiões


António Lamego (advogado)

António Pinto Pereira (advogado)

José António Barreiras (advogado)

Diamantino Lopes (ex-vice-bastonário da Ordem dos Advogados)

Rodrigo Santiago (advogado)

Nuno Godinho Matos (advogado)

Guerra da Mata (advogado)

Miguel Cardina (advogado)

Manuel Pinto (advogado)

Luís Moitinho de Oliveira (advogado)

Ricardo Sá Fernandes (advogado e ex-secretário de Estado dos Assuntos Fiscais do PS)

Ricardo da Velha (desembargador jubilado e exparticipante no programa televisivo O Juiz Decide)

Jorge Silva Carvalho (chefe de gabinete de Júlio Pereira, director do Serviço de Informações da
República Portuguesa)

José Manuel Anes (director da revista Segurança e Defesa)

José Fernandes Fafe (diplomata)

Fernando Reino (diplomata jubilado)

Gestores, médicos e militares


Abel Pinheiro (administrador da Grão-Pará)
Maldonado Gonelha (administrador da Caixa Geral de Depósitos e ex-ministro da Saúde
socialista)

Fernando Lima Valadas (gestor da construtora Abrantina)

Amadeu Paiva (administrador da Unicre)

Carlos Monjardino (presidente da Fundação Oriente)

José Miguel Boquinhas (médico, presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar


de Lisboa Ocidental e ex-secretário de Estado socialista)

Germano de Sousa (ex-bastonárioda Ordem dos Médicos)

Cipriano Justo (médico e sindicalista)

Jacinto Simões (médico e ex-director do Hospital de Santa Cruz)

Santinho Cunha (médico legista)

Vasco Lourenço (militar de Abril)

Palma lnácio (ex-resistente antifascista)

Professores, arquitectos, escritores, músicos e outros


José Júlio Gonçalves (ex-reitor da Universidade Moderna)

António de Sousa Lara (professor e exsubsecretário de Estado da Cultura socialdemocrata)

Lemos de Sousa (professor catedrático)

Jorge de Sá (professor e director da empresa de sondagens Aximage)

Fernando Condesso (professor)

José Manuel Fava (arquitecto e ex-sogro de José Sócrates)

Troufa Real (arquitecto)

José Jorge Letria (escritor)

Mário Zambujal (escritor)

José Fanha (escritor)

Fausto (cantor)

Carlos Alberto Moniz (cantor)

José Nuno Martins (apresentador)

Nicolau Breyner (actor)

Moita Flores (argumentista e presidente da Câmara Municipal de Santarém)


Henrique Monteiro (director do jornal Expresso)

João Proença (secretário-geral da UGT)

POSIÇÃO DA IGREJA PERANTE A MAÇONARIA

Por vezes pergunta-se entre nós o que é a Maçonaria e o porquê do antagonismo entre
religião cristã e maçonaria e o motivo por que um cristão, designadamente um católico, não
pode pertencer a associações maçónicas sem trair a sua Fé. É preciso saber que, mesmo
quando a associação maçónica (cuja adesão é vinculativa) não professa declarado ateísmo
ou agnosticismo, a sua concepção de um “Supremo arquitecto do Universo” não é
compatível com a concepção cristã do Deus pessoal dos ensinamentos de Jesus Cristo que
nos são transmitidos pela Igreja. Daí o esclarecimento da S. Congregação da Doutrina da
Fé, com data de 26 de Novembro de 1982: – «Os fiéis que pertencem às associações
maçónicas estão em estado de pecado grave e não podem aproximar-se da Sagrada
Comunhão». «Separar a fé da vida concreta não é bom, nem para a fé, nem para a vida,
pois é exactamente a Vida verdadeira que celebram na Ceia do Senhor.» «Um católico,
consciente da sua fé e que celebra a Eucaristia, não pode ser mação, e se o for
convictamente, não pode celebrar a eucaristia». – Cardeal-Patriarca, D. José Policarpo,
in Nota Pastoral da Quaresma de 2005.

