Você está na página 1de 2

Comentário à Tabela matriz da colega Teresa Beja

Após a observação da Tabela matriz destaco a objectividade e o espírito crítico


na análise do papel BE no contexto onde se insere, que surge, predominantemente como
um espaço de oportunidades e desafios. As fraquezas e ameaças são encaradas como um
ponto de partida para melhorar, por exemplo, no domínio, competências do PB, a falta
de hábitos de trabalho colaborativo entre os docentes, constituem, simultaneamente,
uma fraqueza e ameaça, que, longe do conformismo, implicam acções concretas a
desenvolver, nomeadamente, reforçar o diálogo com todas as estruturas pedagógicas,
divulgar os recursos… a Teresa assume um papel activo na resolução dos problemas,
sempre no sentido de transformar a BE num espaço de trabalho e construção de
conhecimentos. Esta atitude repete-se em todos os domínios.
No que concerne à organização e gestão da BE a tónica foi colocada na
definição do plano de acção e na informatização de todo o catálogo, de forma a
possibilitar a pesquisa, a requisição e a entrega de materiais. A optimização destes
processos reforça o conceito de BE como espaço que oferece estímulos culturais e
educativos aos alunos, no sentido de promover o seu sucesso educativo e o
desenvolvimento de uma sensibilidade intelectual para que no futuro se tornem adultos
activos na sociedade.
A gestão da colecção surge como um domínio bastante condicionado pela falta
de verbas, pelo que, a Teresa considera fundamental, entre outros aspectos, sensibilizar
a direcção da escola para a importância do investimento na biblioteca.
Se atentarmos na BE como espaço de conhecimento e aprendizagem, trabalho
colaborativo e articulado com Departamentos e docentes, a colega define a sua acção a
partir da atitude de alguns docentes que não valorizam a importância que a BE pode ter
nas aprendizagens dos seus alunos. Assim, propõe-se melhorar a integração dos
recursos da BE nas práticas de professores e alunos, definir com os docentes as
oportunidades de colaboração com a BE, de acordo com os objectivos do currículo e
produzir / sugerir materiais de apoio às actividades curriculares. A concretização destes
desafios surge como o ponto de partida para modificar a atitude de colegas e alunos face
à BE, o que me parece fundamental.
A BE assume, assim, progressivamente um papel central na promoção da leitura
e na formação para as diferentes literacias, as dificuldades existem, basta olhar para as
colunas das fraquezas e ameaças, importa conhecê-las e estudar a resposta mais
adequada. A eficácia desta resposta passa, como refere a Teresa, por implementar um
modelo de avaliação que defina os pontos forte e fracos que condicionam a qualidade
dos serviços, funcionando como barómetros da nossa acção como PB.
Esta tabela matriz conduz-nos a uma visão da BE como um espaço dinâmico e
em mudança, onde se promove a construção activa do próprio conhecimento, tal como
defende Ross Todd “ The fusion of learning, libraries and literacies is creating
dynamic…”. Muitos dos problemas com que a Teresa se depara são comuns à BE onde
exerço funções de Professor Bibliotecário, e a muitas outras, falta do reconhecimento da
importância da BE, a resistência de alguns docentes ao trabalho colaborativo, para quem
a BE é pouco mais do que o local onde se encontram guardados os livros e outros
materiais, a pouca motivação dos alunos para a leitura, o excesso de informação que
circula na Internet que faz com que os alunos naveguem por uma série de sítios web,
mas utilizem apenas as ferramentas de copiar e colar sem reflectirem na informação
recolhida, nem produzirem conhecimento a partir dela e, a eterna falta de verbas,
importa transformá-los em oportunidades de intervenção na construção de uma BE que
se revele centro de aprendizagens e construção activa do conhecimento.

Você também pode gostar