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O MODELO DE AUTO-AVALIAÇÃO DAS BIBLIOTECAS ESCOLARES:

METODOLOGIAS DE OPERACIONALIZAÇÃO (PARTE I)

Biblioteca Escolar do Agrupamento de Escolas


Ana de Castro Osório de Mangualde

Maria de Lurdes Ferreira, 23 de Novembro de 2009

C.1. (Apoio a Actividades Livres, Extra 1


Curriculares e de Enriquecimento Curricular)
O MODELO DE AUTO-AVALIAÇÃO DAS BIBLIOTECAS ESCOLARES:
METODOLOGIAS DE OPERACIONALIZAÇÃO (PARTE I)

1. MODELO DE AVALIAÇÃO: FINALIDADES


1.1. O modelo de avaliação permite:
• Definir o que se vai avaliar e por que o fazemos;
• Seleccionar o tipo de evidências que vamos recolher;
• Escolher o método de avaliação mais adequado;
• Decidir quem vai intervir na avaliação;
• Analisar as evidências recolhidas;
• Apresentar os resultados da avaliação.

2. PLANO DE AVALIAÇÃO: PRÉ-REQUISITOS


2.1. Explicitação do Modelo junto da equipa, nomeadamente a sua organização estrutural e
funcional e a metodologia;
2.2. Explicitação do Modelo junto das diversas estruturas educativas, tendo em conta que o
sucesso da aplicação do modelo dependerá do envolvimento da comunidade educativa.
2.3. Divulgação do Modelo na página da escola e no blogue da BE.

3. MOMENTOS DO PLANO DE AVALIAÇÃO


3.1. Constituição de uma equipa responsável pela auto-avaliação da BE
No meu ponto de vista, para que o Modelo seja devidamente entendido, esta equipa
deverá integrar o coordenador da BE, elementos da equipa, o AAE, alguns elementos do
CP com representação de todos os ciclos de escolaridade e talvez um representante do
CE.
3.2. Selecção do domínio/indicadores a avaliar;
3.2.1. Selecção dos aspectos a avaliar ao nível de cada indicador – esta selecção deve ser
devidamente fundamentada, como por exemplo constituir uma área de intervenção prioritária no
âmbito do Plano de Acção da BE.
3.3. Selecção dos instrumentos de recolha de evidências em função dos aspectos que se
pretendem avaliar.

C.1. (Apoio a Actividades Livres, Extra 2


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4. A ANÁLISE DAS EVIDÊNCIAS RECOLHIDAS


Ao longo do ano lectivo, são recolhidos diferentes tipos de evidências, tratados e analisados
os dados recolhidos, para verificação dos níveis de desempenho alcançados nos indicadores
propostos.

5. REGISTO/DISCUSSÃO/COMUNICAÇÃO DOS RESULTADOS


 O Relatório da Auto-Avaliação deve ser discutido e aprovado no Conselho
Pedagógico, prestando-se provas do impacto dos serviços da BE;
 Será elaborado um Plano de Melhoria da BE tendo em consideração os resultados
obtidos;
 Caso esteja em causa a elaboração de um Plano de Melhoria – pela existência de
vários pontos fracos e a necessidade de priorizar acções- este deve desde logo ser
apresentado em CP, sendo aí solicitada uma análise conjunta do referido Plano para
eventuais sugestões de enriquecimento por parte dos elementos do CP.
 O relatório de avaliação da escola deve integrar a avaliação da BE;
 A inclusão da avaliação da BE na avaliação externa a realizar pela Inspecção Geral da
Educação será um factor de melhoria dos serviços por ela prestados.
 O Relatório será posteriormente divulgado junto da Comunidade Educativa através
dos canais de comunicação de que a BE dispõe.

6. DOMÍNIO SELECCIONADO [SESSÃO: O MODELO DE AUTO-AVALIAÇÃO DAS


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6.1. C. Projectos, Parcerias e Actividades Livres e de abertura à comunidade
C.1 Apoio a actividades livres, extra-curriculares e de enriquecimento curricular

7. INDICADORES DO DOMÍNIO SELECCIONADO


C.1.1 Apoio à aquisição e desenvolvimento de métodos de trabalho e de estudo
autónomos.
C.1.2 Dinamização de actividades livres, de carácter lúdico e cultural na
escola/agrupamento.

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C.1.3 Apoio à utilização autónoma e voluntária da BE como espaço de lazer e livre fruição
dos recursos.
C.1.4 Disponibilização de espaços, tempos e recursos para a iniciativa e intervenção livre
dos alunos.
C.1.5 Apoio às actividades de enriquecimento curricular (AEC), conciliando-as com a
utilização livre da BE.

Os indicadores estão relacionados. O indicador C.1.2 incide mais sobre o processo, isto é,
sobre as actividades de carácter lúdico que a biblioteca dinamiza para que os alunos a utilizem como
espaço de lazer e livre fruição dos recursos. Este indicador é complementado pelo indicador C.1.4,
um indicador de impacto, que permitirá medir a eficácia das acções desenvolvidas.

8. ANÁLISE DOS INDICADORES DO DOMÍNIO SELECCIONADO


8.1. C.1.1 APOIO À AQUISIÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE MÉTODOS DE TRABALHO E
DE ESTUDO AUTÓNOMOS.

O que vamos avaliar e por quê?


• O horário de abertura da BE fazendo-o coincidir com a permanência de alunos na escola.
• A distribuição do horário da equipa da BE de modo a assegurar o mais possível a presença
permanente de um elemento da equipa na BE.
• A oferta de espaços, tempos e oportunidades na BE para o desenvolvimento de actividades de
leitura, investigação e estudo com alunos ou grupos.
• A articulação com as áreas de estudo acompanhado/apoio ao Estudo.