Aliás, escreve o maçom Manuel Borges Grainha, na sua História da Maçonaria em


Portugal, editada em 1913, reeditada em português da edição francesa em 1976 (Edit.
Veja), na pág. 44: - «O Grande Arquitecto do Universo não é certamente o Jeová hebraico
nem o Deus cristão: é a maneira filosófica de representar as forças criadoras e impulsivas
da Natureza»

A. Rente - (GLRP) - Assistente vice-grão-mestre meirinhos / Egitânia Abel Pinheiro


(administrador da Grão-Pará // e ex-homem forte das finanças do CDS “assume uma
ligação de mais de 20 anos à maçonaria”) Arguido no processo judicial Portucale. Alcides
Guimarães - (GLRP) - Primeiro grande vigilante / Rei Salomão Almeida Santos (ex-
rninistro e ex-presidente do Parlamento) Amadeu Paiva (administrador da Unicre) António
Arnaut, (PS) em 1978, ex-ministro dos Assuntos Sociais em 2002, assinava uma declaração
de princípios que denunciava a corrupção e o compadrio nos partidos políticos,
defendendo-se até a existência de um "novo tipo de prática maçónica". António Castro
Guerra (actual secretário de Estado adjunto, da Indústria e Inovação) António de Sousa
Lara (ex-subsecretário de Estado da Cultura de um governo de Cavaco Silva e professor e
ex-subsecretário de Estado da Cultura, social-democrata, que acabou envolvido no
escândalo da Universidade Moderna). António Delfim Oliveira Marques - (GLRP) -
Assistente grande inspector / Egas Moniz António Lamego (advogado) António Pinto
Pereira (advogado) António Reis, ex-deputado sodalista, grão-mestre do Grande Oriente
Lusitano (GOL), António Vicente - (GLRP) - Grande arquivista e bibliotecário / Harmonia
. António Vitorino (antigo ministro socialista da Defesa e excomissário europeu), entretanto
expulso do GOL. Armando Anacleto - Assistente grande inspector / Egitânia Armando
Vara, depois de ter desempenhado as funções de secretário de Estado da Administração
Interna, foi nomeado ministro da Juventude e do Desporto. Hoje é administrador da Caixa
Geral de Depósitos, nomeado pelo Governo. Arnaldo João (advogado da ex-EPUL).
Arnaldo Matos - (GLRP)- Grande porta estandarte / Miramar Augusto Castro - (GLRP) -
Vice-primeiro grande vigilante / Anderson Benito Martinez - (GLRP)- Vice-grande capelão
/ Quinto Império Cal Gonçalves, (GLRP),antigo chefe de gabinete de Carmona Rodrigues é
maçon. O mesmo sucede com vários membros da oposição no PS Lisboa. Carlos Alberto
Moniz (cantor) Carlos Monjardino (presidente da Fundação Oriente) Carlos Zorrinho, ex-
secretário de Estado adjunto do ministro da Administração Interna e coordenador do Plano
Tecnológico, entrou há pouco para o GOL.

Cipriano Justo (médico e sindicalista) Diamantino Lopes (ex-vice-bastonário da Ordem dos


Advogados) Dias Baptista (líder do PS na autarquia/Lisboa) Edgar Gencsi - (GLRP)-
Grande inspector / Miramar Emanuel Martins (líder do PS de Oeiras, apoiante de Isaltino
de Morais na Câmara) Esmeraldo Mateus Vivas - (GLRP) - Segundo grande experto /
Marquês de Pombal. Eugénio de Oliveira, coronel, [GOL] grão-mestre, (de 1996/02) que
usava o nome simbólico de Gandhi na Loja O Futuro, onde esteve Afonso Costa; defendeu
maior divulgação da natureza e dos princípios do GOL Fausto (cantor) Fausto Correia, -
(PS) euro-deputado, outro histórico do Grande Oriente Lusitano; em 2000, no governo de
Guterres, ocupou o cargo de secretário de Estado adjunto do ministro de Estado, o seu
amigo e "irmão" Jorge Coelho. Fernando Condesso (professor) Fernando Lima Valadas
(gestor da construtora Abrantina) Fernando Reino (diplomata jubilado) Francisco Queiroz -
(GLRP) - Grande capelão / Teixeira de Pascoaes. G. Ribeiro - (GLRP)- Vice-grande
inspector I Aristides Sousa Mendes. Germano de Sousa (ex-bastonárioda Ordem dos
Médicos. Outro elemento do GOL.) Gonçalo Velho (PS de Carnide) Guerra da Mata
(advogado) H. Veiga - (GLRP) - Vice-grande orador / Bispo Alves Martins Henrique
Monteiro (director do jornal Expresso) I. Fonseca - (GLRP)- Vice-grande secretário /
Norton de Matos Isaltino Morais (ex-ministro social-democrata e actual presidente da
Câmara de Oeiras) PSD. J. A. Ferreira - (GLRP) - Grande correio-mor / Estrela do Manhã
J. Ruah - (GLRP) - Grande inspector I Mestre Afonso Domingues Jacinto Simões (médico
e ex-director do Hospital de Santa Cruz) João Cravinho (ex-ministro socialista das Obras
Públicas e actual administrador do Banco Europeu para a Reconstrução e
Desenvolvimento), João Oliveira e Silva - (GLRP)- Grande inspector I Fernando Pessoa
João Proença (secretário-geral da UGT)

