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Eu no quero gatos assim Quero v-los nos telhados Prefiro a casa s para mim Receb-los como convidados. Os gatos da minha aldeia So fidalgos, passam bem Comem ao jantar e ceia S comem o que a dona tem. Os gatos da minha aldeia Quando encrespam o plo Usam as garras volta e meia Quadro que digno de v-lo. Os gatos da minha aldeia So diferentes em quase tudo Se andam de barriga cheia Dormem em sofs de veludo. O gato que anda l por casa s meu, de ningum mais, Guarda a comida na brasa E at brinca com os pardais. Sobra a comida dos gatos Crescem ratos na cozinha So eles que lambem os pratos E guardam o muro e a curtinha. Vejo nestes gatos pessoas As mais excelsas criaturas
Que ainda ontem eram boas E hoje so meras caricaturas. Quero gatos, quero garras Cada qual com o que seu E enquanto houver amarras Ningum chore o que perdeu. Se um gato dorme na cama Da pessoa que lhe d o po o melhor sinal de que ama Sem deitar contas razo. As unhas com que te danas Por danificarem os sofs Ao abaterem as ratazanas Poders tom-las por ms? Se um dia vier a noite escura Como a qualquer ser vivente Quero dar-lhe uma sepultura Pouco inferior da gente.