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DIREITO

AMBIENTAL
Profª Mariangélica
mariangelica@terra.com.br
Brasília-DF
Princípios de Direito
Ambiental
 Princípio da Prevenção
 Princípio da função
socioambiental da
propriedade
 Princípio da precaução
 Princípio do poluidor-
pagador
 Princípio da Cooperação
Princípio da
Prevenção
 Aplica-sea impactos ambientais
já conhecidos e dos quais se
possa, com segurança,
estabelecer um conjunto de
nexos de causalidade que seja
suficiente para a identificação
dos impactos futuros mais
prováveis.
Princípio da Prevenção
(cont.)
 Com base no princípio da prevenção
que o licenciamento ambiental e, até
mesmo, os estudos de impacto
ambiental podem ser realizados e são
solicitados pelas autoridades
públicas. Pois, tanto o licenciamento,
quanto os estudos prévios de impacto
ambiental são realizados com base
em conhecimentos acumulados sobre
o meio ambiente
Princípio da Prevenção
(cont.)
 Prevenção de danos, como conceito do
Princípio da Prevenção, não significa, em
absoluto, a eliminação de danos.
 A existência de danos ambientais originados por
um empreendimento específico é avaliada em
conjunto com os benefícios que são gerados
pela atividade econômica, dando ensejo à opção
política de deferimento ou indeferimento da
licença.
Princípio da Precaução
 O Princípio da Precaução é a garantia
contra os riscos potenciais que, de
acordo com o estado atual do
conhecimento, não podem ser ainda
identificados. Este Princípio afirma que a
ausência da certeza científica formal, a
existência de um risco de um dano sério
ou irreversível requer a implementação
de medidas que possam prever e
impedir, o máximo possível, este dano.
Princípio da Precaução
(cont.)
 “uma maneira de colocá-lo em
prática é estimulando a exploração
de alternativas, maneiras melhores,
mais seguras e mais baratas de se
fazer as coisas e o desenvolvimento
de produtos e tecnologias ‘mais
limpos’ " (The Science and Environmental Health
Network. Princípio da Precaução - Uma Maneira Sensata
de Proteger a Saúde Pública e o Meio-Ambiente.
Disponível em http://www.fgaia.org.br/texts/t-
precau.html. Acesso em 02 Out. 2005.)
Princípio da Precaução
(cont.)
 Princípio 15 da Rio 92: Com a finalidade
de proteger o meio ambiente, os Estados
deverão aplicar amplamente o critério de
precaução conforme suas capacidades.
Quando houver perigo de dano grave ou
irreversível, a falta de certeza científica
absoluta não deverá ser utilizada como razão
para que seja adiada a adoção de medidas
eficazes em função dos custos para impedir a
degradação ambiental.
Princípio do Poluidor-
Pagador
 O nome “poluidor-pagador” passa a
falsa idéia de que uma vez pagos os
danos causados ao meio ambiente,
pode-se poluir.
 Seria a equação: "pago, logo poluo".
 Esta é a razão de alguns
doutrinadores preferirem a expressão
"usuário-poluidor" à "poluidor-
pagador".
Princípio do Poluidor-
Pagador (cont.)
 Quem contamina deve, em
princípio, arcar com os custos da
contaminação.
 Internalização dos custos
ambientais: contabilização dos
custos visando a sua integração
no valor dos produtos e serviços
postos à disposição dos
consumidores.
Princípio do Poluidor-
Pagador (cont.)
 Aorepassar estes custos ao
produtor, este provavelmente
transferirá esse aumento para os
preços do produto final. Desta forma
é o consumidor quem arca com o
custo de estar utilizando produtos
ecologicamente incorretos. Dado um
aumento de preço no produto final,
este pode se tornar menos
competitivo.
Princípio do Poluidor-
Pagador (cont.)
 A aplicação deste princípio visa incentivar
atividades não poluidoras e desestimular
aquelas que agridem o meio-ambiente.
Até porque "o proprietário de um bem
natural só participará para a sua
conservação, à medida que os custos para
evitar o dano ambiental fiquem abaixo do
custo de reparação do dano. Acima desse
limite, perde-se o interesse por uma
redução da poluição” (DERANI, Cristiane. Direito
Ambiental Econômico.2.ª ed. São Paulo: ed. Max
Limonad, 2001. p. 71.)
Princípio 16 da Rio 92
 Princípio 16: As autoridades nacionais deveriam
procurar fomentar a internalização dos custos
ambientais e o uso de instrumentos econômicos,
tendo em conta o critério de que o causador da
contaminação deveria, por princípio, arcar com os
seus respectivos custos de reabilitação,
considerando o interesse público, e sem distorcer