João Soares (ex-presidente da Câmara Municipal de Lisboa), GOL, é um maçon sui


generis. Na sua loja recusa-se terminantemente a usar o tradicional avental, por considerar
que é "abichanado". Jorge Coelho - (ex-ministro socialista um dos mais influentes
militantes da história do Partido Socialista enquanto ministro da Administração Interna,
teve como secretário de Estado em 1997, Rui Pereira. Jorge de Sá (professor e director da
empresa de sondagens Aximage) Jorge Silva Carvalho (chefe de gabinete de Júlio Pereira,
director do Serviço de Informações da República Portuguesa - SIRP) Jorge Vilela Carvalho
- (GLRP) - Assistente grande inspector I Astrolábio José António Barreiras (advogado)
José Braga Gonçalves (membro da maçonaria da Casa do Sino; administrador da
Universidade Moderna) José Coelho Antunes - (GLRP) - Grande secretário I Norton de
Matos José Fanha (escritor) José Fernandes Fafe (diplomata) José Fernando d’Alte -
(GLRP) - Vice-grande inspector / Almeida Garrett José Jorge Letria (escritor) José Júlio
Gonçalves, (GLRP) ex-reitor da Universidade Moderna. José Manuel Anes. Além de ser
hoje grão-mestre honorário da GLRP, é director da revista maçónica Aprendiz e da
publicação Segurança e Defesa, lançada em Outubro de 2006 pela editora Diário de Bordo,
e onde escrevem vários elementos ligados aos serviços secretos.

José Manuel Fava (arquitecto e ex-sogro de José Sócrates) José Miguel Boquinhas (médico,
presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental e ex-
secretário socialista de Estado da Saúde) maçon e amigo de Jorge Coelho, de quem passou
a ser sócio numa clínica de exames laboratoriais, a Fisiocontrol. José Moreno - (GLRP) -
Vice-grão-mestre / Mercúrio (social democrata, subdirector do Gabinete de Planeamento do
Ministério das Finanças) José Nuno Martins (apresentador) José Oliveira Costa - (GLRP)-
Assistente grande inspector / Bispo Alves Martins. Júlio Meirinhos - (GLRP) - Vice-grão-
mestre / Rigor L Homem - (GLRP) - Segunda grande vigilante / Conímbriga Lemos de
Sousa (professor catedrático) Luís Fontoura, social democrata e ex-secretário de Estado da
Cooperação dos governos de Balsemão.