Que evidências podemos recolher?


• Horário da BE.
• Questionário aos alunos (QA3).
• Observação de utilização da BE(O5).

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Quem vai intervir na avaliação?


• Equipa da BE
• Professores
• Alunos

Análise das evidências recolhidas


• Verificar se o horário da BE coincide com a permanência dos alunos na escola e se a distribuição
do horário da equipa está equilibrada, permitindo, dentro do possível, assegurar a presença de um
professor na BE;
• Observar os alunos e ver se praticam técnicas de estudo variadas: exploram informação de
diferentes tipos de documentos, tomam notas, elaboram fichas de leitura ou resumos, identificam
palavras-chave, sublinham, executam esquemas, produzem e editam trabalhos escritos recorrendo
sempre que necessário ao uso do computador e da Internet;
• Observar os alunos e ver se revelam uma progressiva autonomia na execução das tarefas
escolares.

8.2. C.1.2 DINAMIZAÇÃO DE ACTIVIDADES LIVRES, DE CARÁCTER LÚDICO E


CULTURAL NA ESCOLA/AGRUPAMENTO.

O que vamos avaliar e por quê?


• A participação da BE na dinamização de actividades culturais.
• A rentabilização de iniciativas programadas, partilhando-as com outras escolas e BE.
• Os mecanismos de promoção e marketing da BE, valorizando e divulgando junto da comunidade
educativa e local o seu programa de animação cultural.
• O envolvimento e colaboração dos pais/EE e da comunidade na organização e financiamento dos
eventos.

Que evidências podemos recolher?


• Plano de actividades da BE.
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METODOLOGIAS DE OPERACIONALIZAÇÃO (PARTE I)

• Registos sobre a preparação, o desenvolvimento e a avaliação das actividades.

• Questionário aos alunos (QA3).

Quem vai intervir na avaliação?


• Equipa da BE
• Comunidade educativa

Análise das evidências recolhidas


• Ver se as actividades implementadas no âmbito dos tempos livres dos alunos, lhes permitem
desenvolver a sensibilidade estética e o gosto e interesse pelas artes, ciências e humanidades, tais
como exposições, espectáculos, palestras, debates, sessões de poesia, teatro, concursos, jogos,
celebração de efemérides, ciclos de música e de cinema, outros.

8.3. C.1.3 APOIO À UTILIZAÇÃO AUTÓNOMA E VOLUNTÁRIA DA BE COMO ESPAÇO DE


LAZER E LIVRE FRUIÇÃO DOS RECURSOS.

O que vamos avaliar e por quê?


• A escala de serviço do pessoal docente, não docente e outros recursos humanos eventualmente
disponíveis, para flexibilizar o horário de funcionamento da BE, assegurando a abertura em
horário extra-lectivo.
• A quantidade e a qualidade dos documentos disponíveis na zona da leitura informal, e o destaque
dado a esta zona no espaço da BE.
• As medidas de incentivo ao empréstimo domiciliário, nomeadamente nos períodos de férias.
• A solicitação à BM do empréstimo de documentos para leitura recreativa de modo a reforçar os
fundos documentais.

Que evidências podemos recolher?


• Horário da BE.
• Observação da utilização das BE (O5).

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• Estatísticas de utilização das BE em situação de utilização livre.


• Resultados da avaliação das colecções documentais.

Quem vai intervir na avaliação?


• Equipa da BE
• Alunos

Análise das evidências recolhidas


• Verificar se o horário da BE coincide com a permanência dos alunos na escola e se a distribuição
do horário da equipa está equilibrada, permitindo, dentro do possível, assegurar a presença de um
professor na BE;
• Ver se os alunos e adquirem hábitos de utilização livre da BE, num clima de liberdade, respeito e
descontracção e se dispõem de condições favoráveis à utilização individual e em pequenos
grupos;
• Aplicar o documento “Política de Gestão da Colecção” e realizar avaliações parcelares da
colecção.

8.4. C.1.4 DISPONIBILIZAÇÃO DE ESPAÇOS, TEMPOS E RECURSOS PARA A INICIATIVA


E INTERVENÇÃO LIVRE DOS ALUNOS.

O que vamos avaliar e por quê?


• O trabalho organizado e realizado autonomamente pelos alunos.
• O trabalho realizado pela BE para auxiliar na orientação do trabalho dos núcleos/clubes.
• Os materiais específicos de apoio aos utilizadores (professores e alunos).

Que evidências podemos recolher?


• Registos de actividades/projectos promovidos pelos alunos.

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• Plano de actividades da BE.


• Questionário aos alunos (QA3).

Quem vai intervir na avaliação?


• Equipa da BE
• Professores
• Alunos

Análise das evidências recolhidas


• Ver se os alunos propõem e organizam autonomamente projectos e actividades.
• Analisar o Plano de Actividades e ver se aí estão mencionadas actividades realizadas em parceria
com núcleos/clubes.
• Disponibilizar materiais específicos de apoio aos utilizadores (professores e alunos).

8.5. C.1.5 APOIO ÀS ACTIVIDADES DE ENRIQUECIMENTO CURRICULAR (AEC),


CONCILIANDO-AS COM A UTILIZAÇÃO LIVRE DA BE.

(Só para o 1º Ciclo Ensino Básico)

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8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Gabinete da Rede de Bibliotecas Escolares (2009). Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares.
< http://www.rbe.min-edu.pt/np4/?newsId=31&fileName=mod_auto_aval.pdf > [11/11/2009].
MCNAMARA, Cárter. Basic Guide to Program Evaluation [Em linha]. 2009. [Consult. 20
Novembro 2009]. URL: http://www.managementhelp.org/evaluatn/fnl_eval.htm
Texto da Sessão disponível na plataforma

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