o comércio e as inversões internacionais.
Princípio da função socioambiental
da propriedade
 Art. 186 da CF/88: A função social é cumprida
quando a propriedade rural atende,
simultaneamente, segundo critérios e graus
de exigência estabelecidos em lei, aos
seguintes requisitos:
I - aproveitamento racional e adequado;
II - utilização adequada dos recursos naturais
disponíveis e preservação do meio ambiente;
III - observância das disposições que regulam
as relações de trabalho;
IV - exploração que favoreça o bem-estar dos
proprietários e dos trabalhadores.
Princípio da função socioambiental
da propriedade (cont.)
 ESTATUTO DA TERRA (Lei 4.504/64):
 Art. 2º, § 1°. A propriedade da terra desempenha
integralmente a sua FUNÇÃO SOCIAL quando,
simultaneamente:
a) favorece o bem-estar dos proprietários e dos
trabalhadores que nela labutam, assim como de suas
famílias;
b) mantém níveis satisfatórios de produtividade;
c) assegura a conservação dos recursos naturais;
d) observa as disposições legais que regulam as justas
relações de trabalho entre os que a possuem e a
cultivem.
Princípio da função socioambiental
da propriedade (cont.)
 CF/88- Art. 182. A política de
desenvolvimento urbano, executada pelo
Poder Público municipal, conforme
diretrizes gerais fixadas em lei, tem por
objetivo ordenar o pleno desenvolvimento
das funções sociais da cidade e garantir o
bem- estar de seus habitantes.
§ 1º - O plano diretor, aprovado pela
Câmara Municipal, obrigatório para
cidades com mais de vinte mil habitantes,
é o instrumento básico da política de
desenvolvimento e de expansão urbana.
Princípio da função socioambiental
da propriedade (cont.)
 CF/88-Art. 182, § 2º - A
propriedade urbana cumpre
sua função social quando
atende às exigências
fundamentais de ordenação
da cidade expressas no plano
diretor.
Princípio da função socioambiental
da propriedade (cont.)
 CF/88- Art. 182, § 4º - É facultado ao
Poder Público municipal, mediante lei
específica para área incluída no
plano diretor, exigir, nos termos da
lei federal, do proprietário do solo
urbano não edificado, subutilizado ou
não utilizado, que promova seu
adequado aproveitamento,      sob
pena, sucessivamente, de:
Princípio da função socioambiental
da propriedade (cont.)
 I - parcelamento ou edificação compulsórios;
 II - imposto sobre a propriedade predial e
territorial urbana progressivo no tempo;
 III - desapropriação com pagamento
mediante títulos da dívida pública de
emissão previamente aprovada pelo Senado
Federal, com prazo de resgate de até dez
anos, em parcelas anuais, iguais e
sucessivas, assegurados o valor real da
indenização e os juros legais.
Princípio da Cooperação
 Pressupõe que a sociedade, em
cooperação com o Estado, atuará
na escolha de prioridades
ambientais, através da
participação de diferentes
grupos sociais (por meio da
informação, formulação e
execução de políticas
ambientais).
Princípio da Cooperação
(cont.)
 Esses grupos devem ser formados pelos
diferentes segmentos da sociedade,
envolvendo organizações ambientais,
ONGs, sindicatos, indústria, comércio e
agricultura.;
 A sociedade, valendo-se de instrumentos
judiciais e administrativos de controle
dos atos do poder Executivo, tende a
otimizar e alcançar a concretização de
normas voltadas à proteção ambiental.
Princípio 10 da Rio 92
 Princípio 10: O melhor modo de tratar as questões
ambientais é com a participação de todos os cidadãos
interessados, em vários níveis. No plano nacional, toda
pessoa deverá ter acesso adequado à informação sobre
o ambiente de que dispõem as autoridades públicas,
incluída a informação sobre os materiais e as atividades
que oferecem perigo a suas comunidades, assim como a
oportunidade de participar dos processos de adoção de
decisões. Os Estados deverão facilitar e fomentar a
sensibilização e a participação do público, colocando a
informação à disposição de todos. Deverá ser
proporcionado acesso efetivo aos procedimentos
judiciais e administrativos, entre os quais o
ressarcimento de danos e recursos pertinentes.
Conceito de Meio
Ambiente
 Art. 3º, I, da Lei 6.938/91:
“Para os fins previstos nesta Lei,
entende-se por meio ambiente, o
conjunto de condições, leis,
influências e interações de ordem
física, química e biológica, que
permite, abriga e rege a vida em
todas as suas formas.”
Meio Ambiente Natural

