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Comunicado JSD Matosinhos

A JSD Matosinhos vem por este meio apresentar uma tomada de posição às notícias recentes da providência cautelar
apresentada pela Câmara Municipal de Matosinhos em Fevereiro do corrente ano no Tribunal Administrativo e Fiscal
do Porto.

A JSD Matosinhos repudia a decisão da CMM, que entende ser despropositada e incoerente.

A decisão é despropositada porque a “Festa dos Estudantes” não é mais ruidosa ou incomodativa que outras festas
populares, como é o caso do nosso querido “Senhor de Matosinhos”, que não dura uma semana, mas várias, com níveis
de impacto sonoro bem superiores e com uma inserção mais urbana que o “basqueiródromo”, para utilizar o léxico do
Dr. Guilherme Pinto (vide http://www.jn.pt/paginainicial/pais/concelho.aspx?Distrito=Porto&Concelho=Porto&Option
=Interior&content_id=1843273).

O presidente da câmara parece esquecer-se que a Queima das Fitas é uma tradição antiga do País e da Academia, e
representa o ponto alto da vida académica dos milhares de estudantes que todos os anos se formam na Academia do
Porto.

Parece esquecer-se também que uma percentagem significativa destes estudantes é residente em Matosinhos e que é
do interesse destes jovens matosinhenses uma localização que privilegia o nosso concelho.

Parece esquecer-se até do impacto que o evento tem na economia local, nomeadamente ao nível da restauração.

Esquece-se, com certeza, da existência de quatro instituições de ensino superior em Matosinhos pertencentes à
Academia do Porto.

A decisão é também incoerente, num momento em que o presidente da câmara visita as escolas secundárias e de
ensino superior do concelho, no que designa pomposamente como “Agitar Matosinhos”, com suposta intenção de
auscultar a comunidade estudantil e “ver a cidade com os olhos dos mais jovens”, confessando mesmo: “eu não
consigo ver o mundo com os olhos deles”. A decisão em questão demonstra que a vontade dos jovens não entra nas
contas deste executivo e que a campanha “Agitar Matosinhos” não passou de propaganda inócua.

É curioso que os estudantes da escola secundária Abel Salazar, em São Mamede de Infesta tenham pedido ao
presidente da câmara “mais animação nocturna e concertos” (vide Jornal de Matosinhos de 18 de Março). Guilherme
Pinto concordou e reforçou a “necessidade de pensar Matosinhos como incluída na grande cidade que é o Porto para
que se criem condições para trazer grandes artistas”. A JSD Matosinhos pergunta: o que é a Queima das Fitas senão
essa oportunidade de trazer animação nocturna e concertos com artistas relevantes do panorama nacional e
internacional?

Fica, portanto, a ideia que Guilherme Pinto quer ouvir os estudantes, mas só em campanha política. O resto é
“basqueiro”! Urge “Agitar Matosinhos”, mas pouco.

O presidente da câmara passou incólume pela experiência e continua a não conseguir ver o concelho através dos olhos
dos mais jovens.

Ou será tudo isto parte de um plano estratégico de dinamização cultural do concelho? Teremos, para o ano, a Queima
das Fitas em Leça da Palmeira? Ou no Estádio do Mar? Temos estádios em “stock”!

Pela Comissão Política da JSD de Matosinhos,


Nelson Bento Pereira

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