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Deusa havias tu de ser, Se houvesse tais criaturas, Mas olha que estou em crer s deusa s claras e escuras. Na tua mo sempre aberta Trazes suspenso o futuro E at um dia, pela certa O presente ser seguro. Sereia de fogo e vento Teu ser tudo e nada, Gosto de ti, mas lamento Ver-te etrea e encantada. Ao ver-te assim to singela A querer estender as razes Temo bem que sendo bela Fiques s pelo que dizes. Ao olhar para a tua imagem Reflectida em tosco espelho Segues sobranceira viagem Pisando o verde e o vermelho. O que te merea respeito Ainda est por desvendar Pode ser o dito ou o feito Pode ser o trono ou altar. Ouo-te em doutas sentenas As causas para a larga avenida Ou porque as sonhas ou pensas Ou porque te sentes perdida. Como qualquer ser celeste Tens traos que so s teus E um longo coro que ateste Certezas para os fariseus. O gelo desses teus beijos Pintados de cores garridas Tem o nctar dos desejos E louros das nossas vidas. Tens amarras nos teus pulsos ncoras nos ps cansados Nos movimentos convulsos Tens presentes os passados. Quem esquece de onde vem E s olha para o que h-de ser Desperdia o que hoje tem Sem saber se o volta a ter. Tens um p na tua histria O outro na que est para vir. Como podes cantar vitria Com o que vem a seguir? Bem sei que isso te consola Por excesso de insensatez Toma isso como uma mola Para um dia de cada vez.