 Formado pelo ar, águas doce


e salgada, fauna, flora, solo,
florestas, áreas verdes,
desertos, montanhas, vulcões,
gêiseres, regiões glaciais,
enfim, tudo o mais que é
inerente à natureza.
Meio Ambiente Artificial

 Tudo o que foi construído, que é


obra da inteligência do Homem e
que não existia na natureza por
si só, como os prédios, casas,
pontes, aeroportos, túneis,
estradas, edificações em geral.
Meio Ambiente Artístico e
Cultural
 Constituição Federal de 1988:

“Art. 216. Constituem patrimônio cultural brasileiro os


bens de natureza material e imaterial, tomados
individualmente ou em conjunto, portadores de
referência à identidade, à ação, à memória dos
diferentes grupos formadores da sociedade brasileira,
nos quais se incluem:
I - as formas de expressão;
II - os modos de criar, fazer e viver;
III - as criações científicas, artísticas e tecnológicas;
IV - as obras, objetos, documentos, edificações e
demais espaços destinados às manifestações artístico-
culturais;
V - os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico,
paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico,
ecológico e científico.
Meio Ambiente do
Trabalho
É o local onde as pessoas
desempenham suas atividades
laborais, remuneradas ou não, e
está baseado na salubridade e
segurança do ambiente e na
ausência de agentes que causem
danos à saúde física e psíquica
do conjunto de trabalhadores.
Direito Ambiental
 Toda a legislação ambiental em vigor, a
jurisprudência e demais instrumentos
jurídicos que tratam de questões ligadas
ao controle de toda forma de poluição, da
preservação da biodiversidade, das
políticas e do planejamento ambiental e do
desenvolvimento ecologicamente
sustentável. É constituído também de
todos os tratados, convenções e acordos
internacionais dos quais o Brasil é
signatário relativos à proteção ambiental.
Direito Ambiental na
Constituição Brasileira de
1988
 Trata-sede toda matéria de direito
ambiental constante da Constituição
de 1988, que integra o art. 225, seus
parágrafos e incisos, assim como
outros dispositivos constitucionais que
permeiam toda a constituição.
Direito Ambiental na Constituição
Brasileira de 1988 (cont.)
 Art. 225. Todos têm direito ao meio
ambiente ecologicamente
equilibrado, bem de uso comum do
povo e essencial à sadia qualidade
de vida, impondo-se ao Poder Público
e à coletividade o dever de defendê-
lo e preservá- lo para as presentes e
futuras gerações.
Direito Ambiental na Constituição
Brasileira de 1988 (cont.)
 Art. 225, § 1º - Para assegurar a
efetividade desse direito,
incumbe ao Poder Público:
I - preservar e restaurar os
processos ecológicos essenciais
e prover o manejo ecológico das
espécies e ecossistemas;
(regulamentação na Lei 9.985/2000)
Direito Ambiental na Constituição
Brasileira de 1988 (cont.)
  Art. 225, § 1º, II - preservar a
diversidade e a integridade do
patrimônio genético do País e
fiscalizar as entidades dedicadas
à pesquisa e manipulação de
material genético; 
(regulamentação nas Leis 9.985/2000 e 11.105/2005)
Direito Ambiental na Constituição
Brasileira de 1988 (cont.)
 Art.225, §1º, III - definir, em todas as
unidades da Federação, espaços territoriais
e seus componentes a serem especialmente
protegidos, sendo a alteração e a supressão
permitidas somente através de lei, vedada
qualquer utilização que comprometa a
integridade dos atributos que justifiquem
sua proteção; (regulamentação na Lei 9.985/2000)
Direito Ambiental na Constituição
Brasileira de 1988 (cont.)
 Art. 225, §1º, IV - exigir, na forma
da lei, para instalação de obra ou
atividade potencialmente
causadora de significativa
degradação do meio ambiente,
estudo prévio de impacto
ambiental, a que se dará
publicidade;  (regulamentação na Lei 11.105/2005)
Direito Ambiental na Constituição
Brasileira de 1988 (cont.)
 Art.225, §1º, V - controlar a
produção, a comercialização e o
emprego de técnicas, métodos e
substâncias que comportem
risco para a vida, a qualidade de
vida e o meio ambiente;
(regulamentação na Lei 11.105/2005)
Direito Ambiental na Constituição
Brasileira de 1988 (cont.)

 Art.225, §1º, VI - promover a


educação ambiental em todos os
níveis de ensino e a
conscientização pública para a
preservação do meio ambiente;
Direito Ambiental na Constituição
Brasileira de 1988 (cont.)

 Art.225, §1º, VII - proteger a


fauna e a flora, vedadas, na forma
da lei, as práticas que coloquem em
risco sua função ecológica,
provoquem a extinção de espécies
ou submetam os animais a
crueldade. (regulamentação na Lei 9.985/2000)
Direito Ambiental na Constituição
Brasileira de 1988 (cont.)

 Art. 225, § 2º - Aquele que


explorar recursos minerais
fica obrigado a recuperar o
meio ambiente degradado, de
acordo com solução técnica
exigida pelo órgão público
competente, na forma da lei.
Direito Ambiental na Constituição
Brasileira de 1988 (cont.)
 Art. 225, § 3º - As condutas e
atividades consideradas lesivas ao
meio ambiente sujeitarão os
infratores, pessoas físicas ou
jurídicas, a sanções penais e
administrativas, independentemente
da obrigação de reparar os danos
causados.
Direito Ambiental na Constituição
Brasileira de 1988 (cont.)
 Art. 225, § 4º - A Floresta Amazônica
brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do
Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a Zona
Costeira são patrimônio nacional, e sua
utilização far-se-á, na forma da lei, dentro
de condições que assegurem a
preservação do meio ambiente, inclusive
quanto ao uso dos recursos naturais.
Direito Ambiental na Constituição
Brasileira de 1988 (cont.)

 Art.225, § 5º - São indisponíveis


as terras devolutas ou
arrecadadas pelos Estados, por
ações discriminatórias,
necessárias à proteção dos
ecossistemas naturais.
Direito Ambiental na Constituição
Brasileira de 1988 (cont.)

