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Integração de

Lacunas
Sérgio Magalhães - GAT (Pós Laboral) nº. 6402
a6402@alunos.ipca.pt 1
Lacunas Iniciais:
São lacunas que existem momento de isto é, aquando da feitura de
determinada Lei e podem ser voluntárias ou involuntárias.

Lacunas Voluntárias:
Quando o Legislador, por motivos diversos, optou por não legislar determinada
matéria. Subjacentes a esta intenção de não legislar concorrem, entre outros, a
(i)relevância jurídica de determinada questão, e bem assim o entendimento por parte
do Legislador de que em certos domínios ainda não sedimentados poderá evidenciar-
se prematuro impor a rigidez da Lei.

Lacunas Involuntárias:
Sempre que o Legislador não tenha previsto determinada situação ou realidade e,
portanto, não tenha criado o correspondente preceito legal.

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A solução passa pela Integração de Lacunas, isto é, por raciocínios elaborados, tendo
em conta a unidade do sistema jurídico, destinados a encontrar a solução jurídica para
o caso que se encontra omisso.

Artigo 10.º - Integração das lacunas na lei


1. Os casos que a lei não preveja são regulados segundo a norma aplicável aos casos
análogos.

2. Há analogia sempre que no caso omisso procedam as razões justificativas da


regulamentação do caso previsto na lei.

3. Na falta de caso análogo, a situação é resolvida segundo a norma que o próprio


intérprete criaria, se houvesse de legislar dentro do espírito do sistema.
(artigo 10.º Código Civil)

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2. Criação de uma norma para o caso concreto pelo interprete.
Não existindo caso análogo, é imposto pelo referido artigo 10.º n.º 3 que o intérprete
se imagine na veste do Legislador e, considerando os princípios e o espírito do
sistema jurídico, crie uma norma nova para integrar a lacuna. Norma esta que se
aplicará unicamente ao caso concreto a que se destina.

A semelhança que interessa é a semelhança pelo ponto de vista da solução que foi
estatuída. Na verdade, o que se pergunta é se o caso A que está omisso, é semelhante
ao caso B que foi regulado, de maneira que se lhe aplique a mesma solução. Impõe-se
perguntar se para a aplicação daquela solução as semelhanças são de tal ordem que
prevalecem sobre as diferenças.

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