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Contudo, ele pretende ser uma obra aberta, continuamente aperfeiçoada pela
colaboração dos profissionais de vendas que são convidados a nos enviar suas idéias e
sugestões (treinamento@advbfbm@org.br).
Em especial, o Guia pretende ter a mais ampla aplicação pelo que procurou focar os
pontos comuns aos diversos tipos de venda hoje reconhecidos como venda B2B, B2C,
P2P, venda consultiva, venda complexa etc.
Esta obra é disponibilizada de acordo com os termos de uma licença pública Creative
Commons 2.5 Brasil. Ela pode ser copiada, distribuída, exibida e executada sob as
seguintes condições: Atribuição: deve ser dado crédito ao autor original, da forma
especificada pelo autor ou licenciante; Uso Não Comercial: a obra não pode ser utilizada
com finalidades comerciais; Vedada a Criação de Obras Derivadas: a obra não pode ser
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uso ou distribuição, deve ser deixado claro para outros os termos da licença desta obra;
qualquer uma destas condições pode ser renunciada, desde que você obtenha
permissão do autor. Os detalhes da licença podem ser encontrados em
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/2.5/br/ e em
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Venda é, geralmente, definida como a troca de bens ou serviços por uma quantia em
dinheiro ou seu equivalente. Aqui, uma venda é considerada uma transação única:
quando um cliente desejar comprar o mesmo produto ou serviço que comprou antes, a
nova venda será considerada como uma nova transação. Um processo de venda é uma
série de ações táticas e estratégicas que leva à transação de venda. Processos de
vendas incluem “melhores práticas” que aumentam, enormemente, o índice de sucesso
na venda. A “experiência da transação” é definida como o conjunto de efeitos anteriores
e posteriores de qualquer venda. A “experiência de transação” vivida por um comprador
influenciará, fortemente, uma nova compra. Um potencial comprador, definido como uma
pessoa ou entidade que possa vir a comprar o produto/serviço, será aqui chamado de
“prospect” [designação internacionalmente adotada].
Vender é ajudar o cliente ou prospect a comprar ou, numa metáfora conhecida, a venda
é um processo pelo qual uma pessoa orienta outra pessoa ao longo de um caminho que
chega à compra de um produto ou serviço. Melhor ainda, é ver na venda um trabalho
conjunto em que as partes buscam uma solução capaz de trazer benefícios para todas
as partes envolvidas.
Tal processo passa pela clara identificação das necessidades do cliente e exige do
vendedor a capacidade de adicionar valor a seu produto ou serviço no quadro daquelas
necessidades.
Embora esse conceito prevaleça hoje, nem sempre ele foi dominante. Quando as
economias eram muito simples, quem produzia vendia. Ao longo do tempo, a
necessidade de especialização de funções fez aparecer a profissão de vendedor que
passou por várias eras.
Na primeira era, a venda estava centrada no vendedor; esperava-se que ele fosse capaz
de persuadir ou manipular o cliente para que uma compra acontecesse. Com o aumento
da informação disponível, veio a segunda era na qual a venda era centrada no produto e,
depois, a era atual da venda centrada no cliente.
Isso tornou a profissão de venda uma atividade complexa que exige um sólido preparo e,
numa época de mudança contínua e rápida, uma permanente preocupação com a
atualização. Não é tarefa simples entender a necessidade do cliente e as emoções
envolvidas numa compra, dialogar com o cliente para resolver o problema dele, transmitir
confiança, criar relacionamentos duráveis e efetuar uma venda e, no limite, ter a coragem
de desistir de um processo de venda para o qual não esteja totalmente preparado.
Para isso, o vendedor, além de um domínio profundo de seu produto ou serviço, precisa
ser capaz de analisar o mercado, conhecer as tendências da economia, comunicar-se
bem, analisar pessoas e seus comportamentos, entender o conceito ganha-ganha,
respeitar a diversidade, criar satisfação e lealdade, conviver com a cultura e as práticas
da própria organização, auto administrar-se, dominar as técnicas de venda, ter claros
valores éticos e muita coisa mais. Trata-se, de fato, de um amplo conjunto de
conhecimentos que recebe contribuições da comunicação, da administração, da
psicologia e de outros campos e que impõe ao vendedor uma preocupação maior com a
formação continuada.
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• A Espiral de Compra
• A Espiral de Venda
• A Espiral de Marketing.
Além disso, ela inclui um Alinhamento da Espiral de Negócios e deve ocorrer no quadro
de sólidos princípios éticos.
Experiência de Transação
Ética
A Espiral de Negócios
Quando alguém sai de férias e viaja para um local que não conhece, ele vive uma série
de situações permeadas de emoções que formam uma “experiência”; quando ele já
conhece o lugar, a nova “experiência” pode ser diferente das anteriores. Essa
experiência é formada por coisas como a expectativa criada por um folheto promocional,
o atendimento do agente de viagens, a pontualidade da companhia aérea, a comida do
hotel, o clima e muitas outras coisas.
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Por isso, o vendedor tem que desenvolver a habilidade de mover-se nos canais de sua
organização de forma a conseguir os elementos necessários para que a experiência de
transação de seus clientes seja a melhor possível.