 Art. 225, § 6º - As usinas


que operem com reator
nuclear deverão ter sua
localização definida em lei
federal, sem o que não
poderão ser instaladas.
Direito Ambiental na Constituição
Brasileira de 1988 (cont.)
 Art.5º, LXXIII - qualquer cidadão é
parte legítima para propor ação popular
que vise a anular ato lesivo ao patrimônio
público ou de entidade de que o Estado
participe, à moralidade administrativa, ao
meio ambiente e ao patrimônio histórico
e cultural, ficando o autor, salvo
comprovada má-fé, isento de custas
judiciais e do ônus da sucumbência;
Direito Ambiental na Constituição
Brasileira de 1988 (cont.)
 Art. 20. São bens da União:
 II - as terras devolutas indispensáveis à
defesa das fronteiras, das fortificações e
construções militares, das vias federais de
comunicação e à preservação ambiental,
definidas em lei;
V - os recursos naturais da plataforma
continental e da zona econômica exclusiva;
Direito Ambiental na Constituição
Brasileira de 1988 (cont.)
 Art. 23. É competência comum da
União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios:
VI - proteger o meio ambiente e
combater a poluição em qualquer
de suas formas;
VII - preservar as florestas, a
fauna e a flora;
Direito Ambiental na Constituição
Brasileira de 1988 (cont.)
 Art. 24. Compete à União, aos Estados e
ao Distrito Federal legislar
concorrentemente sobre:
VI - florestas, caça, pesca, fauna,
conservação da natureza, defesa do solo e
dos recursos naturais, proteção do meio
ambiente e controle da poluição;
VIII - responsabilidade por dano ao meio
ambiente, ao consumidor, a bens e direitos
de valor artístico, estético, histórico, turístico e
paisagístico;
Direito Ambiental na Constituição
Brasileira de 1988 (cont.)
 Art. 170. A ordem econômica, fundada na
valorização do trabalho humano e na livre
iniciativa, tem por fim assegurar a todos
existência digna, conforme os ditames da
justiça social, observados os seguintes
princípios:
 VI - defesa do meio ambiente, inclusive
mediante tratamento diferenciado conforme o
impacto ambiental dos produtos e serviços e
de seus processos de elaboração e prestação;
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42,
Dano Ambiental
O prejuízo, a modificação ou alteração danosa
a um bem protegido pelas leis ambientais que,
normalmente, torna impossível retornar ao
seu estado anterior, configurando-se dano
irreversível. A responsabilidade pela reparação
do dano incumbirá ao seu causador,
independentemente de culpa.
Responsabilidade Civil pelo
Dano Ambiental
Olegislador brasileiro adotou a
teoria do risco integral, sendo
inadmissível qualquer causa
excludente de responsabilidade civil,
nem mesmo em caso fortuito ou
força maior, conforme texto do art.
14, §1º, da Lei 6.938/1981 (Política
Nacional do Meio Ambiente)
Art. 14, §1º, Lei
6.938/1981
 “Sem obstar a aplicação das penalidades
previstas neste artigo, é o poluidor obrigado,
independente da existência de culpa, a
indenizar ou reparar os danos causados ao
meio ambiente e a terceiros, afetados por
sua atividade. O Ministério Público da União e
dos Estados terá legitimidade para propor a
ação civil e criminal, por danos causados
ao meio ambiente.”
Responsabilidade Penal em
Direito Ambiental
 A regra é da punibilidade à título de dolo e a
exceção é a punibilidade por culpa (negligência,
imprudência ou imperícia)
 Sujeito Ativo: pessoa física ou jurídica
 Pessoa Jurídica: Art. 3º da Lei 9.605/1998As
pessoas jurídicas serão responsabilizadas
administrativa, civil e penalmente conforme o
disposto nesta Lei, nos casos em que a infração
seja cometida por decisão de seu representante
legal ou contratual, ou de seu órgão colegiado, no
interesse ou benefício da sua entidade.
Responsabilidade Penal em
Direito Ambiental (cont.)
 Lei 9.605/1998
 Art. 3º “As pessoas jurídicas serão
responsabilizadas administrativa, civil
e penalmente conforme o disposto
nesta Lei, nos casos em que a
infração seja cometida por decisão de
seu representante legal ou contratual,
ou de seu órgão colegiado, no
interesse ou benefício da sua
entidade.”
Responsabilidade Penal em
Direito Ambiental (cont.)
 Estamodalidade de responsabilização das
pessoas jurídicas é um resquício da culpa
objetiva que prescinde da demonstração de
dolo ou culpa, bastando para tanto a
existência de nexo de causalidade entre o
resultado lesivo e a conduta comissiva ou
omissiva da pessoa jurídica. As penas
aplicáveis às pessoas jurídicas estão
elencadas nos arts. 21 a 24 desta lei.
Responsabilidade Penal em
Direito Ambiental (cont.)

 Lei 9.605/1998 – Art. 3º, único:


“A responsabilidade das pessoas
jurídicas não exclui a das pessoas
físicas, autoras, co-autoras ou
partícipes do mesmo fato.”
Competência em crimes
ambientais
 Nos crimes elencados na Lei 9.605/98
(Lei de Crimes Ambientais) a
competência, em regra, será da
Justiça Estadual. Será, porém, de
competência da Justiça Federal se
presentes os requisitos do art. 109 da
Constituição Federal. As ações em que a
União ou uma de suas entidades seja
parte ( tanto no pólo ativo, quanto no
pólo passivo), serão julgadas pela Justiça
Federal.
Lei 6.938/1981
 Considerada a mais importante lei
ambiental do País. Tem fundamentos
nos incisos VI e VII do art. 23, da
Constituição Federal.
 Estabelecea Política Nacional do Meio
Ambiente, seus fins, mecanismos de
formulação e aplicação, institui o Sistema
Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA) e o
Cadastro de Defesa Ambiental.
Órgãos integrantes do
SISNAMA
 Conselho de Governo:
assessorar o Presidente da
República na formulação da
PNMA;
 CONAMA (Conselho Nacional do
Meio Ambiente) assessorar,
estudar e propor ao Conselho de
Governo diretrizes para a PNMA
Órgãos integrantes do
SISNAMA
 Secretaria do meio Ambiente da
Presidência da República:
planejar, coordenar, supervisionar e
controlar a implementação da PNMA
 IBAMA (Instituto Brasileiro do meio
Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis) executar e fazer
executar a PNMA
Órgãos integrantes do
SISNAMA
 InstitutoChico Mendes de
Conservação da Biodiversidade
(Lei 11.516/2007): Executar,
promover e fomentar a Política
Nacional das Unidades de
Conservação (SNUC); Administrar as
UCs; Exercer Poder de Polícia
Ambiental nas UCs; Executar
Programas de Pesquisa, Preservação
e Educação Ambiental nas UCs.
Principais Instrumentos da
PNMA
 Art. 9º da Lei 6.938/81:
 I- estabelecimento de padrões de
qualidade
 II- Zoneamento ambiental
 III- Avaliação de Impactos Ambientais
 IV- Licenciamento Ambiental e
revisão de atividades efetiva ou
potencialmente poluidoras
Principais Instrumentos da
PNMA
 V- Incentivos à Produção e Instalação de
equipamentos para melhoria da
qualidade ambiental
 VI- Criação de espaços especialmente
protegidos
 VII- Sistema Nacional de Informações
sobre Meio Ambiente
 VIII- Cadastro Técnico de Atividades e
Instrumentos de Defesa Ambiental
ZEE – Zoneamento
Ecológico-Econômico
 Decreto 4.297/2002
 OBJETIVO GERAL (Art.3º):
“Organizar, de forma vinculada, as
decisões dos agentes públicos e
privados quanto a planos, programas,
projetos e atividades que, direta ou
indiretamente, utilizem recursos
naturais, assegurando a plena
manutenção do capital e dos serviços
ambientais dos ecossistemas”
ZEE – Zoneamento
Ecológico-Econômico
 Obrigatório, quando da implantação de
planos, obras e atividades públicas ou
privadas.
 Estabelece medidas e padrões de
proteção ambiental destinados a
assegurar a qualidade ambiental, dos
recursos hídricos e do solo e a
conservação da biodiversidade.
 Garante o Desenvolvimento sustentável e
a melhoria das condições de vida
ZEE – Zoneamento
Ecológico-Econômico
 A instituição de zonas será orientada pelos
Princípios da Utilidade e da Simplicidade.
 Compete ao Poder Público Federal elaborar e
executar o ZEE Nacional e Regionais, quando
tiver por objeto biomas brasileiros ou territórios
abrangidos por planos e projetos prioritários
estabelecidos pelo Governos Federal
 O Poder Público Federal deverá reunir e
sistematizar as informações geradas,
inclusive pelos Estados e Municípios, bem como
disponibilizá-las.
Licença Ambiental
Resolução CONAMA 237/97
 Dependem de prévia licença ambiental:
A construção, instalação, ampliação e
funcionamento de estabelecimentos e atividades
que utilizem recursos ambientais,
considerados efetiva e potencialmente
poluidores, bem como os capazes, sob qualquer
forma, de causar degradação ambiental. O
órgão estadual competente, integrante do
SISNAMA e do IBAMA, será responsável pela
concessão desta licença.
O que é licença
ambiental?
 É ato administrativo pelo qual o órgão
ambiental competente estabelece as
condições, restrições e medidas de
controle ambiental que deverão ser seguidas
pelo empreendedor para determinar a
localização, instalação, ampliação e operação
dos empreendimentos ou atividades que
utilizem recursos ambientais considerados
de efetiva e potencialmente poluidoras ou
que possam, de qualquer forma, causar
degradação ambiental.
Tipos de Licença
 Prévia: fase preliminar de planejamento de atividade,
prevendo os requisitos básicos a serem atendidos para
concessão da licença (até 5 anos)
 De Instalação: Autoriza o início da implantação de
acordo com as especificações constantes do projeto
executivo previamente aprovado (até 6 anos)
 De Operação: autoriza o início das atividades
licenciadas e dos equipamentos de controle da poluição
(de 4 até 10 anos)
Decreto 99.274/91
 Composição do SISNAMA (Art. 3º):
1- Órgão Superior: Conselho de Governo
2- Órgão Consultivo e Deliberativo: CONAMA
3- Órgão Central: Sec. do Meio Ambiente da Presid. da
República (SEMAM/PR)
4- Órgão Executor: IBAMA
5- Órgãos Seccionais: órgãos da Adm. Federal,
responsáveis pela execução de programas e projetos e
pelo controle e fiscalização ambiental
6- Órgãos Locais: órgãos municipais responsáveis pelo
controle e fiscalização ambiental
Decreto 99.274/91
 Composição do CONAMA (Art. 4º):

I- Plenário;
II- Comitê de Integração de Políticas
Ambientais;
III- Câmaras Técnicas;
IV- Grupos de Trabalho, e:
V- Grupos assessores
Decreto 99.274/91
 Regulamentou as infrações contra o Meio
Ambiente
 Cálculo das multas levará em consideração
como ATENUANTES:
1) menor grau de compreensão e escolaridade
do infrator;
2) reparação espontânea do dano ou limitação
da degradação ambiental;
3) comunicação prévia feita pelo infrator às
autoridades competentes em relação a perigo
iminente de degradação ambiental;
4) colaboração com os agentes encarregados da
fiscalização e controle ambientais.
Decreto 99.274/91
 Cálculo das multas levará em
consideração como AGRAVANTES:
1) Reincidência específica
2) Maior extensão da degradação ambiental
3) Dolo, mesmo eventual
4) Efeitos em propriedade alheia
5) Ocorrência em zona urbana
6) Danos permanentes à saúde humana
7) Atingir Área de Proteção legal
8) Emprego de métodos cruéis na morte ou
captura de animais
Decreto 99.274/91
 Estações Ecológicas (art. 25): “Áreas
representativas de ecossistemas
brasileiros, destinadas à realização
de pesquisas básicas e aplicadas de
Ecologia, à proteção do ambiente
natural e ao desenvolvimento da
educação conservacionista.”
(definição: Art. 1º da Lei 6.902/81)
 90% da área destinado à
preservação integral da biota
Decreto 6.514/2008

