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Resumo
1
Mestrando em Ciência Jurídica da UNIVALI, linha de Pesquisa em Direito Internacional, Meio Ambiente e
Atividade Portuária.
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Mestrando em Ciência Jurídica da UNIVALI, linha de Pesquisa em Direito Internacional, Meio Ambiente e
Atividade Portuária.
Palavras/Expressões chave: Atividade Portuária, Meio
Ambiente, Gestão Ambiental e Legislação Ambiental.
Introdução
3
Entende-se por “Porto organizado: o construído e aparelhado para atender as necessidades da navegação
e da movimentação e armazenagem de mercadorias, concedido ou explorado pela União, cujo tráfego e
operações portuárias estejam sob a jurisdição de uma autoridade portuária.” Conceito atribuído pela Lei
nº 8.630 de 25 de fevereiro de 1993. Ver: STEIN, Alex Sandro. Curso de Direito Portuário. São Paulo:
LTr, 2002, p. 266.
4
“Categoria é a palavra ou expressão estratégica à elaboração e/ou à expressão de uma idéia.”
PASOLD, Cesar Luiz. Prática da Pesquisa Jurídica: idéias e ferramentas úteis para o pesquisador do
Direito. 8º ed. Florianópolis: OAB/SC-Editora-co-ediçao OAB Editora, 2003, p.40.
5
“Conceito Operacional (=COP) é uma definição pra uma palavra e expressão, com o desejo de que
tal definição seja aceita para os efeitos das idéias que expomos.” PASOLD, Cesar Luiz. Prática da
Pesquisa Jurídica: idéias e ferramentas úteis para o pesquisador do Direito. 8º ed. Florianópolis:
OAB/SC-Editora-co-ediçao OAB Editora, 2003, p.40.
Assim, os portos brasileiros necessitavam de uma estruturação,
buscando uma melhor competitividade frente às Leis de mercado,
aliado a uma melhor gestão, dando ao setor a possibilidade da
entrada de iniciativa privada, setor este, antes de domínio exclusivo
do Governo Federal.
6
STEIN, Alex Sandro. Curso de Direito Portuário. São Paulo: LTr, 2002, p. 64-6.
detinham normas sobre a proteção do meio ambiente7, de forma
pró-ativa e preventivamente.
7
Conforme o Art. 3º, I da Lei da Política Nacional do Meio Ambiente considera-se “meio ambiente, o
conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite,
abriga e rege a vida em todas as suas formas;” BRASIL. Lei Nº 6.938/81, de 31 de Agosto de 1981.
Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e
da outras providências. Coletânea da Legislação Ambiental Aplicável no Estado de Santa Catarina.
Florianópolis: Fatma, 2002, p. 343.
8
STEIN, Alex Sandro. Curso de Direito Portuário. São Paulo: LTr, 2002, p. 266.
9
STEIN, Alex Sandro. Curso de Direito Portuário. São Paulo: LTr, 2002, p. 67.
instituído regionalmente, ou seja, em cada porto brasileiro, com
funções claramente normatizadoras das atividades portuárias,” a
seguinte atribuição em relação ao Meio Ambiente:
13
Segundo Antunes: “A finalidade do SISNAMA é estabelecer uma rede de agências governamentais,
nos diversos níveis da Federação, visando a assegurar mecanismos capazes de, eficientemente,
implementar a Política Nacional do Meio Ambiente.” ANTUNES, Paulo Bessa. Direito Ambiental. 4ª ed.
ver., ampl. e atualiz. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2004, p. 93.
ambiental propícia à vida, visando assegurar, no País, condições ao
desenvolvimento socioeconômico, aos interesses da segurança
nacional e à proteção da dignidade da vida humana, [...].”14
16
BRASIL. Lei Nº 6.938/81, de 31 de Agosto de 1981. Dispõe sobre a Política Nacional do Meio
Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e da outras providências. Coletânea da
Legislação Ambiental Aplicável no Estado de Santa Catarina. Florianópolis: Fatma, 2002, p. 344.
17
Ver: Art. 225 da CRFB/88. BRASIL. Constituição federal. Coletânea de legislação de direito
ambiental. (org.) Odete Madauar. (coord.) Giselle de melo Braga Tapai. 3º ed. rev. Atual. Amp. São Paulo:
Editora Revista dos Tribunais, 2004, p. 133-134.
seja, no licenciamento o órgão licenciador verificará as condições
de funcionamento do empreendimento, dando vistas aos outros
instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente.
24
BRASIL. Lei ,nº 5.357, de 17 de Novembro de 1967. Estabelece penalidades para embarcações e
terminais marítimos ou fluviais que lançarem detritos ou óleo em águas brasileiras, e dá outras
providências. Coletânea da Legislação Ambiental Aplicável no Estado de Santa Catarina. Florianópolis:
Fatma, 2002, p. 481.