Luís Honrado Ramos - (GLRP) - Grande mestre de cerimónias / Almeida Garrett . Luís
Lopes - (GLRP) - Assistente de grão-mestre / Marquês de Pombal Luís Moitinho de
Oliveira (advogado) . Luís Nunes de Almeida, o ex-presidente do Tribunal Constitucional
(TC) falecido em 2004, mestre da Loja Convergência. (Rito maçónico efectuado
abusivamente na Capela mortuária da Basílica da Estrela ). Luís Pombo - (GLRP) -
Segunda grande experto / Miramar Maldonado Gonelha (socialista, administrador da Caixa
Geral de Depósitos e ex-ministro da Saúde) Manuel Cabido Mota - (GLRP) - Grande
superintendente e guardião do templo / Harmonia Manuel Martins da Costa - (GLRP) -
Assistente de / grande secretário / Marquês de Pombal Manuel Pinto - (GLRP) - Grande
organista / Porto do Graal - (advogado) Manuel Sacavém - (GLRP) - Grande inspector /
Lusitânia Manuel Tavares Oliveira - (GLRP) - Vice-grande inspector / Anderson Mário Gil
Damião da Silva - (GLRP) - Assistente de grande secretário I Norton de Matos Mário
Martins Guia - (GLRP) - Grão-mestre / Norton de Matos – (escritor) Mário Máximo -
(GLRP) - Grande orador / Nova Avalon Mário Zambujal (escritor) Miguel Almeida, social-
democrata maçon, que terá sido o braço direito de Santana Lopes na Câmara de Lisboa.
Miguel Cardina - (advogado) (GLRP) - Primeiro grande experto / Mestre Afonso
Domingues. Miguel Coelho, líder da distrital do partido. Miguel de Almeida (deputado; ex-
vereador social democrata do GOL) Moita Flores (argumentista e presidente da Câmara
Municipal de Santarém) Nandim de Carvalho ((ex-grão-mestre da GLRP) Nicolau Breyner
(actor) Nuno Godinho Matos (advogado) Nuno Jordão - (GLRP) - Grande porta-espada I
Nova luz Nuno Silva - (GLRP) - Vice-grande inspector / Fernando Pessoa Oliveira
Marques, (GLRP) historiador que morreu recentemente. Palma lnácio (ex-resistente
antifacista) Paulo Albuquerque - (GLRP) - Assistente grande inspector / Lusitânia Paulo
Miranda, o homem que foi vice-presidente do Conselho Nacional do CDS, Paulo Noguês -
(GLRP) - Assistente de grão-mestre / Brasília - (especialista em marketing político e
institucional).

R. Cruz - (GLRP) - Vice-segundo grande vigilante / Portus Calle. R. Lelé - (GLRP) -


Assistente vice-grão-mestre moreno I Mestre Afonso Domingues. Ricardo da Velha
(desembargador jubilado e ex-participante no programa televisivo O Juiz Decide). Ricardo
Sá Fernandes (advogado e ex-secretário de Estado dos Assuntos Fiscais do PS, no
executivo de Ant. Guterres) Rodrigo Santiago (advogado) Rosa do Egipto (recém nomeado
administrador da EPUL). Rui Cunha, um maçon do GOL recentemente nomeado pelo
Governo para provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, foi secretário de Estado
adjunto do ministro do Trabalho e da Solidariedade. Rui Gomes da Silva (deputado e ex-
ministro do PSD). Rui Paulo de Figueiredo (membro da oposição no PS / Lisboa / Loja
Mercúrio) Rui Pereira, - um dos nomes mais fortes do GOL. Fez parte da Loja
Convergência, participou na Reforma Penal e na presidência-sombra do Supremo Tribunal
Maçónico. Da Loja Luís Nunes de Almeida. Integra o Tribunal Constitucional. É o actual
ministro da Administração Interna. Foi director, entre 1997 e 2000, do Serviço de
Informações de Segurança (SIS) e mantém desde então relações próximas com o mundo da
espionagem portuguesa. Foi secretário de estado da Admin. Interna. Santinho Cunha
(médico legista) Troufa Real (arquitecto) Vasco Lourenço (militar de Abril) Vítor Gabão
Veiga - (GLRP) - Grande hospitaleiro e esmoler / Soliditas Vítor Ramalho, deputado do PS
e maçon assumido.
SENHORAS “MAÇANS”
GRANDE LOJA FEMININA DE PORTUGAL

* Ana Bela Pereira da Silva, presidente da Associação Portuguesa das Mulheres


Empresárias. * Helena Sanches Osório, jornalista já falecida, uma das fundadoras da GLFP.
* Leonor Coutinho, mestre na Grande Loja Feminina de Portugal. Ex-secretária de Estado
da Habitação do governo de António Guterres. * Maria Belo (psicanalista; militante
socialista (PS); Grande Loja Feminina de Portugal fundada em 1983.