 InfraçõesAdministrativas
 Sanções Administrativas
 Processo Administrativo para
apuração das infrações
 Outras providências
Decreto 6.514/2008
 Infração Administrativa
(Art. 2º):
- Toda ação ou omissão que
viole as regras jurídicas de
uso, gozo, promoção e
recuperação do meio
ambiente.
Decreto 6.514/2008
 Sanções (Art. 3º):
- Advertência - Multa simples
- Multa diária - Apreensão
- Destruição ou inutilização
- Suspensão da venda ou fabricação
- Embargo de obra ou atividade
- Demolição de obra
- Suspensão parcial ou total de atividade
- Restritiva de Direitos
Decreto 6.514/2008
 Critérios de aplicação das sanções
(art. 4º):
I- gravidade dos fatos em vista dos
motivos da infração e suas
conseqüências
II- antecedentes do infrator, quanto
ao cumprimento da legislação de
interesse ambiental, e
III- situação econômica do infrator
Decreto 6.514/2008
 Valor das multas (Art. 9º):
1) Mínimo de R$50,00;
2) Máximo de
R$50.000.000,00
 Multa diária sempre que o
cometimento se prolongar no
tempo (Art. 10)
Decreto 6.514/2008
 Sanções Restritivas de Direitos:
1) Suspensão ou Cancelamento de
Registro, licença, permissão ou
autorização;
2) Perda ou Restrição de incentivos ou
benefícios fiscais;
3) Perda ou Suspensão da participação
em linhas de financiamento em
estabelecimentos oficiais
4) Proibição de contratar com a
Administração Pública
Áreas de Preservação
Permanente (APP)

 APP é faixa mínima de vegetação


necessária à proteção dos
recursos hídricos, da
biodiversidade do solo. Localiza-
se às margens dos cursos d’água
ou no topo de montanhas, morros,
dunas, encostas, manguezais,
restingas e veredas
Áreas de Preservação
Permanente (APP)
 Conceito: Art. 1º, II, do Cód. Florestal
“ área protegida nos termos dos arts. 2º e
3º desta lei, coberta ou não por
vegetação nativa, com a função
ambiental de preservar os recursos
hídricos, a paisagem, a estabilidade
geológica, a biodiversidade, o fluxo
gênico de fauna e flora, proteger o solo e
assegurar o bem-estar das populações
humanas.”
Áreas de Preservação
Permanente (APP) (cont.)
 Art. 2º da lei 4.771/65
“ Consideram-se de preservação
permanente, pelo só efeito desta lei, as
florestas e demais formas de
vegetação natural situadas:
a) Ao longo dos rios ou de qualquer
curso d’água desde que o seu nível
mais alto em faixa marginal cuja
largura mínima seja:
1 - de 30 (trinta) metros para os cursos
d'água de menos de 10 (dez) metros de
largura;
2 - de 50 (cinquenta) metros para os
cursos d'água que tenham de 10 (dez) a
50 (cinquenta) metros de largura;
3 - de 100 (cem) metros para os cursos
d'água que tenham de 50 (cinquenta) a
200 (duzentos) metros de largura;
4 - de 200 (duzentos) metros para os
cursos d'água que tenham de 200
(duzentos) a 600 (seiscentos) metros de
largura; 
5 - de 500 (quinhentos) metros para os cursos
d'água que tenham largura superior a 600
(seiscentos) metros:

b) ao redor das lagoas, lagos ou


reservatórios d'água naturais ou
artificiais;
c) nas nascentes, ainda que
intermitentes e nos chamados "olhos
d'água", qualquer que seja a sua
situação topográfica, num raio mínimo
de 50 (cinquenta) metros de largura;
d) no topo de morros, montes,
montanhas e serras;
e) nas encostas ou partes destas, com
declividade superior a 45°, equivalente a
f) nas restingas, como fixadoras de
dunas ou estabilizadoras de mangues;
g) nas bordas dos tabuleiros ou
chapadas, a partir da linha de ruptura
do relevo, em faixa nunca inferior a 100
(cem) metros em projeções horizontais;
h) em altitude superior a 1.800 (mil e
oitocentos) metros, qualquer  que seja a
vegetação.
i) nas áreas metropolitanas definidas
em lei.
Consideram-se, ainda, de
preservação permanentes
Quando assim declaradas por ato do Poder Público, as
florestas demais formas de vegetação natural
destinadas:

a) a atenuar a erosão das terras;