De outra parte, além de ser o responsável direto pela geração de receita, o vendedor
contribui consideravelmente para a formação da imagem da empresa; é ele quem
interage com o mercado e este tenderá a julgar a empresa pela avaliação que fizer do
vendedor. Daí porque todos os membros de uma organização devem ter um sólido
entendimento da estrutura da atividade profissional de vendas e dos efeitos de suas
ações sobre ela.
O moderno esforço de venda está focado nas necessidades do comprador. Este, por seu
lado, segue várias etapas em seu processo de compra. O vendedor precisa conhecer
bem essas etapas para poder sincronizar com elas as próprias ações.
1- Estruturação
O comprador define as políticas e os procedimentos padrão para a aquisição de bens
e serviços.
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3- Pesquisa
O comprador busca fornecedores ou parceiros capazes de apresentar propostas
que se encaixem nas condições de contorno definidas.
4- Avaliação
O comprador analisa e avalia as propostas recebidas e escolhe aquelas que serão
objeto de negociação.
5- Negociação
O comprador negocia com os escolhidos as condições de compra
6- Fechamento
O comprador e o vendedor assumem compromissos recíprocos quanto ao
fornecimento.
7- Implantação
O comprador espera o apoio do vendedor para que o produto ou serviço entregue
produza os resultados esperados
8- Acompanhamento
O comprador acompanha o desempenho do produto ou serviço já em plena
operação.
9- Parceria
O comprador, se satisfeito, manterá comunicação contínua com o vendedor em
relação a seus planos futuros de compra, sejam elas simples ou complexas (quando
exigirão integração bem maior entre comprador e vendedor)
Completada uma transação, o comprador iniciará outra que incorporará o que foi
aprendido naquele processo e, assim, dará continuidade à “Espiral de Compra”.
1- Estruturação
O vendedor define as políticas e os procedimentos padrão para a venda de bens e
serviços bem como as ferramentas de obtenção e processamento de informações de
mercado.
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4- Avaliação
O vendedor analisa e avalia as necessidades do comprador e decide apresentar (ou
não) uma proposta que ofereça benefícios específicos.
5- Negociação
O vendedor negocia com o comprador as possíveis condições da transação.
6- Fechamento
O comprador e o vendedor assumem compromissos recíprocos quanto ao
fornecimento.
7- Implantação
O vendedor cuida da entrega do produto ou serviço nas condições acordadas e apoia
o comprador para que o produto ou serviço produza os resultados esperados.
8- Acompanhamento
O vendedor acompanha o desempenho do produto ou serviço já em plena operação e
age, sempre que necessário, para garantir a satisfação das expectativas do
comprador.
9- Parceria
O vendedor, se o comprador estiver satisfeito, manterá comunicação contínua com
ele em relação a seus planos futuros de compra, sejam elas simples ou complexas
(quando exigirão integração bem maior entre comprador e vendedor).
O profissional de venda deverá ter bem claro qual a fase em que se encontra o
comprador para sincronizar com ela as suas ações e, assim, desempenhar seu papel de
ajudar o cliente a comprar.
É importante, ainda, mencionar que, ao final de cada fase, devem ser criadas as
condições para que a próxima fase aconteça (marcar uma reunião, agendar uma
apresentação, definir o prazo de envio de uma proposta etc.).
2.4.2- As Micro-Fases
Há várias maneiras de decompor uma venda em fases. A Espiral de Venda usa o termo
vendedor para caracterizar ações amplas tanto da empresa vendedora quanto do
vendedor indivíduo; é, contudo, corrente na literatura a apresentação de fases relativas à
venda pessoa-a-pessoa. Um exemplo de decomposição em “micro-fases” é a seguinte:
- Planejamento
A fase do planejamento está centrada na aquisição de informações sobre o
prospect, seus concorrentes e suas necessidades; quanto mais o vendedor
souber sobre o papel de seu produto na solução de um problema existente, mais
facilmente ele poderá ajudar o prospect a resolver esse problema.
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- Aprofundamento da Apresentação/Personalização
Conhecendo as necessidades do prospect, o vendedor apresentará sua solução
personalizada que deverá buscar o equilíbrio entre a ênfase dada às
características do produto/serviço e aquela dada aos benefícios que ele trará para
o prospect. Assim, mesmo conhecendo profundamente seu produto, o vendedor
evitará falar exageradamente dos aspectos técnicos e, ao invés disso, concentrar-
se-á nos benefícios que ele vai trazer para o comprador.
-Acordo/Fechamento
O fechamento é o ponto no qual um compromisso final deve ser assumido (ou
não); esse é o ponto mais difícil para o vendedor menos experiente dado seu
receio de receber uma negativa.
- Pós-Venda
A pós-venda é uma fase que deve acontecer quer ocorra uma venda, quer não;
nela, devem ser tomados todos os cuidados para que os contatos sejam, sempre,
entendidos com uma preocupação com a satisfação do cliente ou prospect e não
como insistência indevida.
