Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
“Sou professora da rede há mais de 10 anos. Conseguir concluir minha graduação ano
passado, depois de cinco anos na universidade. Em julho de 2010 já estava com o diploma
de graduação na mão, mas não poderia solicitar a mudança de referência, pois de acordo
com a Lei Complementar 026/2005, imposta pelo prefeito José Ronaldo, (Art. 6º, Inciso I)
nós só podemos dá entrada na mudança de referência na segunda quinzena do mês de
dezembro. Então, dei entrada no final do ano passado. Hoje, já se passaram mais de 10
meses e o pedido ainda não foi atendido. Estou perdendo todos estes meses. E agora, o
prefeito vem com essa conversa de que só dará reajuste se as mudanças entrarem como
barganha. Certamente que se ele tivesse autorizado a mudança no tempo em que demos
entrada, ou seja, gradativamente, não aconteceria este impacto na folha de uma só vez.
Outro ponto que consideramos, no mínimo estranho, é o fato de que o governo não anuncia o número de
vagas reais disponível na Rede. No ano de 2010 ficou explícito o grande número de professores estagiários e de
como muitos professores, inclusive os que já estão atuando 40 horas, sendo vinte no sistema de uma suposta
substituição, na verdade, já ocupam vaga real, contudo, ainda não foram homologados pelo governo. Esse quadro
anunciado pela conjuntura municipal aponta que este governo está caminhando para uma triste estatística: vai
encerrar o seu melancólico mandato sem ter realizado nenhum concurso público para o Magistério Municipal.
Diante disso chegamos a triste constatação de que estamos perdendo duas vezes: Perdemos por ficar
aguardando a publicação das mudanças de referências e enquadramentos, muitas chegando a ficar mais de um
ano sem ser concedida, e perder toda a categoria, quando todo ano o reajuste salarial fica atrelado a política da
barganha. Temos que quebrar este círculo vicioso de barganhar os nossos direitos. Independente, de negociação,
as mudanças de referências devem ser publicadas pelo executivo municipal.
Por isso precisamos retomar a nossa luta, no sentido de garantir mudanças de referências automáticas
com a aprovação do Plano de Cargos e Salários e garantir o reajuste salarial do magistério de acordo ao Piso
Nacional, respeitando o valor nominal igual a R$ 1.597,87 para 40 horas, conforme a Lei 11.738/2008.
MUDANÇA DE REFERÊNCIA NÃO É MOEDA DE TROCA, E NÃO DEVE SER USADO COMO BARGANHA!!!
Que o repasse do FUNDEB teve um aumento de quase 100% para o município de Feira de Santana nos
meses de janeiro (8.589.025,95), fevereiro (8.871.620,95) e março (6.396.674,64) de 2011, em relação ao
Você Sabia ano passado? (http://www.tesouro.fazenda.gov.br/estados_municipios/municipios.asp);
Que atualmente são investidos poucos mais de 4% do PIB nacional na educação, sendo que para implantar
parte do que propõe Novo Plano Nacional de Educação seria necessário no mínimo 10% do PIB?
http://www.cnte.org.br/index.php?option=com_content&task=view&id=7011&Itemid=52;
Que o STF já havia julgado constitucional a parte da Lei 11.738 que vincula o piso nacional aos vencimentos
iniciais das carreiras de magistério de estados e municípios.
http://www.cnte.org.br/index.php?option=com_content&task=view&id=7030&Itemid=52
Que o STF julgou constitucional o parágrafo 4º do art. 2º da Lei 11.738, que versa sobre a destinação de, no
mínimo, 1/3 (um terço) da jornada de trabalho do/a professor/a para a hora aula-atividade, no
entanto é necessário que a categoria de professores se mobilizem para fazer com os prefeitos
cumpram a lei?
http://www.cnte.org.br/index.php?option=com_content&task=view&id=7030&Itemid=52