b) a fixar as dunas;
c) a formar faixas de proteção ao longo de rodovias e
ferrovias;
d) a auxiliar a defesa do território nacional a critério das
autoridades militares;
e) a proteger sítios de excepcional beleza ou de valor
científico ou histórico;
f) a asilar exemplares da fauna ou flora ameaçados de
extinção;
g) a manter o ambiente necessário à vida das populações
silvícolas;
h) a assegurar condições de bem-estar público.
Áreas de Preservação
Permanente (APP)
Resolução Conama 369/2006
 Somente em situações excepcionais
de utilidade pública, interesse social
ou de baixo impacto será permitida a
supressão de vegetação em margens
de cursos d’água, topos de morros e
áreas de inclinação muito acentuada,
assim como de manguezais, dunas,
restingas, etc. (Arts 1º a 5º)
Reserva legal
 Art. 16 da Lei 4.771/65: Florestas e
outras formas de vegetação nativa são
suscetíveis de supressão, desde que
sejam mantidas, no mínimo:
1) 80% área rural de floresta localizada na
Amazônia legal
2) 35% área rural de cerrado localizado na
Amazônia legal, sendo no mínimo 20% na
propriedade e 15% na forma de
compensação em outra área, na mesma
microbacia e averbada na matrícula do
imóvel
Reserva legal
3) 20% área rural de floresta
nativa nas demais regiões do
País;
4) 20% área rural de campos
gerais localizada em qualquer
região do País
SNUC- Sistema Nacional de
Unidades de Conservação da
Natureza
 Lei 9.985/2000: estabelece
critérios e normas para a
criação, implantação e gestão
das unidades de conservação
Conceito Importante
 Unidades de Conservação: espaço
territorial e seus recursos ambientais,
incluindo as águas jurisdicionais, com
características naturais relevantes,
legalmente instituído pelo Poder Público,
com objetivos de conservação e limites
definidos, sob regime especial de
administração, ao qual se aplicam
garantias adequadas de proteção. (Art.
2º, I, da lei 9.985/2000)
Grupos de UCs
 Unidades de Proteção Integral: instituídas com
vistas à preservar a natureza, sendo admitido
somente o uso indireto dos seus recursos
naturais, com exceção dos caos previstos em lei.
(Art. 7º, §1º)
 Unidades de Uso Sustentável: instituídas
com vistas à compatibilizar a conservação da
natureza com o uso sustentável de parcela
dos seus recursos naturais .(Art. 7º, §2º)
Unidades de
Conservação de Proteção
Integral
 Proteção Integral: Manutenção
Proteção Integral: Manutenção
dos ecossistemas livres de
alterações causadas por
interferência humana, admitido
apenas o uso indireto dos seus
atributos naturais. (Art. 2º, VI)
 Uso indireto: Não envolve
consumo, coleta, dano ou
destruição dos recursos naturais.
(Art. 2º, IX)
UCs de Proteção Integral
 Estação Ecológica
 Reserva da Biosfera
 Parque Nacional
 Monumento Natural
 Refúgio da Vida Silvestre
Tipos de Unidades de
Proteção Integral

 1)Estação Ecológica:
preservação da natureza e
realização de pesquisas
científicas; (Art. 8º, I c/c Art.
9º)
Tipos de Unidades de
Proteção Integral
 2) Reserva Biológica: instituída com vistas
à preservação integral da biota e demais
atributos naturais existentes em seus
limites, sem interferência humana direta
ou modificações ambientais, excetuando-
se as medidas de recuperação de seus
ecossistemas alterados e as ações de
manejo necessárias para recuperar e
preservar o equilíbrio natural, a diversidade
biológica e os processos ecológicos naturais.
(Art. 8º, II c/c Art. 10)
Tipos de Unidades de
Proteção Integral
3) Parque Nacional: tem como
objetivo básico a preservação de
ecossistemas naturais de grande
relevância ecológica e beleza
cênica, possibilitando a realização de
pesquisas científicas e o
desenvolvimento de atividades de
educação e interpretação ambiental,
de recreação em contato com a
natureza e de turismo ecológico.
(Art. 8º, III c/c Art. 11)
Tipos de Unidades de
Proteção Integral

4)Monumento Natural: visa


preservar sítios naturais
raros, singulares ou de
grande beleza cênica. (Art. 8º, IV
c/c Art. 12)
Tipos de Unidades de
Proteção Integral

 5)Refúgio da Vida Silvestre: visa


dar proteção aos ambientes naturais
onde se asseguram condições
para a existência ou reprodução
de espécies ou comunidades da
flora local e da fauna residente
ou migratória. (Art. 8º, V c/c Art. 13)
Unidades de
Conservação de Uso
Sustentável
 Uso sustentável: Exploração do
ambiente de maneira a garantir a
perenidade e renovação dos recursos
ambientais renováveis e dos
processos ecológicos, mantendo a
biodiversidade e os demais atributos
ecológicos, de forma socialmente
justa e economicamente viável. (Art.
2º, XI)
Unidades de Conservação
de Uso Sustentável

 Uso direto: envolve coleta e


uso, comercial ou não, dos
recursos naturais. (Art. 2º, X)
 Admitem a interação humana
a exploração econômica
sustentável
UCs de Uso Sustentável