Esta Lei foi o resultado de um projeto encaminhado ao
Congresso Nacional em 1992, pelo então Presidente Fernando
Collor de Melo, e que apenas foi incluída na pauta da convocação
extraordinária do Congresso após uma mensagem enviada pelo
Presidente Fernando Henrique Cardoso, pedindo urgência em sua
votação, em decorrência do vazamento de mais de um milhão de
litros de óleo nas águas da Baía de Guanabara, cartão postal do
Rio de Janeiro e do Brasil.
jurisdição nacional e dá outras providências. Coletânea de legislação de direito ambiental. (org.) Odete
Madauar. (coord.) Giselle de melo Braga Tapai. 3º ed. rev. Atual. Amp. São Paulo: Editora Revista dos
Tribunais, 2004, p. 348.
27
MACHADO, Paulo Afonso Leme. Direito Ambiental Brasileiro. 12ª ed. Rev. Atual. Amp. São Paulo:
Malheiros Editores. 2004, P.870-871
estabelecidas em leis e regulamentos. O § 3º prevê que, em
ocorrendo às circunstâncias do parágrafo anterior, a omissão da
autoridade competente configura também crime se o dano causado
for grave ou irreversível.28
28
BRASIL. Lei ,nº 9.605, de 12 de Fevereiro de 1998. Dispõe sobre as sanções penais e administrativas
derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências. Coletânea da
Legislação Ambiental Aplicável no Estado de Santa Catarina. Florianópolis: Fatma, 2002, p. 355.
29
Promulgada pelo Decreto nº 79.437, de 28-3-1977e regulamentada pelo Decreto nº 83.540, de 4-6-
1979. SOARES, Guido Fernando Silva. Direito internacional do meio ambiente: emergência,
obrigações e responsabilidades. São Paulo: Atlas, 2001, p. 189.
Não estão englobados, nesta convenção os danos causados por
derivados claros de petróleo (gasolina, óleo diesel ou querosene) ou
aqueles causados, por exemplo, por instalações portuárias ou
dutos. O que, não persistiu diante da entrada em vigor da nossa Lei
da Política Nacional de Meio Ambiente, de 1981, e da Constituição
Federal de 1988, que já mencionados neste artigo, atingem estes
tipos de poluição.
30
Ver: Declaração da Conferência de ONU no Ambiente Humano, Estocolmo, 5-16 de junho de 1972
(tradução livre) Disponível em: http://www.mma.gov.br/estruturas/agenda21/_arquivos/estocolmo.doc
Acesso em : 16 de maio de 2006.
promulgada pelo Decreto nº 87.566, de 16 de setembro do mesmo
ano.
32
Comissão Permanente de Meio Ambiente. Resolução nº 006, de 02 de dezembro de 1998. (Agenda
Ambiental Portuária) Disponível em: http://www.transportes.gov.br/CPMA/cap03.htm#3.6 Acesso em 16
de maio de 2006.
33
Na verdade, houve um decreto anterior que promulgava a Convenção, mas que, entretanto, foi
revogado, pois não havia ainda o número de ratificações pelos países, necessário para que a mesma
entrasse em vigor. A Convenção exigiu a ratificação de sessenta países, contando-se o prazo de 12 meses
a partir do depósito do último instrumento de ratificação para sua entrada em vigor.
7.661, de 16 de maio de 1988, já descrita neste artigo, do qual se
originou o Programa Nacional de Gerenciamento Costeiro,
coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente, e o Programa de
Avaliação dos Potenciais Sustentáveis de Captura de Recursos
Vivos na Zona Econômica Exclusiva – o Revizee.
34
SOARES, Guido Fernando Silva. Direito internacional do meio ambiente: emergência, obrigações e
responsabilidades. São Paulo: Atlas, 2001, p.234-236.
deter o navio sob suspeita até a eliminação satisfatória do risco de
dano ao meio ambiente35.
35
It is obvious that MARPOL has made a substantial contribution to the codification and progressive
development of the law of the sea in the field of pollution from shipping in general, and on port State
enforcement jurisdiction and control, in particular. YANKOV, Alexander. The Law of the Sea
Convention and Agenda 21: Marine Environmental Implications Arising from Land-based and Sea-
based Activities. Text provided by the author in his Lecture at the 3rd Session of The Rhodes Academy
of Oceans Law and Police, 1998, p.23.
36
SOARES, Guido Fernando Silva. Direito internacional do meio ambiente: emergência, obrigações e
responsabilidades. São Paulo: Atlas, 2001, p.236-238.
Assim leciona Soares:
37
SOARES, Guido Fernando Silva. Direito internacional do meio ambiente: emergência, obrigações e
responsabilidades. São Paulo: Atlas, 2001, p. 237.
ambientais independentes, instrumentos importantíssimos da tutela
preventiva do Estado na política ambiental.
Considerações Finais