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Eficácia Do SGQ No PIM
Eficácia Do SGQ No PIM
RESUMO
1. INTRODUÇÃO
adaptarem aos novos estilos de processo de produtos manufaturados. Processos com mão-de-
obra reduzida e com o cumprimento das normas da família NBR ISO 9000.
em busca de melhoria na cadeia produtiva, que segundo Slack (1999), essa cadeia produtiva é
qualquer operação que produz bens ou serviços ou até mesmo um misto dos dois e é formado
recursos são necessários para que a empresa sofra o processo de mudança, gerando assim uma
ISO 9000, que durante o inicio dos anos 90 muitas empresas adotaram como diferencial para
entrar na competição com os produtos importados que entravam no País via Zona Franca de
Manaus, e já no final da década 90, mais precisamente em 98 já podíamos ver o reflexo dessas
ajustando seu quadro de pessoal para dentro da sua realidade, isto é, deixando aqueles que
funções, o chamado “profissional flexível”. Com a implantação das normas ISO 9000, os
processos ficaram procedimentados e as atividades mais fácil de serem executadas, pois todas
ou não de tais procedimentos, assim como, dos auditores externos pertencentes aos
normas. Nesta etapa começa o aparecimento de algumas irregularidades ocasionadas por parte
dos auditores internos, do corpo gerencial das empresas e dos auditores externos e que estão
2005 com um total de 7.528 empresas certificadas na ISO 9001:2000 (Certificados válidos
pela SBAC1) sendo que 172 dessas empresas estão no Pólo Industrial de Manaus (INMETRO,
2000 que é a norma mais utilizada nas industriais do PIM2 e 607 empresas certificadas na
NBR ISO 14.001, das quais 17 pertencentes ao Pólo Industrial de Manaus (INMETRO, 2005).
Mas, até que ponto essas normas resolveram os problemas de qualidade existentes nas
Indústrias do Pólo de Manaus? os clientes confiam realmente nos processos que estão sobre o
controle da ISO 9000? será que as organizações adotaram essas normas com a intenção de
melhorar a qualidade dos produtos e não dos processos, e assim, manter um processo
sistematizado, melhorando as suas atividades e refletindo-os nos seus produtos, gerando uma
melhor qualidade? ou será que foi mais por obrigação de cumprir exigências quanto ao uso
dessas normas para as Indústrias instaladas no Pólo Industrial da Zona Franca de Manaus?
As respostas para essas perguntas não são as mais agradáveis aos olhos dos
pesquisadores, dos estudiosos, dos executivos (muitos nem sabem o que está ocorrendo com
relação à norma) e nem aos olhos dos consumidores, pois, tantos erros são cometidos pelo
surpreendentemente ainda, quando falamos dos organismos certificadores, que nas suas
Podemos verificar que mais de 60% da empresas no PIM que receberam o certificado da NBR
condições ao ponto de seus procedimentos, suas normas, seus controles de desempenhos que
clientes serem arrumados, isto é, serem enquadrados dentro dos itens da Norma NBR ISO
9001:2000 às vésperas das auditorias. Posso citar como exemplo para ilustrar as falhas desse
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PIM – Pólo Industrial de Manaus
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RD – Representante da Direção – Item 5.5.2 da ISO 9001:2000 – A alta direção deve indicar um membro da
Direção que independentemente de outras responsabilidades, deve ter responsabilidade e autoridade para
assegurar que os processos necessários para o sistema de gestão da qualidade sejam estabelecidos,
implementados e mantidos. Ver também item b e c.
processo, o item 6.0 da NBR ISO 9001:2000 “Gestão de Recursos” que fala especificamente
o pessoal que executa atividades que afetam a qualidade do produto deve ser
competente com base em educação, treinamento, habilidades e experiência
apropriados ( NBR ISO 9001:2000, item 6.2.1).
Algumas observações são feitas sobre esse item e que não são levados muito a sério
pela alta administração das empresas, pois, geram planejamento de recursos com programação
anual dos cursos que foram levantados nas necessidades dos departamentos, mais, pouco se
cumpre o que foi planejado. Para manter o efeito realizável perante as auditorias externas, são
quase sempre refeito nos dias que antecedem as auditorias para driblar os auditores externos,
isto é, são elaborados cursos não realizáveis, treinamento não aplicados, certificados não
cumprimento da verba planejada para realização dos treinamentos com a verba gasta nos
cursos e treinamentos (recursos planejados versus recursos realizados). O mais triste ainda é
que tais problemas poderiam ser vistos nas auditorias internas, pois são nessas auditorias que
se devem rever e propor melhorias através de planos de ações ou outro método adotado pelo
sistema, isto, se não partisse da própria Alta Administração e do RD à manipulação dos dados
“Vamos programar horas extras para amanhã com todos os auditores internos
para prepararmos as documentações de ações corretivas, planos de ações e rever todas
as não conformidades e ou observações recebidas na última auditoria, assim
deixaremos tudo em dias para a auditoria externa que será realizada depois de amanhã.”
