ALENTO

Cai-me o suor da fronte Como orvalho em Janeiro Sou plancie, vale e monte Sou planalto e sou outeiro. Entre touros e toureiros Com cavalos e forcados Uns tantos sero primeiros Se os outros ficam parados. Se algum enfrenta uma fera, Deus o livre dos amigos Que chegam na Primavera E partem no tempo dos figos. A necessidade vence a zanga Mesmo que seja bem forte, E eu prefiro ver de tanga Quem me desejar a morte. Quando busco o conhecido Encontr-lo um castigo Ou porque esteja escondido Ou fuja de estar comigo. Quantas vezes me acontece Procurar por toda a parte Algo que nunca aparece Por inpcia ou falte de arte. s vezes d a impresso Que o mundo acaba ali Ou porque falha a razo Ou por estar longe de ti. Eis que te busco e ento

Com razes para sorrir Estendo para ti a mo Como um girassol a abrir. Sei que o gesto te encanta Quando o vs com carinho Pois at nem sendo santa Tens o cu, que eu adivinho.