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2.5.1- O Marketing
Desde 1985, a definição de marketing geralmente aceita vinha sendo aquela proposta
pela AMA – American Marketing Association:
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Outros vários formatos foram propostos como aquele de adicionar “2 Ps” ao modelo
original:
1- Estruturação
A organização de marketing adota ferramentas e cria processos de suporte à
equipe de venda.
2- Identificação
A organização de marketing analisa o mercado e identifica suas necessidades
bem como a oferta existente de forma a permitir o posicionamento do
produto/serviço e a definição de objetivos de ação pelos vendedores.
3- Pesquisa
A comunicação de marketing informa o mercado sobre as características do
produto/serviço e da empresa vendedora.
4- Avaliação
A organização de marketing avalia o perfil do mercado comprador e as tendências
de negócios e seleciona os critérios para considerar um prospect como
“qualificado” [alta probabilidade de compra]. A organização de marketing dá
suporte aos esforços de venda por meio de iniciativas “focadas na transação” e
outras que ajudem a aumentar a receita e obter resposta do mercado.
5- Negociação
O vendedor negocia com o comprador as possíveis condições da transação e a
organização de marketing define bases de preço e cria eventuais planos de
incentivo à compra.
6- Fechamento
O comprador e o vendedor assumem compromissos recíprocos quanto ao
fornecimento.
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8- Acompanhamento
A organização de marketing monitora o mercado e busca antecipar problemas
surgidos nesta fase.
9- Parceria
A organização de marketing acompanha as tendências do mercado e cria
produtos/serviço ou complementos e ajustes por ele exigidos.
Uma das funções da Gestão da Espiral de Vendas é, justamente, “negociar” com a área
de Marketing o alinhamento de sus ações com a Espiral de Venda.
A partir daí, cabe verificar se o que falta pode ser suprido apenas pelo treinamento ou vai
exigir coisas como treinamento de gerências, alterações de processo, novos
procedimentos, práticas de recrutamento etc.
Por fim, escolhas devem ser feitas com respeito ao treinamento propriamente dito para
que ele resulte em claros benefícios para a empresa.
- Autoconfiança
- Autocontrole
- Capacidade de administrar seu tempo (agenda e prioridades)
- Capacidade de trabalhar sob pressão
- Capacidade de análise (situações e resultados)
- Conhecimento de seus pontos fortes e de suas limitações
- Criatividade
- Aceitação do novo
- Entusiasmo
- Espírito de iniciativa
- Ética
- Flexibilidade
- Foco em resultados
- Persistência.
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O vendedor desenvolve ações e toma decisões que podem afetar a geração de negócios
e a lucratividade de sua empresa; para que isso ocorra de forma positiva, o vendedor
precisa conhecer a cultura da empresa e estar nela integrado. Ele precisa, também,
conhecer a estrutura e os procedimentos para, quando necessário, buscar o apoio de
que necessita na velocidade em que ele é requerido. Por isso, as principais
competências que o vendedor deve desenvolver em relação à própria empresa são:
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1- estágio inicial
neste estágio, muita coisa depende dos esforços e talentos das pessoas [fase
heróica]; não há padronização de processos; decisões são tomadas caso a
caso; crises são freqüentes; o ambiente pode assumir ares caóticos.
2- estágio da identificação
aqui, já existe um ambiente estável que possibilita a repetição de práticas
que apresentaram bons resultados no passado; aparecem as bases para a
adoção de normas e padronização; fica clara a preocupação com a criação
de condições para o aperfeiçoamento continuado.
3- estágio da institucionalização
a organização institucionaliza aquelas que reconhece como melhores práticas
e estas passam a ser documentadas e amplamente adotadas;
4- estágio da quantificação
a organização passa a utilizar métricas bem definidas para recolher dados
que descrevam o desempenho de seus processos; o desempenho histórico
passa a ser usado para predizer e controlar o desempenho futuro e identificar
pontos sujeitos a melhorias.
5- estágio da otimização
as análises de resultados geram um processo de melhoria contínua;
problemas recorrentes são identificados e eliminados; o aperfeiçoamento, a
criatividade e a inovação passam a fazer parte da cultura empresarial.
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1- estágio inicial
neste estágio, as práticas de recursos humanos não são padronizadas e seus
processos estão voltados para o cumprimento das disposições legais
2- estágio da identificação
busca-se a identificação das melhores práticas em áreas como remuneração,
desenvolvimento, ambiente de trabalho, comunicação e recrutamento
3- estágio da institucionalização
passam a ser institucionalizadas práticas como: trabalho em grupo, cultura
participativa, gestão de carreiras, gestão de competências etc,
4- estágio da quantificação
a partir da medida de resultados, a organização passa a adotar práticas
como: projeções, análise de desempenho, mentoring, empowerment de
equipes etc.
5- estágio da otimização
passsam a fazer parte da cultura da empresa itens como: inovação
permanente, gestão da mudança, estímulo à criatividade etc.
1: estágio inicial
o foco está na venda e não no cliente; o esforço do vendedor e as ações da
empresa não estão alinhadas; os resultados dependem de esforços
individuais
2: estágio da identificação
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15/12/2007
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