 Área de Proteção Ambiental


 Área de Relevante Interesse Ecológico
 Floresta Nacional
 Reserva Extrativista
 Reserva de Fauna
 Reserva de Desenvolvimento Sustentável
 Reserva Particular do Patrimônio Natural
Tipos de Unidades de
Uso Sustentável
 1) Área de Proteção Ambiental A Área de
Proteção Ambiental é uma área em geral
extensa, com um certo grau de
ocupação humana, dotada de atributos
abióticos, bióticos, estéticos ou culturais
especialmente importantes para a qualidade
de vida e o bem-estar das populações
humanas, e tem como objetivos básicos
proteger a diversidade biológica,
disciplinar o processo de ocupação e
assegurar a sustentabilidade do uso
dos recursos naturais. (Art. 15 da Lei
9.985/2000)
Tipos de Unidades de
Uso Sustentável
 2) Área de Relevante Interesse Ecológico: é uma
área em geral de pequena extensão, com pouca
ou nenhuma ocupação humana, com
características naturais extraordinárias ou que
abriga exemplares raros da biota regional, e
tem como objetivo manter os ecossistemas
naturais de importância regional ou local e
regular o uso admissível dessas áreas, de modo
a compatibilizá-lo com os objetivos de
conservação da natureza. (Art. 14, II c/c Art. 16)
Tipos de Unidades de
Uso Sustentável
 3)A Floresta Nacional: é uma área
com cobertura florestal de espécies
predominantemente nativas e tem
como objetivo básico o uso múltiplo
sustentável dos recursos florestais e
a pesquisa científica, com ênfase em
métodos para exploração sustentável
de florestas nativas. (Art. 17 da Lei
9.985/2000)
Tipos de Unidades de
Uso Sustentável
 4) Reserva Extrativista: é uma área
utilizada por populações extrativistas
tradicionais, cuja subsistência baseia-se
no extrativismo e, complementarmente, na
agricultura de subsistência e na criação de
animais de pequeno porte, e tem como
objetivos básicos proteger os meios de
vida e a cultura dessas populações, e
assegurar o uso sustentável dos
recursos naturais da unidade. (Art. 18
da Lei 9.985/2000)
Tipos de Unidades de
Uso Sustentável

 5)Reserva de Fauna: é uma área


natural com populações animais
de espécies nativas, terrestres
ou aquáticas, residentes ou
migratórias, adequadas para
estudos técnico-científicos sobre
o manejo econômico sustentável
de recursos faunísticos. (Art. 19 da lei
9.985/2000)
Tipos de Unidades de
Uso Sustentável
 6) Reserva de Desenvolvimento
Sustentável: é uma área natural que
abriga populações tradicionais, cuja
existência baseia-se em sistemas
sustentáveis de exploração dos recursos
naturais, desenvolvidos ao longo de
gerações e adaptados às condições
ecológicas locais e que desempenham um
papel fundamental na proteção da
natureza e na manutenção da
diversidade biológica.
(Art. 20 da Lei 9.985/2000)
Tipos de Unidades de
Uso Sustentável

 7)Reserva Particular do
Patrimônio Natural: é uma área
privada, gravada com perpetuidade,
com o objetivo de conservar a
diversidade biológica. (Art. 21 da Lei
9.985/2000)
Criação e Gestão das UCs
 Criadas por ato do Poder Público,
precedida por estudos técnicos e
consulta pública.
 Se Estação Ecológica ou Reserva da
Biosfera não é obrigatória a consulta
pública.
 Só podem ser desafetadas ou
reduzidas por meio de lei específica
Unidades de Conservação
 AsUcs de Uso Sustentável
podem ser transformadas
(parcial ou totalmente) em UCs
de Proteção Integral, por meio de
instrumento legal do mesmo
nível hierárquico que a criou
desde que feitos os estudos e a
consulta pública
Conceitos Importantes
 Preservação: Conjunto de métodos,
procedimentos e políticas que visem
a proteção a longo prazo das
espécies, habitats e ecossistemas,
além da manutenção dos processos
ecológicos, prevenindo a
simplificação dos sistemas naturais.
(Art. 2º, V, da lei 9.985/2000)
Conceitos Importantes
(cont.)
 Plano de Manejo: deve
abranger a área da UC, sua zona
de amortecimento e os
corredores ecológicos, incluindo
medidas com o fim de promover
sua integração à vida econômica
e social das comunidades
vizinhas
Conceitos Importantes
(cont.)

 Zona de amortecimento:
entorno de uma UC, onde as
atividades humanas estão sujeitas
a normas e restrições específicas,
com o propósito de minimizar os
impactos negativos sobre a UC
Conceitos Importantes
(cont.)
 Corredor Ecológico: Porções de
ecossistemas naturais ou seminaturais,
ligando UCs que possibilitem o fluxo gênico
e o movimento da biota, facilitando a
dispersão das espécies e a recolonização
de áreas degradadas, bem como a
manutenção de populações que demandam
área maior do que a UC.
Conceitos Importantes
(cont.)

 Biodiversidade: Variabilidade de
organismos vivos em todas as suas
formas. Compreende a diversidade
de espécies, entre as espécies e
entre os ecossistemas. (Art. 2º, III)
Bibliografia
 Milaré, Edis. Direito do Ambiente, Revista dos
Tribunais. 2006. São Paulo.
 Antunes, Paulo de Bessa. Direito Ambiental, Lumen
Juris. 2006. Rio de Janeiro.
 Silva, José Afonso da. Direito Ambiental Constitucional.
Malheiros. 2004. São Paulo.
 Contar, Alberto. Meio Ambiente – Dos delitos e das
penas. Forense. 2004. Rio de Janeiro.
 Capez, Fernando. Direito Ambiental – Perguntas e
Respostas. Saraiva. 2007. São Paulo.
 Constituição da República Federativa do Brasil

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