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Psicossociologia da Educação
Carlos
Maricoto
Isabel Correia
Manuel Alves
Covilhã
Junho/ 2009
Índice
Introdução
2.1. Conceito
aprendizagem
Bibliografia
Introdução
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CAP. 1: Definição da Problemática
2.1 Conceito
O termo discurso é de uso comum e com significados muito diversos, o que faz
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dele um conceito polissémico. Na revisão da literatura efectuada para a realização do
presente trabalho encontramos muitas referências relativamente ao conceito de
discurso, nomeadamente de discurso pedagógico. Seguidamente, apresentamos
alguns dos significados que lhe são atribuídos, aqueles que, na nossa opinião, melhor
servem o propósito do presente trabalho.
Por outro lado, Foucault (1996), citado por Araújo, sem definir discurso refere
que “a formação discursiva compreende todas as injunções que tornam possível a
existência do discurso numa instituição”. Refere ainda o autor que a produção do
discurso é ao mesmo tempo controlada, seleccionada, organizada e redistribuída por
um certo número de procedimentos que têm por função conjurar os seus poderes e
perigos, dominar o seu acontecimento aleatório e esquivar a sua pesada e temível
materialidade. Ainda, segundo o mesmo autor, os discursos são constituídos por
elementos ligados sem nenhum imperativo de unidade, cabendo ao analista do
discurso descrever as regras capazes de reger a formação discursiva.
Por sua vez, Orlandi (1996), citado por Araújo, define discurso como
“linguagem em interacção” e tendo em conta as condições em que é produzido
classifica o discurso em discurso lúdico, discurso polémico e discurso autoritário. De
acordo com este autor, quando um discurso apresenta um grau acentuado de
reversibilidade e os interlocutores se expõem ao objecto do discurso, estamos em
presença de um discurso lúdico; quando um discurso se organiza em torno de uma
disputa pela verdade, condicionando a reversibilidade e o objecto do discurso a
determinadas condições impostas pelos interlocutores, estamos na presença de um
discurso polémico e quando um discurso evidencia uma verdade imposta por um
determinado locutor, provocando a inexistência da reversibilidade, já que só ao locutor
é permitido o direito de fala, tal discurso receberá a rubrica de discurso autoritário.
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Segundo o autor, o discurso pedagógico enquadra-se nesta última situação, ou seja, é
um discurso autoritário.
Por último, Fairclough citado por Silva (2007), refere que o discurso deve ser
entendido como “um modo de acção, uma forma como as pessoas podem agir sobre o
mundo e sobre os outros e, também, um modo de representação”. Refere ainda o
autor que o discurso contribui para a construção das identidades sociais, para a
construção das relações pessoais e para a construção de sistemas de conhecimento e
crença.
DADO NOVO
“O acto de aprender pode ser entendido como um processo de comunicação
através do qual se alcançam determinadas metas, se desenvolvem as experiências e
se constrói o conhecimento, sendo as principais componentes as concepções
partilhadas levadas pela linguagem e elaboradas na actividade conjunta.” (Loureiro
2000).
Teoria Construtivista
Gestaltismo
Cobb, Yackel, & Wood (1992, op. cit. Bidarra, 2005) enfatizam a necessidade 6
de o aluno se empenhar directamente na aprendizagem, variando o grau de
empenhamento com o nível de conhecimentos e experiências anteriores do
aprendente.
Em jeito de conclusão podemos referir que o professor não pode limitar o seu
discurso e as práticas pedagógicas geradoras de novas atitudes à reprodução sócio-
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cultural, mas deve estender-se à emancipação e transformação da realidade.
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Bibliografia
Loureiro, M. J., Sanchéz, E. & Cañedo, I. (1996). Discurso pedagógico: Para uma
mediação entre compreensão e curriculum. Em L. Almeida, J. Silvério e S.
Araújo (Org.s). Actas do 2.º Congresso Galaico-Português de
Psicopedagogia. (Vol. I, pp. 271-279). Braga: Universidade do Minho
Sanchéz, E., Rosales, J., Cañedo, I. & Loureiro, M. J. (1995). La explicación verbal:
entre el diálogo y el monólogo. Textos,4, 109-123.
Semechechem, J.A.; Carvalho, R.C.M. 127. (2008). Discurso pedagógico: uma análise
dos registros regulativo e instrucional e suas implicações na aula de língua
estrangeira. Revista Cesumar - Ciências Humanas e Sociais Aplicadas
Jan./Jun., V. 13
Mestrado. Recife.