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Acção de Formação “Práticas e Modelos na Avaliação das BE’S”

Análise Crítica ao Modelo de Auto-Avaliação das BE’s

Tarefa 2- Comentário ao trabalho do colega Valdemar


Silva

O trabalho do colega está muito completo reflectindo uma análise profunda do


tema em questão. Irei comentar alguns aspectos por ele referidos realçando, também a
sua importância.

O Modelo de Auto-Avaliação das BE’s insere-se, por um lado, na necessidade


hoje sentida de avaliar as organizações, como diz Mackenzie (1990)” a systematic
measurement of thr extent to wich a system (for exemple a library) hás achievede its
objectives in a certain period of time”. Por outro lado, responde ao novo paradigma de
escola do século XXI, marcado pela utilização dos media na aprendizagem e
enfatização dos processos de aprendizagem e dos resultados. Os alunos do século XXI
são parceiros activos na aprendizagem e produtores de conhecimento e media. Os
professores trabalham em equipa e com técnicos de educação e outros especialistas. A
educação tem lugar em vários espaços: escola, casa, emprego, organizações culturais e
outras. Os horários são flexíveis e a escola está aberta à comunidade.

A questão que eu coloco é a seguinte: será que a escola portuguesa segue o


modelo acima descrito? As nossas práticas apontam para esse ideal mas estas ainda
estão um pouco aquém dele. O colega Valdemar diz que a “motivação” para a mudança
das práticas não se deve confinar apenas ao professor bibliotecário sob pena de “a
mensagem não ser transmitido na sua totalidade”. “À biblioteca escolar cabe, neste
contexto, um papel de liderança” havendo, no entanto, um trabalho árduo a realizar”.
Sabendo que o processo de avaliação irá desenvolver “os deiferentesactores, identificar
gaps e extrair responsabilidades colectivas face aos resultados obtidos” (Elsa Conde).

A estrutura do Modelo, embora adequada ao fim que se propõe de transformar a


biblioteca escolar em “espaço de conhecimento, por oposição a um espaço de
informação” (Ross Todd, 2001), não é de fácil preenchimento, o que é agravado pela
ausência de práticas de avaliação baseadas em evidências. O conceito de “Evidence-
Based Practice em que o Modelo assenta, põe a tónica nos processos e enfatiza as
práticas de pesquisa-acção que relacionam os “processos” com o “impacto” ou “valor”
subsequente. O professor bibliotecário deve ser um líder forte, com boas capacidades

Formanda: Maria de Lurdes Andrade Gonçalves Ferreira


Acção de Formação “Práticas e Modelos na Avaliação das BE’S”
Análise Crítica ao Modelo de Auto-Avaliação das BE’s

comunicativas e proactivo. A comunidade educativa tem de estar motivada para a


mudança a estabelecer.

Concluindo, a avaliação não é um fim em si. Deve levar à elaboração de um


plano de melhoria que deve ser comunicado ao Director e às restantes estruturas
educativas. Será, assim, elaborado um plano de acção que permitirá “estabelecer um
conjunto de orientações sobre a forma como ajustar os resultados da auto-avaliação da
BE à auto-avaliação da Escola/Agrupamento e relacionar a avaliação da BE com a
avaliação externa, realizada pela Inspecção Geral de Educação.

Mangualde, 12 de Novembro de 2009

Formanda: Maria de Lurdes Andrade Gonçalves Ferreira

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