MULHERES VENDADAS
“Se a solidariedade entre “irmãs” existe, eu nunca a vi."

Quem o afirma é um membro da Grande Loja Feminina de Portugal (GLFP), a obediência


maçónica criada em 1983, entre outras, pela psicanalista e militante socialista Maria Belo,
numa antiga garagem com uma gruta por trás. Maria Belo e as "irmãs" - entre elas a já
falecida jornalista Helena Sanches Osório decidiram chamar a essa primeira loja Unidade e
Mátria. Tornou-se conhecida por ser muito rigorosa no cumprimento do ritual. "Lá, o
segredo é mesmo a alma do negócio. No dia da minha iniciação, meteram-me num carro e
andaram comigo a passear de olhos vendados para não imaginar sequer para onde ia. Elas
levam a promoção do secretismo até ao ridículo e as figuras de topo guardam toda a
informação para si. Se quiser saber nomes de outros elementos, não me dizem. Querem
manter o poder", afirma o mesmo membro, que ainda hoje não convive bem com o facto de
ter de dizer sempre uma palavra passe para entrar na sede da GLFP nem com a
obrigatoriedade de terem de ser as candidatas à irmandade a confeccionar à mão o seu traje
maçónico. "Disseram-me que tinha de ser eu a cosê-lo... Fui a casa da minha mãe e ela
ajudou-me", diz. A sede da GLFP situa-se em Lisboa, junto ao Largo do Adamastor. Entre
os seus membros estão Leonor Coutinho, ex-secretária de Estado da Habitação do governo
de António Guterres, e Ana Bela Pereira da Silva, presidente da Associação Portuguesa das
Mulheres Empresárias.

Os nomes dos “irmãos” declarados, estão destacados a negrito e a vermelho, pela


curiosidade de observar a sua actuação na actividade política no aparelho do Estado (que
diz respeito a todos nós, Povo Português) e que se vincularam a determinados
compromissos exigidos pela maçonaria, (consoante a “obediência”), conquanto alguns
estejam vinculados pelo baptismo a Cristo e à Igreja.

– Flagrantes exemplos: o de um notável político, que frequentou, no Rodízio, o 4º. Cursilho


de Cristandade de Lisboa, ( 9 a 12 /Jun.1961) – do género não será o único – e tal como o
apoiar a imposição ditatorial do laicismo e comportamentos aberrantes (que em bom e
tradicional português se designam por “deboche ”) a um povo culturalmente de raiz cristã e,
eventualmente, assumindo as posições de grupos de pressão ad hoc para justificar decisões
pouco ou nada claras de “laicidade” ( o caso da retirada de crucifixos das escolas, o
condicionalismo da assistência religiosa nos hospitais… e não só). Aquela classificação, de
“deboche ”, a fez, “mutatis mutandis”, perante as câmaras da televisão, em discurso
público, na Madeira, na terceira semana de Agosto / 2007 Alberto João Jardim, presidente
da Reg. Aut. da Madeira, em relação à homossexualidade e até ao facilitismo abortista,
contra-valores que nos querem impor como se de gente civilizada fossem. Não lemos nada
em letra de forma que o contradissesse. Claro, que haverá que considerar as honestas
excepções de homens de recta consciência, para confirmar a regra. Coerentemente, não
podem, cristãos, nomeadamente, cristãos católicos, ser fiéis a dois vínculos inconciliáveis...
“servir a dois senhores” – um deles necessariamente será traído... Qual? – No caso vertente,

O Primeiro. Aquele que foi assumido no Baptismo e na profissão de Fé em nome da


Trindade Divina, e no seguimento de Jesus Cristo, o Verbo de Deus, a Sua Humana Face.
(“Os fiéis que pertencem a associações maçónicas estão em estado de pecado grave e não
podem aproximar-se da Sagrada Comunhão” – S. Congr. para a Doutrina da Fé,
26.Nov.1982) “Um católico, consciente da sua Fé e que celebra a Eucaristia, não pode ser
mação. E se o for convictamente, não pode celebrar a Eucaristia ” – Cardeal-Patriarca de
Lisboa, D. José Policarpo, Mensagem Quaresmal de 2005.

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