(Frase proferida pelo Representante da Direção de uma empresa ao seu superior
imediato tratando-se da auditoria externa de manutenção que seria realizado dois dias
após a sua fala)
3. AÇÃO DOS AUDITORES EXTERNOS FRENTE A ESTES CASOS
É triste, mas é verdade. Os auditores externos, na maioria das vezes sabem de tudo, e
fazem que não sabem ou não querem ver, são convencidos facilmente com os argumentos dos
auditados, mas, tem seus motivos; não querem emitir uma não conformidade maior em função
dos os contratos que são assinados. Pois se emitem um número excessivo de não
contrato de dois, três, quatro e até cinco anos que fazem com seus clientes, contrato este que
mantém a realização de duas auditorias por ano e, o contrato chegar a variar de R$ 5.000,00 a
R$ 8.000,00 ao ano. Nesses casos, os auditores criam nomes tais como: observações;
Administração se prevalecem desse argumento para não dar importância às normas NBR ISO
9000 e assim, em alguns casos, forjar uma situação verdadeira aos olhos dos auditores
externos.
Muitas empresas do PIM têm feito menos do que deveriam para melhorar as condições
de uso e dá mais importância às Normas NBR ISO 9000 da forma com ela é estabelecida, pois
aos poucos acabam reconhecendo o quanto são úteis para melhorar as atividades de seus
processos e quantos benefícios podemos tirá-las com o uso correto dos itens e praticá-las em
sua perfeita forma. O maior dissabor quanto ao uso dessa Norma está no fato de algumas
empresas não entenderem o conceitos das Normas e nem o Conceito da Qualidade, pois
atribuem apenas o uso da norma como ferramenta principal para produzirem seus produtos
com qualidade, isto, está no fato de alguns comerciais televisionados ou escritos anunciarem
que a empresa X tem ISO 9000, por isso tem qualidade. Daí, o consumidor, que na maioria
das vezes por desconhecer o que é realmente essa tal ISO 9000, imagina que estão comprando
produtos com qualidade ISO 9000, equivoco terrível que só é percebido quando o produto,
técnicos com pouco tempo de uso. Quero deixar uma pergunta e se for possível a resposta
quero ficar sabendo. Você conhece alguma empresa que perdeu o certificado por ter um
Por mais bem cuidadas que sejam as fases do planejamento, projeto e produção,
produtos defeituosos acabarão por ser produzidos e alcançarão o mercado. As
reclamações do consumidor são essenciais para que correções possam ser feitas (as
reclamações estão para o bloqueio de defeitos do produto como os relatos de
anomalias estão para o bloqueio de processo) (Campos, 1992, p.115).
4. CONCLUSÃO
Com todos esses dissabores do uso incorreto das normas ISO 9000, o fator principal
na retenção dos clientes não é e nem deve ser somente a implantação do Sistema da Qualidade
baseados na ISO, apesar de tê-la seus méritos, mais sim, trabalhar os recursos humanos
existentes nas organizações (Incluindo o pessoal da liderança e a alta direção), que para
muitos são chamados de colaboradores, os quais eu chamo de Príncipe, pois alguns gurus
Logo o sucesso das organizações nessa era globalizada, não depende exclusivamente da ISO
capacidade para colocar seus conhecimentos em ação. Esta ação, deve ser patrocinada pelas
empresas, pois, são as maiores beneficiadas nessa era do uso da Gestão do Conhecimento.. Já
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A NBR ISO 9000:2000 define não-conformidade como sendo o não atendimento a um requisito especificado.
estamos na onda do SIG - Sistema de Gestão Integrada, integrando as Normas da NBR ISO
8000 (Sistema de Responsabilidade Social), portanto, deveremos ter cuidado com as políticas
das empresas, para que não tenhamos também esse sistema fracassado.
Futuramente as empresas competirão entre si não apenas pelos clientes, mas também
pelos recursos humanos qualificado. Em um mercado competitivo, se as empresas não
tiverem uma cultura que estimule e “segure” os funcionários, eles trabalharão para o
concorrente. Coloque seus funcionários em primeiro lugar eles farão o mesmo com os
clientes (Claus Moller, em entrevista pela HSM Management, 1997).
Não esquecer que os colaboradores são mais importantes que as próprias normas e que
se não forem tratados como Príncipes ou até mesmo como Reis o programa pode nascer
fracassado, assim, o sucesso da empresa não será possível sem que haja sucesso pessoal
(Claus Moller, 1997, HSM). É necessário que os organismos certificadores atuem dentro da
ética , e que o INMETRO comece a ser mais exigente e fiscalizar mais os organismos