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Inquirição que Afonso III, o Bolonhês fez a Vermoim

Afonso III – Rei de Portugal (1210-1279)

Aqui começa a inquirição da Vila que se


chama Vermuy Madie e dos paroquianos da
igreja do mesmo lugar.
Dom Julião, prelado da mesma igreja, jurado
e interrogado sobre o proprietário dessa
igreja, disse que ela é dos filhos e netos de
Dom Pedro Pais, Alferez, e que ele próprio foi
apresentado por estes ao Bispo do Porto que
o constituiu pároco da mesma.
Interrogado sobre se pagam dela algum fôro
ao senhor Rei, disse que não, pois nunca viu
nem ouviu que dela se fizesse fôro e mais
não sabe.
Interrogado sobre o número de casais da freguesia, disse que são vinte e três:
treze da própria Igreja, obtidos do testamento dos citados Ricos-homens.
Interrogado sobre se entra neles o mordomo, disse que nunca aí entrou.
Quanto aos outros casais, disse que um é de D. Teresa Martins, outro de D. Gil
Martins, outro de D. Aires Nunes e outro de D. Fernando Nunes e outro de Rodrigo
Peres Alto e sobrinho, outro dos filhos de D. Pedro Ermígio, dois de Domingos Pais
Carramundo, outro de Martinho Pais e outro de Domingos Aires Alves do Porto, mas
todos eles estão isentos do pagamento do fôro ao senhor Rei.
O mordomo também não entra neles, a não ser por três calúnias, dado o domínio
que têm.
Sobre os reguengos disse que há uma leira no lugar chamado Heiroho à margem
do Rio Avioso, trabalhada por D. Miguel e irmãos e outra no lugar de Revoredo,
fabricada por Martinho Pais e destas leiras pagam anualmente ao senhor Rei a terça
parte de todos os frutos. E mais não sabe.
Martinho Pais, João Lourenço, Pedro Gonçalves, Domingos Salvador, Domingos
Mendes, Paio Martins, Domingos Pais Carramundo. Todos Eles prestaram o dito
testemunho palavra a palavra literalmente por si como fez D. Julião Prelado

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